PM atribui crescimento turístico a “estratégia inteligente de promoção”
António Costa considera injusto pensar que o crescimento do Turismo é “fruto da conjuntura” e “dos problemas existentes noutras regiões do mundo”.

Inês de Matos
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O primeiro-ministro (PM), António Costa, negou esta quarta-feira que o crescimento do Turismo seja “fruto da conjuntura” e “dos problemas existentes noutras regiões do mundo”, considerando que os bons resultados se devem a uma “estratégia inteligente de promoção e de diversificação da nossa oferta”.
“Alguns pensam que esse crescimento é conjuntural e devido a problemas existentes em outras regiões do mundo. Acho que é uma afirmação injusta”, começou por afirmar o primeiro-ministro, durante a sessão de encerramento do 4.º Fórum Turismo Interno “Vê Portugal”, em Leiria.
Segundo António Costa, “os dados desmentem” a ideia de que o crescimento é conjuntural e ajudado por problemas noutros países, uma vez que, disse o PM, aquilo que se tem verificado é que “esses problemas se centram nas regiões do mundo onde a oferta turística é, sobretudo, de sol e praia”
“Onde temos tido um crescimento mais forte e significativo do Turismo é precisamente naquela oferta que não se centra nem no sol, nem na praia. Não é, por isso, fruto da conjuntura, é, pelo contrário, resultado de uma estratégia prosseguida ao longo de mais de 10 anos, de investimento na formação, na criação de novas rotas, numa estratégia inteligente de promoção e de diversificação da nossa oferta turística”, considerou.
De acordo com o líder do Governo, “os números nesse sentido são muito claros” e mostram que “o Turismo triplicou nas regiões, sobretudo, fora das zonas de sol e praia”, considerando, por isso, que “o grande desafio” passa agora por “prosseguir o objectivo de diversificar e combater a sazonalidade da nossa oferta”.
Neste objectivo, Costa destaca o “papel capital” do Turismo interno, considerando, no entanto, que este mercado “não deve ser olhado só como um Turismo feito pelos portugueses”.
“Temos, cada vez mais, que olhar para o nosso mercado como sendo um mercado não de 10 milhões habitantes, mas um mercado de 60 milhões de consumidores”, referiu o primeiro-ministro, explicando que é necessário olhar para o mercado ibérico como um todo, principalmente para as regiões transfronteiriças.
“O nosso mercado tem que ser visto sempre desta forma integrada porque, aliás, 50% das dormidas em Portugal, são precisamente de portugueses e espanhóis. Isto significa que é mesmo esta a dimensão do nosso mercado interno”, acrescentou.
António Costa destacou ainda a importância das ligações rodoviárias e ferroviárias ao país vizinho, bem como os programas de animação, modernização e reabilitação do património em vigor, considerando que se tratam de “novas oportunidades” para “criar melhores condições” e “ir enriquecendo a oferta”, de forma a atrair este mercado.