OMT: “É natural que existam impostos no nosso sector”
À margem do Diálogo 5+5, que aconteceu em Lisboa, Márcio Favilla, director executivo da Organização Mundial de Turismo, explicou que é normal que se taxe o Turismo, mas de forma que não se prejudique “o desenvolvimento da actividade”.
Raquel Relvas Neto
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Para a Organização Mundial de Turismo (OMT) é normal que se apliquem taxas ou impostos ao sector turístico, pois este é uma actividade económica que utiliza bens públicos para o seu desenvolvimento.
O director executivo da Organização Mundial de Turismo (OMT), Márcio Favilla Lucca de Paula, que falava, à margem da reunião Diálogo 5+5, que se realizou esta quarta-feira, em Lisboa, e teve como tema central o Turismo, indicou que, apesar de realçar que não está a par da intenção de aplicar taxas turísticas na capital portuguesa, a organização tem uma posição geral sobre os impostos aplicados ao sector turístico, pois estes “existem e têm que existir, porque afinal o Turismo utiliza bens públicos para o seu desenvolvimento. Nada mais justo do que as empresas que actuam no nosso sector, como também os consumidores, paguem impostos como outros na economia”.
Contudo, Márcio Favilla frisou que “o quanto e o quê – taxas ou impostos, especificamente – é uma questão que a realidade de cada economia vai definir e deve ser aquilo que nós chamamos de taxas inteligentes, de tal forma que aquele ónus que está a trazer, seja para uma empresa, seja para o próprio consumidor não venha a prejudicar o desenvolvimento da actividade do Turismo”.
Por sua vez, o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, realçou que os turistas internacionais já pagam a utilização das infra-estruturas do país: “É importante dizer que pagam e pagam mais de um milhão de euros por hora e 28 milhões de euros por dia. Se forem perguntar ao comércio e ao serviço – restauração e hotelaria, onde esses 28 milhões de euros são gastos por dia, eles certamente dirão que não conseguem hoje viver sem os turistas estrangeiros que nos visitam”.