III Cimeira do Turismo Português: aplaudir o momento, trabalhar o amanhã – c/ fotos
A III Cimeira do Turismo Português arrancou com discursos de António Costa (primeiro-ministro), Fernando Medina (presidente da CM Lisboa) e Francisco Calheiros (CTP). No geral, um discurso de optimismo. Mas existem desafios para o futuro próximo.
Ângelo Delgado
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“O Turismo em Portugal representa 6% do PIB, 15% das exportações, o número de visitantes cresceu 10%, as receitas aumentaram 17% e gerou 42 mil postos de trabalho”. Assim, com os números do sector, o Primeiro Ministro António Costa iniciou a sua intervenção na III Cimeira do Turismo Português, que se realiza hoje, no Museu do Oriente, organizada pela Confederação do Turismo Português (CTP). O chefe de governo manteve a tónica no elogio, afirmando que se trata de “uma indústria que tem gerado emprego”, mas que deve trabalhar no sentido de diminuir “a sua sazonalidade”.
Para António Costa, uma das apostas mais sólidas para diminuir este fenómeno passa pelo “turismo de eventos e congressos”, indo ao encontro da ideia de “diversificar a oferta” para quem visita o país, “um dos caminhos para prolongar o actual momento do turismo”. Os programas “Algarve 365” e o “All for All” são, segundo o líder do Executivo, “vitais para a diversificação do produto e exemplos do que “se deve fazer”.
A finalizar, Costa reforçou a transversalidade do Turismo, recordando que este é capaz de alavancar sectores como “a agricultura, construção, comércio, entre outros”.
Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, também falou na sessão de abertura do congresso e incidiu o seu discurso na “importância de prolongar o actual momento do turismo para o futuro”. “Não pode haver estrangulamento na procura, devemos valorizar a qualidade da oferta e entender que, o futuro, passará por uma cidade que terá o Turismo como um dos seus eixos fundamentais”. Ainda a esse propósito, Medina chamou a atenção para a “necessidade de se encontrar uma solução para o Aeroporto da Portela”. Segundo o governante camarário, “houve um aumento exponencial do Turismo em Portugal e, em particular, na cidade, pelo que a capacidade de resposta deve estar ao nível das exigências”.
Foi de Francisco Calheiros, presidente da CTP, o arranque oficial do congresso. Fez uma viagem ao passado, aquando do programa de assistência financeira no país, para elogiar o trabalho resiliente da indústria. “O Turismo nunca parou, revelámos uma grande competitividade e, hoje, colhemos os frutos desse bom trabalho”. Logo a seguir, um recado dirigido aos governantes presentes no auditório: “É tempo de haver uma estabilidade legislativa e fiscal, diminuição dos custos de contexto, simplificação da carga administrativa e de existir apenas um balcão para agilizar as questões relacionadas com o sector. Ser necessário entrar em contacto com o Ministério da Economia, Finanças, Negócios Estrangeiros, Defesa, entre outros, apenas atrasa e prejudica quem trabalha no sector”.
A III Cimeira do Turismo Português – Turismo em Movimento, contará ainda com as participações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, Paulo Portas, David Neeleman, CEO da TAP, entre outros.