Empresas e Produtos turísticos: Complementaridade e intervenção pró-activa na formação.
Leia a opinião por Rita Peres, Professora Adjunta e Diretora do Curso de Licenciatura de Gestão Turística da ESHTE.
Publituris
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Octant Hotels promove-se nos EUA
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
O setor do turismo tem vindo a registar um crescimento contínuo no fluxo de turistas, assim como, o aparecimento de novos destinos, tornando-se cada vez mais competitivo e mais pró-ativo. Neste sentido, no âmbito do fenómeno turístico, os agentes turísticos vêem-se confrontados com novos constrangimentos, os quais resultam, em larga medida, de novos comportamentos e necessidades da procura, o que coloca a dimensão experiencial dos consumos numa posição de centralidade no que respeita aos desafios competitivos que se apresentam aos agentes turísticos.
Um princípio-chave aplicado na formulação da estratégia em destinos é a manutenção de uma relação estreita com a estratégia de planeamento e de desenvolvimento, que enfatize a diversificação e melhoria dos produtos turísticos, mas cumulativamente tenha a capacidade de seduzir um turista cada vez mais experiente, livre, ágil e detentor de poder e de ferramentas de informação que lhe dão acesso a um conjunto vasto de ofertas turísticas aliciantes.
Atendendo ainda, a que o turismo constitui uma atividade com uma estrutura fragmentada e que, por isso mesmo, implica a articulação entre os vários atores, bem como a concretização das parcerias indispensáveis, as vantagens competitivas de um destino podem depender fortemente da capacidade de operacionalizar um produto turístico final integrado e complexo, de modo a criar experiências turísticas memoráveis que vão ao encontro do processo de reconhecimento e de auto-realização desejado pelo turista que pretende sair do processo de consumo transformado. Considerando o conhecimento da forma como os destinos turísticos estão organizados e que os produtos turísticos representam uma oferta turística composta, salienta-se que, do destino ao produto turístico, existem diferentes níveis de intervenção, incorporados num sistema de cooperação entre os diferentes agentes do sistema turístico. É a partir desta base, que a gestão dos destinos turísticos e dos produtos turísticos tem sido uma área de relevante interesse, não só ao nível institucional, mas também ao nível prático e académico.
Neste contexto, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), através da licenciatura de Gestão Turística, procura apostar em diferentes áreas do conhecimento que estimulem diferentes desafios na área da gestão de empresas turísticas e na área da gestão de produtos turísticos, que permitam uma intervenção pró-ativa no sistema turístico, tanto ao nível do seu desenvolvimento, como ainda do funcionamento das estruturas empresariais e territoriais.
Evidente é também a necessidade de cada vez mais adaptar a oferta à procura de uma forma original, única e sustentável, pelo que aos alunos é proporcionada uma formação integrada e consistente, complementada com uma aprendizagem contínua, na qual a participação ativa e dinâmica de diferentes stakeolders do sistema turístico, é também indispensável. O grande desafio colocado aos nossos alunos passa pela capacidade de inovar em diferentes áreas do conhecimento na gestão dos destinos, nomeadamente a forma como os destinos estão organizados, estimulando a criação de estratégias educativas e colaborativas que possibilitem uma maior complementaridade entre produtos turísticos e regiões e, consequentemente, estratégias que impulsionem a criatividade no setor que exige ser intensa. Obviamente que os parceiros privados também têm um papel fundamental neste domínio, daí a necessidade de apostar em profissionais que valorizem a intervenção das empresas turísticas.
*Por Rita Peres, Professora Adjunta e Diretora do Curso de Licenciatura de Gestão Turística da ESHTE