Crédito: Slideshow Lda
Vê Portugal: A aposta do turismo para o futuro
No painel dedicado aos desafios do turismo, onde estiveram Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e quatro presidentes de regiões de turismo – Pedro Machado, do Centro de Portugal; Luís Pedro Martins, do Porto e Norte de Portugal; Vítor Silva, do Alentejo; e João Fernandes, do Algarve, o debate, no decorrer do Vê Portugal, focou-se na oferta futura do destino Portugal.
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Victor Jorge
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Que futuro desenhar para o turismo em Portugal? Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, referiu que “a estratégia são as receitas. É bom ter mais hóspedes e mais dormidas, mas as receitas são essenciais”, considerando que “estamos a fazer mais com menos”.
No que toca ao Interior, o presidente do Turismo de Portugal considera que “temos de oferecer território, criar conteúdos para as pessoas escolherem o produto, uma vez que há uma série de produtos que tocam todo o território”.
Luís Araújo destacou, assim, o facto de existirem produtos que beneficiam do crescimento do turismo, dando como exemplo as exportações dos vinhos dos portugueses que, graças à evolução do turismo, “têm vindo a registar aumentos consideráveis nas vendas para o exterior”.
Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) fez referência ao facto de o setor do turismo “provar que existe pensamento estratégico“. O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal frisou a “aposta turística” que se limitava à cidade do Porto e que, fruto da mudança de paradigma devido aos mercados externos, se verifica que “quem nos visita quer sair das cidades”.
Daí apontar a conectividade como eixo essencial nesta diversificação da oferta, dando como exemplo o crescimento de mercados como os EUA – que passaram de 6.º para 3.º mercado na região – ao passo que o Brasil passou de 3.º para 5.º, o que para o presidente da TPNP revela a “irrelevância da TAP para a região”.
Contudo, Luís Pedro Martins colocou o tónico na importância na ferrovia que “daria uma ajuda grande para a afirmação da região, principalmente, na relação transfronteiriça.
Concluindo, Luís Pedro Martins destacou a importância de três vetores a ter em atenção para o setor do turismo: “exportações, quem queremos receber e a diáspora portuguesa”.
Já Vítor Silva, presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, salientou para o ponto de o turismo “não conseguir crescer indefinidamente”, admitindo que “existem destinos onde o turismo deixou de ser sustentável para ser predatório”. Daí considerar que o “turista não pode ser só vista como sujeito passivo”, querendo que este passe a “sujeito ativo”.
Com João Fernandes, presidente do Turismo do Algarve (RTA), a considerar que é preciso “relativizar a ‘turismofobia’ existente em Portugal”, dando como exemplo um estudo feito pela RTA na região que aponta para o facto de no Algarve se ter concluído que esta não existe, Pedro Machado, salientou que o desafio é “receber turistas que não querem ser rotulados de turistas”, concluindo que a indústria do turismo é “das indústrias mais democráticas que existem”, frisando o propósito e relevância do setor para Portugal”.