Novo plano de marketing do Turismo do Centro promove coesão da região
A nova imagem e campanha de meios de comunicação vão ser apresentadas no próximo mês de Setembro.

Raquel Relvas Neto
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A Entidade Regional de Turismo do Centro apresentou, esta terça-feira, o novo plano de marketing que vai definir a nova imagem e campanha de meios de comunicação de promoção online e offline da região a ser apresentado no próximo mês de Setembro.
O novo plano de marketing, validado pelo conselho de marketing e aprovado pela assembleia-geral do Turismo do Centro, teve início este mês de Julho com a colocação de outdoors em diversas zonas do País, vai decorrer até Julho de 2017. Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro, explicou aos jornalistas, à margem da apresentação, que “a validação do plano era a condição para, não só planificarmos, como construirmos o plano de meios. Neste momento, está em elaboração o plano de meios e comunicação, simultaneamente, lançámos uma campanha de outdoors que é uma campanha da imagem do Turismo do Centro aproveitando este arranque do Verão, mas no fundo criando a imagem, junto do nosso primeiro mercado, que é o mercado interno”.
Pedro Machado destacou que o resultado deste plano é “importante para a coesão da própria marca do Centro de Portugal, do território e dos actores que estão na região”.
O plano de marketing, realizado pelo Instituto Português de Administração de Marketing e que custou à ERT 22 mil euros, pretende “reconstruir o modelo de funcionamento” da promoção da região, explicou a professora Irina Saur-Amaral.
Este irá incidir em quatro vectores, dois prioritários, agregadoras do potencial – Cultura, História e Património; Saúde, Bem-estar e Natureza – e dois complementares, assentes em atributos com potencial diferenciador no mercado nacional e espanhol – Turismo científico e tecnológico; Turismo residencial e lifestyle migration.
As acções do plano de marketing , que se desdobram em 10 acções e 16 programas de acção, vão incidir em campanha de comunicação digital e tradicional para o mercado interno alargado (português e espanhol); segmentação do mercado de lusodescendentes, mercado judaico e norte e centro europeus; criação de redes temáticas com os actores do território; envolvimento de instituições de ensino superior e de outras organizações científicas e tecnológicas; criação de paineis de operadores para actividades de apoio ao desenvolvimento de novos produtos; cultura de marketing relacional; acções de formação dos actores; atracção de investidores estrangeiros.
A responsável indicou que o Centro não é uma região madura, mas “estamos numa fase de crescimento, pretendemos ter mais turistas mas de uma forma orientada”. O plano pretende não só aumentar a notoriedade da marca Centro de Portugal, mas direcionar as suas acções para a venda, destacado no conceito da cocriação no próprio destino.
Posicionar-se como primeiro destino para o mercado interno
Segundo Pedro Machado, este plano visa contribuir “não só para trazer mais hóspedes e mais dormidas mas também mais receitas”, mas sobretudo para que o Turismo do Centro assuma a sua vocação de primeiro destino para o mercado interno, “queremos assumir essa liderança“. O responsável destaca, no entanto, que este plano de marketing não tem um período homólogo comparativo “Este território que hoje é apresentado no plano de marketing nunca trabalhou em conjunto, nós não sabemos quais são os efeitos indutores de uma região que trabalha com o Oeste e que trabalha com Coimbra, com Fátima. Esta realidade nunca existiu.” “O impacto que isto vai ter no final do ano, não temos período homólogo para poder comparar”.
Uma das propostas do novo plano de marketing indica uma aposta num preço inferior à qualidade percebida. Questionado sobre a possibilidade desta medida poder esmagar os preços, Pedro Machado esclareceu que “nós não temos condições hoje, ainda, a região Centro no seu conjunto, para se poder dirigir ou para se poder afirmar como um destino sofisticado. Tem realidade, ofertas, experiências, unidades de alojamento que prestam serviços de qualidade e sofisticados, mas o conjunto do destino não é ainda um destino, que seja considerado sofisticado”. O mesmo acrescenta ainda que a região “não é ainda uma marca madura, está ainda na sua fase de crescimento de afirmação, julgamos que a percepção do serviço, da qualidade do destino pode ser e deve ser superior aquilo que o consumidor vai pagar, não no sentido de que estamos a esmagar os preços.”