Cotrim alerta para evolução “exponencial” da tecnologia
Presidente do Turismo de Portugal falou na mudanças da forma de comunicar e na importância do storytelling e da customização.

Patricia Afonso
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“A tecnologia que está a acontecer hoje pode estar a ‘4 minutos’ de nos mudar o negócio, de nos exterminar ou criar a maior oportunidade de sempre.” A afirmação foi feita no domingo pelo presidente do Turismo de Portugal (TP), no painel ‘Marketing Digital: Oportunidades e Desafios’, do 40.º Congresso Anual da APAVT.
João Cotrim de Figueiredo optou por um discurso de alerta, mostrando através de inúmeros exemplos que as mudanças já aconteceram, estão a acontecer e que a forma de se fazer negócio está a alterar-se drasticamente devido ao avanço da tecnologia. Evolução esta que afecta todos os sectores e, consequentemente, a actividade turística, como sejam o caso da medicina, da robótica, da agregação e segmentação de dados, da inteligência artificial.
Uma evolução “exponencial” e que tem alterado a forma de se comunicar com o cliente.
O presidente do TP, que referiu que a estratégia adoptada pela entidade foi reactiva a estas mudanças, frisou a importância do storytelling e indicou algumas tendências trazidas pelas aplicações, nomeadamente, mobile. São elas o conteúdo efémero das mensagens (Snapchat); as mensagens instantâneas (WhatsApp); o tempo diminuto dos conteúdos (em diversas formas, como o vídeo e a aplicação Vine); e a anonimidade, que garante uma maior “verdade e honestidade” do conteúdo.
João Cotrim de Figueiredo frisou ainda duas consequências importantes da evolução da tecnologia: a customização, cada vez maior devido ao tão falado ‘big data’, o enorme volume de dados que hoje em dia são obtidos e armazenados, que permitem uma maior e mais pormenorizada segmentação. A segunda é a necessidade do “aqui e agora.” ”Cada vez mais há soluções para questões de proximidade” , diz o responsável do TP, alertando para que é possível e necessário e star atento ao que os clientes querem e às suas necessidades.
“A alternativa a não fazermos nada, a achar que isto vai ser sempre igual, a resistir à mudança é como se fossemos burros”, concluiu.