Algarve valoriza Turismo da Natureza, Mar e Surf
Tanto nas famílias como entre grupos de amigos há elementos com motivações diferentes de férias que contemplam diversos passatempos favoritos. Além disso, poucos turistas são indiferentes à variedade de compras, feiras, exposições, festivais, galas, excursões, eventos, ou até oportunidades de negócios.
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A ERT do Algarve encomendou um estudo sobre o peso do Turismo de Natureza, para atrair mais turistas e iniciados dispostos a novas experiências. O programa abrange estudos semelhantes sobre outras potenciais práticas de turismo na região. Espero que se estenda a outras. Desidério Silva já marcou encontro com Rui Moreira, novo responsável do Turismo do Porto e Norte, para a cooperação bilateral.
O objectivo da ERTA aponta para um plano estratégico articulado, capaz de liderar o Algarve ao grau internacional de destino de excelência, em paralelo com uma estratégia de marketing, focada na complementaridade em que soma vantagens competitivas.
Tanto nas famílias como entre grupos de amigos há elementos com motivações diferentes de férias que contemplam diversos passatempos favoritos. Além disso, poucos turistas são indiferentes à variedade de compras, feiras, exposições, festivais, galas, excursões, eventos, ou até oportunidades de negócios.
O estudo recomenda o reforço da promoção externa de eventos na área da Natureza, consolidando uma estratégia interpromocional, a confirmar o valor acrescentado da promoção integrada que venho sugerindo no Turiscópio. Daí as adicionais vantagens das parcerias do Turismo com moda, calçado, vinhos, produtos alimentares, artefactos decorativos, etc., com produtos e serviços expostos, por exemplo, numa rede de FEITORIAS DE PORTUGAL CONTEMPORÂNEO – em paralelo com a história e a língua.
DESIDÉRIO SILVA – O Turismo de Natureza já atrai 23% das dormidas. Quase um quarto dos turistas chegados ao Algarve apreciam pacotes focados na Natureza, ao que Desidério Silva, presidente da ERTA, acrescenta (e bem) as mais-valias do Património, Animação Cultural e Popular, Artesanato, Gastronomia, Vinhos, e uma variada gama de excelentes hotéis, eco-resorts, unidades de alojamento local para turismo juvenil e desportivo, bem-estar, e turismo residencial.
REORGANIZAÇÃO – As conclusões do estudo visam a optimização regional do Turismo da Natureza e a reformulação de produtos e promoção. Cabendo a empresários, autarcas, promotores, e operadores, articular os segmentos da oferta e elevá-la ao melhor nível europeu.
Para consumidores exigentes, o Algarve propõe bons programas europeus de observação de aves, surf, mergulho, windsurf, vela e outros desportos, do hipismo, pedestrianismo, e cicloturismo às rotas Algarviana e Vicentina, Ecovias do Litoral, e outros trilhos rurais.
As empresas de turismo da Natureza, no Algarve, cresceram 17% em 2013, ao alargar as épocas adequadas a cada actividade.
Regista-se a parceria das empresas Transol, Amado Surf School, e We Do Tourism, que acaba de lançar o «Algarve Surf Bus», entre Portimão, Alvor, Lagos, Luz, Carrapateira, e Aljezur, com desdobramento a Sagres para observação de aves e preservação da Natureza.
CENTRALIZAÇÃO PORTUÁRIA – Lamenta-se que o Governo crie mais burocracia ao juntar a gestão dos portos de Sines, Portimão e Faro, numa administração tricéfala.
Sines é um grande porto intercontinental, que recebe os maiores navios porta-contentores. Portimão e Faro são pequenos portos: um para cruzeiros e outro para cargueiros costeiros.
Faria sentido, sim, a gestão dos portos do Algarve, mas foi decidido que a Docapesca será capaz de gerir também todos os portos de pesca e recreio do País. Assim as marinas do Algarve passam a depender de Lisboa.
QUAL COMPETITIVIDADE? – Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal, e Sines (os maiores portos) movimentam cerca de dois milhões de TEU por ano (unidade padrão para contentores de cargas). Menos de 50% do que Algeciras. Mas Barcelona e Valença ainda movimentam mais TEU. Assim, após a conclusão da expansão do Canal do Panamá para navios gigantes, em 2015, Sines e Lisboa poderão receber alguns, mas Algeciras já tem tudo o que nos falta: cais, equipamentos de descarga, terminais de transbordo, e rede TGV a França e Norte da Europa. A «novela política TGV Lisboa-Madrid para passageiros», fez-nos perder a corrida ao maior entreposto atlântico de mercadorias, de e para os portos na China e Pacífico.
RX DO EUROTURISMO – Há destinos especializados e outros indiferenciados. Os de neve, náuticos e artísticos são especializados. Entre os polivalentes, o eixo deslocou-se do Oeste para as feiras alemãs, e países da Europa Central, Nórdicos e de Leste.
Portugal é preferido pelo Atlântico, praias, golfe e gastronomia popular, mas falta um concurso anual de praias com novidades e conforto, e incentivos aos clubes náuticos para organizar regatas com projecção internacional. O Clube Naval de Cascais é um pólo exemplar.
FUTURO – Um dos nossos trunfos é o Turismo de Natureza, e o Algarve dispõe de excelentes operadores e de excelentes programas de férias e pausas para golfe, surf, e mergulhar no Ocean Revival em Alvor. Mas atenção ao Adriático e Egeu.
Há espaço para se organizar mais eventos, congressos, galas, e regatas internacionais de veleiros à Madeira e Açores, e periplo da costa portuguesa, em parcerias com revistas naúticas internacionais.
Parece um programa ambicioso, mas é o retrato do que podemos fazer melhor do que os nossos concorrentes.