“Crescimento de camas na Madeira está limitado e privilegia requalificação”
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, participou na sessão de abertura da XI Conferência Anual de Turismo, promovida pela Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas.
Carina Monteiro
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O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu que os números positivos do Turismo da Madeira “implicam uma acrescida responsabilidade e um crescimento sustentável”. O governante falava na sessão da abertura da XI Conferência Anual de Turismo, promovida pela Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas.
“Este governo aprovou com a participação activa de todos os agentes da Madeira, dois documentos estratégicos para o turismo: o Plano de Ordenamento e o Plano Estratégico do Turismo para a Madeira. O que está consubstanciado no POT-RAM é que o crescimento de camas está limitado e a prevalência é dada à requalificação. Portanto, as grandes unidades que estão abrir são unidades que estavam encerradas por razões da crise que ocorreu a partir de 2008 e estão a ser requalificadas”, afirmou.
O governante respondia assim às preocupações manifestadas pelo presidente da Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas, André Barreto.
Num longo discurso de abertura da conferência, André Barreto deixou diversas mensagens. Apesar de registar com agrado que exista “finalmente um Plano Estratégico” para o Turismo, o responsável não deixou de referir algumas preocupações relacionadas com o produto Madeira. “Estamos a gerir mal, sobretudo no tempo, a intervenção que estamos a fazer nas nossas cidades. (…) As serras estão no estado em que estão em face dos incêndios que nos afectaram, o velho problema da capacidade de carga que tarda em ser devidamente considerado e o verdadeiro massacre que se faz ao turista por parte dos vendedores de time sharing, os angariadores de rua, de restaurantes, excursões, passeios de barco a cada dois passos. Estas são questões que se colocam quando a conjuntura é favorável e quando temos o nosso destino cheio”.
André Barreto defendeu que para combater a concorrência de outros destinos a solução passa por ter “um produto apetecível, bem estruturado, mantido em condições óptimas, distinto, verdadeiro e com uma marca forte”. As marcas foram justamente o tema da conferência. A propósito da marca Madeira, o presidente da Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas disse: “Sentimos que em relação à Marca Madeira, estamos a deixar andar. Não podemos deixar andar só porque está a correr a bem, devemos ter a capacidade de agir nessas alturas”. O responsável ressalvou, no entanto, que está decorrer já um processo de elaboração da nova marca Madeira.
Já para o chefe do Governo Regional da Madeira o que é essencial no processo de construção da nova marca é que os “madeirenses se sintam representados nessa marca, porque a essência do Turismo continua a ser as pessoas”.
A XI Conferência Anual do Turismo decorreu no passado dia 12 de Maio no Centro de Congressos da Madeira e contou com cerca de 900 participantes.