Turismo de Portugal reduz custos de promoção e aumenta visibilidade do destino
A promoção internacional do destino passou de 10 para 5 milhões de euros e um alcance a 13 mercados-alvo.
Raquel Relvas Neto
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Octant Hotels promove-se nos EUA
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Nos últimos anos, a promoção internacional do destino Portugal contava com um orçamento de 10 milhões de euros e era essencialmente focada em campanhas offline, nomeadamente em publicidade exterior e em imprensa, com o online a representar apenas 2%. A partir de 2013, o Turismo de Portugal mudou a estratégia e investiu 5 milhões de euros em campanhas “exclusivamente online” , que João Cotrim de Figueiredo, presidente do instituto público, diz ter “uma maior eficácia com menos recursos”.
Ao todo foram realizadas mais de 400 campanhas exclusivamente online para 13 mercados-alvo, em 11 idiomas. Com esta estratégia, o instituto realça que se pode “libertar recursos para reforçar a actividade de apoio à venda junto de operadores internacionais e aumentar o número de workshops comerciais focados no contacto próximo”.
Esta aposta teve resultados no aumento do número de fãs do VisitPortugal no Facebook, com 560 mil fãs, 81% dos quais são estrangeiros, quando em 2012 75% eram nacionais. Até Abril de 2014, comparativamente com o ano anterior, o número de visitas ao visitportugal.com cresceu 92,5%, passando de 3,1 milhões para 6 milhões de visitantes, com 15 mil visitantes diários.
O presidente do Turismo de Portugal realçou que “mudou a forma como as pessoas escolhem as viagens”, justificando que estudos indicam que 83% das pessoas utilizam a internet para planear as suas viagens e que 40% das pessoas que viajam são influenciadas pelas redes sociais. Para o responsável, “a eficácia da promoção depende da forma como estamos a comunicar”. “Temos a convicção do que estamos a fazer, mas também temos a certeza de que ainda estamos no princípio”, indicou João Cotrim de Figueiredo.
Entre as novidades da estratégia de promoção online, João Cotrim de Figueiredo anunciou que irá ser lançada brevemente uma aplicação do Visit Portugal, de forma a melhorar a presença no online. O Turismo de Portugal vai ainda alterar a ferramenta ‘Be our Guest’ para ‘Visit Portugal and share it’, assim como medir e afinar a análise do marketing online.
Promoção independente de vontades políticas
Presente na apresentação dos resultados da campanha de promoção internacional, António Pires de Lima, ministro da Economia, realçou que este modelo de promoção não é “dependente da definição arbitrária ou do voluntarismo de um governante. É, antes um modelo que vai de encontro às necessidades das empresas, dos empresários, e que pretende beneficiar todos os agentes do sector”. Aos jornalistas, à margem do evento, o executivo explicou que “estamos confrontados com uma diminuição de cerca de 30% das verbas alocadas ao Turismo de Portugal para promoção turística, ainda assim têm-se conseguido os resultados que foram apresentados. Tivemos em 2013 o ano recorde do turismo em Portugal, creio que é importante sublinhar aquilo que é a estratégia de focalização dos recursos nas ferramentas consideradas mais adequadas e depois explicar como é que estas ferramentas, que passam pela utilização da tecnologia e por um relacionamento directo dos clientes, podem e devem ser utilizadas”. Segundo o ministro da Economia, esta é uma maneira de “promover Portugal com menos recursos, mas de uma forma mais eficaz”, redirecionando assim um “orçamento para o apoio às vendas das empresas e para um modelo de maior eficácia e, para se continuar a ganhar quota de mercado é importante ter um acesso directo com os nossos potenciais clientes”.
Também Adolfo Mesquita Nunes realçou que a “promoção externa do país é uma matéria técnica, complexa, que exige especialização e conhecimento. Deve ser preservada de influências políticas.”