Acessibilidade turística em debate global no Dia Mundial do Turismo
Leia o Turiscópio por Humberto Ferreira.
Humberto Ferreira
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Turismo para Todos é o tema do Dia Mundial de Turismo 2016. Espero que abranja também o acesso a informações actualizadas num sector em constante mudança de leis, medidas, e conceitos de viagens, férias, destinos, e serviços inerentes.
Entretanto digerimos a decepção dos resultados olímpicos, e festejamos mais entradas de turistas, dormidas e receitas nesta época alta, preparando a recepção de turistas em Setembro, sem mostrar ao mundo, em 27 de Setembro, os nossos programas de férias e idas à praia e ao campo para crianças e séniores carentes, e sobre o que resta dos apoios a tratamentos termais, campos de treino para jovens, etc.
EVENTOS – Passei uma tarde de Agosto a recolher dados sobre o 7º Festival de Observação de Aves em Sagres, mas a informação pouco satisfez. O portal VisitAlgarve da ERTA tem vasta informação geral, não sobre o festival. Será preciso adquirir a Algarve Events App? Ou visitar o Farol do Cabo de São Vicente? Onde há informação sobre o evento que começa a 30 de Setembro. Ora se a tendência aponta para viagens temáticas, bastam dados gerais sucintos, que abram vias para áreas onde se vencem medalhas de ouro. Também não entendo a falta de calendários online sobre eventos temáticos com projecção global, pois a maioria dos destinatários não perde tempo com dados colaterais. Estes podem ser substituídos por eventos específicos de iniciativa local difundidos online.
HISTÓRIA – O turismo estrangeiro cresceu após a chegada do Sud Express a Lisboa em 1887, sendo Lisboa preferida a Madrid, graças às frequentes escalas dos paquetes da Royal Mail e Union Castle para o Brasil e África, e nas viagens para Inglaterra, acção promovida pela Sociedade de Propaganda de Portugal (em 1906-1932), e depois do SNI (1933-1950), este dirigido por António Ferro, criador das Casas de Portugal nas capitais com forte procura. O Brasil acaba de apresentar o novo portal da Embratur, na nova Casa do Brasil, enquanto Portugal desistiu das Casas de Portugal mas a França construiu a Maison de France no Rio de Janeiro. Resta-nos criar outra marca atraente. Entre 1968 e 1972, o turismo e a emigração passaram a ter forte impulso na capitalização de divisas, o que se repete nesta fase difícil desde 2011.
OITO OU OITENTA – Entre 1978 e 2007 havia 22 regiões de turismo, duas insulares e 20 continentais, e coube ao Algarve a 1ª Comissão Regional de Turismo, presidida entre 1970 e 1974 por José Teixeira Gomes Pearce de Azevedo, antigo agente de navegação e consul britânico, que lutou em vida para o Algarve ser o 1º eixo da regionalização continental, adiado há 46 anos.
DIVERSIDADE – O sector tem cinco Entidades Regionais, duas Secretarias Regionais na Madeira e Açores, e o Instituto Turismo de Portugal em Lisboa. Entre os factores mais apreciados contam-se festivais e concertos de rock ou world-music (quase todas as semanas); torneios de surf, canoagem, motonáutica, vela, golfe, ténis, automobilismo, hipismo, parapente, paraquedismo, e em academias de futebol e outras; museus e exposições de arte, etc. Recebemos em Novembro 2016 a Web Summit em Lisboa com 50.000 participantes, e planos para dinamizar mais congressos e reuniões. Promovemos 16 inscrições da UNESCO e três expressões de património imaterial: Fado; Cante alentejano; e Chocalhos. Realizam-se eventos nos Mosteiros da Batalha, Alcobaça e Jerónimos; Torre de Belém, Convento de Cristo; a maior fortificação abaluartada em Elvas; Centros Históricos de Évora, Porto, Guimarães, Angra do Heroismo, e Universidade de Coimbra; e de património natural noAlto Douro Vinhateiro, Paisagem da Vinha da Ilha do Pico, Floresta Laurissilva na Madeira, Paisagem Natural de Sintra, ou museu de arte Rupestre no Vale do Côa.
PRAIAS – Há 314 praias com bandeira azul: 268 no Continente, 34 nos Açores, e 12 na Madeira. Somos o quinto país com mais praias na Associação de Bandeira Azul da Europa, e temos 17 marinas com bandeira azul: uma quota pequena para um litoral tão extenso e com atletas titulares de medalhas olímpicas em vela, e com o maior construtor de caiaques (Nelo) usados pela maioria dos campeões de canoagem. As praias mais sofisticadas que frequentei foram em Itália, no Adriático; extensas, limpas, bem equipadas, fácil acesso, e opções de piscinas, parques aquáticos, desportos náuticos, balneário e restauração italiana. Este ano despeço-me das praias de Sagres: famílias com crianças e séniores têm de usar carro, que fica distante dos areais, com subidas difíceis. Quando para o Tamariz, apanho comboio e saio quase no areal.
INICIATIVAS COM MARCA LUSA – Uma sugestão simples: comercializar pacotes especiais para banhistas, incluindo tuk-tuk nos polos turísticos para as praias, com uso semanal de toldos, cadeiras, e serviço de banheiro, incluindo balneario, gaivota, etc, e esplanada ao estilo de clube de golfe? Há que saber dinamizar a oferta: por exemplo: a recente recepção aos velejadores da Tall Ships Race em Lisboa foi tão positiva, que o Turismo do Alentejo já assegurou a escala em Sines da próxima regata, numa homenagem a Vasco da Gama.