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O turismo é uma grande oportunidade de negócio para todas as áreas de actividade. Não nos podemos esquecer, mesmo quando estamos a vender a gastronomia portuguesa, tendo como exemplo um dos nossos pratos típicos como o “bacalhau assado com batatas”, que apesar de este ser um prato centrado num produto discípula, pescado na Noruega e depois seco e tratado em Portugal, que toda a nossa gastronomia vive dos restantes produtos agrícolas nacionais, como as batatas, as verduras, o azeite e o alho, ingredientes nacionais, que são fundamentais e que raramente se fala neles, sendo que obviamente o seu consumo e a sua necessidade de produção, aumentam na directa proporção do número de turistas que Portugal recebe. Logo, sendo o Turismo uma oportunidade de negócio, claro que quem está na área de entretenimento e cultura, tem aqui uma grande oportunidade, de gerar conteúdos para atrair novos públicos. É este o grande elemento diferenciador que acredito que tem ajudado muitas pessoas a escolherem o destino Portugal, com incidência em Lisboa ou Porto, precisamente por alguns conteúdos culturais que temos levado a bom porto. Lisboa é, pela sua centralidade, estando à equidistância do Porto e Faro, relativamente ao mercado interno, uma excelente localização para a realização de eventos culturais. Apesar das políticas e dos investimentos serem feitos observando estas realidades, temos em conta também a grande importância da cidade do Porto, que está mais próxima de Madrid do que Faro. Razões suficientes para termos organizado nos últimos anos grandes eventos na Invicta, mais especificamente espectáculos no Estádio do Dragão. Podemos reparar que as vendas dispersam-se pelo País, proporcionais à população existente, mas não deixa de ser interessante, como por exemplo, neste último espectáculo, realizado no passado mês de Julho, o concerto de One Direction, que vieram, por exemplo, 550 pessoas da Madeira e 1250 pessoas do distrito de Faro, bem como 17 mil pessoas da grande Lisboa. Isso através das vendas que nós conseguimos identificar, pois podem ter sido mais. Logo não tenho a menor dúvida que todo este movimento de turismo interno no Porto, através da sua hotelaria, restauração, comércio, portagens, transportes públicos, estacionamentos, ou até mesmo consumo local de água, alavanca a economia local. São muitas as necessidades do Homem quando se desloca e vivemos numa sociedade de consumo. No caso de Lisboa, esta tem mais uma vantagem, pois além de ser central, está bastante próxima do resto da Europa. Para além disso, Lisboa é a única cidade do País que tem infraestruturas que proporcionam a realização de grandes eventos, quer corporativos, de entretenimento, ou culturais, como são a FIL ou o MEO Arena. Localizações perfeitas para gerar negócio local e acima de tudo atrair turistas.
Para além disso podemos salientar que Lisboa, com os conteúdos certos, é a escolha perfeita como destino. Falemos de um case study, como é o festival Optimus Alive, agora NOS Alive, em que nesta edição atingimos todos os recordes e vendemos 15 mil bilhetes no estrangeiro. Estes resultados levam-nos a crer que somos o maior evento realizado em Portugal que mais estrangeiros atrai, falando, claro, de eventos de calendário. Fundamentalmente conseguimos provar ao mercado que praticamente sem apoios públicos é possível organizar eventos e é possível libertar os organismos de tutela do Turismo para terem mais verbas para promoverem o nosso destino.
O grande desafio do futuro, o grande passo que devemos dar em frente, é agregar toda esta oferta. Chegamos a uma cidade como Lisboa e a oferta está toda desagregada. Todos sabemos que os hotéis se não forem sozinhos vender o seu produto, a coisa não se dá. E portanto há aqui um trabalho muito grande a nível da restauração, hotelaria, transportes e acima de tudo ao nível destas empresas, como é o caso da Everything is New, que organizam conteúdos, que fazem com que de facto a pessoa decida vir a Lisboa. Como exemplo podemos falar de Leonard Cohen, que das 9 mil pessoas presentes no concerto em Lisboa, 1500 vieram do estrangeiro. O espectáculo realizou-se num sábado e foi uma oportunidade perfeita para se ver um espectáculo internacional e conhecer uma grande cidade. E esse deve ser sempre o caminho. Esse é o caminho que estamos a fazer sozinhos, como todos, infelizmente, mas com resultados, por isso o grande desafio é esse. Agregar a oferta, reorganizá-la e conseguir amplificar os resultados e isso só é possível se for tutelado pela sociedade civil, pelos empresários.