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“Quem vem ao Alentejo vem à procura de qualidade”

Anunciada que foi como “Região de Turismo Convidada” da BTL 2025, recordamos a entrevista a José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.

Victor Jorge

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“Quem vem ao Alentejo vem à procura de qualidade”

Anunciada que foi como “Região de Turismo Convidada” da BTL 2025, recordamos a entrevista a José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.

Victor Jorge
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Tomou posse a 19 de julho de 2023, depois da lista [única] que encabeçou ter ganho com o lema “Nova Ambição para o Turismo do Alentejo e Ribatejo”, admitindo na altura que um dos primeiros objetivos passava por “manter a atractividade do destino turístico”.

No início do ano soube-se que o Alentejo fora a região que, em 2023, mais cresceu na procura interna, com os números do INE a indicar um crescimento de 7,8%, enquanto a média nacional se ficou pelos 2,1%.

Antes da temporada de verão, o Publituris esteve à conversa com José Santos, presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, para saber o que vai ser feito para aumentar este registo. A resposta foi: “Consolidar o Alentejo e ter mais promoção do Ribatejo”.

No plano político, no entanto, pede “um Estado mais inteligente”.

Está há menos de um ano à frente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. Como é que caracterizaria estes primeiros meses de presidência?
Eu caracterizaria a mesma em três dimensões. A primeira recuperar um espaço de influência institucional da ERT que estava perdido naquilo que são as opções de desenvolvimento na região. Quando digo influência institucional, não é uma influência no sentido corporativo da entidade, no sentido menos positivo, é influência no e do turismo na definição de políticas, na presença em alguns órgãos de acompanhamento, que têm depois impacto em decisões que afetam o turismo.

Por exemplo, o Turismo do Alentejo não estava no Conselho Regional de Inovação, que é uma plataforma que tem importância na definição das políticas de inovação e dos fundos europeus, com impacto no turismo.

Mas não tinha porquê?
Não tinha porque não foi convidado. Mas estava o Turismo de Portugal. Passamos a vida a falar em descentralização, temos de aplicar o princípio da subsidiariedade. E dissemos, temos de estar no Conselho Regional de Inovação. E a CCDR convidou-nos e estamos. O Ribatejo também beneficiará dessa dinâmica.

Outro exemplo, há hoje um novo fundo da União Europeia, que é o Fundo da Transição Justa, que tem uma aplicação nos territórios que estão em processos de substituição de centrais termoelétricas, como é o caso, por exemplo, do Alentejo Litoral.

E no caso do Litoral do Alentejo, na Refinaria de Sines, há um fundo que, aliás, tem avisos específicos para os sistemas de incentivos para as Pequenas e Médias Empresas para a área do turismo, e foi criado um observatório para monitorizar esse processo de transição. Sendo esse fundo muito dirigido ao turismo, porque muita daquela transição será para um reforço da dinâmica turística, como é que o turismo não estava lá? Bem, dissemos, temos de estar, e hoje estamos, inclusive na Comissão Permanente desse observatório.

ERT mais interventiva
Portanto, a representatividade da ERT agora é diferente?
É. Mas dou-lhe outro exemplo. Estações Náuticas, ao nível do produto turístico. O Turismo Portugal pedia-nos relatórios sobre a governança deste produto e não tínhamos, porque estávamos afastados da gestão das Estações Náuticas. Hoje estamos já no centro do processo de desenvolvimento desse produto. Portanto, foi preciso investir muito tempo e fazer ver que o turismo não podia estar afastado desses processos. Portanto, primeira dimensão, recuperação e influência institucional.

Num segundo ponto, tivemos de abrir um novo ciclo de planeamento. Ainda que o quadro comunitário esteja com um arranque muito tímido, tivemos de nos posicionar e abrir novas frentes de trabalho. Hoje temos, por exemplo, 3,3 milhões de euros de candidaturas apresentadas. Só temos 20% de aprovações, o que é normal, mas já temos uma mobilização de fundos europeus e nacionais que estão agora a ser analisadas, até porque muitas delas são candidaturas ainda ao nível de pré-qualificação de estratégias.

Portanto, nestes oito meses foi necessário fazer aqui uma maratona para poder apresentar muitos projetos e alguns deles em rede, ou seja, candidaturas que nós coordenamos. Coordenamos com a Região do Turismo do Algarve, com câmaras municipais, com a Agência Regional de Promoção Turística, e em que nós assumimos a gestão e a liderança dessas candidaturas.

Há uma relação muito afetuosa entre os portugueses e o Alentejo, que se tem vindo a construir e a reforçar nos últimos 10 anos

Como é que se concilia o Alentejo com o Ribatejo, porque queiramos quer não, são territórios distintos?
Sem dúvida. De facto, não é um desafio fácil porque, como diz e bem, estamos a falar de territórios diferentes e também diferentes do ponto de vista do processo de afirmação e desenvolvimento turístico.

Na Lezíria do Tejo temos três hotéis de quatro estrelas. Temos 230 mil dormidas por ano. É 7% do total da NUT. Sendo que agora há um outro complicador, desde o 1 de janeiro que a Lezíria do Tejo já está numa nova NUT – Oeste e Vale do Tejo. Hoje gerimos uma área promocional Alentejo e Lezíria do Tejo, mas a NUT, administrativamente, só tem o Alentejo.

O princípio, de certa forma, vinha a ser trilhado já anteriormente, mas o que consolidámos é dizer claramente que são dois territórios diferentes, dois destinos diferentes, por isso há que autonomizar o marketing turístico do Ribatejo. Posso ter, conjunturalmente, algumas iniciativas transversais, e temos-las, mas a comunicação e o marketing têm de ser diferentes. Isso implica que tenho dois orçamentos: um para o Alentejo e outro para o Ribatejo. E não aplico proporcionalmente ao Ribatejo o valor de investimento para projetos e campanhas pelo seu peso, porque senão só aplicaria 7%, e aplico muito mais, porque obviamente estamos a falar de um território que precisa de ser mais apoiado. O Ribatejo estará como o Alentejo estava há 20 anos.

Alentejo para dentro e fora
Relativamente ao Alentejo, segundo os dados do INE, a região foi a que, em 2023, mais cresceu na procura interna. Os números indicam um crescimento de 7,8%, enquanto a média nacional se ficou pelos 2,1%. A que se deve esta performance do Alentejo?
Diria que há uma relação muito afetuosa entre os portugueses e o Alentejo, que se tem vindo a construir e a reforçar nos últimos 10 anos, em que, de facto, e talvez isso tenha sido ainda acelerado depois da pandemia, os portugueses olham muito para o Alentejo como um destino que é quase como um regresso às suas próprias raízes.

É uma região onde se consegue repensar aquilo que é a vida, definir os objetivos e os sonhos para o futuro, uma ligação à natureza. E aquilo que o marketing turístico do Alentejo tem de fazer é pôr esses valores em evidência. Diríamos que é amplificar essa perceção que os portugueses têm em termos da proposta de valor do destino.

Às vezes os hoteleiros dizem-nos, e com razão, não compliquem muito o marketing, porque o Alentejo tem uma imagem tão forte, tão consolidada, que aquilo que têm de fazer é apenas afirmá-la. Os portugueses sabem que existe um destino que é o Alentejo. Não têm de estar sempre a dizer que ele existe. De vez em quando, convém relembrar e afirmar.

A segunda razão é, obviamente, o trabalho, a melhoria da nossa oferta. A oferta turística tem crescido, tem-se qualificado. Desejaria que tivesse acelerado mais em alguns aspetos, por exemplo, naquilo que é o segmento Plus de 5 estrelas, em que nós, em 12 anos, passámos apenas de 4 unidades de 5 estrelas para 7, mas globalmente, hoje há um predomínio dos hotéis de 4 estrelas, alojamentos temáticos.

Mas acredita que quem vem para o Alentejo vem à procura dessas unidades de 5 estrelas, ou vem mais à procura daqueles espaços mais autênticos, mais genuínos?
Quem vem ao Alentejo vem à procura de qualidade. E posso encontrar a qualidade nos vários segmentos. Preciso é qualificar mais a oferta turística, é preciso reforçar mais a categoria Plus, ainda que saibamos hoje que encontramos em alguns turismos rurais ou em alojamentos locais, unidades que funcionam quase como hotel e que têm um nível de serviço de 5 estrelas ou superior.

Contudo, temos de, obviamente, garantir que, ao longo de toda a cadeia de oferta, há mais propostas diversificadas e temáticas. E a região tem conseguido isso. E também é com muita satisfação que eu vejo a entrada de novos players, alguns deles até nacionais. Para além de toda a nossa hotelaria independente, é bom ganharmos aqui algum músculo empresarial e escala. A renovação e a requalificação da nossa oferta têm sido também importantes para atrair novos públicos nacionais e internacionais. Isso ajudou aos 7,8% de crescimento, mas também temos crescido 18% na procura internacional e temos conseguido recuperar o número de hóspedes. Tivemos mais de 0,9% de hóspedes estrangeiros em 2023, comparado com 2019.

Mas os números do INE também indicam que estes primeiros meses de 2024 estão um pouco abaixo do que foi 2023. Isto, de alguma forma, confirma aquele velho problema da sazonalidade de certas e determinadas regiões?
Sim, ainda que estejamos a melhorar nesse indicador. A taxa de sazonalidade do Alentejo em 2023 foi de 38%, tinha sido, em 2022, de 40%. É verdade que ainda estamos um pouco distantes da média nacional, e se olharmos para destinos como o Centro ou o Norte, que têm taxa de sazonalidade na casa dos 36% e 35%, esse é um dos nossos objetivos. Isso implica termos mais turistas internacionais, porque, obviamente, a sazonalidade é muito afetada.

A procura de portugueses vale mais de dois terços no total da procura. Até tivemos uma ligeira redução do peso dos hóspedes. Os hóspedes estrangeiros, em 2023, representaram cerca de 32,5%. Temos um objetivo para 2027, de chegar aos 40%. É fundamental aumentarmos o índice de internalização do destino. Penso que esta redução da sazonalidade, de 40% para 38%, tem muito a ver com o aumento do mercado norte-americano. Ainda que seja um mercado que se concentra, também, mais na zona do litoral, que se estende muito ao longo do ano, mas o mercado norte-americano já foi, em 2023, o segundo mercado do Alentejo.

Penso que a Agenda do Turismo do Interior, à qual nos associámos através da nossa campanha, também criou um pouco este laço junto do público português.

A renovação e a requalificação da nossa oferta têm sido também importantes para atrair novos públicos nacionais e internacionais

Mas isso passa por ter mais eventos ou ter mais oferta? Mais oferta pode descaracterizar um pouco o destino?
Sim. Mais oferta alinhada com aquilo que é, como nós sabemos hoje, e acho que os empresários turísticos já perceberam isso, até ao nível dos próprios apoios. Não me refiro só aos apoios dos fundos, das políticas públicas, dos apoios da banca comercial. Há cada vez menos predisposição para emprestar dinheiro a projetos que não são sustentáveis, que não são responsáveis ambientalmente. Portanto, creio que o Alentejo Litoral tem muitos projetos que já foram aprovados há 10 ou 12 anos e que estão agora na sua fase de implementação.

Mas é preciso mais oferta, mais oferta ao longo do ano, mas também oferta ao nível de atividades e nós podemos ter, num prazo de 3 a 5 anos, um bom destino de golfe no Alentejo Litoral.

Mas falou que os EUA se tornaram o segundo mercado externo. Qual é o primeiro?
O primeiro é o mercado espanhol. Nós tivemos 99 mil hóspedes espanhóis nos nossos alojamentos turísticos, em 2023, em mais de 200 mil dormidas. Portanto, o mercado espanhol tem-se consolidado.

Já não é, como dizem os nossos colegas da Agência Regional de Promoção Turística, necessário explicar onde é que é o Alentejo, mas ainda há muito trabalho para fazer.

A Espanha é muito grande, a Agência tem, obviamente, também os seus meios limitados, mas vamos ter um plano de promoção, que foi preparado com a delegação do Turismo de Portugal em Madrid, só para aqueles territórios, porque temos a noção que ainda há muito potencial de clientes para o Alentejo.

Em 2025, vamos ter uma linha ferroviária que vai ligar, não só um comboio de mercadorias, mas um comboio de passageiros, Sines, Évora, Caia, Madrid. Há poucos meses, estava numa reunião com operadores marítimo turísticos, em Porto Covo, e um desses operadores dizia-me que tem clientes em Badajoz que são fiéis ao destino de Porto Covo, e que a partir da entrada em operação do comboio, virão mais vezes durante o ano ao Alentejo. Portanto, é uma oportunidade à qual nós temos de estar atentos.

Portanto, não é só a conectividade aérea, também é a ferroviária?
Esquecemo-nos dos comboios. O transporte ferroviário foi algo que desapareceu do nosso mindset, mesmo para o turismo. Hoje temos algumas franjas de mercado que olham para o comboio como um meio mais interessante devido às questões da sustentabilidade, principalmente nas gerações mais jovens.

Mas, falou dos mercados externos relativamente ao Alentejo. A região do Ribatejo é muito diferente das nacionalidades internacionais visitantes?
Não é muito diferente. O mercado espanhol é também um mercado prioritário. Ainda não temos os dados por mercado ou por nacionalidade de 2023, mas aquilo que sabemos do histórico é que existe um domínio do mercado espanhol. Há mais brasileiros do que norte-americanos que terá a ver com o facto de Pedro Álvares Cabral estar sepultado numa igreja em Santarém, recurso esse que não está suficientemente trabalhado e capitalizado e vamos procurar fazê-lo.

Portanto, a nossa ideia é ter mais promoção do Ribatejo na promoção do Alentejo.

Há muitos clientes do Ribatejo que vêm da Extremadura espanhola e, por isso, vamos ter uma promoção mais agressiva. Vamos ter parcerias com alguns periódicos da Extremadura para termos semanalmente cadernos/suplemento com a restauração do Alentejo, mas também vamos ter um suplemento para o Ribatejo.

No início de março, a ERT do Alentejo e Ribatejo lançou o portal Alentejo e Ribatejo Outdoor, com um calendário anual de eventos bastante preenchida. É através destas iniciativas que pretendem captar mais visitantes?
Há um desafio que é como transformar produto turístico potencial em produto turístico real, ou produto turístico territorial em produto turístico comercial. Nós temos desenvolvido muito trabalho na ERT, construindo infraestruturas como a rede de centros de cycling, que está no portal, uma rede de percursos pedestres, uma rede de áreas de serviço para autocaravanas, os Caminhos de Santiago, os Caminhos da Raia, para criar uma linha de descoberta do Alentejo junto à fronteira. Este ano vamos também dinamizar a Via Atlântico, uma ramificação dos Caminhos de Santiago até Porto Covo.

Criamos estas infraestruturas de produto, mas depois não conseguimos atrair negócio, não conseguimos atrair programas, DMC, operadores.

Falta a parte comercial?
Exatamente. E isso é muito importante para esbater a taxa de sazonalidade. No Alentejo tudo é muito longe e o próprio turismo, é um turismo às vezes de baixa densidade, não é fácil estabelecer laços comerciais entre a hotelaria e a animação.

Estamos muito apostados, e aliás, estamos já, em termos exploratórios, a trabalhar com a APAVT, no sentido de definimos um protocolo entre entidades de Enoturismo e a APAVT para trabalhar isso.

Hoje temos algumas franjas de mercado que olham para o comboio como um meio mais interessante devido às questões da sustentabilidade, principalmente nas gerações mais jovens

Um perdurar “cativante”
Quando foi apresentado o Relatório de Atividades da Região do Alentejo e Ribatejo admitia que “não obstante as dificuldades que nos têm sido colocadas, como as cativações decretadas este ano às verbas de investimento do nosso orçamento”, situação que dizia “não poder aceitar”, assinalava “continuarem firmes e empenhados no cumprimento da nossa missão e programa de ação”. As cativações perduram. O que é que elas impossibilitam de ser feito?
Começo por dizer que as cativações são uma ferramenta enraizada no processo orçamental português há muitos anos. Há governos que utilizam mais e outros menos. É, de certa forma, estrutural. E basicamente são um pouco cegas. Têm uma grande vantagem, é que não atingem os fundos europeus. Os fundos europeus são da Europa, não são do país.

Mas as cativações são um pouco cegas e atingem quer aquilo que é o nosso funcionamento, quer os nossos investimentos, investimentos esses financiados pelo Orçamento de Estado e receitas do Turismo de Portugal.

Percebo a utilidade da ferramenta das cativações para o funcionamento ao nível da despesa corrente. Agora para investimentos?

O Estado português tem de ser mais inteligente, mais racional. Isto não tem nada a ver com falta de escrutínio ou não conduzir bem a execução financeira ou orçamental de uma organização pública. Nós reportamos a nossa gestão orçamental ao Tribunal de Contas, Turismo de Portugal, Direção-Geral do Orçamento, Unileo. O que não posso aceitar é, eu ainda não ter contratualizado com o Turismo de Portugal um projeto que me iria dar 619 mil euros e ter 45% desse projeto cativo, que são investimentos, não é despesa corrente.

Portanto, creio e tenho sempre a esperança de estes processos orçamentais serem melhorados, aprimorados, flexibilizados, pelo menos para aquilo que são transferências de investimentos em promoção e animação de projetos contratualizados com o Turismo de Portugal, que as cativações não incidam nesses projetos. Senão, não somos um Estado inteligente.

Há uma posição concertada dos presidentes das ERT em relação a esta matéria?
Sim, creio que sim. O bolo orçamental afeto às ERT, os 16,5 milhões, já é o mesmo há alguns anos, alguns dos meus colegas entendem que esse valor deve ser reforçado, e eu admito que sim, mas eu coloco muito o ênfase na questão dos cativos. Se tiver a certeza que no dia 1 de janeiro vou gastar as verbas que estão no Orçamento de Estado aprovado para investimentos, isso dá uma estabilidade enorme, em termos de planeamento daquilo que pode ser o meu trabalho.

Agora, estamos em abril e ainda não sei exatamente com que dinheiro é que vou contar em termos do meu orçamento. Flexibilização nas autorizações prévias.

Utilizando aqui um termo muito conhecido, um Simplex para o turismo.
Sim, um Simplex inteligente. Senão, todas estas palavras que utilizamos, a inteligência, a subsidiariedade, a descentralização, a flexibilidade são palavras vãs.

No início do ano referia que faltava concretizar o arranque do novo PT 2030.
É verdade. Essa é outra pecha que está também em falta. É verdade que as transições dos quadros comunitários são sempre lentas. Mas creio que este está um pouco mais atrasado. Admito que o PRR colocou ainda mais pressão nas estruturas organizacionais dos serviços públicos, dos ministérios, não é fácil. Ainda assim, temos de ser objetivos.

Há um desafio que é como transformar produto turístico potencial em produto turístico real, ou produto turístico territorial em produto turístico comercial

Quando o Publituris fez um balanço de 2023 e pediu uma análise sobre o que poderia vir a ser 2024, indicava ou pedia que o turismo continuasse a ser uma prioridade política, económica do país. Olhando para o atual panorama, acredita que essa importância será dada?
Acredito sim. Repare, costumo dizer que, se noutras áreas do desenvolvimento económico e social do nosso país, como é a educação, a saúde, tivéssemos sido tão consistentes como temos sido no turismo, sem grandes alterações das políticas, teríamos um país diferente, para melhor.

Creio que, relativamente à política direta do turismo, essa prioridade se vai manter, até porque, a dependência do país do turismo é tão grande que os governantes não têm grandes opções e alternativas.

Aeroporto: Beja, Vendas Novas, Santarém
Como é que um presidente de uma ERT, que tem o Alentejo e o Ribatejo, havendo as hipótese de Beja e Santarém, jogou neste tabuleiro?
Joguei muito bem, joguei de uma forma muito discreta. Sabe que estava a aguardar pelo relatório da Comissão Técnica Independente, que clarificasse aquilo que era claro para mim, que obviamente o aeroporto de Beja nunca poderia ser o aeroporto que iria agora completar ou fechar o sistema aeroportuário nacional, pela questão da distância das acessibilidades. Sou muito pragmático nas minhas análises. O que não quer dizer que o aeroporto de Beja não possa ter um papel no turismo da região.

E é por isso que agora represento o Turismo do Alentejo no Conselho Consultivo do Aeroporto de Beja. Vamos realizar um pequeno estudo, com a gestão do aeroporto (VINCI). O aeroporto de Beja pode estar muito distante, mas pode e deve ser muito importante no segmento da aviação executiva.

Faz sentido olharmos para o aeroporto de Beja, porque só um destino pouco inteligente é que não olha para aquela infraestrutura e tenta perceber como é que pode ajudar no processo de aumentar visitas para a região.

Aproximamos da época de verão e um dos grandes problemas que o setor do turismo tem atravessado prende-se com os recursos humanos. Como dar a volta a esta dificuldade?
Creio que hoje o problema já não se coloca de uma forma tão aguda como se colocava imediatamente a seguir à pandemia. E, fundamentalmente, porque algumas medidas foram tomadas em termos de liberalização da imigração.

Coorganizámos, no dia 20 de fevereiro, em Évora, a primeira Bolsa de Empregabilidade do Turismo do Alentejo, e houve contactos muito estruturantes, muito interessante com as empresas. E percebemos que certos grupos hoteleiros já não estiveram lá, porque têm os seus problemas de recrutamento para o verão já resolvidos.

Claro que a importância da mão de obra estrangeira tem sido muito relevante. Diria que o problema já não é tão agudo.

Queremos realizar uma Bolsa de Empregabilidade específica para o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, uma parceria que vamos propor ao Alto Comissariado para as Migrações para tentar integrar melhor os migrantes naquilo que são as estruturas turísticas e queremos desenvolver um programa de atração do talento para o Alentejo.

O aeroporto de Beja pode estar muito distante, mas pode e deve ser muito importante no segmento da aviação executiva

No Alentejo e Ribatejo há segmentos turísticos que está a destacar-se: o Enoturismo e o Turismo Industrial. Há novas abordagens a serem feitas?
A Comissão de Turismo Industrial, aliás, é uma excelente iniciativa do Turismo Portugal, e criou uma rede nacional que tem constituído uma boa plataforma para a troca de experiências e de boas práticas dentro dos vários territórios.

Tenho falado com alguns operadores turísticos e DMC, e a operação turística vê esta oferta do Turismo Industrial como algo interessante para enriquecer e diversificar alguns programas que têm.

No caso do Enoturismo, se não fosse este universo do vinho, não conseguiria levar aquelas zonas de baixa densidade turistas australianos, neozelandeses ou norte-americanos.

Há 25 ou 20 anos, o peso da componente de visitação turística nas adegas era inócuo, zero. Hoje começa a ter um peso e o Enoturismo é, talvez, a grande porta de entrada de turistas internacionais na região. E tem um potencial de crescimento muito significativo.

Não é por acaso que apresentámos uma grande candidatura, um valor de investimento público e privado superior a 40 milhões de euros, aos fundos europeus, para transformar o Alentejo e o Ribatejo num grande destino turístico internacional de Enoturismo.

Propusemos à Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo avançar com a candidatura do Baixo Alentejo à Cidade Europeia do Vinho. E estamos empenhados em promover a capital do vinho no Ribatejo.

Quais são, efetivamente, as prioridades a curto e médio prazo deste seu mandato?
Claramente, aumentar o peso do turismo do Alentejo no total do país. As nossas dormidas ainda valem 4,2% no total nacional. Ainda somos um destino pouco expressivo. Nós queremos chegar, em 2027, aos 5,1%. Isto significa termos mais oferta, o apoio a projetos qualificadores e diferenciadores de novo alojamento turístico na região e, obviamente, trabalhar bem, de uma forma cada vez mais profissional e otimizada, o marketing e a produção.

Além disso, aumentar o peso dos proveitos totais do turismo da região no total nacional. Esses proveitos valem 4,1%. Nós queremos que esse ratio seja de 5,2%, em 2027.

Queremos reforçar a proporção de hóspedes estrangeiros no total do turismo da região. Como disse, esse valor está agora em 32%. Em 2019 estava em 34%. Queremos chegar a 40%, em 2027.

Outro grande objetivo é reforçar o peso da procura externa na região, trabalhar melhor a procura turística fora da época alta. É verdade que hoje, às vezes, é um pouco contraproducente falar em época alta. Temos uma taxa de sazonalidade de 38%. Queremos reduzir para 34% até 2027.

O turismo no Alentejo tem de viver em todo o território. Ou pelo menos poderá viver em todo, porque há outras atividades económicas e obviamente o ordenamento do território tem de fazer a compatibilização entre os vários usos.

Agora, o que eu não posso aceitar é que o Estado que ative, atraia, apoie, incentive empresários a investirem as suas poupanças, os seus dividendos, e o próprio e depois o mesmo Estado aprove, licencie projetos contraproducentes de outras áreas económicas que vão limitar, estragar, condicionar, destruir a atratividade paisagística, ambiental e turística desse território. E neste momento há riscos que se colocam ao Alentejo.

Centrais solares, centrais fotovoltaicas, projetos de agricultura intensiva que não estou a dizer que o Alentejo não os deva receber. Mas há que compatibilizar uma coisa com a outra.

Dou-lhe um exemplo. Há um projeto de central fotovoltaica no concelho de Évora que, aliás, há um parecer negativo e inequívoco do Turismo de Portugal, e que vai pôr em causa a atratividade turística, paisagística e ambiental de forma irreversível, de empreendimentos turísticos, de adegas, localizados naquela zona.

Foi o que referi anteriormente, o Estado tem de ser inteligente. O Estado não pode dizer aos empresários turistas apostem aqui e depois licenciar ao lado grandes projetos de agricultura intensiva, que não têm nada a ver com aquilo que é a produção autónoma daquele território e que vão condicionar a atratividade turística daqueles territórios.

O ordenamento do território é a palavra-chave para os próximos anos. A região tem de conseguir conciliar vários usos e, claro, tem de haver lugar para a agricultura, caminhos para a transição energética. Mas essa transição energética não pode ser feita a qualquer custo. E não se pode fazer destruindo o turismo. E eu, enquanto presidente da Entidade Regional de Turismo, estou muito atento a isso, porque me preocupa.

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Transportes entre os setores que mais empresas criaram na última década

De acordo com o estudo ‘O Empreendedorismo em Portugal’, da consultora Informa D&B, o setor dos Transportes destacou-se na criação de novas empresas, passando do 11.º para o segundo lugar na última década.

Inês de Matos

O setor dos Transportes é um dos que mais empresas criou na última década, apurou a 5ª edição do estudo ‘O Empreendedorismo em Portugal’, da consultora Informa D&B, que analisou as tendências na criação de novas empresas na última década.

Segundo este estudo, o setor dos Transportes destacou-se na criação de novas empresas, passando do 11.º para o segundo lugar na última década, numa evolução que se tornou mais acentuada a partir de 2021.

“Além de representarem um crescimento do tecido empresarial, as novas empresas estão a alterar a sua configuração. Setores como os Transportes, Atividades imobiliárias e Construção mostraram um maior dinamismo empreendedor, ao contrário de setores como os Grossistas, as Indústrias e o Retalho, que viram recuar a média anual de criação de empresas na última década”, destaca a Informa D&B, num comunicado enviado à imprensa.

Ao contrário dos Transportes, o setor do Retalho tem vindo a apresentar uma descida significativa e, se há 10 anos era “o setor onde eram criadas mais empresas”, no final de 2023 a situação inverteu-se e este setor “desceu para o sétimo lugar” deste ranking, que é liderado pelos Serviços Empresariais.

O estudo da Informa D&B apurou que, na última década, foram criadas cerca de 440 mil empresas em Portugal, numa evolução crescente que foi apenas quebrada nos anos da pandemia da COVID-19 e que, em 2023, já viu serem criadas cerca de 440 mil empresas em Portugal, 16 mil a mais que em 2013.

“A criação de novas empresas reflete a vitalidade económica do país num dado período. A análise que efetuámos aos últimos anos mostram-nos o papel destas empresas na reconfiguração setorial do tecido empresarial, a sua importância na criação de emprego, bem como a sua capacidade de inovação, designadamente através das startups”, afirma Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B.

A par dos Transportes, também os setores Atividades imobiliárias e Construção estiveram, nos últimos 10 anos, entre aqueles que maior número de novas empresas criaram, com a Informa D&B a destacar que “mais de metade do crescimento está concentrada em três atividades destes setores.”

“O crescimento do empreendedorismo no setor dos Transportes deve-se à atividade do ‘Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros’, aquela que mais cresceu na década, especialmente a partir de 2018, com a entrada em vigor do regime jurídico do TVDE. Este crescimento fez com que o setor dos Transportes passasse de 949 empresas criadas em 2013 para quase 6 mil em 2023”, explica a Informa D&B.

Já as Atividades Imobiliárias assistiram a um enorme crescimento da criação de empresas sobretudo até 2018 e em especial na atividade de ‘Compra e venda’, sendo que, em 2023, as empresas criadas neste setor representaram o triplo daquilo que se registava há 10 anos.

No caso da Construção, foram criadas em 2023 mais do dobro das empresas de 2013, com a Informa D&B a revelar que, neste setor, destaca-se a atividade de ‘Construção e promoção de edifícios’, que representa 78% do crescimento total do setor.

Por regiões, foi na Grande Lisboa que se concentrou 33% do total das novas empresas criadas 2023, seguindo-se a região Norte, que concentrou 30% das empresas criadas no país, enquanto na Península de Setúbal e no Algarve se registaram grandes crescimentos na última década, destacando-se o forte contributo do Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, em que as novas empresas nestas regiões aumentaram 16 e 11 vezes, respetivamente.

O estudo da Informa D&B diz, no entanto, que grande parte das novas empresas criadas no país são mais pequenas e têm menos capital, uma vez que, em 2023, 56% das empresas criadas eram unipessoais, o que representa mais três pontos percentuais do que em 2013.

“Além disso, 91% do total tinham como sócios pessoas individuais, dos quais mais de dois terços tem a primeira experiência como empresário. Em 2023, 62% das novas empresas constituiu-se com um capital social inferior a 5 000€, enquanto em 2013 esta percentagem era de 48%”, ilustra a Informa D&B.

O crescimento do número de empregados também foi mais lento do que o crescimento do volume de negócios, com a Informa D&B a explicar que, nas empresas criadas nos últimos 10 anos, o número médio de empregados duplica no quinto ano de vida da empresa e triplica no 10.º ano, enquanto o volume médio de negócios é cinco vezes superior no quinto ano de vida e sete vezes superior ao fim de 10 anos.

 

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Aviação

Grupo Air France-KLM regista aumento de receita, mas quebra nos lucros

O grupo Air France-KLM viu as receitas no segundo trimestre e primeiro semestre de 2024 subirem 4% e 5%, respetivamente, face aos mesmos períodos do ano anterior. Pela mesma ordem, os lucros caíram, contudo, 73% e 46%. O número de passageiros transportados aumentou nos dois períodos.

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O grupo Air France-KLM registou, no segundo trimestre de 2024, receitas de 7,949 mil milhões de euros, representando uma subida de 4,6%, ao câmbio constante, face ao mesmo período de 2023. Já na análise semestral, o grupo indica uma subida de 5,3% face aos primeiros seis meses de 2023, totalizando receitas de 14,6 mil milhões de euros.

No que diz respeito aos resultados operacionais, a queda no segundo trimestre foi de 184 milhões de euros para 513 milhões de euros, enquanto no semestre, a descida foi maior (-339 milhões de euros), fixando-se nos 24 milhões de euros.

Já os lucros do grupo baixaram 447 milhões de euros no segundo trimestre, para 165 milhões de euros (-73%), enquanto nos primeiros seis meses, os resultados indicam uma descida de 589 milhões de euros, o que perfaz um prejuízo de 317 milhões de euros.

As parcelas que mais pesaram e influenciaram os resultados do grupo foram os custos com combustível, aumentando 9% no segundo trimestre, passando de 1,662 mil milhões de euros no período homólogo de 2023, para 1,811 mil milhões de euros, sendo que no primeiro semestre de 2024, o aumento se cifrou nos 1%, ou seja, passou de 3,442 mil milhões para 3,485 mil milhões de euros.

Já no que toca aos salários, a Air France-KLM reporta um aumento de 9% face ao segundo trimestre de 2023, passando de 2,156 mil milhões de euros para 2,351 mil milhões de euros, para nos primeiros seis meses do ano, o aumento ser de 10% face ao mesmo período do ano passado, passando de 4,164 mil milhões de euros para 4,596 mil milhões de euros.

Quanto ao número de passageiros, o grupo informa que transportou, no segundo trimestre, mais de 19 milhões de passageiros, o equivalente a uma subida de 1,9% face aos 18,7 milhões de igual período de 2023. Já no primeiro semestre, esse número sobe para 35,8 milhões de passageiros, representando um acréscimo de 3,6% face aos 34,5 milhões do mesmo período do ano anterior.

Neste particular, o grupo indica que transportou 6,5 milhões de passageiros em voos longo curso no segundo trimestre (+2,4%), enquanto nos voos de curta distância esse número foi de 12,5 milhões. Já no primeiro semestre, os números sobem, pela mesma ordem para 12,7 e 23 milhões de passageiros.

Quanto às rotas com mais passageiros, destaque para a América do Norte para onde o grupo transportou mais de 2,5 milhões de passageiros no segundo trimestre (+4,3%) e perto de 4,5 milhões no primeiro semestre (+5,3%), seguindo-se a Ásia-Pacífico (1,5 milhões e3 milhões, respetivamente), África (927 mil e 1,9 milhões, pela mesma ordem), América Latina (814 mil e 1,7 milhões) e Caraíbas (751 mil e 1,6 milhões).

Air France penaliza grupo
Por companhia aérea, a Air France continua a ser a operação com maiores receitas, alcançando no segundo trimestre os 4,8 mil milhões de euros (+2,9%) e no primeiro semestre 8,8 mil milhões de euros (+2,8%). Os resultados indicam que o número de passageiros transportados pela Air France decresceu 1,8% no 2 trimestre, para 10,6 milhões, e -2,3% para 19,8 milhões no primeiro semestre.

Já na KLM, as receitas ascenderam a 3,3 mil milhões de euros no segundo trimestre (+5%) e 6 mil milhões no primeiro semestre (+6,6%). Contudo, no que diz respeito aos passageiros transportados, a companhia aumentou os números em 6,9%, para 8,5 milhões no segundo trimestre, e +11,9% para 16 milhões no primeiro semestre.

Finalmente, quanto à Transavia, o grupo indica que as receitas resultantes do transporte de passageiros aumentaram em 18,4% no segundo trimestre, para 843 milhões de euros, enquanto no primeiro semestre essa subida foi de 19,8%, para 1,3 mil milhões de euros. Quanto ao número de passageiros transportados, o grupo aponta 6,6 milhões no segundo trimestre (+12,2%) e 10,8 milhões no primeiro semestre (+10,9%).

Comentando os resultados do grupo Air France-KLM, o CEO Benjamin Smith, refere, no comunicado, que “o segundo trimestre de 2024 confirmou um ambiente cada vez mais difícil para a aviação, com o aumento dos preços dos combustíveis e uma pressão contínua sobre os custos”.

Neste contexto, considera que a KLM e a Transavia apresentaram “um desempenho estável, mas lento”, enquanto a Air France “foi afetada por acontecimentos excecionais, incluindo o efeito negativo dos Jogos Olímpicos de junho”.

O CEO assinala que o grupo “já tomou fortes medidas para se adaptar a esta situação, incluindo um congelamento das contratações e cortes adicionais nos custos”, estando a “preservar os seus principais investimentos para renovar a sua frota, que constitui uma alavanca estratégica para melhorar o nosso desempenho financeiro e ambiental”.

“No futuro, continuaremos a executar a nossa estratégia e implementar o nosso plano de transformação”, num modelo de negócio que diz ser “robusto e resistente”, continuando “confiante na capacidade de alcançar os objetivos a médio e longo prazo, nomeadamente tirando partido dos ativos sólidos e da posição competitiva única”.

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Distribuição

Travelport+ já disponibiliza conteúdo da Malaysia Airlines

O marketplace Travelport+ passou a disponibilizar o conteúdo New Distribution Capability (NDC) da Malaysia Airlines, companhia aérea de bandeira da Malásia, que passa a estar disponível para as agências de viagens que utilizam esta plataforma.

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O marketplace Travelport+ passou a disponibilizar o conteúdo New Distribution Capability (NDC) da Malaysia Airlines, companhia aérea de bandeira da Malásia, que passa a estar disponível para as agências de viagens que utilizam esta plataforma.

Num comunicado enviado à imprensa, a Travelport explica que, com esta parceria, os clientes  de agências da Travelport, em determinados mercados, podem agora “visualizar, comparar e reservar facilmente as ofertas dinâmicas no padrão NDC da Malaysia Airlines, além das fontes tradicionais de conteúdo, usando as APIs da Travelport, o Smartpoint Cloud e as soluções de ponto de venda Smartpoint destina a agências-desktop”.

“A solução NDC completa da Travelport para a Malaysia Airlines possibilita que os agentes atendam totalmente às reservas no padrão NDC, permitindo modificações, cancelamentos e gerenciamento de alterações involuntárias”, acrescenta a Travelport.

Segundo Dersenish Aresandiran, diretor comercial de companhias aéreas da MAG, a chegada do conteúdo da companhia aérea a esta plataforma representa um passo importante na estratégia de distribuição da companhia aérea, uma vez que garante que a oferta NDC é “perfeita para as agências, permitindo que elas ofereçam as melhores opções para os viajantes”.

“Ao tornar o nosso conteúdo NDC mais acessível aos agentes de viagens e permitir que eles giram e atendam facilmente nossas reservas no padrão NDC por meio do Travelport+, acreditamos que isso estimulará uma maior adoção do padrão NDC”, acrescenta o responsável.

Já Jason Clarke, diretor comercial de parceiros de viagem da Travelport, sublinha que este “lançamento garante que o conteúdo NDC da Malaysia Airlines esteja pronto para venda nas agências que usam o Travelport+ e que as tarifas dinâmicas sejam exibidas em um formato que facilite a compra, a venda e a manutenção de conteúdo NDC e do conteúdo tradicional, tudo em um só lugar.”

O conteúdo NDC da Malaysia Airlines na Travelport+ está já disponível para agências de viagens da Austrália, Índia, Indonésia, Malásia, Cingapura e Reino Unido, com a Travelport a indicar que, em breve, vai passar a estar também acessível para clientes de outros países.

A Travelport explica ainda que as agências “conectadas à Travelport podem entrar em contato com sua equipa de contas para saber como iniciar o processo de ativação do conteúdo NDC da Malaysia Airlines”.

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Destinos

Copenhaga está a oferecer recompensas aos turistas por atividades ecologicamente sustentáveis

Até 11 de agosto, os turistas que visitam Copenhaga podem ganhar recompensas nas atrações da cidade, que vão de um almoço, um passeio de caiaque ou até mesmo uma entrada grátis num museu. Tudo o que precisa de fazer é, por exemplo, andar de bicicleta em vez de carro, ajudar a manter a cidade limpa, trabalhar num jardim urbano ou comprometer-se com um comportamento sustentável.

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Em contraponto a diversos destinos europeus que estão a impor restrições e taxas aos turistas, a capital dinamarquesa resolveu fazer diferente e irá recompensar aqueles que tenham atitudes sustentáveis e amigáveis ao planeta durante seu tempo na cidade.

Com o lema “Aproveite as atrações de Copenhaga através de ações ecofriendly”, o projeto piloto realiza-se pela primeira vez este verão e faz parte da estratégia da cidade para recompensar os visitantes que tenham atitudes sustentáveis e amigáveis para o planeta durante o tempo de permanência na cidade.

No total, o CopenPay, nome inspirado na ideia de transformar a ação favorável ao clima em “moeda” para experiências culturais, envolve um conjunto de 24 atrações a que os visitantes podem aceder de forma gratuita se adotarem um comportamento ambientalmente sustentável.

A propósito deste projeto, Mikkel Aarø-Hansen, presidente-executivo da Wonderful Copenhagen, afirmou ao The News York Times que “devemos transformar o turismo de um fardo ambiental numa força para mudança positiva”. Na perspectiva deste responsável pelo turismo da região, é importante “mudar a forma como nos movimentamos no destino, o que consumimos e como interagimos com os moradores locais”.

 

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Agenda

Cluster Turístico Galiza-Norte de Portugal apresentado a 1 de agosto

A Região Norte de Portugal e a Região Autónoma da Galiza apresentam a 1 de agosto, no Museu do Mar da Galiza, em Vigo, o projeto ClusterTur, para a criação de um cluster turístico na Eurorregião.

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A sessão terá início com uma apresentação a cargo de Nuno Almeida, diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza-Norte de Portugal, a que se seguirão as intervenções do presidente do Turismo do Porto e Norte, Luís Pedro Martins, do diretor da Agência de Turismo da Galiza, José Manuel Meirelles, e do diretor-geral de Relações Exteriores da Junta da Galiza, Jesús Gamallo.

Depois de um debate subordinado ao tema “As perspetivas de cooperação entre os agentes do setor turístico da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal”, a sessão de encerramento terá como orador António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte.

O ClusterTur incide sobre a atividade turística, com base em dois pressupostos: por um lado, a criação de produto transfronteiriço que potencie os recursos culturais e patrimoniais existentes nas duas regiões; e, por outro lado, o mapeamento e captação de agentes do setor de turismo com vista à comercialização do produto da Eurorregião.

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Aviação

Aumenta procura por voos internacionais para o Brasil

No período que coincide com a temporada de verão no hemisfério norte, os mercados internacionais para o Brasil mostram sinais positivos. Uma pesquisa recente divulgada pela ForwardKeys aponta um crescimento na oferta e na reserva de voos internacionais para o país. Segundo os dados, de junho a agosto, a ampliação da capacidade de assentos internacionais é de 20% face ao mesmo período de 2023.

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Segundo a imprensa brasileira, o Rio de Janeiro, por exemplo, regista uma subida de 36% na rede internacional e apresenta uma notável expansão da conectividade com destinos da Europa, como França, Reino Unido, Espanha, Alemanha e Itália, para além da inter-regional.

Atualmente, sete voos fazem a rota Paris – Rio de Janeiro. Com o crescimento para dez voos semanais, a Air France aumentará em 42% a oferta de assentos entre os dois destinos. Os novos voos estarão disponíveis durante o verão brasileiro, entre 9 de dezembro de 2024 e 8 de março de 2025.

Esta será a primeira vez que a Air France terá o mesmo número de operações na capital fluminense desde o início de 2020, período pré-pandemia. “O desempenho do mercado brasileiro encoraja-nos a ampliar as operações no Rio na próxima temporada europeia de inverno”, destacou Sylvain Mathias, diretor Comercial do Grupo Air France-KLM na América do Sul.

No primeiro semestre deste ano, 760,2 mil turistas estrangeiros desembarcaram no Rio de Janeiro, o que representa um aumento de 19,89% em relação ao mesmo período de 2023, quando a Cidade Maravilhosa recebeu 609 mil viajantes. O resultado é o segundo maior da história, atrás apenas de 2014, ano do Campeonato do Mundo de Futebol, quando desembarcaram no Rio 804 mil turistas. Os dados são da Embratur, do Ministério do Turismo (MTur) e da Polícia Federal (PF).

Por outro lado, Minas Gerais (+60%) demonstra um aumento substancial na capacidade de voos para os Estados Unidos, enquanto a Bahia (+57%) beneficia do aumento das conexões com a Argentina. Já no Distrito Federal (+24%) há uma ampliação das viagens de mercados regionais.

O governo federal tem desenvolvido uma série de ações para impulsionar o Brasil como destino para viajantes internacionais, como a melhoria na infraestrutura turística, a ampliação da conectividade aérea e a realização de campanhas promocionais em mercados turísticos potentes. Esse esforço inclui a participação brasileira em grandes eventos e feiras internacionais.

Uma recente iniciativa para atrair mais turistas estrangeiros é o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), que prevê parcerias público-privadas com companhias aéreas e aeroportos para aumentar o número de voos internacionais para destinos brasileiros.

Na primeira fase do programa houve um aumento de mais de 70 mil assentos em voos internacionais para o Brasil. A expectativa é que esse crescimento represente 21 mil visitantes adicionais, gerando uma receita de aproximadamente de 25 milhões de dólares.

“Temos trabalhado fortemente para ampliar as conexões com importantes países, e essa ação já tem gerado importantes resultados. Mais de 3,6 milhões de turistas internacionais estiveram no Brasil apenas no primeiro semestre. Esses novos voos vão-nos ajudar a ultrapassar a barreira de 6,6 milhões de turistas estrangeiros por ano conhecendo as belezas brasileiras”, enfatizou Celso Sabino, ministro do Turismo.

Por sua vez, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, realçou que “temos trabalhado intensamente com as companhias aéreas para aumentar a conectividade internacional no Rio, e a retomada do Galeão cumpre um papel fundamental nessa estratégia”, avançando que o Rio é a porta de entrada do Brasil no mundo, o nosso país só estará bem se o Rio estiver bem”.

Nos primeiros seis meses deste ano, 3.597.239 turistas internacionais desembarcaram no país. O número é 9,7% maior que o observado no mesmo período de 2023 e 1,9% acima do registado em 2019. A expectativa é que esse ano termine com uma marca superior ao recorde de 2018 (6,6 milhões). A via aérea continua a ser a principal porta de entrada para os viajantes chegados de outros países (2.234.033), seguida da terrestre (1.218.172), marítima (98.074) e fluvial (46.960).

 

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Alojamento

Hotusa regista EBITDA de 102M€ no primeiro semestre de 2024

O EBITDA registado pelo grupo hoteleiro no primeiro trimestre deste ano representa um aumento de 34% em relação ao período homólogo de 2023, que detinha o melhor valor deste indicador até à data.

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O grupo Hotusa atingiu os 102 milhões de euros de EBITDA – resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações – no primeiro semestre de 2024.

O resultado representa um aumento de 34% em relação ao primeiro semestre do ano passado, que representava o melhor registo até à data. Nesse primeiro semestre de 2023, o crescimento foi de 66% em relação a 2022, com 76 milhões de euros de EBITDA.

O volume de negócios do grupo ascendeu a 703 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 10% do que no mesmo período de 2023. No ano passado, as receitas totalizaram 637 milhões de euros, mais 37% do que em 2022.

Em comunicado o grupo atribui os valores deste primeiro semestre a três fatores: “uma política de expansão consolidada e sustentada”; “a evolução favorável da procura ao longo do ano” e a um “rigoroso controlo de custos, que permitiu uma melhoria significativa das margens”.

Apesar dos resultados, Amancio López Seijas, presidente do Grupo Hotusa, refere que “dada a tendência atual, encaramos o segundo semestre de 2024 com um otimismo cauteloso”.

O presidente sublinha que têm presente que o modelo de crescimento do grupo “deve continuar a basear-se na aposta na digitalização e no desenvolvimento tecnológico, na atração e formação de talentos, na melhoria contínua dos nossos produtos e no desafio de manter um crescimento sustentado em que a expansão internacional desempenha um papel cada vez mais importante”.

O grupo hoteleiro espanhol concentra 10% da sua oferta de alojamento em Portugal, onde detém 25 hotéis.

A sua estrutura está organizada em três unidades de negócio: a unidade de serviços hoteleiros, integrada sob a égide da Keytel; a unidade de distribuição, que opera como Restel e comercializa mais de 125.000 estabelecimentos à escala mundial; e a área de exploração hoteleira, a Eurostars Hotel Company, que atualmente conta com mais de 260 unidades hoteleiras em 19 países.

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Destinos

Apple cria mapas em 3D de Paris com informações dos Jogos Olímpicos e locais turísticos

A Apple acaba de lançar mapas 3D de Paris, sede das Olimpíadas 2024, cuja cerimónia de abertura terá lugar esta sexta-feira, dia 26 de julho. Locais turísticos como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo ganharam representações nos mapas, além dos espaços dos jogos, como o Stade de France e o Centro Aquático Olímpico.

Com o aplicativo de navegação dos dispositivos com o sistema operacional iOs é possível visualizar e ter mais informações dos locais de jogos e dos principais pontos turísticos da capital francesa. Ao clicar nos ícones de cada atração, o aplicativo mostra informações de acesso e lojas oficiais do evento, arenas e espaços de competição.

A funcionalidade está disponível apenas na região metropolitana da capital francesa. Nas cidades dos arredores de Paris, que também recebem os jogos olímpicos, os mapas só podem ser acedidos em 2D, mas ainda com as informações dos jogos e do acesso aos locais. Oferece também indicações de restaurantes, hotéis e compras em Paris.

A navegação em tempo real informa possíveis bloqueios de ruas durante as competições e avisos gerais da cidade.

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Emprego e Formação

ISCE promove curso executivo em Revenue Management

O ISCE – Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo abriu inscrições para o curso executivo de Revenue Management, oferta formativa em formato 100% online que resulta da parceria com vários agentes do trade turístico.

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Com a coordenação técnica de Renato Caria, Hospitality Manager da HMTC, a oferta formativa desenvolvida pelo Departamento de Turismo do Instituto, em parceria com empresas do trade nomeadamente com a Room Racoon, a Lybra Tech, a Room Price Genie, a IDeaS Revenue Solutions, a XLR8 Revenue Management System, a Clever, a Browns Hotel Group, a HMTC e a New Hotel e pretende dar resposta a uma área empresarial cada vez mais presente e premente nas organizações, devido ao impacto que gera na gestão das suas receitas.

Tendo como principais destinatários, recém-licenciados das áreas da gestão, turismo, hotelaria, eventos, economia, finanças e outras que pretendam desenvolver a sua atividade profissional na área do Revenue Management bem como profissionais das áreas do turismo, da hotelaria e restauração que buscam aperfeiçoar os seus conhecimentos nesta matéria, o curso que funcionará em formato E-learning, com aulas 100% online em formato síncrono, tem início em outubro e as candidaturas estão abertas no site do ISCE.

 

 

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Aviação

Aeroportos portugueses recebem investimento de 136 milhões para infraestruturas de baixo carbono

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Aeroportos de Portugal (ANA) anunciaram uma parceria que vai permitir o investimento de 136 milhões de euros em infraestruturas de baixo carbono em aeroportos do país.

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No âmbito deste projeto, o BEI e a ANA assinaram um contrato de financiamento no valor de 50 milhões de euros para o desenvolvimento de infraestruturas de baixo carbono “em aeroportos localizados no continente e nas ilhas, entre eles os aeroportos de Lisboa e do Porto”, adiantam em comunicado conjunto.

O projeto “está incluído no quadro de ação climática e sustentabilidade ambiental do BEI e integra o programa de sustentabilidade da ANA, que visa alcançar a neutralidade carbónica nas suas emissões âmbito 1 e 2, até 2030, e apoiar a transição dos seus parceiros”.

Na prática, serão implementados sistemas de fornecimento de energia e ar condicionado aos aviões parqueados, que, ao desligarem os seus motores, reduzem o consumo de combustível e as emissões de gases poluentes, referem as duas organizações.

Segundo o comunicado, o projeto que prevê ainda a instalação de pontos de carregamento elétrico para veículos de assistência e “revolucionará a paisagem operacional dos aeroportos portugueses”.

Estão previstas 135 posições de estacionamento para aeronaves e aproximadamente 600 pontos de carregamento, mas também serão instalados sete projetos fotovoltaicos, com uma capacidade de 12,8MWp, nos aeroportos para autoconsumo e que “terão um impacte significativo na redução da sua pegada de carbono”, indicam o BEI e a ANA.

“Esta iniciativa vem reforçar o nosso compromisso NetZero até 2030, nos nossos aeroportos, nos âmbitos 1 e 2, promovendo a descarbonização do setor e a mobilidade positiva. Nos aeroportos ANA e VINCI Airports estamos a atuar de forma acelerada e com os nossos parceiros para obtermos os melhores resultados ambientais”; assinalando Thierry Ligonnière, Chief Executive Officer da ANA, “os benefícios tão relevantes, quer ao nível ambiental como operacional”, ao mesmo tempo que destaca o apoio manifestado pelo Governo português aquando da candidatura ao programa europeu.

O projeto será implementado ao longo dos próximos dois anos e deverá beneficiar do Mecanismo de Infraestrutura para Combustíveis Alternativos para Transportes, no âmbito do setor dos transportes do Mecanismo Interligar a Europa (CET-T-AFIF).

Esta iniciativa faz parte da estratégia da ANA para “eletrificar as operações de solo aéreo”, substituindo veículos com motor de combustão interna e unidades auxiliares de energia de aeronaves por soluções mais sustentáveis, refere ainda o comunicado.

Recorde-se que a ANA passou a fazer parte da rede Vinci Airports em setembro de 2013 e gere aeroportos no continente (Lisboa, Porto, Faro e Beja), nos Açores (Ponta Delgada, Horta, Flores e Santa Maria) e na Madeira (Madeira e Porto Santo).

Com capital detido pelos Estados-membros, o BEI é uma instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia que financia investimentos que contribuam para a concretização dos objetivos estratégicos comunitários.

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