Hotelaria nacional sem sinais de melhorias
Em Abril, as dormidas desceram 5,7%, para 3,3 milhões. No mercado nacional a contracção foi de 20,8%, ao passo que as dormidas de estrangeiros só subiram 1,9%. No acumulado, os estabelecimentos hoteleiros registaram menos 3,1% de hóspedes e menos 2,5% de dormidas.

Tiago da Cunha Esteves
A hotelaria nacional continua a somar resultados negativos, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). As dormidas registadas em Abril desceram 5,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 3,3 milhões. Mais uma vez, o mercado nacional foi o que mais contribuiu para este resultado, contraindo-se 20,8%, ao passo que as dormidas efectuadas por estrangeiros subiram 1,9%.
Também no sentido negativo, os proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros registaram uma queda de 6,8% nesse mês em análise, enquanto os proveitos de aposento recuaram 5,8%.
No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os estabelecimentos hoteleiros acolheram 3,5 milhões de hóspedes, o que representou uma descida de 3,1% face ao período homólogo do ano passado. Esses hóspedes efectuaram 9,2 milhões de dormidas, o que se traduziu num decréscimo de 2,5%.
Três estrelas é a categoria que mais desce
No passado mês de Abril, os hotéis de três estrelas foram os que registaram uma pior performance, com uma descida de 7,2% no número de dormidas. No sentido positivo, as unidades de cinco estrelas tiveram mais 0,7% de dormidas e as de quatro estrelas assinalaram um crescimento de 0,9%.
Irlanda, Brasil e França lideram crescimentos
O mercado irlandês foi o que mais cresceu no mês de Abril (+22,4%), depois de cinco meses negativos consecutivos. O brasileiro também cresceu (+14,7%), assim como o francês (+10,8%), italiano (+7,5%), holandês (+5,9%) e alemão (+3%). Por outro lado, o mercado espanhol continua a sua senda de decréscimo (-11,6%), assim como o britânico (-5,6%).
Lisboa é o único destino que cresce
Lisboa foi a única região a registar uma subida no número de dormidas (+3,3%). “As restantes regiões decresceram, de forma mais intensa no Alentejo (-16,3%), no Algarve (-11,8%) e no Centro (-10,6%)”, informa o INE.