Agências de viagens “são as primeiras a cair”, mas “as primeiras a subir” – presidente da APAVT na Convenção GEA
O presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, destacou a resiliência e a resistência das agências de viagens a condições extremas, tendo, nos últimos 33 anos, ultrapassado várias crises não só financeira como sanitária. E sublinhou que “são as primeiras a cair, quando há uma perda de poder de compra, e somos os primeiros a subir, e de forma muito significativa, e antes dos outros”.
Carolina Morgado
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O presidente da APAVT, que falava no painel “Empowering Tomorrow”, durante a conferência “Transformar para liderar”, promovida pelo Grupo GEA Portugal, no âmbito da sua 19ª convenção, em Marraquexe, lembrou que, ao longo de 33 anos que está neste setor, “sempre me disseram que as agências de viagens iam acabar, o facto é que as elas sempre cresceram, o setor sempre cresceu, o volume de balcões sempre cresceu”.
Pedro Costa Ferreira realçou ainda o valor económico do setor: “Lembro-me que há um par de anos a APAVT apresentou um estudo económico do setor, que revelava que representava sete vezes a Autoeuropa. O estudo que atualizámos para 2019 indicava que os resultados diretos e indiretos seriam 4,4 mil milhões de euros, ou seja, 2,5% do PIB. Estamos a atualizá-lo e acreditamos que em 2023, os melhores números de 2019 vão ser ultrapassados”. Por isso, o dirigente “não está nada assustado” com o futuro das agências de viagens, sem esquecer, no entanto, “das tarefas que temos pela frente”.
Entre os desafios que se colocam às agências de viagens, o presidente da APAVT destacou a Inteligência Artificial, mas salientou que “não vale a pena pensarmos se daqui a 10 anos vamos ser ultrapassados, mas vamos ser ultrapassados por quem não utilizar no próximo ano a IA”, mas também disse que o “o maior desafio é os serviços”.
No painel, moderado por Carlos Baptista, administrador do Grupo GEA, participaram ainda o diretor geral da MSC Cruzeiros em Portugal, Eduardo Cabrita (via online), e o académico e empresário, Paulo Amaral.
A relação de parceria e colaboração entre as companhias de cruzeiros e as agências de viagens foi o mote de intervenção de Eduardo Cabrita. Não acredita que alguma vez venha a desaparecer, até porque os agentes de viagens são o garante para o consumidor poder usufruir das suas férias completamente descansado.