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“Não me preocupava nada não ter tido cargos no Turismo”

Leia o Conversas à Mesa, publicado na edição de 27 de Junho de 2014 com João Cotrim de Figueiredo, que anunciou a sua saída do cargo de presidente do Turismo de Portugal

Carina Monteiro
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“Não me preocupava nada não ter tido cargos no Turismo”

Leia o Conversas à Mesa, publicado na edição de 27 de Junho de 2014 com João Cotrim de Figueiredo, que anunciou a sua saída do cargo de presidente do Turismo de Portugal

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Leia o Conversas à Mesa, publicado na edição de 27 de Junho de 2014 com João Cotrim de Figueiredo, que anunciou a sua saída do  cargo de  presidente do Turismo de Portugal

João Cotrim Figueiredo é um gestor de topo e chegou a presidente do Turismo de Portugal há oito meses, com um currículo invejável nas áreas de Corporate Finance e de Gestão de empresas. É avesso a entrevistas pessoais e não se conhecem entrevistas sobre o seu percurso profissional e pessoal. Mas nem por isso deixou de responder a todas as perguntas que lhe fiz. A conversa fluiu durante hora e meia sobre um percurso profissional recheado de desafios.
João Cotrim de Figueiredo nasceu em Lisboa, a 24 de Junho de 1961. Mas, como o pai nasceu no Rio de Janeiro, tem dupla-nacionalidade e é luso-brasileiro. É o segundo de três filhos e o único rapaz. Tanto ele como as irmãs estudaram na Escola Alemã de Lisboa.
Na primária tinham aulas em alemão, de manhã, e à tarde em português. Notou bastante cedo, porque tinha primos e amigos que estudavam noutras escolas, que na Escola Alemã, havia “uma combinação mais equilibrada entre a parte educativa, desportiva e cultural”. Praticou várias modalidades, como futebol, voleibol e râguebi. A partir do sexto ano teve uma educação idêntica à que havia na Alemanha, com mais três disciplinas: Português; História e Geografia de Portugal; e Físico-química. “Somente estas disciplinas eram em português”, lembra. João Cotrim de Figueiredo admite que nunca estudou muito. “Quando gostava da disciplina, aprendia naturalmente, porque estava atento nas aulas”. Gostava de História, Geografia e Matemática. Embora tenha tido dificuldades com o próprio alemão, não havia nada em que fosse mau.
Em casa, teve uma educação liberal. A mãe era dirigente da função pública no Porto de Lisboa, e o pai, um liberal, gestor e, mais tarde, empresário, incentivava-o intelectualmente, enquanto a mãe ficava encarregue dos afectos.
Já em criança, João Cotrim de Figueiredo recorda-se “de achar graça a gerir empresas”, por influência das conversas dos pais com amigos. A Escola Alemã era das poucas, na altura, que tinha 12 anos de escolaridade. “[…] No final do 12o. ano, havia um exame igual ao que se fazia na Alemanha. Na prática saí com um certificado europeu, em 1979, bem antes da entrada na União Europeia”.
João Cotrim de Figueiredo não entrou logo para a universidade. O pai sempre o incentivou a trabalhar nas férias para ganhar experiência. Fez coisas tão diferentes como trabalhar num Centro Comercial, na Av. de Roma, propriedade da Seguradora Império. Trabalhou em várias lojas, desde livrarias a uma loja de pronto-a-vestir. Recorda-se da senhora que lhe perguntou onde estavam as camisolas de mousse. Ele, que não fazia ideia do que seriam camisolas de mousse, respondeu: “Mousse é tudo isto”, apontando para tudo. Escusado será dizer que a senhora não gostou da resposta. Trabalhou, também, a vender cabides porta-a-porta. O avô tinha uma negócio ligado às madeiras e que também fazia cabides. Foi vender cabides porta-a-porta, aos 15 anos, para a Av. Almirante Reis. Numa dessas vezes, chegado à Praça da Figueira ao Braz&Braz, concluiu, sem grande esforço, uma encomenda. Na altura, de milhares de contos. “Fiquei nas nuvens, mas semanas mais tarde, soube que o negócio já estava encaminhado. Fiquei furioso com o meu pai”, conta.
Desse tempo a vender cabides recorda as lições que retirou. “Ainda acho que a arte da venda é central, não só às actividades económicas, mas, em boa parte, à forma como gerimos a nossa vida. A venda não é mais que um processo de convencimento de levar outros a aderir a uma ideia que é nossa. Percebi que tinha de ter a capacidade de me colocar no lugar dos outros e perceber qual o argumento que era importante para cada uma das pessoas”. Dessas várias experiências, surgiu-lhe o gosto pelas actividades comerciais e pela actividade económica em geral. “Quando saí da Escola não tive grandes dúvidas que ia fazer Economia. Uma das coisas que o meu pai me mandou fazer então foi sair novamente do país – , já tinha estado no estrangeiro a trabalhar, em Hamburgo, aos 16 anos”.
Foi trabalhar para Londres no dia em que fez 18 anos. Gostou tanto da cidade que voltar não lhe parecia uma opção. Resolveu informar-se sobre como estudar em Inglaterra. Recebeu uma boa e má notícia. O diploma alemão abria as portas, mas João Cotrim de Figueiredo era estrangeiro e as propinas eram “uma fortuna”. Plano? “Precisava de trabalhar ao mesmo tempo que estudava”. Já estava a trabalhar numa empresa grega de navegação, onde o pai tinha contactos. Fazia gestão da frota, por telex, para o resto do mundo. Em Inglaterra, as primeiras escolhas foram Cambribge e Oxford, mas aí não era fácil arranjar um emprego. Acabou por seguir a terceira escolha que, vista agora, devia ter sido a primeira, diz. London School of Economics and Political Science. “O reitor na altura era Ralf Gustav Dahrendorf, um alemão discípulo do filósofo Karl Popper, grande pensador do liberalismo moderno, cujas obras eu já tinha começado a ler”, recorda. Na universidade disse que queria candidatar-se a uma bolsa,ao que a resposta foi: “Mostra que tens notas”. Ao fim do primeiro semestre já tinha uma bolsa de estudo. Foi largando o part-time e dedicou-se somente às actividades da escola, como o trabalho na biblioteca.
Entre a decisão de estudar em Londres e ser admitido demorou um ano. Nesse ano, voltou a Portugal onde continuou a trabalhar e a estudar. Foi para o Técnico estudar Engenharia, à noite.
Regressou a Londres onde esteve mais quatro anos. “A vivência em Londres foi extraordinária”, lembra. Começou por viver numa casa, propriedade de uma antiga ex-actriz e agente de actores, o que levou a que maior parte dos co-hóspedes fossem artistas; depois numa residência onde “também havia artistas, de outro tipo”, brinca; e, por último, num apartamento com um colega grego.

Regresso a Portugal
No final dos estudos em Londres, João Cotrim de Figueiredo queria regressar a Portugal, mas continuava sem um diploma português. “Para todos os efeitos sou um estrangeiro”, pensou.  Tinha aberto o MBA da Universidade Nova há pouco tempo e João Cotrim de Figueiredo concorreu. “Entrei sem qualquer experiência. Quando fiz o GMAT, tive uma nota alta, não sei se foi por isso que me admitiram”, afirma.
Concluiu o MBA, mas ainda faltava o serviço militar. Quando tentou resolver a situação, em 1985, estava dado como refractário.Justificou a ausência e fez a tropa. Antes apareceram propostas de emprego e uma delas agradou-lhe particularmente. Era a sociedade financeira MDM, cujas iniciais correspondiam a Mello, Deutsche Bank e Morgan Garanty Trust. Gostou das pessoas, mas não só.
Agradava-lhe o facto de se tratar do sector financeiro corporate e a ligação ao Grupo Mello, à americana de John P Morgan, e para o Deutche Bank, tinha a vantagem de falar alemão. Mas faltava-lhe ir à tropa. Garantiu à MDM que conseguiria começar a trabalhar em quatro meses. Fez a recruta e foi à Junta Médica e disseram-lhe: “O senhor está inapto”. João Cotrim de Figueiredo não poderia ter ficado mais contente com esta informação.
Começou a trabalhar na MDM, em 1985. “Encontrei um dream team. Além dos directores, como o José Matoso e o Jaime Almeida, –  até hoje é uma das minhas inspirações, pela qualidade humana e profissional, – na equipa tinha a Alexandra Fonseca, Clara Bragança, o Rui Horta e Costa, o Artur Silva Fernandes, o António Vasconcelos, António Bernardo, João Brião Sanches, Joaquim Barata Correia. Era uma fornada de gente a fazer aquilo que na altura não havia: o mercado de capitais”, recorda. Nos finais de 1987, os três accionistas acharam que o projecto precisava de maior unidade, e o Deutsche Bank comprou a totalidade do capital. “O processo foi complicado para muitas das pessoas, porque foram ‘namoradas’ por qualquer um dos accionistas. Ao mesmo tempo surgiu um convite do Citibank, que estava a criar de raiz o seu departamento de mercado de capitais e corporate finance”. Aceitou. “Criaram-se de raiz uma serie de coisas, como um departamento de corporate finance, que na própria estrutura do banco não se conhecia. Recebíamos emails, a questionar o que estávamos a fazer. Íamos às conferências internacionais explicar o que estávamos a fazer. Aqui podiam fazer-se coisas que não se podiam na América. A verdade é que eram operações rentáveis para as empresas e para o banco”, lembra. Entretanto, o Citibank abriu um concurso interno para atribuição de uma bolsa a quem quisesse candidatar-se a obtenção de uma licença de corretagem, com o compromisso que essa licença de corretor oficial era posta ao serviço do banco para criar uma sociedade de corretagem. João Cotrim de Figueiredo passou o exame, mas o Citibank já não quis avançar. “Tinha o diploma de corretor oficial e pus-me em campo para saber como podia capitalizar isso, mas curiosamente nunca quis ser corretor. Apareceram duas coisas: o interesse do Finibanco e do Grupo Mello em voltar a lançar uma sociedade financeira de raiz. O Finibanco valorizava a parte de corretagem e o Mello valorizava a minha experiência de corporate finance. Decidi vender a licença a um e abraçar o projecto Incofina do Grupo Jorge Mello, onde a lógica era fazer o desenvolvimento industrial com componente financeira”.  Mais tarde, o grupo BCP compra a Incofina. “Na altura, o Manuel Alfredo de Mello, por quem tenho grande estima, disse-me para ficar com o BCP, ou para ir trabalhar com eles na Nutrinveste”, recorda. “Sempre achei que a parte que me interessava nas empresas era fazer acontecer coisas, do lado financeiro, viabilizá-las. A questão agora era passar para o outro lado. Era estratégia pura industrial, 34 empresas de todo o tipo, em todas as situações. Arrumar aquilo era fascinante, mas não era uma opção fácil. Senti que já estava a demasiado tempo a fazer uma coisa que era um bocadinho frustrante, ou seja planear as operações e depois alguém as fazia. Senti que me fazia falta por as mãos na massa. Desde 1992 até agora nunca mais estive do lado financeiro das operações.  Recentemente, já depois de entrar no Turismo, senti que era uma área em que me sinto muito à vontade, tendo que estruturar as componentes de investimento, inserção de fundos comunitários”.
Porquê esta multiplicidade de experiências? “Não é que me canse das coisas, tenho necessidade de acrescentar mais ao currículo. Tenho um currículo tão multifacetado em coisas grandes, pequenas, a ganhar dinheiro, a perder, no sector financeiro, nos serviços, na indústria, com portugueses, com estrangeiros, em dificuldades, com desafogo”, refere.

TVI e Turismo de Portugal
Depois de uma experiência de seis meses na Privado Holding, em 2009, segue-se a TVI, em 2010. “Um dia recebo uma chamada do Fernando Neves de Almeida, tenho aqui uma coisa gira, que é mesmo a tua cara: “Queres substituir o Moniz? Não conhecendo a maneira como aquilo estava organizado, achei que era para fazer a parte de programação e disse que não. Depois percebi e voltei a encontrar o meu primeiro chefe, o Jaime Almeida, tendo sido esse um dos argumentos para achar que era uma boa ideia”, conta. “Orgulho-me muito do que fiz. Encontrei a TVI órfã do Moniz, fiz muitos amigos, num mundo diferente dos outros. Em muitos sentidos, este é mais glamoroso, mas não é isso que o faz diferente, tem muitos egos, mas não acho, que também seja isso que o distingue, a academia, por exemplo, também tem muitos egos. A TV é muito epidérmica, tudo se passa a nível dos sentimentos, exigiu uma gestão mais próxima”. A saída coincidiu com a crise grande no accionista espanhol Prisa, que incluiu a alteração da gestão de topo na Media Capital. “Tínhamos uma visão diferente na forma de gerir pessoas. Saio na sequência de questões que têm a ver com o respeito pela cultura, DNA do projecto”.
João Cotrim de Figueiredo não tem pruridos em falar da sua vinda para o Turismo. “Fui desafiado. Tenho uma relação de amizade com António Pires de Lima, que já era anterior a ter trabalhado com ele na Nutrinveste. Sempre mantivemos contactos sobre coisas do dia-a-dia. Falamos de negócios, política, números. Num dos contactos, antes de tomar posse como ministro, comento que tinha uma colaboração com a Confederação de Turismo Português na preparação das reuniões do Conselho Económico e Social. Ele disse-me: “Tu é que eras bom para por à frente do Turismo de Portugal, porque aquilo precisa de uma visão de negócios”. Eu disse-lhe: Tem graça, que o Francisco Calheiros já me tinha dito o mesmo. Passado uma ou duas semanas de tomar posse, liga-me. Digo-lhe já sei o que me vais dizer: A resposta é sim. Ele diz-me: “Não sei é se sabes que tens de passar pelo CreSap”, continua. Respondo: “Ah sim já ouvi falar, está bem, se tem de ser”. Assim foi. João Cotrim de Figueiredo foi escolhido para presidente do Turismo de Portugal, e exigiu à tutela a presença nas entrevistas para a restante equipa. Tinha algumas dúvidas quanto ao cargo, mas também certezas. As dúvidas? “Não saber como é que se gerem as pessoas sem instrumentos: não se pode aumentar, não se pode promover, não se pode contratar, não se pode despedir”, refere. Quanto às seguranças, não ficou receoso por não ter experiência no Turismo. “Não me preocupava nada não ter tido cargos no Turismo. Sei como funciona, alguém que chegue de fora tem de provar. Digo exactamente o que penso. Por vezes, não se criam amigos, mas cria-se algum respeito”.

Família e hobbies
João Cotrim de Figueiredo tem quatro filhos, dois rapazes e duas raparigas, com idades entre os 12 e os 25 anos. Partilha com os filhos os hobbies relacionados com o desporto, como o ténis e o ski. Além do desporto, tem imensos interesses, “o que é um drama para quem tem pouco tempo livre e agora especialmente”. Começando pelo desporto, mantém uma actividade física regular, corre três vezes por semana, pratica ténis e diz que há-de voltar ao golfe. Para o espírito gosta de ler, ficção e não ficção, de ouvir música, tocar guitarra, mal, e se o som for bom, consegue ouvir qualquer coisa. Gosta de viajar. Faz a maior parte das férias em Portugal. Gosta muito do Alentejo, onde tem um Monte. Gosta de cozinhar, cozinha para amigos e já fez viagens gastronómicas. Também gosta de fotografia. Enquanto profissional, tem uma obsessão por resultados e objectivos. “Não é uma coisa necessariamente boa, porque nem tudo se resume a números”. Deixa amigos nas equipas por onde passa. Mas, avisa, tem mau feitio, não gosta de falta de pontualidade e faltas de educação, intrigas, nem da falta de coragem típica de quem faz coisas pelas costas. O que mudou com a idade? “Os filtros. Tenho mais paciência e sei ver três passos à frente”, conclui.

Sobre o autorCarina Monteiro

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January 19, 2023, Brazil. In this photo illustration, the TAAG Linhas Aéreas de Angola logo is displayed on a smartphone screen. It is the national airline of Angola, having its headquarters in Luanda

Aviação

TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé

O presidente da TAAG revelou que, entre julho e setembro, a companhia aérea de bandeira angolana vai receber novos aviões, o que permite retomar uma rota abandonada em 2016, na altura com a justificação de que as ligações não eram rentáveis.

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A TAAG – Linhas Aéreas de Angola vai retomar, ainda este ano, os voos entre Luanda, capital angolana, e a cidade da Praia, em Cabo Verde, numa operação que deverá contar com escala em São Tomé e Príncipe, avança a Lusa, que cita o presidente da companhia.

“Esse é um desafio que temos, não só para a TAAG e para a TACV, mas para os dois povos, no caso os nossos três povos, Angola, São Tomé e Cabo Verde”, afirmou António dos Santos Domingos, após a reunião com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, que decorre no Mindelo, ilha de São Vicente.

A Lusa recorda que a TAAG suspendeu, no final de 2016, os voos diretos entre Luanda e a Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, alegando que a rota não era rentável.

No entanto, agora, a TAAG vai, segundo o seu presidente, receber novas aeronaves entre julho e setembro, pelo que a partir dessa altura poderá dizer “o dia concreto” em que será retomada a operação.

António dos Santos Domingos não quis, contudo, revelar mais detalhes sobre a operação, uma vez que ainda decorrem contactos e porque serão as questões económicas a ditar a frequência de voos.

“Nós estamos em negociações com a TACV para encontrarmos a melhor frequência”, explicou, revelando que a TAAG e a TACV vão renovar o contrato de ‘leasing’ que mantêm por mais um ano.

Recorde-se que a TACV faz ligações internacionais com Lisboa (Portugal), Paris (França) e Bérgamo (Itália), com dois aviões, um deles alugado desde março de 2022 à congénere angolana TAAG.

 

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Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros

A requalificação do Miradouro do Zebro, no concelho de Oleiros, que acaba de ser inaugurado, torna o espaço um atrativo turístico não apenas local, mas também regional e internacional, impulsionando assim a economia local através da visita de turistas.

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O Miradouro do Zebro, situado na Freguesia de Estreito-Vilar Barroco (concelho de Oleiros), foi requalificado com projeto desenhado pelo arquiteto Siza Vieira e é o único miradouro em Portugal com a sua assinatura.

Na inauguração estiveram presentes o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno.

Na ocasião, conforme avança nota publicada na página oficial da Câmara Municipal de Oleiros, o secretário de Estado do Turismo destacou a notável influência da “marca global” de Siza Vieira, apontando-a como uma referência, que tem os seus seguidores”, por ser um dos mais premiados arquitetos do mundo, galardoado pelo prestigiado Prémio Pritzker.

Pedro Machado salientou, ainda, que a obra em questão “surge num território improvável, no meio da natureza”, atraindo não apenas estudantes de arquitetura, mas também entusiastas de todo o mundo.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno considerou que a infraestrutura “é uma mais valia para esta região, que tem características naturais ímpares e é agora um local de visita obrigatório”.

A atração de visitantes a Oleiros foi o objetivo que sustentou a ideia do anterior presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, que convidou em 2021, o arquiteto a visitar o miradouro e a estudar a sua requalificação. Reforçou que se as pessoas “quiserem ver este que é o único miradouro desenhado por Siza Vieira, terão de vir a Oleiros”.

Já o atual presidente da autarquia de Oleiros, sublinhou que “temos um concelho com locais com vistas maravilhosas” e está a ser estudada “a criação de outros miradouros e um deles está para breve”.

O autarca demonstrou o orgulho que é Oleiros passar a figurar no circuito de obras mundiais de Siza Vieira, lado a lado com outras cidades. Miguel Marques salientou que “se sermos rurais é estarmos aqui, naquilo que é mais genuíno e autêntico, naquilo que é o bem-receber, então podem-me chamar rural que eu fico e ficamos todos muito satisfeitos”.

Refira-se que o miradouro é composto por uma plataforma de planta circular, de 15 metros de diâmetro, fixada na rocha, com vista panorâmica, instalada a 30 metros do solo e a 150 metros desde o fundo do vale.

 

 

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Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023

Os estabelecimentos hoteleiros em Portugal faturaram 6. 021 milhões de euros o ano passado, o que representou uma subida de 20,1% face a 2022, de acordo com dados da análise setorial da Informa D&B.

Segundo a Informa D&B, cuja análise abrange  hotéis, unidades de alojamento local, aparthotéis, apartamentos turísticos, estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação, aldeamentos turísticos, Quintas da Madeira e pousadas, o valor deste setor aumentoi em todas as zonas geográficas de Portugal, com destaque para as Regiões Autónomas dos Açores (+26,2%) e da Madeira (+23,2%), bem como para as zonas de Lisboa (+24,4%) e Norte (+24,2%).

A empresa especialista no conhecimento do tecido empresarial revela ainda que o número de hóspedes rondou os 30 milhões, o que representa um crescimento de 13% face a 2022, enquanto as dormidas totalizaram cerca de 77,2 milhões, mais 11%. As dormidas dos residentes em Portugal subiram 2,1%, para os 23,4 milhões, e a dos residentes no estrangeiro crescerem 14,9%, atingindo quase 54 milhões. Os britânicos mantiveram-se como os clientes estrangeiros em maior número, representando 12,8% das dormidas totais, à frente dos alemães (7,9%) e dos espanhóis (7,1%).

No que diz respeito à capacidade hoteleira disponível em Portugal, os dados são de 2022, que dão conta de um crescimento significativo quando comparado ao ano anterior. Assim, segundo o mesmo estudo, o total de camas disponíveis em dezembro de 2022 rondava as 458 mil, mais 13,1% que no ano anterior. Ainda em dezembro de 2022, o número de estabelecimentos em atividade aumentou 13,1% face a 2021, aproximando-se dos 7.100., com a atividade hoteleira bastante concentrada nas zonas do Algarve (quase 29% das camas disponíveis), Lisboa e Norte, com cerca de 21% e 18%, respetivamente, e na zona Centro, com 14%.

No ranking das tipologias, mais de metade do total de camas correspondia, em 2022, a hotéis, seguindo-se as unidades de alojamento local, com 18,1%, os aparthotéis, com 10,1%, os apartamentos turísticos (7,7%), os estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação (6,6%), os aldeamentos turísticos (4%) e as pousadas (0,9%).

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023

Em 2023, as viagens realizadas pelos residentes em Portugal cresceram 4,6% e atingiram um total de 23,7 milhões, no entanto ainda abaixo dos registos de 2019 (-3,2%). Se no país as viagens aumentaram 2,4%, ao estrangeiro subiram 21,5%, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, que classifica estes de máximos históricos.

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Dados do INE sobre a procura turística dos residentes referentes ao ano de 2023, publicados esta sexta-feira, revelam que o a alojamento particular gratuito, com 61,3% das preferências, aumentou a sua expressão, (+0,2 p.p. face a 2022), enquanto a duração média das viagens foi de 4,08 noites, contra 4,18 noites no ano anterior. Espanha (41,6%; +3,2 p.p.), França (10,1%, -0,7 p.p.) e Itália (6,9%, +0,2 p.p.) mantiveram-se como os principais países de destino nas deslocações dos residentes ao estrangeiro, tendo a União Europeia representado 79% do total de viagens ao estrangeiro. Na totalidade do ano de 2023 (resultados provisórios), realizaram-se 23,7 milhões de viagens, o que representa um aumento de 4,6% face a 2022 (-3,2% face a 2019).

Avança o INE que no total do ano passado, o motivo de 50,1% das viagens foi o “lazer, recreio ou férias” correspondendo a 11,9 milhões de viagens, +4,1% quando comparado com o 2022, mas -2,0% face à pré-pandemia. A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo para viajar (38,2%), tendo sido contabilizadas 9,0 milhões de viagens. Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 7,2% do total (1,7 milhões de viagens), tendo aumentado 4,9% face a 2022, mas com uma quebra de 15,5% face ao período pré-pandemia.

No período em análise, as viagens nacionais cresceram 2,4% (-4,3% face a 2019), representando 86,4% do total (-1,9 p.p.), as viagens ao estrangeiro aumentaram 21,5% (+4,1% comparando com 2019). A região Centro manteve a 1ª posição como principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,8% do total (-0,5 p.p. face a 2022), seguindo-se o Norte (23,7% do total), que ganhou representatividade face ao ano anterior (+2,4 p.p.).

No total do ano 2023, em 38,9% do total das viagens (+1,6 p.p. face a 2022), os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia, sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 92,2% (-0,9 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 25,7% (+0,5 p.p.) das viagens, 19,2% nas que tiveram como destino Portugal (-0,2 p.p.) e 66,9% nas viagens ao estrangeiro (-1,8 p.p.).

Só no 4º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,1 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 2,9%. As viagens em território nacional corresponderam a 86,7% das deslocações (4,5 milhões), tendo aumentado 1,5%. As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 12,9%, totalizando 683,6 mil viagens, o que correspondeu a 13,3% do total.

O recurso à internet na organização de viagens continuou a ganhar expressão, no 4º trimestre de 2023, principalmente nas deslocações ao estrangeiro (35,3% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços), enquanto a reserva antecipada de serviços esteve associada a 26,5% das deslocações em território nacional.

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Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio

Em 2023, a Allianz Partners registou um desempenho recorde, com crescimento em todos os segmentos de negócio. A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023.

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A Allianz Partners acaba de apresentar os resultados financeiros de 2023, registando 9,3 mil milhões de euros em receitas totais e um lucro operacional de 301,2 milhões de euros. Este é o desempenho financeiro mais forte da história da Allianz Partners. Todas as linhas de negócio registaram um crescimento sustentado, impulsionado pelo aumento das viagens internacionais, crescimento de dois dígitos em mobilidade e assistência e crescimento recorde de 23,4% no negócio de saúde da Allianz Partners. Quase 73 milhões de casos de assistência foram tratados globalmente em 2023, o equivalente a 200 mil casos por dia.

A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023. Esta evolução significativa foi impulsionada pelo crescimento na Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. A recuperação do setor das viagens na Austrália e na Nova Zelândia impulsionou o crescimento das viagens, na sequência do fim de todas as restrições à entrada e saída de viajantes. O desempenho das viagens na América do Norte manteve-se, contribuindo para um novo aumento dos canais offline e do negócio B2C. O crescimento europeu foi impulsionado principalmente pelo setor dos serviços financeiros no Reino Unido, juntamente com as companhias aéreas e as agências de viagens em França. Com o recente lançamento da aplicação móvel Allyz, a Allianz Partners continua a sua expansão e investimento em plataformas digitais para clientes.

 

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Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris

A Azul abriu a rota para Paris a 26 de abril de 2023 e, ao longo do primeiro ano de operação, realizou 308 voos e transportou mais de 191 mil passageiros para a capital francesa.

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A Azul Linhas Aéreas Brasileiras está a assinalar esta sexta-feira, 26 de abril, o primeiro aniversário da rota para Paris-Orly, França, período ao longo do qual a transportadora aérea realizou 308 voos para a capital francesa e transportou mais de 191 mil passageiros.

“Os resultados do nosso voo para Paris superaram todas as expectativas, mesmo sendo uma das cidades mais turísticas do mundo. Construímos as nossas operações com base na conectividade, aproximando regiões que antes estavam isoladas, e hoje estamos mais próximos da Europa. Desde o início deste mês, passamos a operar mais uma frequência semanal para garantir ainda mais opções para os nossos clientes”, congratula-se André Mercadante, diretor de Planeamento da Azul.

A Azul começou a operar a rota para Paris com seis voos por semana, número que passou, entretanto, para sete voos semanais, que partem do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, pelas 17h50, chegando à capital francesa às 10h20. Em sentido inverso, a partida de Paris decorre às 12h50, chegando em Campinas às 19h50.

A Azul é atualmente a única companhia aérea brasileira que voa diretamente para Paris, cidade que vai receber, este ano, os Jogos Olímpicos, aos quais a Azul também associou, sendo patrocinadora oficial da seleção brasileira e assinalando o evento com menus especiais a bordo dos seus voos.

 

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Octant Hotels promove-se nos EUA

A Octant Hotels apresentou as suas oito unidades em dois eventos nos EUA que passaram por Chicago e Boston, entre 16 e 18 de abril, e nos quais foram também dados a conhecer os pilares da marca.

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A Octant Hotels promoveu, entre 16 e 18 de abril, um evento promocional nos EUA, que serviu para dar continuidade à estratégia de apresentação dos hotéis da marca no mercado internacional e que passou pelas cidades de Chicago e Boston.

Num comunicado enviado à imprensa, a Octant Hotels explica que “esta aproximação ao mercado estadunidense permitiu demonstrar a hospitalidade portuguesa e destacar as várias regiões e tradições de Portugal”.  

Além de dar a conhecer as unidades da marca, o evento serviu também para apresentar os dois pilares da Octant Hotels, concretamente o localismo e a liberdade, contando ainda com um momento gastronómico a cargo do chef Paulo Leite, chef executivo do Octant Ponta Delgada.   

O evento contou com a participação Luís Mexia Alves, CEO da Discovery Hotel Management (DHM); Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM; e Gonçalo Mexia Alves, Head of Sales da DHM.

“Cada hotel Octant é único e irrepetível e traz uma oferta inovadora, com experiências autênticas e singulares, pois não existem dois Octant iguais, pela sua localização, a sua história, as tradições e as suas gentes. Ter dado a  conhecer os nossos pilares de localismo e liberdade num mercado tão importante como o do Estados Unidos, permitiu uma aproximação às nossas raízes e à cultura portuguesa”, refere Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM.

Recorde-se que a Octant Hotels conta atualmente com oito unidades hoteleiras que oferecem 539 quartos em Portugal, localizando-se de norte a sul do país, incluindo a ilha de S. Miguel, nos Açores.   

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“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

Victor Jorge

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

Victor Jorge

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT

Segundo a APAVT, esta missão internacional a Macau visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

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A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está a promover uma missão internacional a Macau, que conta com  o apoio do Turismo de Macau e que vai passar pela MITE-Macau International Travel Exhibition, que decorre entre 26 e 28 de abril.

Segundo um comunicado divulgado pela associação, esta missão internacional a Macau conta com uma comitiva de associados e líderes da distribuição europeia e visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

“Pela primeira vez, e por iniciativa da APAVT, a comitiva incluirá também representantes da nossa congénere espanhola, a CEAV, bem como da ECTAA-Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos, num esforço conjunto para promover o desenvolvimento das relações turísticas entre Macau e o mercado europeu. A comitiva é composta por um total de três dezenas de profissionais do setor, especialmente convidados por Macau”, detalha a APAVT.

Além da visita à feira de turismo de Macau, os participantes nesta missão internacional contam com um “intenso programa que inclui encontros B2B e outras iniciativas que visam reforçar as relações bilaterais e estabelecer novas parcerias estratégicas, com vista ao incremento do volume de turismo, nos dois sentidos”.

“É conhecida a proximidade entre a APAVT e Macau, proximidade construída através de trabalho conjunto contínuo, sempre com o objetivo de incrementar os fluxos turísticos entre Portugal , Macau e a China em geral. A atual comitiva é um passo em frente muito significativo neste trabalho conjunto, ao alargar o esforço de aproximação a duas comunidades internacionais que integramos e muito prezamos – a Aliança Ibérica, constituída pela APAVT e a espanhola CEAV, e a ECTAA”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

*O Publituris foi um dos convidados pela APAVT para integrar esta missão empresarial a Macau, sobre a qual vai ser possível saber mais nas próximas edições do jornal Publituris.

 

 

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