Edição digital
Assine já
PUB
Colunista Convidado

Que baixa produtividade: duas décadas – 1994-2015 – para privatizar a TAP

A TAP completou em Abril 70 anos, sendo sem dúvida uma das nossas marcas internacionalmente mais conhecidas, e a empresa que melhor simboliza e valoriza a imagem de Portugal, interna e externamente. Poucos concidadãos haverá que não sintam orgulho pela projecção e nível do serviço prestado pelo TAP desde 1945.

Humberto Ferreira
Colunista Convidado

Que baixa produtividade: duas décadas – 1994-2015 – para privatizar a TAP

A TAP completou em Abril 70 anos, sendo sem dúvida uma das nossas marcas internacionalmente mais conhecidas, e a empresa que melhor simboliza e valoriza a imagem de Portugal, interna e externamente. Poucos concidadãos haverá que não sintam orgulho pela projecção e nível do serviço prestado pelo TAP desde 1945.

Sobre o autor
Humberto Ferreira
Artigos relacionados
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Aviação
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Destinos
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Alojamento
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Destinos
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Destinos
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Aviação
Octant Hotels promove-se nos EUA
Alojamento
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
Meeting Industry
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Meeting Industry
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Destinos

humberto-ferreira.jpgA TAP completou em Abril 70 anos, sendo sem dúvida uma das nossas marcas internacionalmente mais conhecidas, e a empresa que melhor simboliza e valoriza a imagem de Portugal, interna e externamente. Poucos concidadãos haverá que não sintam orgulho pela projecção e nível do serviço prestado pelo TAP desde 1945.

No Rio de Janeiro, quando o avião da TAP chega à manga , ouvem-se brasileiros dizer: CHEGOU PORTUGAL!

A TAP foi a grande escola da aviação lusófona, com vários programas de intercâmbio em Angola, Moçambique, Brasil, Macau, etc., que lamento ver agora afastados. Vender a TAP é vender Portugal. Quantos pilotos, engenheiros, especialistas e gestores dessas companhias não valorizaram os vood da TAP?

A AVIAÇÃO GERIDA POR INVESTIDORES EXTERNOS – O Governo Passos-Portas vai agora entregar a TAP e as empresas que integram o grupo, a investidores americanos, alegadamente em troca de uma fatia de 35 milhões de euros, talvez para atenuar o défice mensal da despesa pública de um Estado montado em duplicado, quando não em triplicado, para satisfazer a fracassada burocracia de Bruxelas, bem longe do projecto de nivelamento paralelo da população e economia europeias.

Há 20 anos que a privatização da TAP consta dos programas de vários governos, sem ter atraído empresários portugueses ou investidores estrangeiros.

Na mais recente e polémica aposta liberal, o português Miguel Pais do Amaral avançou, isolado, à terceira candidatura da privatização. Mesmo sem currículo nem experiência nesta área, e sem dar a conhecer ao País, até agora, a capacidade dos seus parceiros externos e dos meios concretos para livrar a TAP da situação de insolvência técnica em que se encontra, com uma dívida colossal e capital negativo.

Candidatou-se também o norte americano David Neeleman, nascido no Brasil, e aliado a Humberto Pedrosa, presidente do grupo Barraqueiro (autocarros, turismo, comboios suburbanos, etc).

David Neeleman fundou duas empresas de baixo custo; a BLUEJET nos EUA em 1998 (a qual em 2013 voava para 84 destinos, servindo 24 estados federais, e 12 países nas Caraíbas e América Latina), e a AZUL fundada no Brasil en 2008, com hubs em Viracopos, Campinas-São Paulo; e Confins, em Belo Horizonte, Minas Gerais, etc.

Neeleman reuniu fundos nos Estados Unidos, mas não é o accionista principal deste grupo.

E German Efromovich, presidente da Avianca Holdings, Bogotá, que integra a Avianca Brasil, Avianca Ecuador, etc., sendo repetente nesta candidatura à privatização da TAP.

A marca Avianca representa uma das mais antigas empresas aéreas – a Scadta, fundada em Bogotá em 1919. Durante o século XX teve vários parceiros: dos Estados Unidos (em 1945 esteve associada à PanAm, que operou até 1991), do Brasil e outros países sul-americanos, até que em 2004 foi objecto de uma reestruturação lançada pela Federação dos Produtores de Café da Colômbia e do Consórcio  Brasileiro Ocean Air(Synergy Group), sob a égide de German Efromovich, colombiano de nascimento, naturalizado  brasileiro e polaco.

Em 2012 a Avianca foi admitida na aliança Star, também integrada pela TAP. A Avianca Brasil transportou entre 2009 e 2015 dez milhões de passageiros com uma frota de 36 Embraer 195. Este investidor apelou ao Governo de Lisboa para tentar, pela via diplomática, cobrar a pesada dívida da Venezuela à TAP, pela venda de passagens aéreas.

EUROPA CRIA OU DESTRÓI EMPRESAS? – De facto, a TAP apenas tem um défice de tesouraria, agravado pelas dívidas da Venezuela, Angola e Brasil, que deveria merecer, sim, o apoio de um plano exequível de Bruxelas para salvar os salários de 13.268 trabalhadores, sem ser preciso «trespassar» a empresa, e evitando que a Europa ficasse afastada, mais uma vez, do importante movimento comercial e industrial que a TAP gere em divisas.

Neste ponto concordo com António Costa: cabe aos nossos governantes pressionar os líderes europeus, certamente distraídos, ou agrupados em conluio, para retirar aos europeus periféricos o controlo das rotas marítimas e aéreas, à custa da teimosia ideológica de que não compete ao Estado gerir empresas de transportes internacionais, ou suburbanos.

Ora seria vantajoso unir os parceiros europeus interessados em manter a gestão de rotas aéreas, marítimas, e terrestres em cada Estado Membro, em vez destes se verem forçados a vender os seus activos para mais europeus passarem a ser mandados por gestores sul-americanos, interessados em multiplicar os respectivos negócios.

Pela primeira vez em 10 anos, um armador norueguês acaba de lançar uma empresa de cruzeiros oceânicos, a Viking Cruises. O Viking Star é o seu primeiro navio oceânico e veio a Lisboa na viagems inaugural, com pouco destaque na TV. Entretanto os restantes armadores e empresários aéreos estão a vender as empresas que resistiram mais, entre as quais a TAP.

Na aviação, a Alitália foi salva pela Etihad Airways, empresa do Abu Dhabi que tem investimentos na Air Berlin, AerLingus, Air Serbia, etc. A aviação europeia será dominada pelo Médio Oriente, enquanto a China, Índia, e outras potências dominam a energia, banca, indústria, turismo, e o saber.

Como a TAP, com o Hub de Lisboa passou a liderar as linhas aéreas do Brasil para a Europa e v.v, passou a ser cobiçada pelos executivos das empresas sul-americanas, como potencial eixo deste tráfego.

ADEUS TAP PORTUGAL – Lamento que o Governo venha a aceitar trocar a TAP por apenas 35 milhões de euros, contra promessas de reestruturação da dívida acumulada (no valor de 1062 milhões de euros), acrescida da injecção de 200 ou 350 milhões de euros para saldar compromissos imediatos, e de outros meios para renovar as frotas da TAP e PGA, além da indispensável capitalização necessária para a empresa voltar a ter capital positivo.

Quanto às promessas de imediata cedência à TAP de aviões da AZUL e da AVIANCA, candidatas à privatização, por acaso apenas valorizo a breve renovação da frota da PGA (constituída por seis Fokker100 datados de 1988, e cuja fábrica suspendeu há anos a produção de aviões; e por oito Embraer145, datados de 1990), pois também não se aceita que a TAP passe a ser depósito de aeronaves abatidas de frotas concorrentes.

É evidente que a análise estratégica e operacional a que a TAP está a submeter estas propostas, não deixará de considerar esta prioridade, sabendo igualmente, que os quatro A340 da TAP estão ultrapassados em tecnologia e consumo.

Ambos os candidatos americanos estão, curiosamente, prontos a transferir unidades Embraer e Airbus, com pouco uso, mas que devem previamente ser adaptados ao padrão TAP. Ora a lista dos fabricantes aeronáuticos é extensa, mas a TAP tem encomendadas à Airbus doze unidades A350 XWB para entrega em 2017, que talvez também interesse bastante aos candidatos.

HISTORIAL DIVERSIFICADO – Para se analisar esta complexa situação importa relembrar a curiosa evolução da TAP nestas décadas.

1945 – A TAP foi criada na dependência do Secretariado da Aeronáutica Civil, para o Governo defender, nas esferas internacionais, a contestada governação colonial, quando nem tínhamos voos regulares de ligação às respectivas populações, além das carreiras de paquetes, ao contrário do Reino Unido, França, etc., cujos empresários operavam linhas aéreas e marítimas para as suas antigas possessões.

1953 – Transformada em SARL – uma Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada, sendo os primeiros accionistas empresas do regime da época e o Estado.

1975 – Nacionalização pelo governo provisório, face aos prejuízos acumulados e à quebra da procura aérea. Além disso, a TAP foi crucial para o transporte de grande parte dos 900 mil retornados que o continente recebeu nesse período.

1976-2000 – Os prejuízos anuais continuaram a ultrapassar as previsões, apesar de diversas tentativas de reorganização financeira, comercial e operacional, incluindo a modernização da frota a jacto. A TAP foi uma das primeiras frotas europeias inteiramente a jacto, com uma rede intercontinental de fôlego.

1979 – Foi adoptada a marca comercial TAP Air Portugal, com nova imagem e cores das aeronaves e da restante linha de produtos, a qual voltaria a ser mudada em 2005 para TAP Portugal, com novas cores na frota e nas lojas, destacando-se o verde-alface.

1985 – Foi introduzido o conceito de companhia de bandeira, algo semelhante ao aplicado anteriormente a 1974, tendo como objectivo principal a ligação aérea às comunidades da diáspora, sem, todavia, o accionista Estado ter cumprido a recapitalização da TAP, para satisfazer os protestos das empresas privadas.

Portugal solicitou a adesão à CEE em 1977, na qual entrou em Janeiro de 1986. Curiosamente, a TAP funcionava já nessa época como uma empresa de tarifas baixas para os destinos ultramarinos, mas com custos elevados.

1994 – A Comissão Europeia declarou a desregulação do transporte aéreo, conforme referido acima. E o Governo admitiu, pela primeira vez, a privatização para estancar a escassez de capitais próprios.

A economia nacional atravessava então um período de capitalização popular através de operações de sucesso junto do mercado bolsista, permitindo assim reforços de capitalização às nossas maiores empresas (desde que não tivessem capitais negativos).

Na TAP, porém, os prejuízos continuaram, tendo a pior fase de quebra de resultados e de subida da dívida ficado contabilizada entre 2001 e 2011, curiosamente após o conceito positivo do Hub de Lisboa ter sido introduzido gradualmente desde 2000, ou seja, a articulação entre as redes de curto e médio curso e a intercontinental, através do encaminhamento de passageiros da América Latina e do Norte, e de África, para outros destinos nacionais e internacionais, via Lisboa.

Sobre o autorHumberto Ferreira

Humberto Ferreira

Mais artigos
Artigos relacionados
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Aviação
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Destinos
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Alojamento
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Destinos
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Destinos
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Aviação
Octant Hotels promove-se nos EUA
Alojamento
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
Meeting Industry
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Meeting Industry
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Destinos
PUB

January 19, 2023, Brazil. In this photo illustration, the TAAG Linhas Aéreas de Angola logo is displayed on a smartphone screen. It is the national airline of Angola, having its headquarters in Luanda

Aviação

TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé

O presidente da TAAG revelou que, entre julho e setembro, a companhia aérea de bandeira angolana vai receber novos aviões, o que permite retomar uma rota abandonada em 2016, na altura com a justificação de que as ligações não eram rentáveis.

Publituris

A TAAG – Linhas Aéreas de Angola vai retomar, ainda este ano, os voos entre Luanda, capital angolana, e a cidade da Praia, em Cabo Verde, numa operação que deverá contar com escala em São Tomé e Príncipe, avança a Lusa, que cita o presidente da companhia.

“Esse é um desafio que temos, não só para a TAAG e para a TACV, mas para os dois povos, no caso os nossos três povos, Angola, São Tomé e Cabo Verde”, afirmou António dos Santos Domingos, após a reunião com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, que decorre no Mindelo, ilha de São Vicente.

A Lusa recorda que a TAAG suspendeu, no final de 2016, os voos diretos entre Luanda e a Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, alegando que a rota não era rentável.

No entanto, agora, a TAAG vai, segundo o seu presidente, receber novas aeronaves entre julho e setembro, pelo que a partir dessa altura poderá dizer “o dia concreto” em que será retomada a operação.

António dos Santos Domingos não quis, contudo, revelar mais detalhes sobre a operação, uma vez que ainda decorrem contactos e porque serão as questões económicas a ditar a frequência de voos.

“Nós estamos em negociações com a TACV para encontrarmos a melhor frequência”, explicou, revelando que a TAAG e a TACV vão renovar o contrato de ‘leasing’ que mantêm por mais um ano.

Recorde-se que a TACV faz ligações internacionais com Lisboa (Portugal), Paris (França) e Bérgamo (Itália), com dois aviões, um deles alugado desde março de 2022 à congénere angolana TAAG.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros

A requalificação do Miradouro do Zebro, no concelho de Oleiros, que acaba de ser inaugurado, torna o espaço um atrativo turístico não apenas local, mas também regional e internacional, impulsionando assim a economia local através da visita de turistas.

Publituris

O Miradouro do Zebro, situado na Freguesia de Estreito-Vilar Barroco (concelho de Oleiros), foi requalificado com projeto desenhado pelo arquiteto Siza Vieira e é o único miradouro em Portugal com a sua assinatura.

Na inauguração estiveram presentes o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno.

Na ocasião, conforme avança nota publicada na página oficial da Câmara Municipal de Oleiros, o secretário de Estado do Turismo destacou a notável influência da “marca global” de Siza Vieira, apontando-a como uma referência, que tem os seus seguidores”, por ser um dos mais premiados arquitetos do mundo, galardoado pelo prestigiado Prémio Pritzker.

Pedro Machado salientou, ainda, que a obra em questão “surge num território improvável, no meio da natureza”, atraindo não apenas estudantes de arquitetura, mas também entusiastas de todo o mundo.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno considerou que a infraestrutura “é uma mais valia para esta região, que tem características naturais ímpares e é agora um local de visita obrigatório”.

A atração de visitantes a Oleiros foi o objetivo que sustentou a ideia do anterior presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, que convidou em 2021, o arquiteto a visitar o miradouro e a estudar a sua requalificação. Reforçou que se as pessoas “quiserem ver este que é o único miradouro desenhado por Siza Vieira, terão de vir a Oleiros”.

Já o atual presidente da autarquia de Oleiros, sublinhou que “temos um concelho com locais com vistas maravilhosas” e está a ser estudada “a criação de outros miradouros e um deles está para breve”.

O autarca demonstrou o orgulho que é Oleiros passar a figurar no circuito de obras mundiais de Siza Vieira, lado a lado com outras cidades. Miguel Marques salientou que “se sermos rurais é estarmos aqui, naquilo que é mais genuíno e autêntico, naquilo que é o bem-receber, então podem-me chamar rural que eu fico e ficamos todos muito satisfeitos”.

Refira-se que o miradouro é composto por uma plataforma de planta circular, de 15 metros de diâmetro, fixada na rocha, com vista panorâmica, instalada a 30 metros do solo e a 150 metros desde o fundo do vale.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Alojamento

Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023

Os estabelecimentos hoteleiros em Portugal faturaram 6. 021 milhões de euros o ano passado, o que representou uma subida de 20,1% face a 2022, de acordo com dados da análise setorial da Informa D&B.

Segundo a Informa D&B, cuja análise abrange  hotéis, unidades de alojamento local, aparthotéis, apartamentos turísticos, estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação, aldeamentos turísticos, Quintas da Madeira e pousadas, o valor deste setor aumentoi em todas as zonas geográficas de Portugal, com destaque para as Regiões Autónomas dos Açores (+26,2%) e da Madeira (+23,2%), bem como para as zonas de Lisboa (+24,4%) e Norte (+24,2%).

A empresa especialista no conhecimento do tecido empresarial revela ainda que o número de hóspedes rondou os 30 milhões, o que representa um crescimento de 13% face a 2022, enquanto as dormidas totalizaram cerca de 77,2 milhões, mais 11%. As dormidas dos residentes em Portugal subiram 2,1%, para os 23,4 milhões, e a dos residentes no estrangeiro crescerem 14,9%, atingindo quase 54 milhões. Os britânicos mantiveram-se como os clientes estrangeiros em maior número, representando 12,8% das dormidas totais, à frente dos alemães (7,9%) e dos espanhóis (7,1%).

No que diz respeito à capacidade hoteleira disponível em Portugal, os dados são de 2022, que dão conta de um crescimento significativo quando comparado ao ano anterior. Assim, segundo o mesmo estudo, o total de camas disponíveis em dezembro de 2022 rondava as 458 mil, mais 13,1% que no ano anterior. Ainda em dezembro de 2022, o número de estabelecimentos em atividade aumentou 13,1% face a 2021, aproximando-se dos 7.100., com a atividade hoteleira bastante concentrada nas zonas do Algarve (quase 29% das camas disponíveis), Lisboa e Norte, com cerca de 21% e 18%, respetivamente, e na zona Centro, com 14%.

No ranking das tipologias, mais de metade do total de camas correspondia, em 2022, a hotéis, seguindo-se as unidades de alojamento local, com 18,1%, os aparthotéis, com 10,1%, os apartamentos turísticos (7,7%), os estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação (6,6%), os aldeamentos turísticos (4%) e as pousadas (0,9%).

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023

Em 2023, as viagens realizadas pelos residentes em Portugal cresceram 4,6% e atingiram um total de 23,7 milhões, no entanto ainda abaixo dos registos de 2019 (-3,2%). Se no país as viagens aumentaram 2,4%, ao estrangeiro subiram 21,5%, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, que classifica estes de máximos históricos.

Publituris

Dados do INE sobre a procura turística dos residentes referentes ao ano de 2023, publicados esta sexta-feira, revelam que o a alojamento particular gratuito, com 61,3% das preferências, aumentou a sua expressão, (+0,2 p.p. face a 2022), enquanto a duração média das viagens foi de 4,08 noites, contra 4,18 noites no ano anterior. Espanha (41,6%; +3,2 p.p.), França (10,1%, -0,7 p.p.) e Itália (6,9%, +0,2 p.p.) mantiveram-se como os principais países de destino nas deslocações dos residentes ao estrangeiro, tendo a União Europeia representado 79% do total de viagens ao estrangeiro. Na totalidade do ano de 2023 (resultados provisórios), realizaram-se 23,7 milhões de viagens, o que representa um aumento de 4,6% face a 2022 (-3,2% face a 2019).

Avança o INE que no total do ano passado, o motivo de 50,1% das viagens foi o “lazer, recreio ou férias” correspondendo a 11,9 milhões de viagens, +4,1% quando comparado com o 2022, mas -2,0% face à pré-pandemia. A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo para viajar (38,2%), tendo sido contabilizadas 9,0 milhões de viagens. Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 7,2% do total (1,7 milhões de viagens), tendo aumentado 4,9% face a 2022, mas com uma quebra de 15,5% face ao período pré-pandemia.

No período em análise, as viagens nacionais cresceram 2,4% (-4,3% face a 2019), representando 86,4% do total (-1,9 p.p.), as viagens ao estrangeiro aumentaram 21,5% (+4,1% comparando com 2019). A região Centro manteve a 1ª posição como principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,8% do total (-0,5 p.p. face a 2022), seguindo-se o Norte (23,7% do total), que ganhou representatividade face ao ano anterior (+2,4 p.p.).

No total do ano 2023, em 38,9% do total das viagens (+1,6 p.p. face a 2022), os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia, sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 92,2% (-0,9 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 25,7% (+0,5 p.p.) das viagens, 19,2% nas que tiveram como destino Portugal (-0,2 p.p.) e 66,9% nas viagens ao estrangeiro (-1,8 p.p.).

Só no 4º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,1 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 2,9%. As viagens em território nacional corresponderam a 86,7% das deslocações (4,5 milhões), tendo aumentado 1,5%. As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 12,9%, totalizando 683,6 mil viagens, o que correspondeu a 13,3% do total.

O recurso à internet na organização de viagens continuou a ganhar expressão, no 4º trimestre de 2023, principalmente nas deslocações ao estrangeiro (35,3% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços), enquanto a reserva antecipada de serviços esteve associada a 26,5% das deslocações em território nacional.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio

Em 2023, a Allianz Partners registou um desempenho recorde, com crescimento em todos os segmentos de negócio. A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023.

Publituris

A Allianz Partners acaba de apresentar os resultados financeiros de 2023, registando 9,3 mil milhões de euros em receitas totais e um lucro operacional de 301,2 milhões de euros. Este é o desempenho financeiro mais forte da história da Allianz Partners. Todas as linhas de negócio registaram um crescimento sustentado, impulsionado pelo aumento das viagens internacionais, crescimento de dois dígitos em mobilidade e assistência e crescimento recorde de 23,4% no negócio de saúde da Allianz Partners. Quase 73 milhões de casos de assistência foram tratados globalmente em 2023, o equivalente a 200 mil casos por dia.

A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023. Esta evolução significativa foi impulsionada pelo crescimento na Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. A recuperação do setor das viagens na Austrália e na Nova Zelândia impulsionou o crescimento das viagens, na sequência do fim de todas as restrições à entrada e saída de viajantes. O desempenho das viagens na América do Norte manteve-se, contribuindo para um novo aumento dos canais offline e do negócio B2C. O crescimento europeu foi impulsionado principalmente pelo setor dos serviços financeiros no Reino Unido, juntamente com as companhias aéreas e as agências de viagens em França. Com o recente lançamento da aplicação móvel Allyz, a Allianz Partners continua a sua expansão e investimento em plataformas digitais para clientes.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris

A Azul abriu a rota para Paris a 26 de abril de 2023 e, ao longo do primeiro ano de operação, realizou 308 voos e transportou mais de 191 mil passageiros para a capital francesa.

Publituris

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras está a assinalar esta sexta-feira, 26 de abril, o primeiro aniversário da rota para Paris-Orly, França, período ao longo do qual a transportadora aérea realizou 308 voos para a capital francesa e transportou mais de 191 mil passageiros.

“Os resultados do nosso voo para Paris superaram todas as expectativas, mesmo sendo uma das cidades mais turísticas do mundo. Construímos as nossas operações com base na conectividade, aproximando regiões que antes estavam isoladas, e hoje estamos mais próximos da Europa. Desde o início deste mês, passamos a operar mais uma frequência semanal para garantir ainda mais opções para os nossos clientes”, congratula-se André Mercadante, diretor de Planeamento da Azul.

A Azul começou a operar a rota para Paris com seis voos por semana, número que passou, entretanto, para sete voos semanais, que partem do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, pelas 17h50, chegando à capital francesa às 10h20. Em sentido inverso, a partida de Paris decorre às 12h50, chegando em Campinas às 19h50.

A Azul é atualmente a única companhia aérea brasileira que voa diretamente para Paris, cidade que vai receber, este ano, os Jogos Olímpicos, aos quais a Azul também associou, sendo patrocinadora oficial da seleção brasileira e assinalando o evento com menus especiais a bordo dos seus voos.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Alojamento

Octant Hotels promove-se nos EUA

A Octant Hotels apresentou as suas oito unidades em dois eventos nos EUA que passaram por Chicago e Boston, entre 16 e 18 de abril, e nos quais foram também dados a conhecer os pilares da marca.

Publituris

A Octant Hotels promoveu, entre 16 e 18 de abril, um evento promocional nos EUA, que serviu para dar continuidade à estratégia de apresentação dos hotéis da marca no mercado internacional e que passou pelas cidades de Chicago e Boston.

Num comunicado enviado à imprensa, a Octant Hotels explica que “esta aproximação ao mercado estadunidense permitiu demonstrar a hospitalidade portuguesa e destacar as várias regiões e tradições de Portugal”.  

Além de dar a conhecer as unidades da marca, o evento serviu também para apresentar os dois pilares da Octant Hotels, concretamente o localismo e a liberdade, contando ainda com um momento gastronómico a cargo do chef Paulo Leite, chef executivo do Octant Ponta Delgada.   

O evento contou com a participação Luís Mexia Alves, CEO da Discovery Hotel Management (DHM); Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM; e Gonçalo Mexia Alves, Head of Sales da DHM.

“Cada hotel Octant é único e irrepetível e traz uma oferta inovadora, com experiências autênticas e singulares, pois não existem dois Octant iguais, pela sua localização, a sua história, as tradições e as suas gentes. Ter dado a  conhecer os nossos pilares de localismo e liberdade num mercado tão importante como o do Estados Unidos, permitiu uma aproximação às nossas raízes e à cultura portuguesa”, refere Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM.

Recorde-se que a Octant Hotels conta atualmente com oito unidades hoteleiras que oferecem 539 quartos em Portugal, localizando-se de norte a sul do país, incluindo a ilha de S. Miguel, nos Açores.   

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Meeting Industry

“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

Victor Jorge

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Meeting Industry

APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

Victor Jorge

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT

Segundo a APAVT, esta missão internacional a Macau visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

Publituris

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está a promover uma missão internacional a Macau, que conta com  o apoio do Turismo de Macau e que vai passar pela MITE-Macau International Travel Exhibition, que decorre entre 26 e 28 de abril.

Segundo um comunicado divulgado pela associação, esta missão internacional a Macau conta com uma comitiva de associados e líderes da distribuição europeia e visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

“Pela primeira vez, e por iniciativa da APAVT, a comitiva incluirá também representantes da nossa congénere espanhola, a CEAV, bem como da ECTAA-Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos, num esforço conjunto para promover o desenvolvimento das relações turísticas entre Macau e o mercado europeu. A comitiva é composta por um total de três dezenas de profissionais do setor, especialmente convidados por Macau”, detalha a APAVT.

Além da visita à feira de turismo de Macau, os participantes nesta missão internacional contam com um “intenso programa que inclui encontros B2B e outras iniciativas que visam reforçar as relações bilaterais e estabelecer novas parcerias estratégicas, com vista ao incremento do volume de turismo, nos dois sentidos”.

“É conhecida a proximidade entre a APAVT e Macau, proximidade construída através de trabalho conjunto contínuo, sempre com o objetivo de incrementar os fluxos turísticos entre Portugal , Macau e a China em geral. A atual comitiva é um passo em frente muito significativo neste trabalho conjunto, ao alargar o esforço de aproximação a duas comunidades internacionais que integramos e muito prezamos – a Aliança Ibérica, constituída pela APAVT e a espanhola CEAV, e a ECTAA”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

*O Publituris foi um dos convidados pela APAVT para integrar esta missão empresarial a Macau, sobre a qual vai ser possível saber mais nas próximas edições do jornal Publituris.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.