Atividade global de negócios no turismo cai 41% entre janeiro e maio
As incertezas em curso e o impacto das tensões geopolíticas, inflação e temores de recessão fizeram com que os investidores adotassem uma abordagem mais conservadora nos negócios na indústria do turismo a nível global.

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A indústria do turismo e viagem registou uma forte quebra na atividade negocial nos primeiros cinco meses de 2023 (janeiro-maio), indicando a GlobalData um decréscimo de 41% face a igual período de 2022. Esta descida fez com que os negócios no setor do turismo e viagens a nível global passasse de 475 negócios, no período de janeiro a maio de 2022, para os 282 nos primeiros cinco meses de 2023.
Aurojyoti Bose, analista da GlobalData, refere que “o declínio na atividade de negócios no setor indica sentimentos atenuados e abordagem cautelosa dos investidores. As incertezas em curso e o impacto das tensões geopolíticas, inflação e temores de recessão forçaram os negociadores a adotar uma abordagem mais conservadora”.
Todos os tipos de negócios sob análise registaram uma queda em volume, com as fusões e aquisições (M&A) a diminuir 43%, enquanto o número de negócios de financiamento de risco e negócios de private equity caiu 34% e 44%, respetivamente, de janeiro a maio de 2023.
Bose indica ainda que “a indústria também testemunhou um declínio substancial na comparação anual na atividade de negócios na maioria das regiões do mundo durante o período”.
A América do Norte registou uma queda de 48% no volume de transações de janeiro a maio de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto as regiões da Europa, Ásia-Pacífico e América do Sul e Central registaram quedas de 49%, 27% e 36%, respetivamente. Já o volume de negócios na região do Oriente Médio e África permaneceu inalterado.
Os EUA, Reino Unido, Índia, França, Austrália e Japão testemunharam um declínio anual significativo de 48%, 48%, 33%, 7%, 29% e 54%, respetivamente, no volume de transações de janeiro a maio de 2023.
“A flexibilização das restrições de viagem parece estar a encorajar os viajantes chineses. Como resultado, a China destacou-se como uma notável exceção e registou um crescimento de 19% em relação ao ano anterior no número de negócios anunciados no período”, conclui o analista da GlobalData.