Comércio electrónico gera 200 Milhões de euros em 2006
A vendas de viagens na Internet em Portugal geraram um valor que rondou os 200 milhões de euros. Para este ano e 2008 a tendência de crescimento ronda os 50pp […]

LuÃÂs Correia
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A vendas de viagens na Internet em Portugal geraram um valor que rondou os 200 milhões de euros. Para este ano e 2008 a tendência de crescimento ronda os 50pp anuaisA rápida penetração da Internet, as ofertas e descontos aplicados nas vendas on line, a crescente quota de mercado das companhias low cost e a entrada, neste canal de venda, de novas empresas, são a justificação para o crescimento do comércio electrónico de viagens em Portugal, o que se traduziu numa receita de 200 milhões de euros em 2006. Esta é uma das principais conclusões de um estudo realizado pela empresa espanhola DBK sobre o comércio de viagens electrónicas em Portugal. Ainda segundo a análise da DBK a tendência é de crescimento e prevê-se que em 2007 e 2008 o e-commerce nacional cresça mais de 50% ao ano.
Agências de viagens lideram
As agências de viagens tradicionais são o principal grupo, em número de sites, e representam 35% do total das empresas analisadas. Seguem-lhe os passos as cadeias hoteleiras (25%) e as rent-a-car e outros transportes terrestres (22%). Apesar da liderança destes dois segmentos são as companhias aéreas quem gera aproximadamente metade do valor das compras online. Segundo os dados da DBK, e até final do ano passado, eram aproximadamente 100 o número de sites que comercializavam serviços turísticos com conteúdos específicos para Portugal.
A análise de dados mostra ainda que existe uma grande concentração de actividade comercial em 10 empresas que reúnem entre si 63% da facturação total, sendo que o grupo dos cinco primeiros (TAP Portugal, Netviagens, Avis, Grupo Pestana e Portugália) chamam a si 54% da facturação total.
No entanto, e por segmento, destaca-se uma grande concentração da oferta nas agências de viagem virtuais e nos rent-a-car, se bem que neste último, houve três empresas que abarcaram 80% da contratação neste canal de venda.
Olhando para as empresas que operam na Internet o estudo demonstra que as de capital português são maioritárias, com destaque para a presença dos grupos Pestana, Espírito Santo e Sonae. No que respeita a empresas de capital estrangeiro, o grande grau de concentração está presente no rent-a-car, nas agências de viagem virtuais e em diversas cadeias hoteleiras, sendo, na totalidade, predominante o capital de origem norte americana. A participação do capital de “nuestros hermanos” é significativa no mercado das agências de viagem e menor grau nos sector hoteleiro.
Aviação gera 102 milhões de euros
Relativamente a 2005, a venda de viagens ao cliente final teve, segundo a DBK, um crescimento de 70%. De todos os sectores que comercializam produtos turísticos foram as companhias aéreas quem mais receitas gerou. No total, a aviação leva a maior fatia do bolo de 200 milhões de euros, com um resultado de 102 milhões de euros, o que se traduz em 51% da totalidade das vendas. As cadeias hoteleiras ficam o segundo posto com 31 milhões de euros (16%). As agências de viagens virtuais e os rent-a-car, repartem uma quota de vendas na ordem dos 11pp para cada um. No que respeita às agências de viagem tradicionais, a venda online fica-se pelos 10%, o que mostra um crescimento mais lento deste sector, relativamente a outros fornecedores de produtos e serviços turísticos.
Nos resultados apresentados a consultora espanhola destaca o peso que o comércio electrónico tem no sector do rent-a-car e mostra que cerca de sete por cento da facturação total deste segmento é proveniente da Internet.
Nos restantes transportes terrestres o comércio electrónico, com excepção do transportes ferroviários, não tem expressão.
Previsões e tendências
Redução da concentração e impulso das estratégias de diferenciação. É desta forma que a DBK traça a tendência no futuro próximo do e-commerce. Com base nos dados que recolheu, a consultora considera que o volume de negócio online pode aumentar no biénio 2007/08 em cerca 50% ao ano, até atingir um valor a rondar os 500 milhões de euros. Os lideres de facturação continuaram a ser, com base nos dados, as companhias aéreas. Outro dado é que o comércio online continuará a crescer pelo aparecimento de novas empresas, quer pela inclusão das já existentes, quer pelos canais de venda nos sites que dispõem actualmente.
Prevê-se ainda uma maior penetração das agências de viagem tradicionais neste negócio. De volta ao sector da aviação, espera-se que se mantenha a tendência das rotas low cost e a entrada de novos operadores de baixo custo.
Por outro lado, e seguindo a tendência de outros mercados europeus, antevê-se que a extensão do conceito low cost se estenda a outros segmentos (hotéis e rent-a-car) e que surjam também portais orientados para nichos de mercado. O estudo realizado permite ainda prever que, no futuro e a médio prazo, o crescimento dos players na Internet motivará a competitividade e a redução gradual da concentração da oferta.
É esperado ainda que o crescimento do comércio electrónico impulsione as parcerias e os acordos com sistemas globais de distribuição.
Mais e melhor tecnologia
Se o crescimento do e-commerce se traduz em geração de riqueza, o aumento da venda tem outro ponto a favor: a evolução tecnológica. Fruto da conjuntura actual e futura, prevê-se que o grafismo, conteúdos e qualidade das páginas de internet sofram melhoras graduais para potenciar a diferenciação dos serviços. São esperadas mais e melhores tecnologias de busca, simplificação dos processos de compra, adaptação da oferta às necessidades do cliente e crescimento da oferta dirigida ao segmento MI.