Serviço das empresas de gestão de viagens “não é reconhecido na totalidade”
A ITP – International Travel Partnership realizou a sua conferência anual este último fim-de-semana, em Bucareste, na Roménia. Richard Lovelock, director geral da ITP, falou ao Publituris sobre os objectivos da rede para o futuro, mas também fez um balanço sobre o sector das viagens de negócios e os desafios desta área.

Raquel Relvas Neto
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Richard Lovelock, director geral da ITP, e Alexandra Henriques, directora de marketing da TQ Travel.
A ITP – International Travel Partnership realizou a sua conferência anual este último fim-de-semana, em Bucareste, na Roménia. A conferência da rede de empresas independentes de gestão de viagens, da qual a TQ é representante exclusiva para Portugal, debateu o tema “Vender o Valor”, contando com apresentações de especialistas da indústria e painéis de discussão com os parceiros ITP.
Richard Lovelock, director geral da ITP, falou ao Publituris sobre os objectivos da rede para o futuro, mas também fez um balanço sobre o sector das viagens de negócios e os desafios desta área.
Como considera que está a decorrer 2016 para o segmento de viagens de negócios?
Apesar da procura de viagens de negócios continuar forte na Europa, outras áreas do Mundo têm registado um declínio, face ao ano passado. Algumas regiões têm enfrentado desafios económicos que tiveram impacto na sua performance; o mercado do petróleo tem-se revelado como um factor decisivo para inúmeras zonas de todo o Mundo e não só para o Médio Oriente.
Actualmente, o mercado é desafiante com os clientes empresariais a procurarem preços mais baixos e fornecedores, como companhias aéreas, que testam formas alternativas de distribuição. Como empresas de gestão de viagens, os nossos parceiros têm sido pressionados para reduzirem os preços e, ao mesmo tempo, continuarem a proporcionar um serviço de alto nível.
Por onde passa o futuro deste segmento?
Este ano, as taxas de segmento vão estar novamente sob pressão, uma vez que os clientes estão constantemente à procura de preços mais baixos. As empresas de gestão de viagens proporcionam um serviço inestimável para os clientes empresariais e, por vezes, o verdadeiro valor não é reconhecido na sua totalidade. Por isso, escolhemos tema “Vender o Valor” para a Conferência deste ano da ITP, ou seja, a relação entre o valor e o preço. No decorrer da conferência, os parceiros terão oportunidade para contactar com especialistas da indústria, fornecedores e líderes de grande importância, para falar sobre a sua percepção de valor e preço. Eu vou estar responsável por uma sessão dedicada à valorização do negócio e, mais tarde, desenvolver uma discussão mais aprofundada com os clientes sobre o tema do valor.
E no que diz respeito às TMC’s (Travel Management Company), por onde passa o futuro destas empresas?
Esta pergunta é interessante. O futuro é, de facto, emocionante, mas é também fundamental concentrarmo-nos no investimento e na mudança. As TMC’s têm o papel de assegurar a oferta de soluções tecnológicas mais acertadas, mantendo um serviço altamente personalizado. Os clientes empresariais exigem mais do que apenas um serviço de reservas. Nos últimos anos temos assistido a diversas reuniões e eventos, viagens de grupo e incentivos que correspondem com os requisitos do serviço de gestão de viagens. As empresas têm aproveitado as oportunidades para poupar através das economias de escala, em concordância interna com os requisitos constantes dos clientes ou gestores de viagens. Desta forma, uma TMC tem que ser mais do que uma empresa especialista em passagens aéreas e hotéis; os parceiros da ITP têm um papel fundamental não só pela diversidade dos seus próprios negócios como também para a contribuição de toda a rede.
Os parceiros da ITP são especialistas nos mercados locais em que actuam, culturalmente conscientes de forma abrangente e, suportados pela rede da ITP, têm acesso à mais recente tecnologia. Esta consideração é importante para o futuro, uma vez que sai bastante caro utilizar individualmente as mais recentes ferramentas tecnológicas, enquanto que quando comparado com o poder de compra de uma rede global como a ITP, os parceiros podem reduzir os preços e realizar propostas muito mais competitivas no mercado.
Mais-valias da ITP
Quais são as mais-valias para uma empresa, assim como para o destino onde esta se insere, de ser associada da ITP?
Assim que integram a rede, os parceiros elevam imediatamente o perfil da sua marca, transitando de um mercado local para o mercado global, o que aumenta também a visibilidade dos destinos promovidos. Imediatamente, a exposição da marca aumenta exponencialmente através da presença no website da ITP e de uma série de acções de marketing e comunicação realizadas pela ITP. A empresa é apresentada a todos os parceiros da rede, enquanto são identificadas internamente oportunidades no mercado para os vários negócios. Todos os parceiros participam numa call realizada duas vezes por mês, focada na comunicação de novas promoções e oportunidades nos serviços de viagens. De um modo geral, pesquisamos e desenvolvemos oportunidades de entrada e saída de mercados, visitas guiadas, reuniões, viagens de grupo que são partilhadas em toda a rede.
Podem beneficiar financeiramente?
Ao tornar-se parceira da ITP, a empresa está a aumentar o perfil da marca e os conhecimentos no mercado, mediante uma rede constituída por outros parceiros e os respectivos mercados locais. Isto agrega valor, reconhecimento global e cria novas oportunidades. A ITP também fornece apoio e consultoria para os parceiros no desenvolvimento de novos produtos e serviços, o que pode beneficiar financeiramente tanto o parceiro como o mercado em si.
Que balanço faz deste congresso? Quais os objectivos da ITP para o próximo ano?
O foco principal desta conferência é, em primeiro lugar, a tecnologia e a melhoria dos nossos sistemas para os vários clientes de MI. Além disso vamos continuar a fortalecer a cobertura da rede e a desenvolver negócios em novos mercados para os parceiros da ITP.