“Na política olha-se para a riqueza como uma oportunidade para taxar”
António Pires de Lima, ministro da Economia, comentava os resultados do ano turístico de 2014, salientando que há quem veja na riqueza do sector “uma oportunidade para ir buscar mais uma taxa ou taxinha”.

Raquel Relvas Neto
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Os resultados alcançados pelo sector turístico em 2014 foram enaltecidos pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, que atribuiu este sucesso ao sector privado e às pessoas que trabalham no Turismo.
O governante salientou que “estes resultados são fundamentalmente de mérito dos funcionários, das empresas, dos gestores que deram provas da sua especial competência”.
As receitas turísticas geradas pelo sector no ano passado devem-se “transformar-se em resultados nas empresas hoteleiras, porque quanto maior riqueza o sector hoteleiro e o sector turístico, em geral, criar e maior percentagem dessa riqueza poder reter, pagando menos taxas e impostos, melhor é para a economia”.
Segundo Pires de Lima, “foi preciso resistir a algumas tentações porque na política, muitas vezes olha-se para a criação de riqueza como uma oportunidade automática para taxar, uma espécie de “licença para matar”, mas felizmente este Governo tem tido a consistência e a coerência de acreditar que é nas empresas, nomeadamente nas empresas privadas que se cria riqueza. E essa riqueza, tanto quanto é possível, deve permanecer em benefício dos trabalhadores, dos colaboradores e dos accionistas dessas empresas que, quanto mais “ricos” tiverem mais condições têm para investir e criar emprego apostando num ciclo virtuoso, o ciclo virtuoso que é o do crescimento económico e da criação de emprego”.
O ministro da Economia defende que perante a criação de riqueza no sector privado há duas atitudes possíveis: “aquela que este Governo tem demonstrado. (…) A consciência de que o dinheiro que é criado pelas empresas deve tanto quanto possível ficar nestas, em benefício de aumentos salariais, de mais investimento”. Pires de Lima sublinha que “teria sido muito fácil ir atrás deste sucesso turístico e criar mais licenças para taxar aquilo que é a riqueza criada no sector”
Depois, fazendo referência à aplicação das taxas turísticas pela Câmara Municipal de Lisboa, liderada por António Costa, o ministro da Economia realçou que, face aos resultados do Turismo nacional, existe ainda uma outra atitude “aquela que é mais socialista, que é ver na criação de riqueza sempre uma oportunidade para ir buscar mais uma taxa ou taxinha e com isso retirar dinheiro das empresas para alimentar as gorduras ou os projectos megalómanos que a administração pública que às vezes têm”.