Martinho Fortunato e Miguel Velez são dois dos três fundadores da Unlock Boutique Hotels.
Unlock Boutique Hotels é a nova empresa de gestão de activos hoteleiros
Tem apenas dois meses e já gere dois activos: a Casa Melo Alvim, em Viana do Castelo, e o Hotel da Estrela, em Lisboa. Miguel Velez, Martinho Fortunato e Adrian Bridge são três rostos conhecidos do Turismo em Portugal. Com percursos diferentes, mas já com uma longa experiência no Turismo, decidiram criar a Unlock Boutique… Continue reading Unlock Boutique Hotels é a nova empresa de gestão de activos hoteleiros
Carina Monteiro
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Tem apenas dois meses e já gere dois activos: a Casa Melo Alvim, em Viana do Castelo, e o Hotel da Estrela, em Lisboa.
Miguel Velez, Martinho Fortunato e Adrian Bridge são três rostos conhecidos do Turismo em Portugal. Com percursos diferentes, mas já com uma longa experiência no Turismo, decidiram criar a Unlock Boutique Hotels, uma empresa de gestão de activos hoteleiros com sede no Porto e escritórios em Lisboa. A empresa tem dois meses e já conta com dois hotéis em gestão: a Casa Melo Alvim, em Viana do Castelo, e o Hotel da Estrela, em Lisboa. Foi no Hotel da Estrela, que os dois sócios Miguel Velez e Martinho Fortunato falaram do projecto ao Publituris.
A ideia de constituir a Unlock Boutique Hotels surgiu depois de identificarem a oportunidade de negócio no mercado português: “Temos cerca de 2500 hotéis classificados em Portugal, mas quando se soma o número de hotéis de cadeias hoteleiras, esse número representa cerca de 250 unidades. Isso quer dizer que a grande maioria são hotéis independentes e, dentro desses, uma grande maioria são unidades boutique. Muitas vezes são unidades fantásticas, em sítios únicos, mas que, devido à sua dimensão, não conseguem ter equipas especializadas na área de marketing e na área comercial”, explica Miguel Velez.
É para estas unidades que a Unlock Boutique Hotels foi criada. “Em Portugal, não temos esta oferta de gestão actualmente, a nível internacional temos as grandes cadeias e agora começam a surgir as pequenas cadeias de gestão como a nossa, focados em hotéis de pequena e média dimensão que vão dos 20 até aos 120 quartos”, afirma o responsável.
Nesta fase, a Unlock Boutique Hotels apresenta-se como uma empresa para a gestão de activos sobre dois modelos: através de um contrato de arrendamento ou mediante o pagamento de um fee de gestão. No entanto, até ao final do ano, a empresa pretende permitir que unidades, cujo proprietário queira manter a gestão, integrem a Unlock como sendo uma ‘soft brand’.
Em troca, a Unlock oferece uma gestão “muito focada no capital humano e na tecnologia”, os dois grandes pilares da empresa. “A nossa diferenciação está, em primeiro lugar, na orientação para o talento e para o capital humano, isto é, estamos a recrutar equipas muito jovens, com talento e muito bem preparadas. Julgo que este é um grande ponto diferenciador”, afirma Miguel Velez. Martinho Fortunato reforça a ideia ao dizer que “o nosso objectivo é recrutar os melhores no mercado. Por já sermos da área turística e termos bastante conhecimento do mercado, temos estado a recrutar a melhor equipa possível, com pessoas muito dinâmicas, muito tecnológicas, com um espírito jovem e com muita vontade de trabalhar e fazer bem as coisas e julgo que isso vai fazer a diferença”.
Quanto ao segundo elemento diferenciador, a Unlock afirma-se como uma empresa tecnológica. “A tecnologia que temos hoje por detrás deste projecto está assente na Rategain, empresa líder mundial em tecnologia para gestão de preços e gestão junto das agências online. O que estamos a desenvolver em conjunto com a Rategain e com alguns dos principais PMS do País permitirá que qualquer hotel que esteja ligado à Unlock tenha acesso a essa tecnologia”, conclui Miguel Velez.
Perfil de unidades
A Unlock Boutique Hotels está atenta às diversas oportunidades de negócio no mercado, no entanto, existem algumas características de base para a integração de unidades. A dimensão – entre 20 a 120 quartos, é uma delas, assim como a localização. “Procuramos unidades nas principais localizações de Portugal. Estamos disponíveis para aceitar unidades tanto em Lisboa e no Porto, ou em cidades que estão em segundo ou terceiro plano da procura turística nacional”, refere Miguel Velez, dando o exemplo de Viana do Castelo, onde já têm uma unidade.
Outro factor importante é o conceito do hotel. “As unidades têm de ter um tema associado que faça a diferença para o resto do mercado. Esta é uma condição tão exigente como a sua dimensão ou a localização. Isto é, uma unidade que não permita uma personalização, uma experiência única, deixa de ter tanto interesse para nós”, explica o responsável.
No que diz respeito ao ‘asset owner’, também é descrito um perfil base: “Queremos trabalhar com ‘asset owners’ que, mesmo não tendo um conhecimento profundo de hotelaria, querem reger-se por parâmetros de qualidade de serviço, garantindo que as unidades estão em bom estado de conversão e que é realizado um investimento para que estejam sempre na sua melhor performance. Também têm de querer trabalhar com equipas de gestão orientadas para o capital humano e muito para a tecnologia e para os resultados financeiros. Em suma, o perfil dos ‘asset owners’ tem de ser a combinação destes três factores que referi”, defende Miguel Velez.
Martinho Fortunato reforça ainda a ideia de que as unidades têm de ter um conceito e esse conceito deve estar ligado à cultura portuguesa: “Queremos muito que esses conceitos puxem pelas marcas portuguesas e por aquilo que é genuinamente português. Daí o tema da filigrana no hotel de Viana do Castelo. Queremos evitar ao máximo temas que não tenham a ver com a cultura portuguesa”.
Investimento
Quando questionados sobre o investimento efectuado nas unidades já sob gestão, os responsáveis revelam que, no que diz respeito à Casa Melo Alvim, em Viana do Castelo, foi feito um investimento estrutural relacionado com a temática da unidade: a filigrana. “Tivemos de fazer alterações de ‘layout’ no lobby para que pudesse acolher este tema”. No entanto, os investimentos contemplam também os sistemas tecnológicos e até a contratação de pessoas se assim se justificar. No caso do Hotel da Estrela, em Lisboa, o investimento tecnológico já está concluído. Falta agora acrescentar mais uma temática à unidade, que já é um hotel-escola. “O hotel já tem um conceito, é um hotel escola, mas pretendemos juntar a este conceito outro, provavelmente ligado ao F&B. As temáticas não se vão sobrepor”.
Os investimentos são efectuados pela Unlock Boutique Hotels ou pelos ‘asset owners’ dependendo do acordo estabelecido. Sobre os planos de expansão, Miguel Velez revela que a marca pretende ter mais uma ou duas unidades até ao final deste ano e, em 2017, atingir as dez unidades. O responsável ressalva, contudo, que estes são números de referência e, como tal, “podem ser mais acelerados ou menos, consoante as oportunidades que surjam no mercado”. Miguel Velez reforça que tem de haver “um casamento entre as duas partes”. “O factor principal num hotel boutique é a relação que a equipa consegue ter com o seu cliente. E essa relação é um reflexo da relação que a equipa tem com a gestão e com o ‘asset owner’. Isto tem de começar bem de raiz, as equipas têm de estar contentes. Este ano esse é objectivo, até porque temos já muitas coisas feitas e estruturadas”.
Existem algumas localizações já identificadas como Lisboa, Porto, Algarve (Sagres, Faro), Cascais, Viana do Castelo Óbidos, Funchal, Açores, Douro, Aveiro. “Não quer dizer que se surgir uma proposta fora destas localizações não seja analisada”, conclui Miguel Velez.
A Unlock Hotels tem dois meses e contratou, até à data, cerca de 40 pessoas. Além de sócios fundadores da empresa, Martinho Fortunato, Miguel Velez e Adrian Bridge assumem as funções de CFO. CEO e CDO, respectivamente.
DESTAQUE
Rategain Portugal liderada por Miguel Velez e Martinho Fortunato
Paralelamente ao projecto Unlock Hotels, Miguel Velez e Martinho Fortunato estão responsáveis pelos escritórios em Portugal da RateGain Technologies, tecnológica líder a nível mundial em soluções para o sector do Turismo, em Portugal. Esta é a primeira vez que a RateGain Technologies se alia a um parceiro local para responder às necessidades específicas de um mercado. Além de Miguel Velez, CEO, e Martinho Fortunato, CFO da empresa, a Rategain Portugal conta com na equipa com Rita Machado, que integrava os quadros da Axis, Carl Carvalho, que passou pelo Ritz Carlton Penha Longa, bem como Leonor Castro, que fazia parte da gestão do Hilton Madrid.
PERFIS
Martinho Fortunato
CFO & Fundador
Aos 42 anos, Martinho Fortunato é o CEO da Marlagos, SA, empresa proprietária da Marina de Lagos e membro do Conselho de Administração da Holding MSF – Tur.Im, SGPS. O Grupo MSF tem outros projectos de Turismo e imobiliário em Portugal e no estrangeiro, entre os quais o Royal Óbidos Spa & Golf Resort. Martinho foi o presidente da Associação Portuguesa de Portos e Marinas (APPR) durante 6 anos e agora é vice-presidente.
Miguel Velez
CEO & Fundador
Miguel Velez começou a sua carreira na hotelaria como Director Geral do Porto Palácio Congress Hotel & Spa. Foi mais tarde promovido a Director Geral da Sonae Turismo, onde ficou responsável por gerir cinco hotéis. Seguiu-se o convite para assumir a função de Director Geral do The Yeatman Hotel, um dos mais emblemáticos hotéis do país. Mais recentemente, Miguel Velez foi nomeado administrador e membro do Comité Executivo do Grupo Pestana, a maior cadeia hoteleira, cargo que ocupou até 2016.
Adrian Bridge
CDO & Fundador
Adrian Bridge é o CEO da The Fladgate Partnership, holding que se dedica à produção e distribuição de Vinho do Porto e proprietária dos hotéis The Yeatman, The Vintage House e, mais recentemente, do hotel Infante Sagres, unidade localizada no Porto, que até aqui pertencia ao portfólio do grupo Thema Hotels. Adrian vive em Portugal onde está activamente envolvido em várias obras de beneficiência e em acções de angariação de fundos.