TUI com novos planos para Portugal
Em Portugal, o Grupo TUI está desde Outubro com a TUI Portugal e a TUI Destination Services, duas empresas autónomas, mas integradas no mesmo grupo internacional. Lars Schäfer e Fiona […]

Raquel Relvas Neto
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Em Portugal, o Grupo TUI está desde Outubro com a TUI Portugal e a TUI Destination Services, duas empresas autónomas, mas integradas no mesmo grupo internacional. Lars Schäfer e Fiona Downie explicam a estratégia para a área de ‘outgoing’ e ‘incoming’ no mercado português, respectivamente.
Desde o passado mês de Outubro, que o Grupo TUI conta com duas entidades diferentes em Portugal: a TUI Portugal, responsável pelo mercado de ‘outgoing’ e a TUI Destination Services, responsável pelo mercado de incoming. Lars Schäfer, managing director da TUI Portugal, e Fiona Downie, managing director da TUI Destination Services em Portugal, Cabo Verde e África Ocidental, são os nomes e as caras a deter e que explicam estas alterações.
Mas comecemos por falar da TUI Portugal, a área de negócio que está dedicada ao ‘outgoing’ e que integrou na sua estrutura o operador turístico Nouvelles Frontieres, que continua a ter Francisca Ferreira como responsável, e as agências de viagens TUI Viagens.
Lars Schäfer começa por explicar que a TUI Portugal e a TUI Destination Services são dois modelos de negócio diferentes, mas integrados na mesma empresa, o Grupo TUI. “A TUI decidiu separar os dois negócios, não só pela lógica de negócio, mas também pelas estratégias e iniciativas que vão ser desenvolvidas”, indica, realçando o forte investimento no mercado português que o grupo vai efectuar. “Há muitas ideias e iniciativas que estamos a desenvolver, daí este foco e investimento no mercado português”, esclarece.
Mas porquê apostar no mercado português, questionamos. O responsável da TUI Portugal responde: “Há 10 milhões de potenciais clientes. Portanto, “é um mercado válido”. “A TUI é uma empresa global e quer estar presente globalmente. Portugal é um mercado relevante para a TUI no qual já temos um posicionamento muito bom, o que é uma óptima base para crescermos”. Lars Schäfer complementa: “Oposto a outros mercados em que operamos, em Portugal não somos líderes de mercado, e não seremos, sendo que o nosso modelo de negócio cá é outro – operamos num nicho, num nicho atractivo. Isso não quer dizer que não tenhamos ambição. Há um potencial de crescimento e vamos atacar esse potencial com os desenvolvimentos que projectamos”.
Apesar de Portugal ser um mercado mais pequeno comparativamente com outros onde o Grupo TUI está presente, o responsável explica que a Nouvelles Frontieres, presente no País desde 2002, encontrou um posicionamento atractivo no mercado como operador que agora se transfere para a TUI Portugal. O responsável elucida que agora a imagem passou completamente a ser TUI, deixando assim a imagem e nome da Nouvelles Frontieres. Esta uniformização da marca, não acontece apenas em Portugal, mas noutros mercados da TUI, fazendo Portugal assim parte de uma estratégia global de todo o grupo.
Mais-valias
Com esta nova estrutura e imagem, o que tem a TUI Portugal para oferecer e se destacar no mercado português? Lars Schäfer apresenta uma vasta lista de itens nos quais o operador se destaca. A começar por pertencer ao líder mundial da operação turística, que traz uma série de vantagens, considera. Além da dimensão considerável a nível internacional, o Grupo TUI oferece “a cadeia de valor completa: desde sites, agências de viagens, operador turístico, aviões próprios, hotéis, transportes nos destinos, excursões, atendimento ao cliente, entre outros”. “Fazer parte de um grande grupo, o número um mundial, traz uma série de vantagens: uma marca fantástica –‘smile’ -, poder de investimento e sinergias a vários níveis”, enumera. O responsável informa ainda que a TUI Portugal conta com acesso à programação internacional do grupo, assim como a contactos locais em vários destinos e com fornecedores, como companhias aéreas, DMCs e hotéis. A isto, alia-se o facto da TUI Destination Services estar presente em 109 países, tendo assim receptivos próprios “com quem temos um bom relacionamento. Isso destaca, claramente, a TUI dos operadores no mercado português. É uma mais-valia que podemos oferecer”.
Outro aspecto, indica o responsável, “somos, segundo sei, o único operador que assegura moeda: o dólar e o bath (Tailândia), ou seja, em destinos em que temos muito volume asseguramos a divisa”, o que faz com que os preços publicados no catálogo da TUI Portugal não sofram oscilações consoante os mercados. “É mais um aspecto de confiança para o mercado: as agências podem contar com o que estamos a oferecer”.
Novidades
Uma das novidades do operador turístico vai passar pelo novo website que vão lançar até ao final do ano. Já a circular pelas agências de viagens do País está o novo catálogo da TUI Portugal que, segundo o responsável, “vai ser provavelmente o maior catálogo de Inverno de viagens de longo curso” no mercado português. “Temos uma programação inovadora, aumentámos bastante a nossa oferta”, completa. “Oferecemos um leque de destinos fantásticos, desde os destinos de sonho Maldivas, Tailândia, Maurícias e Seicheles, que a Nouvelles Frontieres já operava no mercado, até destinos na América Latina – Costa Rica, Peru -, como África, com Namíbia, Quénia, Tanzânia, ao Pacífico, com Austrália e Nova Zelândia. A TUI Portugal lançou ainda dois monográficos dedicados ao Japão e Argentina e já está de momento a trabalhar nos próximos lançamentos: uma brochura especial noivos, que estará disponível a partir de Janeiro.
Desde Setembro, que a TUI Portugal conta com dois comerciais bem conhecidos no mercado: Nuno Pereira (ex-Soltrópico) e Ricardo Vasconcelos (ex-Catai), uma estratégia para aproximarem-se mais às agências de viagens que “já são os nossos apreciados parceiros ou que o queiram ser no futuro”. Com eles, já estão a ser planeados vários workshops e formação de destinos/produtos. O operador disponibiliza também um contacto de emergência 24hor para as agências de viagens.
Esta aposta da TUI Portugal é justificada pela procura que Lars Schäfer identifica neste segmento de grandes viagens no mercado português. “Vemos uma boa procura e um crescimento, portanto há mercado e vamos investir nele – não excluindo que entraremos em outros segmentos no futuro”. Existem ainda uma série de acções previstas que estão em desenvolvimento, concretamente, ferramentas que pretendem beneficiar as agências de viagens, tanto ao nível de marketing, como de serviço e formação. Estas vão ser dadas a conhecer no próximo ano.
Lojas
No que diz respeito às agências de viagens da TUI Portugal, TUI Viagens, o responsável refere que estas estão focadas sobretudo no corporate. “Reduzimos a presença no continente para as cidades com um mercado considerável de ‘corporate travel’, Lisboa – onde o negócio foi concentrado na nova sede – e o Porto, sendo que é esse o enfoque do nosso trabalho nas agências”. No entanto, a TUI Portugal está também presente no Funchal e nos Açores. A cobertura do departamento de grupos (sediado em Lisboa) foi alargada a todo o País tornando-se num departamento de grupos nacional. Em paralelo, o Corporate Travel, e para um segmento que exige uma atenção ainda mais dedicada, tem agora um departamento especializado em clientes premium: um Private Department. ATUI Viagens agora têm duas responsáveis: Cristina Sousa e Inês Pacheco.
A TUI Viagens conta ainda com um departamento de vistos, “com um serviço de excepção que pretendemos alargar ao mercado de agências, bem como um serviço de 24horas com atendimento personalizado para todos os nossos clientes, que reflecte a nossa dedicação de prestação dum serviço de excelência – sendo que é essa a base para a confiança dos nossos clientes e com isso para o crescimento projectado”.
“TUI Destination Services”

Para a responsável, Portugal foi um destino vencedor em 2016, justificado sobretudo pela mudança da procura por destinos do Mediterrâneo Oriental para o Ocidental, uma tendência que espera que se mantenha em 2017. No entanto, alerta para o aumento de preços dos quartos no destino, que pode ter impacto negativo na estratégia de crescimento.