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‘A Soltrópico foi implodida através de medidas completamente erradas’

Neste momento, Armando Ferreira sente-se traído pelos seus sócios maioritários (Augusto e Eduardo Machado, empresários do grupo Auferma) detentores de 60% da Soltrópico. Em entrevista, o profissional fala do que […]

Liliana Cunha
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‘A Soltrópico foi implodida através de medidas completamente erradas’

Neste momento, Armando Ferreira sente-se traído pelos seus sócios maioritários (Augusto e Eduardo Machado, empresários do grupo Auferma) detentores de 60% da Soltrópico. Em entrevista, o profissional fala do que […]

Liliana Cunha
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Neste momento, Armando Ferreira sente-se traído pelos seus sócios maioritários (Augusto e Eduardo Machado, empresários do grupo Auferma) detentores de 60% da Soltrópico. Em entrevista, o profissional fala do que está a acontecer ao operador, elogia a equipa que o acompanhou durante anos e que agora apresenta a sua demissão, antecipa o seu futuro, avançando que irá alienar a sua quota de 35% (mais 5% se contarmos com a que pertence a um familiar seu) e participar numa campanha de divulgação sobre Cabo Verde.

Como e quando teve conhecimento de todas estas alterações no seio da Soltrópico?

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Tive conhecimento da entrada do Miguel Fonseca em Julho de 2009 mas, entretanto, soube pelos meus sócios que as conversações começaram há mais de um ano, tendo como objectivo dar “sangue novo” à Soltrópico.

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Numa reunião de Julho conheci, oficialmente, Miguel Fonseca e o seu sócio e familiar Tiago Raiano. Na ocasião, o discurso deles foi bastante vago, não precisaram o programa que pretendiam desenvolver, referindo apenas que iriam melhorar a Soltrópico, pois apesar da pouca idade têm experiência e conhecimento.

Nesta altura, a entrada deles seria sob um cenário de conjugação de esforço, mas dado que não me deram nenhuma resposta concreta relativamente ao programa previsto fiquei convencido que a entrada deles não era uma opção e disse-o aos meus sócios. Estes não retiveram as minhas observações e desenvolveram novos esforços para colocar essa pessoa à frente da equipa da Soltrópico, afastando-me do cargo. Ou seja, já não seria uma colaboração mas um afastamento meu.

Refira-se, contudo, que a Soltrópico já tinha um programa de negócios a três anos, perfeitamente estabelecido e detalhado. Com a entrada deles, podiam fazer-se alterações, harmonizar-se os dois programas ou, simplesmente, optar-se pelo deles caso se adequasse.

Previa-se algum investimento dos novos colaboradores?

Não, também não estava previsto qualquer investimento da parte deles.

No dia 22 de Outubro houve uma segunda reunião, aliás, uma assembleia geral da Soltrópico embora sem convocatória.

Admito que fui para essa reunião com alguma esperança em compatibilizar alguma coisa mas, no final, nada me pareceu positivo. Quando insisti sobre o suposto programa de Miguel Fonseca a resposta foi sobre a alteração da imagem da Soltrópico, o que me surpreendeu bastante porque nos inquéritos aos clientes o top da satisfação é mesmo a imagem da empresa. Disse-lhe isso mesmo e ele acabou por responder que iria, contudo, contratar uma agência para fazer a transformação da imagem. Esta foi, para mim, a prova mais clara que este senhor não trazia nada de positivo para a empresa.

Perante o cenário e as reacções que foram surgindo no mercado, escrevi uma apresentação dando a entender que a entrada dos colaboradores não era oportuna e não iria trazer nada de benéfico ao operador.

Na altura, a equipa directiva estava a sentir-se secundarizada e estamos a falar de pessoas cuja média de presença no operador ronda os 10 anos, a começar pelo Nuno Mateus que está lá desde o início, terminando no Tiago Rodrigues que está há sete.

E transmitiu novamente a sua ideia aos seus sócios?

Sim, mas o que eu disse não fez lei. Os sócios, sendo maioritários, avançaram com reuniões com o pessoal onde foram anunciando a minha saída e a entrada de Miguel Fonseca para administrador executivo.

Soube que houve, entretanto, um almoço no dia 11 de Dezembro entre um dos meus sócios maioritários, Eduardo Machado, e vários directores. Neste almoço insistiu-se novamente sobre o plano que estaria previsto mas, mais uma vez, não houve respostas concretas.

Outro dado determinante foi quando se perguntou a Miguel Fonseca se estaria sempre presente na Soltrópico e ele respondeu que seria representado por Tiago Raiano, em quem deposita toda a confiança. Com isto, toda a equipa conclui que deixa de haver hipóteses de subir dentro da empresa, porque esses lugares ficam assegurados por duas pessoas exteriores.

Foi então que o director comercial, Nuno Mateus, se demitiu.

QUOTA ALIENADA

Seguindo-se outras demissões…

Sim. Houve um descrédito por parte de outros elementos responsáveis da empresa e as demissões foram-se sucedendo. Inclusivamente, fui chamado pelos meus sócios para ajudar a resolver a questão das demissões, quando aquilo que sempre defendi não era nada disto, mas, pelo contrário, dar a importância devida às pessoas que já lá estavam, reconhecendo o trabalho que têm vindo a desenvolver há vários anos. Na verdade, os recursos humanos eram o segredo do negócio da Soltrópico.

Agora acredito que vão precisar de tempo para criar uma nova equipa, com uma filosofia tão bem estruturada quanto esta. No entanto, admito que podem surgir surpresas ou exista uma carta na manga que eu desconheça.

Quantas pessoas já saíram da Soltrópico a esta altura?

Ao todo, 10 elementos, dos quais, três directores e três gestores. (Nuno Mateus, director comercial; Sónia Regateiro, directora de operações e Bruno Pereira, director de promoção; além dos gestores de destinos Cláudia Martins, Jaime Lopes e Sérgio Oliveira).

Acredita que vão haver mais demissões?

Acredito que sim. É óbvio que as pessoas dão importância àquilo que ganham mas quando a dignidade é posta em causa não há nada a fazer.

Ainda está na Soltrópico? Até quando?

Como sou administrador ainda estou na Soltrópico. Não sendo a minha saída por vontade própria, convocou-se uma assembleia geral para finais de Janeiro. Nessa convocatória, os meus sócios têm um ponto que indica a destituição de Armando Ferreira e a nomeação de Miguel Fonseca.

E o que vai acontecer à sua quota de 35%?

Como se deve imaginar, a minha alma já não está neste “novo projecto” e o meu interesse pela quota já não é vital, pelo que se puder aliená-la, fá-lo-ei.

Tentando ver de fora, como encara esta situação?

Foi uma situação imposta a toda a equipa da Soltrópico por sócios maioritários que têm o poder e as sociedades são mesmo assim.

Era um projecto que estava em crescendo e com planos muito interessantes para o mercado até 2012. De repente vê-se implodida através de medidas que considero completamente erradas e que resultam na desmotivação das pessoas.

Uma empresa de operação turística é e deve ser uma empresa criativa e isso depende, obviamente, das pessoas que lá estavam mas que deixaram porque já não acreditam no projecto.

De facto, o que se impõe dizer agora e que pretendo sublinhar, é a competência, atitude e qualidade que este grupo de trabalho atingiu. Quis evitar esta guerra a todo o esforço, passei meses a tentar demover e prevenir os meus sócios, porque considerei que seria fatal para a empresa. Conheço muito bem a equipa e sabia o que pensariam se fossem tratados assim, pois esta actuação não se coaduna com a ética e dinâmica das pessoas com quem trabalhei. Mas isto foi uma imposição que não deu espaço à discussão ou partilha de ideias, até porque a realização de reuniões nunca foi um estilo que agradasse aos meus sócios.

Acredita que o novo projecto tenha futuro?

Com certeza que os sócios não querem fazer mal à sua própria empresa e que a intenção não era má. Lamento é que todos os procedimentos tenham levado a este desfecho.

Quanto ao futuro da empresa, espero que esta seja qualquer coisa de muito importante no futuro e que justifique todo o mal que fez às pessoas neste momento.

Sai com a sensação de dever cumprido?

Absolutamente. E vou cumprir até ao fim, tal como todos os elementos que estão de saída da empresa, pois continuam presentes na empresa e cumpridores das suas funções. Tenho orgulho nisso.

Sente-se traído?

Sim, porque se põe na Soltrópico alguém que não mostra ter qualquer ideia para dinamizar o operador.

Pessoalmente, sinto-me defraudado e despojado de algo que fez parte de mim durante anos.

Sendo Miguel Fonseca cabeça de uma das listas nas eleições da APAVT e tendo estas decorrido em Dezembro, altura em que tudo o que estava a acontecer na Soltrópico veio à baila, pergunto: foi votar?

Tentei mas fui precedido pelos meus sócios que mandaram um procurador votar.

MERCADO VAI APROVEITAR CABO VERDE

Fazendo um pouco de futurismo, e conhecendo a dinâmica do mercado, qual o cenário que antevê?

Muito sinceramente, não sei porque não estou minimamente informado sobre isso.

Para já, é a desilusão em ver o que está acontecer ao projecto que lancei há 20 anos e que foi bem sucedido, mesmo que na altura tenham havido vozes discordantes, pois consideravam-no um projecto outsider. Na verdade, este projecto só foi conseguido pelas equipas que foram formadas, e esta que agora se desmoronou funciona há mais de 10 anos.

E em relação a Cabo Verde?

Cabo Verde é um destino muito apetecido pelos operadores do mercado e isso não é segredo. O que pode, obviamente, acontecer é haver esse aproveitamento, até porque as pessoas responsáveis por esse destino na Soltrópico estão de saída.

Os turistas vão continuar a viajar para Cabo Verde e até acredito que o fluxo aumente. Agora, através de quem?

Quem vai dominar o destino? Não faço ideia. Até agora foi claro, estávamos absolutamente em primeiro lugar. A partir de agora é imprevisível.

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Em termos construtivos, o que pode o mercado retirar desta lição?

Prefiro falar de uma forma mais abstracta e faço um paralelo com a crise mundial, pois o mundo avança e a criatividade tem de motivar esse avanço. Assim, penso que tal como a crise que se instalou em 2008, continuou em 2009 e se manterá em 2010 (oxalá não seja por tempo demasiado) e pela história que diz que só os mais fortes se manterão erguidos, espero por uma nova realidade.

Nesse sentido e em relação ao turismo, tenho algumas ideias que ainda hoje não foram possíveis de aplicar. Uma delas prende-se com a distribuição e com o número de agências que continuam a aumentar excessivamente. Penso que é necessário encontrar uma fórmula que assente a distribuição na especialização por aconselhamento. No futuro acredito que haverá uma concentração geográfica de espaços que funcionarão como agência e que tenham produto e tudo o que tenha a ver com os destinos que vendem, como o artesanato, as malas de viagem, a própria gastronomia, flores e sabores, mas também financiamento para viagens e seguros, etc.

Embora tenha 65 anos não me sinto velho e isso soa-me atractivo, tal como outros o acharão.

Já os operadores devem seguir um caminho também de especialização e conhecimento do produto que apresentam tal como o fazia a Soltrópico.

Qual vai ser o futuro de Armando Ferreira depois de Janeiro?

Estou em idade de reforma, o que para mim é confortável, mas mesmo que o faça, não vou parar. Cabo Verde vai continuar a ser um apelo para mim e vou colaborar num projecto de campanha de promoção do destino para Portugal, Espanha e França.

A vantagem é que não me vou sentir tão pressionado como é natural quando se está numa empresa como a Soltrópico que tinha parâmetros mais restritos em termos de actuação.

Ou seja, este foi um problema que, tal como tudo na vida, deve ser encarado como uma oportunidade futura.

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Agência de Viagens El Corte Inglés já está em Guimarães

A escolha de Guimarães para esta nova abertura “é estratégica e simbólica”, destaca Ricardo Cardia, diretor geral da Viagens El Corte Ingés em Portugal, pois “queremos estar mais próximos dos nossos clientes e oferecer-lhes um espaço inovador, onde possam inspirar-se e planear as suas próximas viagens com toda a qualidade e confiança”.

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A Viagens El Corte Inglés acaba de abrir as portas da sua nova agência em Guimarães, assinalando mais um passo na expansão da marca em território nacional. Localizada no centro da cidade, mais propriamente, na Avenida D. João IV, 294, a nova loja traz consigo o mais recente conceito de agência da marca: um espaço moderno, digital e ainda mais centrado na experiência do cliente, indica a empresa em nota de imprensa.

Com um design contemporâneo e um ambiente pensado ao detalhe, a nova agência foi concebida para oferecer um atendimento personalizado, onde cada viagem é tratada como única. A Viagens El Corte Inglés assegura que tem uma equipa local, composta por profissionais experientes e apaixonados por viagens, preparada para acompanhar cada cliente desde o primeiro sonho até ao regresso a casa.

Com mais de 30 anos de presença em Portugal, a Viagens El Corte Inglés continua a investir no país com uma visão clara, conforme realça, e que passa por oferecer serviços de excelência aliados às novas tecnologias, sem nunca perder o toque humano que caracteriza a marca e que é marca distintiva dos nossos assessores de viagem. Neste sentido, a nova loja em Guimarães integra esta abordagem, ao mesmo tempo que reforça a presença da empresa na região norte.

 

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Lusanova promove formação sobre o Brasil em parceria com a TAP

Cerca de 30 agentes de viagens nacionais participaram numa ação de formação sobre o Brasil promovida pela Lusanova em conjunto com a TAP, nas instalações do operador turístico em Lisboa.

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A ação contou com uma apresentação do destino Brasil, realizada por Francisco Álvares da Lusanova, que abordou as diversas características e potencialidades deste destino a nível turístico, seguida de uma intervenção de António Gabriel, Key Account Manager da TAP, que aprofundou as características de voos e rotas para o destino, de forma a proporcionar uma formação completa e integrada a todos os profissionais do setor presentes.

Tiago Encarnação, diretor de operações da Lusanova, destacou mais uma vez a importância destas ações de formação, que devem ser contínuas, salientando que “é muito importante continuarmos a investir na formação dos agentes de viagem nacionais, dando-lhes informação relevante e efetiva que podem utilizar depois no seu dia a dia com os seus clientes”, para considerar que “o objetivo de fazermos ações conjuntas é efetivamente colocarmos à disposição dos profissionais do setor todas as ferramentas necessárias para esse fim”.

O responsável reconhece que a TAP é um parceiro estratégico de relevo, sobretudo para rotas e destinos no Brasil, por isso “seguimos juntos em mais uma formação que pensamos ter sido de facto relevante para os profissionais que estiveram presentes”, disse.

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Incerteza global não impacta viagens na Europa e Portugal continua a ser um dos destinos preferidos

De acordo com o último relatório da European Travel Commission (ETC), o ritmo de evolução da atividade turística na Europa continua a surpreender, apesar de uma conjuntura internacional pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares. Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico, com mais de 30% dos inquiridos a repetirem o destino.

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No último relatório trimestral, sobre o Turismo na Europa no 1.º trimestre de 2025, a European Travel Commission (ETC) revela que o ritmo de evolução da atividade turística continua a “surpreender”, apesar de uma conjuntura internacional “pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares, com alta generalizada dos preços, incluindo os relacionados com serviços turísticos, designadamente os custos associados às viagens aéreas e aos custos de alojamento”.

Apesar disso, o “European Tourism Trends & Prospects” prevê que os ventos adversos enfrentados em 2024 se mantenham em 2025, exigindo planeamento estratégico, adaptação e inovação no setor nos próximos anos.

Certo é que a procura turística europeia encerrou 2024 em alta, com as chegadas de turistas internacionais a aumentarem 6,2% em relação a 2023 e a maioria dos destinos a reportarem aumentos substanciais.

No 1.º trimestre de 2025, o número de chegadas foi bastante consistente com o do último trimestre de 2024, mas a recuperação no número de noites encerrou o ano mais forte do que o esperado, acima dos 5,9%.

A nível regional, as chegadas aumentaram 6,2% e as dormidas 5,2% em relação ao ano passado, marcando uma ligeira moderação no crescimento das chegadas, mas uma aceleração nas dormidas em comparação com o relatório anterior, admitindo a ETC “tratar-se de um declínio modesto na duração da estadia, mas a tendência geral é ainda para estadias mais longas desde a pandemia”.

A preferência do consumidor continua a inclinar-se para destinos com melhor relação qualidade-preço e temperaturas mais amenas. No entanto, isto não prejudicou a procura por alguns destinos tradicionalmente populares do Sul e do Mediterrâneo que superaram a média regional em termos de chegadas.

Segundo o inquérito “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel”, 72% dos europeus pretendem viajar nos próximos seis meses e Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico.

Cerca de 30,4% dos inquiridos que pretendem vir a Portugal nos próximos meses, já estiveram em Portugal, o que demonstra satisfação e consequentemente intenção de regresso, 46,3% estiveram em França e 42,9% estiveram em Espanha.

A segurança do destino é o critério mais importante, selecionado por mais de metade dos inquiridos, indicando este dado que os turistas colocam a segurança pessoal no topo das suas preocupações ao escolherem um destino.

As boas condições climatéricas foram selecionadas por 39,1% dos inquiridos o que reflete a valorização por destinos com clima agradável, geralmente associado a sol, temperaturas amenas e ausência de intempéries.

Os dados demonstram, igualmente, que nos últimos três anos, 14% dos viajantes europeus visitaram Portugal, tornando-o o 11.º destino preferido, subindo ao 10.º lugar quando retiradas as viagens domésticas.

Outro dado indica que 11,8% dos europeus que viajaram até Portugal nos últimos três anos, preveem regressar num futuro próximo e que 8,5% dos europeus que visitaram recentemente a vizinha Espanha planeiam visitar Portugal nos próximos seis meses.

As mais recentes estimativas para 2025 da ETC sugerem que os turistas na Europa deverão gastar cerca de 14% mais do que em 2024, prevendo-se que o crescimento dos gastos ultrapasse o do número de chegadas, sugerindo um aumento do gasto médio por visita.

Quanto à estadia média, durante o 1.º trimestre do corrente ano os turistas internacionais em viagem pelos destinos europeus passaram uma média de 2,7 noites, com base nos dados mais recentes do TourMIS. Em comparação com o mesmo período de 2024, os turistas ficaram menos noites em muitos destinos europeus, não se concentrando tal realidade apenas numa sub-região. Portugal enquadra-se nesta tendência, com uma redução de -2,6% na duração das estadias.

Tarifas (ainda) não impactam viagens dos americanos para a Europa
As novas tarifas comerciais anunciadas pelos EUA aumentaram a incerteza em relação às viagens transatlânticas, com a Europa a preparar-se para uma possível queda no número de visitantes americanos este ano. Apesar de a Europa continuar a ser um dos principais destinos de longa distância, as flutuações na taxa de câmbio Euro/Dólar americano e o aumento dos custos de viagem podem abrandar a procura por parte dos EUA. Esta possível quebra é significativa, dado que os Estados Unidos representavam 9% das viagens globais antes da pandemia e, no ano passado, os americanos constituíram mais de um terço das chegadas de longa distância à Europa.

Apesar destes desafios, as viagens dos EUA para a Europa continuam a apresentar bons resultados no início de 2025, com mais de 80% dos destinos que reportaram dados a registar um crescimento homólogo no primeiro trimestre.

Podem também surgir efeitos compensatórios, incluindo uma redução das viagens para os EUA — especialmente a partir da China — e um aumento das viagens de curta distância dentro da Europa, à medida que mais viajantes optam por permanecer na região, face à incerteza económica e geopolítica.

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Turismo sustentável e economia circular em análise na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar

A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria vai ser palco, no próximo dia 14 de maio, a partir das 14h00, da Conferência FAST 2025, para um debate entre a academia e as empresas, em torno dos temas do turismo sustentável e da economia circular em Portugal.

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De entrada gratuita, a conferência visa alargar a discussão sobre práticas e estratégias para um futuro mais sustentável no setor do turismo, numa iniciativa do projeto FAST – Ferramentas de Apoio à Sustentabilidade no Turismo, do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR) do Instituto Politécnico de Leiria, no âmbito da Agenda ATT – Agenda Mobilizadora Acelerar e Transformar o Turismo, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A sessão de abertura conta com as intervenções do presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Carlos Rabadão, do diretor da ESTM, Sérgio Leandro, do diretor do CiTUR, Paulo Almeida, e do presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos.

O primeiro painel da conferência, ‘Turismo Sustentável’, tem participação de Carlos Manuel Oliveira, profissional de Marketing, e Berta Costa, docente na ESTM, bem como de Francisco Dias, docente e investigador do Politécnico de Leiria, para a apresentação da plataforma ORVE – Otimização de Recursos e Valorização da Experiência.

Já o segundo painel, dedicado ao tema ‘Economia Circular no Turismo’, contará com intervenções de Mafalda Brilhante, diretora de Recursos Humanos do Grupo Pestana, de Paulo Simões, secretário executivo da OesteCim, e ainda de Roberto Antunes, diretor executivo do NEST – Centro de Inovação do Turismo, para a apresentação da Agenda ATT, enquanto, a sessão de encerramento da conferência, agendada para as 17h45, está a cargo do diretor do CiTUR, Paulo Almeida.

O projeto FAST, refira-se, tem como propósito promover a viabilidade das atividades económicas a longo prazo, respeitando a autenticidade sociocultural das comunidades e fazendo um uso adequado do território e dos recursos naturais, salientando a importância da monitorização constante dos impactos da atividade turística, assim como a manutenção de um elevado nível de satisfação, quer dos visitantes, quer dos residentes. Para tal, as empresas do setor devem adotar políticas e práticas responsáveis na dimensão interna e externa, ao nível económico e social, assim como projetar práticas inovadoras que assegurem experiências turísticas no âmbito dos princípios da sustentabilidade.

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Celebrity Cruises apresenta novo restaurante e opções de entretenimento do Celebrity Xcel

O Celebrity Xcel, novo navio de cruzeiro da Celebrity Cruises, que vai ser inaugurado em novembro deste ano, vai contar com um novo restaurante e mais opções de entretenimento, nomeadamente para quem viaja com a cara metade.

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A Celebrity Cruises revelou esta quinta-feira, 8 de maio, que o Celebrity Xcel, novo navio de cruzeiros da companhia, que vai ser inaugurado em novembro deste ano, vai contar com um novo restaurante e mais opções de entretenimento, nomeadamente para quem viaja com a cara metade.

Num comunicado enviado à imprensa, a companhia de cruzeiros, que em Portugal é representada pela Melair Cruzeiros, explica que o Celebrity Xcel “vai trazer muitas novidades às noites românticas, oferecendo mais variedade do que nunca para tornar as férias a dois ainda mais inesquecíveis”.

As novidades começam logo nas opções de restauração, que ficam mais alargadas neste novo navio, que vai contar com 32 opções gastronómicas, com destaque para o Bora, restaurante que constitui uma novidade a bordo dos navios da Celebrity Cruises.

“Com vistas panorâmicas do oceano e um ambiente vibrante, este restaurante levará os nossos hóspedes numa viagem até à costa mediterrânica, oferecendo um menu dedicado às várias variedades de marisco. O Bora  no Rooftop Garden transforma-se ao longo do dia, proporcionando o cenário perfeito para um brunch animado ou um jantar íntimo”, revela a Celebrity Cruises.

Ao longo do dia, o Bora vai servir um brunch inspirado na culinária mediterrânea, enquanto à noite o restaurante se transforma num “ambiento íntimo, com pratos pensados para partilhar e preparações exclusivas feitas à mesa pelo chef”, num ambiente que “será complementado por baladas gregas e canções românticas italianas, criando uma noite verdadeiramente inesquecível”.

Previstas estão também várias novidades ao nível do entretenimento, uma vez que o novo navio da Celebrity Cruises vai contar com a “oferta mais diversificada e criativa de toda a frota”, entre a qual se destacam três novos espetáculos de teatro.

“Os nossos hóspedes vão viver momentos de puro fascínio com o maior elenco de sempre no teatro da Celebrity, que dará vida a atuações arrebatadoras com cantores e bailarinos de classe mundial, artistas de parkour e talentos especializados. Tudo será apoiado por tecnologia de ponta, como iluminação cinética, efeitos de laser e um ecrã LED de grandes dimensões. Tudo para proporcionar uma experiência imersiva inesquecível”, refere a companhia de cruzeiros.

Segundo Lisa Lehr, vice-presidente de entretenimento da Celebrity Cruises, o Celebritu Xcel vai oferecer a “programação de entretenimento mais abrangente até à data, com mais de 75 artistas residentes – o maior número a bordo de um navio da Celebrity”.

“A oferta é completamente renovada em todos os aspetos – desde espetáculos inesquecíveis no Teatro, novos espetáculos interativos no The Club, até festas imersivas e diversas atuações de música ao vivo. Os hóspedes terão opções infinitas para encontrar o programa ideal, noite após noite”, acrescenta a responsável.

Após o jantar, as noites românticas podem continuar nos vários bares do navio, a exemplo do Piano Bar ou do The Club, assim como numa das muitas festas temáticas que o navio vai proporcionar, com destaque para a Shine the Night, que está de regresso no Celebrity Xcel e vai decorrer nos decks exteriores.

O Celebrity Xcel vai ser inaugurado em novembro de 2025 e vai passar a temporada inaugural nas Caraíbas, com cruzeiros de sete noites à partida de Fort Lauderdale para visitar alternadamente as Bahamas, México, Ilhas Cayman, Puerto Plata, St. Thomas e St. Maarten.

No verão seguinte, o navio vai realizar a sua primeira temporada na Europa, disponibilizando itinerários de sete a onze noites, pelo Mediterrâneo, com partidas de Barcelona e Atenas, com estadias inéditas e prolongadas na Madeira, Portugal.

 

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KIPT CoLab lança Barómetro Estatístico para o setor do Turismo a 26 de maio

O KIPT CoLab – Laboratório Colaborativo para a Inovação no Turismo vai lançar, a 26 de maio, o Barturs, um Barómetro Estatístico para o Turismo, que pretende funcionar como “uma janela de monitorização e antecipação das dinâmicas do setor”.

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O KIPT CoLab – Laboratório Colaborativo para a Inovação no Turismo vai lançar, a 26 de maio, o Barturs, um Barómetro Estatístico para o setor do Turismo, que consiste numa “plataforma digital que propõe novas formas de análise, compreensão e projeção do futuro do turismo em Portugal”.

“A ferramenta, desenvolvida em colaboração com investigadores e empresas associadas ao KIPT CoLab, constitui-se como uma janela de monitorização e antecipação das dinâmicas do setor, disponibilizando indicadores com base em dados oficiais e de empresas, modelos previsionais e informação atualizada em contínuo”, explica o KIPT CoLab, num comunicado enviado à imprensa.

O evento de lançamento está agendado para as às 15h00, no Hotel Meliá Lisboa Aeroporto, e o KIPT CoLab explica que esta iniciativa se insere “num esforço alargado de qualificação e inovação aplicado à atividade turística, no qual o KIPT tem desempenhado um papel agregador entre empresas, investigadores e decisores públicos”.

O projeto conta com o apoio institucional da Agência Nacional de Inovação (ANI), da FCT, da Missão Interface, do PRR, da República Portuguesa e da União Europeia e o evento de lançamento vai contar com a “presença de representantes institucionais de relevo”, com destaque para o secretário de Estado do Turismo, bem como dirigentes da ANI e da FCT.

Já a sessão de encerramento será conduzida pelo presidente da Assembleia Geral do KIPT, Carlos Moura, estando ainda prevista a participação de outros agentes estratégicos do setor.

 

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LovelyStay celebra 10 anos de operação com bons resultados e acelera expansão internacional

A LovelyStay, presente em Lisboa, Porto, Algarve e Madeira, celebra 10 anos de operação com mais de 135 milhões de euros em receitas brutas geradas para proprietários e investidores, 725 mil hóspedes recebidos e 270 mil check-ins realizados desde a sua fundação, em 2015, ao mesmo tempo que acelera a sua expansão internacional.

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A LovelyStay, empresa portuguesa especializada na gestão de alojamento local e empreendimentos turísticos, celebra este mês uma década de operação com resultados sólidos e uma visão ambiciosa para o futuro, com mais de 135 milhões de euros gerados em receitas brutas para proprietários e investidores, mais de 270 mil check-ins realizados e 725 mil hóspedes recebidos ao longo dos últimos 10 anos.

Hoje, a LovelyStay opera em Lisboa, Porto, Algarve, Madeira e outras regiões-chave, e já iniciou a sua expansão internacional, com operações em curso em Londres e Istambul e novos projetos previstos em Espanha. A empresa conta com mais de 270 colaboradores, unidos pela ambição de redefinir a hospitalidade através da tecnologia, do serviço personalizado e da excelência operacional.

Segundo destaca William Tonnard, CEO da LovelyStay, “estes 10 anos mostraram que é possível crescer com sustentabilidade, mantendo uma proposta clara de valor para os proprietários e foco total na rentabilidade”, sublinhando que a empresa representa uma nova geração de operadores turísticos, mais digitais, mais estratégicos, mais orientados para o retorno.

Nos últimos anos, a LovelyStay tem vindo a reforçar a sua atuação em segmentos premium, com especial destaque para a gestão integral de edifícios turísticos e villas de luxo, em zonas urbanas e destinos de elevado valor, destacando a entrada da empresa na Quinta do Lago. Estes projetos beneficiam de planos de receita personalizados, operação dedicada, integração multicanal e foco total na excelência da experiência do hóspede.

Num setor cada vez mais competitivo e regulado, a LovelyStay aposta na inovação como alicerce de crescimento. O desenvolvimento de ferramentas de automação, plataforma de gestão e modelos híbridos (curto, médio e longo prazo) permite oferecer aos clientes transparência total, controlo direto sobre os resultados e uma operação fluida e eficiente.

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CPLP apoia candidatura do Campo do Tarrafal a Património da Humanidade

A candidatura do Campo do Tarrafal a Património da Humanidade, que reúne o apoio da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, deverá ser entregue à UNESCO em fevereiro de 2026.

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A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) declarou apoio à candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago, em Cabo Verde, a Património da Humanidade, avança a Lusa.

O apoio à candidatura foi anunciado no final de uma reunião que decorreu esta quarta-feira, 7 de maio, em São Tomé e Príncipe e na qual foi decidido “apoiar as novas candidaturas dos sítios dos estados-membros a Património Mundial da UNESCO, nomeadamente do Campo de Concentração do Tarrafal, por representar um marco na valorização da memória de resistência”.

A declaração final foi assinada durante a III Reunião Extraordinária dos Ministros Cultura da CPLP, entre 05 e 07 de maio, tendo a decisão sido anunciada pelo Ministério da Cultura de Cabo Verde.

Augusto Veiga, ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, explica que o apoio é “importante” para preparar a candidatura, que deverá ser entregue à UNESCO em fevereiro de 2026.

A Lusa lembra que, há um ano, os presidentes de Portugal, Cabo Verde e Guiné-Bissau, assim como o ministro da Defesa de Angola, descerraram, no local, uma placa que assinalou os 50 anos da Libertação do Campo do Tarrafal.

O Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago funcionou entre 1936 e 1956, tendo reaberto em 1962, com o nome de Campo de Trabalho de Chão Bom, para aprisionar anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde, enquanto na primeira fase a maioria dos presos políticos eram portugueses que contestavam o regime fascista do Estado Novo.

O encerramento do Campo do Tarrafal só aconteceu depois da revolução do 25 de Abril de 1974, que derrubou o Estado Novo e libertou os presos políticos.

 

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Maior Legoland do mundo abre em Xangai em julho

O Legoland Xangai tem abertura prevista para julho, naquele que será o maior parque temático do mundo dedicado a estes conhecidos blocos de construção e que inclui também um hotel de 250 quartos.

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A Lego vai abrir, em julho, um Legoland em Xangai, naquele que será o maior parque temático do mundo dedicado a estes conhecidos e adorados blocos de construção, avança a Lusa, que cita a imprensa chinesa.

Localizado a cerca de 52 quilómetros a sudoeste do centro de Xangai, o Legoland vai contar com mais de 75 atrações e espetáculos distribuídos por oito zonas distintas, que incluem milhares de figuras construídas com cerca de 85 milhões de peças Lego.

Além do parque temático, que vai também ter sala de cinema 4D, está prevista a construção de uma unidade hoteleira, com 250 quartos e que vai ser decorada segundo cinco ambientes diferentes inspirados no universo destes brinquedos reconhecido à escala global.

Destaque também para a “Miniland”, uma recriação, construída integralmente com blocos Lego, cujo peso total é superior a 45 toneladas, de algumas das áreas mais emblemáticas de Xangai, assim como de outros ícones culturais e turísticos da China.

O Legoland de Xangai encontra-se já em fase final de construção e vai dar emprego a cerca de mil colaboradores, estando já confirmado que o parque temático vai também levar a palco o “Monkie Kid”, o primeiro espetáculo do mundo dedicado à série “Monkie Kid”, da LEGO, que é inspirado no Rei Macaco, da obra clássica chinesa Jornada ao Oeste.

“Conhecemos bem este mercado e estamos entusiasmados com o seu potencial. Este complexo será uma referência e ponto de encontro para todos os fãs da Lego na China”, afirmou Fiona Eastwood, diretora executiva da Merlin Entertainments, o grupo britânico responsável pela gestão dos parques Legoland.

Apesar do parque temático só ter abertura prevista para julho, a venda de passes de temporada e bilhetes para visitas exclusivas, que incluem estadias no hotel temático, já está a decorrer.

A Lusa recorda ainda que Xangai inaugurou, em 2016, o primeiro parque Disneyland na China continental, que se seguiu à abertura do parque de Hong Kong, em 2005, e tem já prevista, para 2027, a abertura de um novo complexo temático dedicado ao universo cinematográfico de Harry Potter.

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Turismo no Porto confirma crescimento em 2024

O turismo no Porto registou um crescimento assinalável em 2024, e a vereadora da Câmara Municipal com este pelouro, Catarina Santos Cunha, considera que “há todo um trabalho, em conjunto com o setor, para qualificar a oferta e para capitalizar as novas tendências, garantindo um crescimento sustentável e equilibrado, que beneficie tanto os visitantes como os residentes”.

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O turismo no Porto continua a mostrar sinais de crescimento, com dados que apontam para um aumento sustentado em vários pontos chave do setor. De acordo com indicadores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), interpretados pela autarquia, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico alcançaram os 492 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 12,8% face ao período homólogo, a que corresponde mais de seis milhões de dormidas nos alojamentos turísticos com mais de 10 camas (uma variação positiva de 6,9% em relação ao ano de 2023).

A média do RevPAR anual (receita por quarto disponível) foi de 80 euros, refletindo a valorização do setor, indica ainda nota da Câmara Municipal, que avança que, no que diz respeito ao consumo com cartões estrangeiros na cidade, o ano de 2024 atingiu 588 milhões de euros. O Aeroporto Francisco Sá Carneiro também registou um aumento no número de passageiros, com um total superior a 15 milhões passageiros em 2024, o que representa uma variação positiva de 4,9%. Os dados da taxa municipal turística acompanharam esta evolução, com uma receita de cerca de 20,9 milhões de euros.

Mais avança que, no ano que agora terminou, os estabelecimentos de alojamento turístico na cidade registaram um total de 6.276.074 dormidas, representando um crescimento de 6,9% em relação ao ano anterior. O número de hóspedes também subiu, atingindo os 2.967.090, segundo dados do INE, o que indica uma variação positiva de 6,9%.

A autarca destaca que a estratégia do Município do Porto tem sido no sentido de aposta na capacitação dos agentes do setor, através dos programas de formação que têm sido promovidos, como o Confiança Porto (nas áreas do alojamento, circuitos turísticos e agentes de equipamentos culturais) e outras em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, ou a estratégia de gestão da carga turística, com a descentralização dos fluxos turísticos para zonas periféricas da cidade, através dos oito quarteirões da cidade, que considera serem frutos destes resultados verificados o ano passado.

Catarina Santos Cunha realça ainda que “importa continuar a investir na melhoria da experiência do visitante e na promoção de iniciativas com vista à captação de novos perfis de turistas, como é o caso dos projetos Global Kitchen, o Curated Porto, e as atividades na rede Great Wine Capitals, que posicionam o Porto como destino de qualidade e diferenciador, mas que também beneficiam e contribuem para a qualidade de vida de quem está diariamente na cidade”.

Com base nas previsões da European Travel Commission, que indicam que, em 2025, os europeus planeiam viagens mais longas e com orçamentos mais elevados, e que cerca de 30% dos europeus planeiam gastar entre 1.501 e 2.500 euros por viagem, enquanto 17% considera gastar mais de 2.500 euros, “é expectável que a atividade turística no Porto possa continuar a crescer, impulsionada tanto por tendências internacionais quanto por iniciativas locais, como o aumento do investimento em novas unidades de alojamento turístico e a melhoria da experiência dos visitantes”, defende a vereadora .

 

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