Francisco Calheiros: “Descida do IVA no golfe é vital para a economia do país”
O presidente da CTP defendeu, no encerramento da Conferência Nacional do Turismo Residencial e do Golfe, que o imposto seja revisto no próximo Orçamento do Estado.

Ângelo Delgado
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“O governo não deve limitar um produto turístico de enorme rentabilidade para o país. É vital que a descida do IVA, que actualmente é de 23% e já foi de 6%, faça parte do Orçamento do Estado do próximo ano”. Foi desta forma, enérgica, que Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), se referiu ao aumento do IVA para o escalão máximo – 23% – numa altura em que falava no encerramento da Conferência Nacional do Turismo Residencial e do Golfe.
Ainda relativamente ao golfe, Calheiros lembrou que “Portugal tem uma quota de mercado de 19%, contra os 21% de Espanha”, acrescentando que “em território português moram 90 campos e no país vizinho são 300”.
Num discurso que ficou marcado pela mescla de elogios ao sector e chamadas de atenção ao Executivo, o responsável máximo da CTP abordou também “a necessidade em captar os turistas estrangeiros que se deslocam a Portugal, para que, ou fiquem a viver no país ou regressem o mais rapidamente possível”. “Devemos melhorar as nossas infra-estruturas, os nossos serviços de saúde e, fulcral, a situação do Aeroporto Humberto Delgado”.
Sobre este assunto, Francisco Calheiros alertou para a “necessidade de se resolver, a breve prazo, a situação do novo aeroporto da capital”, pois pode “tornar-se num obstáculo para a contínua evolução do turismo no país”.
A conferência contou com vários oradores, nacionais e internacionais, que debateram o actual estado do turismo residencial e do golfe. Turismo de Portugal, o Algarve Tourism Bureau, o Oceânico Golf, Vale de Lobo, Europcar, entre outras empresas marcaram presença no Hotel Dom Pedro, em Lisboa, para debater aqueles dois temas num evento organizado pela Associação Portuguesa de Resorts e pelo Conselho Nacional da Indústria do Golfe.
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