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Opinião

Novos Paradigmas nos Transportes (Estruturas, Segurança e Velocidade. A Intermodalidade)

Considerando que todos estes projetos deveriam estar concluídos até 2050, duvidamos do cumprimento integral dos prazos nas datas previstas, se tivermos em consideração as habituais “derrapagens”!

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Novos Paradigmas nos Transportes (Estruturas, Segurança e Velocidade. A Intermodalidade)

Considerando que todos estes projetos deveriam estar concluídos até 2050, duvidamos do cumprimento integral dos prazos nas datas previstas, se tivermos em consideração as habituais “derrapagens”!

Luiz S. Marques
Sobre o autor
Luiz S. Marques

A influência política tem mantido uma notória influência na evolução da rede de transportes coletivos, desde o nascimento do caminho de ferro (1856), que na década seguinte chegou à fronteira espanhola, dinâmica que viria a perder ritmo numa progressiva adaptação às exigências do mercado. A organização da CP (Caminhos de Ferro de Portugal), fundada em 1947, veio a privilegiar os eixos principais, relegando a um certo abandono as linhas secundárias, por oposição ao desenvolvimento do transporte rodoviário e da aviação comercial.

De 1986 a 1995, foram encerrados 700 km, e entre 2008 e 2012, tornaram-se inoperativas mais de 300 km de linhas, quer de tráfego geral ou apenas de passageiros. Uma marca, em 2008, foi a reabertura do Túnel e Estação de Rossio.

Os transportes estão sujeitos a contínuas transformações tecnológicas, no sentido de beneficiarem os utentes, no encurtar dos tempos de viagem, possibilitando uma melhor interligação de transportes, infraestruturas e sinalização, diminuindo ruídos e poluição. No entanto, a Autoridade da Mobilidade dos Transportes, nos projetos já acordados (PIN 2020), só 15%, foram concluídos, aguardam pelo PIN 2030; enquanto a modernização de linha do Oeste, no traçado Sul, 43 km, orçado em euros 61,5 milhões, financiado até dezembro, 2023, encontra-se parado.

Os transportes intermodais, ainda não planeados, permitiriam a conjugação de transportes aéreos e ferroviários de grande velocidade (AV), sujeitos a uma só responsabilidade, da aviação civil, ao ser aplicado em percursos nacionais ou internacionais, mesmo no acesso dos aeroportos aos centros das grandes cidades, num encurtar de distâncias.

O exercício político, composto por ciclos nem sempre favorável a grandes projetos, sofre frequentes hesitações. Inovadoras tecnologias exigem melhor engenharia financeira, apesar da sua indispensabilidade para o desenvolvimento de vantajosos tráfegos. As atuais projeções, no seguimento da RTE-T (Redes Transeuropeias de Transportes) e da Comissão da UE, expressas no seu Livro Branco, incluindo a alta-velocidade (AV), têm a mesma identidade do projeto elaborado, no início da  década de 1990, apesar de se ter saldado num acumular de dívidas.

O projetado eixo central (AV), Porto/Lisboa, irá permitir futuras ligações, incluindo acesso à rede, (AV), galega, sendo o maior impedimento espanhola a construção de um túnel, em Vigo. No Sul, no Algarve, trata-se duma obra bem  mais problemática,  havendo a adicionar o projeto da Associação do Vale Douro, numa valorização para Trás-os-Montes, ao deixar de depender exclusivamente do transporte rodoviário, proposta que viria a incluir o transporte (AV), Porto (Aeroporto Sá Carneiro)-Vila Real-Bragança-Zamora, com ligação a Galiza/Madrid.

Outra face do mundo dos transportes, o aéreo, assentaria num novo Aeroporto (caso este venha a ser realizado), a distâncias aceitáveis de Coimbra, Aveiro e Porto, como na região de Santarém, que fica a cerca de 80 km  de Lisboa, numa construção em cerca de três anos, destinado a voos de baixos custos (low cost), numa iniciativa privada sem custos para o erário publico.

A segunda fase, caso possa ser justificada por potenciais lucros, teria lugar a construção “golden plate”, durante 10 a 15 anos, com várias pistas, aerogare e instalações de serviços, na constituição de “Hub”. Trata-se de um atrativo polo radial entre tráfego de longa distância conjugada o com outros tráfegos, em que geralmente os embarques seguem por um traçado de “convidativas” lojas de “artigos de marca”, para além das salas VIP, restaurantes “gourmet”, hotéis destinados aos vários gostos, para além de balcões de serviços aéreos, ou no exercício de várias atividades.

A “revolução” da ferrovia (AV) e das estruturas da aviação, independente da sua localização carecem de dispendiosos orçamentos prioritariamente estabelecidos, só possíveis com a junção das vontades políticas de acordo com as possibilidades tecnológicas, numa conjugação positiva, se forem cumpridos os prazos previamente acordados, tendo como parceiro financiador: a UE.

Considerando que todos estes projetos deveriam estar concluídos até 2050, duvidamos do cumprimento integral dos prazos nas datas previstas, se tivermos em consideração as habituais “derrapagens”!

Sobre o autorLuiz S. Marques

Luiz S. Marques

Investigador do Dreams (Universidade Lusófona)
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