Turismo de Portugal aposta em escola de Lamego para requalificar o Vale do Douro
O novo complexo escolar de Lamego assume-se como uma das mais modernas e preparadas escolaspara formar profissionais na área do Turismoe da Hotelaria”Queremos formar profissionais para requalificar a região do Vale do Douro”. Foi desta forma que Jorge Umbelino, presidente do conselho de administração do INFTUR, traçou o objectivo da escola de hotelaria e turismo… Continue reading Turismo de Portugal aposta em escola de Lamego para requalificar o Vale do Douro
Carina Monteiro
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O novo complexo escolar de Lamego assume-se como uma das mais modernas e preparadas escolaspara formar profissionais na área do Turismoe da Hotelaria”Queremos formar profissionais para requalificar a região do Vale do Douro”. Foi desta forma que Jorge Umbelino, presidente do conselho de administração do INFTUR, traçou o objectivo da escola de hotelaria e turismo de Lamego. O novo campus escolar, a funcionar desde Outubro de 2006, é composto por três edifícios: o internato com capacidade para 100 alunos, o edifício escolar e o hotel-escola.
A escola teve início em 2000, e passou por duas instalações até à construção deste complexo, apoiado pela Região de Turismo do Douro Sul e pela Câmara Municipal de Lamego.
O projecto tem como principais objectivos: o desenvolvimento da região do Douro, enquanto pólo de qualificação turística e reforçar a oferta formativa para o sector, de acordo com o estabelecido pelo Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT).
Facto também explicado por Jorge Umbelino: “este projecto aparece justamente numa altura em que um dos pólos de desenvolvimento do PENT é o Vale do Douro, um dos problemas graves desta região é a falta de qualificação dos profissionais”. Por outro lado, o responsável explica que “a própria infra-estrututra é requalificadora da região, com espaços e um auditório, capazes de receber eventos”.
Investimento de 6,8 milhões de euros
Orçado em 6,8 milhões de euros, o projecto teve a comparticipação comunitária do Programa Operacional da Região Norte – ON, no valor de 3,69 milhões e a cedência de terrenos camarários, com uma área total de 6,4 hectares, para sua construção.
Localizada junto do Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, a escola foi construída numa quinta cuja residência era de um antigo embaixador. O hotel-escola foi adaptado há casa existente, inclui sete quartos, sala polivalente, cozinha de produção, restaurante e bar de aplicação. As obras deste hotel de aplicação estão praticamente concluídas, no entanto estará operacional apenas no início do próximo ano lectivo. Até ao final do ano, esperam pôr em marcha, nesta instalação, um centro de formação para quadros superiores. “Contamos fazer uma espécie de centro de formação de nível avançado, para directores e quadro técnicos, porque envolvem poucas pessoas, numa perspectiva nacional”, conta.
O edifício escolar, ponto central do empreendimento, está dotado de oito salas de aulas teóricas, duas de informática, três de formação temática, cozinha pedagógica, duas salas com cozinhas individuais, anfiteatro de cozinha, self-bar, restaurante, auditório, foyer, salão e biblioteca, entre outras unidades.
Fixar os profissionais
Inicialmente, a escola conta formar 300 alunos, com equivalência ao 12º ano de escolaridade, nos cursos de cozinha/pastelaria, restaurante/bar e informação turística. O ano lectivo iniciou-se com 117 alunos inscritos, “só daqui a dois anos a escola atingirá capacidade máxima, os 300 alunos em formação inicial”, afirma. Serão, igualmente, desenvolvidos vários cursos de formação de qualificação, aperfeiçoamento e especialização, para os profissionais do sector.
Regra geral, os alunos do INFTUR fazem estágios no primeiro e segundo ano. “Queremos que os alunos façam os estágios na proximidade regional da escola, porque isso trará duas vantagens: primeiro melhor acompanhamento pela escola, e segundo, o sítio onde fazem estágio é por norma o sítio em que continuam a trabalhar. O responsável acredita que num futuro próximo haverá condições para estes profissionais ficarem a trabalhar na região, com o desenvolvimento turístico previsto para o Vale do Douro.
Apesar de reconhecer a importância desta escola para o desenvolvimento turístico do Vale do Douro, o presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes afirma que: “a região ainda não tem capacidade para absorver os profissionais que se irão formar nesta escola. Estamos num mercado global, onde podem surgir melhores propostas. Recebemos alunos de todas as partes do país, a experiência que temos revela-nos que muitos destes alunos não ficam na região, e vão trabalhar para os grandes pólos turísticos, Lisboa, Porto e Algarve.” O autarca revela, no entanto, a necessidade de tornar o Vale do Douro, uma região turística mais competitiva. “Uma das questões fundamentais que se coloca a um destino, é a qualidade dos recursos humanos, queremos chegar a um patamar de excelência no que diz respeito a esta questão”, conclui.
De referir que a escola está, ainda, sob a tutela do INFTUR, organismo responsável pela formação, mas brevemente passará para a responsabilidade do Turismo de Portugal.
Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego
SET inaugura escola
A Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego foi inaugurada oficialmente no passado dia 10 de Abril, numa cerimónia presidida pelo secretário de estado do Turismo, Bernardo Trindade.