A “Escola” TAP
Em 2006 a TAP gastou sete milhões de euros em formação. Todos os funcionários da transportadora aérea portuguesa recebem formação pelo menos uma vez por ano No edifício 28 da TAP, no aeroporto de Lisboa, funciona o centro de formação da transportadora aérea portuguesa. São seis andares, com salas de formação, oficinas, simuladores de… Continue reading A “Escola” TAP
Carina Monteiro
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Em 2006 a TAP gastou sete milhões de euros em formação.
Todos os funcionários da transportadora aérea portuguesa recebem formação pelo menos uma vez por ano
No edifício 28 da TAP, no aeroporto de Lisboa, funciona o centro de formação da transportadora aérea portuguesa.
São seis andares, com salas de formação, oficinas, simuladores de voo, laboratórios e mock-ups. A TAP estima que por dia passem por este centro, em média, 500 formandos.
A formação do grupo TAP é coordenada e validada pelo departamento de formação profissional, dirigido por Margarida Torres. O objectivo da companhia aérea, no que respeita à formação, é: “desenvolver uma cultura de empresa, ajustada a uma cultura de qualidade de serviço, na perspectiva do cliente.”
No ano passado participaram nas acções de formação 14.500 formandos, o que significa que cada funcionário esteve mais do que uma vez em formação.
Segundo a responsável, pretende-se que “todos os trabalhadores da TAP venham, pelo menos uma vez, à formação quer seja um dia ou uma semana.”
Os custos globais com a formação chegaram aos sete milhões de euros no ano passado. É difícil precisar em que áreas de formação se gastou mais porque “há departamentos cujos custos são muito elevados devido ao número de pessoas que lá trabalham, como por exemplo as áreas de manutenção e engenharia, e outros, com menos pessoal, mas onde o investimento em material e equipamento técnico é bastante superior”, explica Margarida Torres.
A Formação transversal
Todos os departamentos da companhia aérea recebem formação. “Fazemos um planeamento anual de acordo com as necessidades de cada serviço” esclarece Margarida Torres.
A TAP tem dois tipos de formação: em horário laboral e formação transversal. A transversal, realizada depois das 17h, é oferecida pela transportadora aos trabalhadores que queiram frequentar determinadas acções, como por exemplo: formação em línguas, em micro-informática, em gestão, em comportamento organizacional, em segurança ou formação pedagógica de formadores. “Esta modalidade contempla toda a formação não específica e que, sendo uma mais-valia para o desempenho profissional de cada trabalhador, é comum às diversas funções profissionais” explica.
A formação dos recrutados
Os concursos externos para admissão de pessoal na TAP são divulgados via Internet e são criados “conforme a necessidade”, explica Margarida Torres. O processo de recrutamento inicia-se com uma entrevista, onde estão presentes os responsáveis pelo departamento de recrutamento e da área específica para qual a pessoa se candidata. Seguem-se as provas de línguas, provas psicológicas, médicas e uma entrevista final.
“Todas as pessoas que entram na TAP tem uma formação a que chamamos de acolhimento, de três ou quatro horas, para que percebam o que é a TAP, tudo o que envolve a empresa e os seus trabalhadores, assim como a integração da TAP na Star Alliance”, conta.
Actualmente estão a decorrer cinco concursos externos de admissão para a área de transporte aéreo e seis para a manutenção e engenharia. Em 2006, a TAP admitiu 570 trabalhadores em regime de contrato, 382 corresponderam a pessoal de terra, 46 a pilotos e 142 dizem respeito a pessoal navegante de cabine (comissários e assistentes de bordo). Ainda em 2006, dos 570 funcionários, 129 passaram ao quadro. De referir que os pilotos entram automaticamente para os quadros da empresa.
Devido ao Verão IATA, que decorre de Março a Outubro, é necessário um reforço de voos, e consequentemente, mais pessoal navegante de cabine. “Quando termina este período, alguns dos contractos destes funcionários não são renovados”.
Aposta no e-learning
Para este ano a aposta da TAP será no “e-conhecimento”. Já foram realizados cursos-piloto para ajuste de alguns aspectos como a dificuldade de acessos por parte dos formandos. Na opinião de Margarida Torres “esta formação é de extrema importância para a TAP e para os seus recursos humanos, uma vez que podem adquirir conhecimentos e competências, sem a necessidade de haver um planeamento rígido que, por vezes, por razões de serviço ou pessoais, não pode ser cumprido”.
Esta formação não irá substituir as outras formações, sendo mais uma modalidade, a somar às já existentes na companhia aérea, como a formação presencial, a formação prática e a formação no posto de trabalho.
Este projecto reflecte um dos objectivos da companhia: “abrir caminho à aceitação de novos conceitos e novas tecnologias inerentes, não só, à evolução dos equipamentos, como também, de novas formas de organização”.