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Marina de Vilamoura recebe “International Boat Show” em junho

A 26.ª edição do Marina de Vilamoura International Boat Show vai ter lugar de 10 a 18 de junho, na Marina de Vilamoura, sendo esperados os principais players da indústria náutica.

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Organizado pela Marina de Vilamoura, em parceria com Grupo Fundação AIP, e com o apoio do Município de Loulé, a 26.ª edição do Marina de Vilamoura International Boat Show representa uma oportunidade para dar a conhecer os principais lançamentos e novidades do sector náutico.

Realizando-se de 10 a 18 de junho, na Marina de Vilamoura, trata-se de uma mostra de embarcações que reúne todas as tipologias novas e seminovas (brokerage), assim como os representantes de marcas de acessórios, equipamentos e serviços integrados.

Realizado desde 1997, o Marina de Vilamoura International Boat Show é, habitualmente, visitado por compradores, investidores, parceiros de negócio, entusiastas das áreas envolvidas, órgãos de comunicação social, entidades reguladoras do setor e público em geral.

De salientar o contributo do Marina de Vilamoura International Boat Show para a economia local, dinamizando setores como a hotelaria, restauração, comércio, transportes e serviços em geral. Com o evento a atrair a população local, estrangeiros residentes no Algarve e turistas nacionais e estrangeiros, e realizando-se em data que abrange feriados nacionais, a organização prevê que a afluência rumo Sul aumente.

De referir que na última edição tiveram mais de 100 barcos em exposição no Vilamoura Marina Internacional Boat Show, cerca de 30 expositores e mais de 50 marcas representadas, levando 80 mil pessoas a Vilamoura.

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Turismo

“Quem vaticinou uma hecatombe, enganou-se”

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, destacou no discurso de abertura da conferência, no âmbito do Dia Mundial do Turismo, que “o turismo cresce e faz crescer”. Quanto à performance do setor do turismo nacional, o presidente da CTP deixou a certeza que, “quem vaticinou uma hecatombe, enganou-se”, pedindo, novamente, um alívio da carga fiscal. No que diz respeito ao aeroporto, a conclusão é simples: “decida-se já!”.

Victor Jorge

Na conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”, evento organizado pela Confederação do Turismo de Portugal no âmbito do Dia Mundial do Turismo, realizada no Centro de Congressos do Algarve, Francisco Calheiros, presidente da CTP, começou por referir que “o setor voltou a superar os desafios”, deixando a “certeza de que, 2023 “será, novamente, um ano ótimo para o turismo nacional”, apesar das “incertezas da guerra e dos espartilhos da inflação”.

Considerando que a atividade turística é impactada por fatores externos, já que Portugal sofre com a crise que se vive por toda a Europa e mundo, Francisco Calheiros frisou que “também a política nacional criou expectativas que foram goradas”, fazendo referência à realidade de os portugueses “terem menos dinheiro no bolso e muitas vezes há pouco dinheiro para pensar em férias”.

“Todos pensámos que a ‘maioria’ possibilitaria reformas, temos um PRR com valores como nunca antes, um excedente orçamental e, contudo, as famílias, sentem dificuldades e com desafios para fazer face a custos básicos e ainda pensar em férias”.

“Mas o turismo resiste e contribui para esta coesão nacional que é tema desta conferência”, destacando que o turismo tem sido dos setores que “melhor se tem adaptado a esta nova realidade e desafios permanentes”, salientando, ainda, os números avançados pela Organização Mundial do Turismo que dão conta que o turismo nacional contribuirá com 40 mil milhões de euros para a economia portuguesa no presente ano.

O presidente da CTP deixou ainda a certeza de que é “preciso reforçar a estratégia para criar novas ofertas no turismo nacional”, Francisco Calheiros aproveitou ainda para salientar a importância e impacto das alterações climáticas no turismo, citando o secretário-geral da ONU, António Guterres: “agora que sabemos o quê, temos de trabalhar no como”.

Por isso, “há que minimizar o impacto das alterações climáticas e o poder central tem um papel fundamental”.

Papel fundamental tem, também, o Governo na decisão relativamente ao novo aeroporto, considerando Francisco Calheiros que “não podemos esperar mais. Sem ele o motor da economia poderá ‘gripar’”, deixando a pergunta: “que país termos se isso acontecer”.

Assim, “se a escolha recair numa nova infraestrutura criada de raiz, que levará 12 anos a construir”, o presidente da CTP frisou que se “tem de avançar já para o Montijo”.

Finalmente, Francisco Calheiros terminou a intervenção pedindo um alívio da carga fiscal para as pessoas e empresas e uma maior ajuda na recapitalização das mesmas”.

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Victor Jorge

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Ministro da Economia anuncia novos apoios para o turismo e diz que não há “impossíveis” para o setor

António Costa e Silva, ministro da Economia e do Mar, aproveitou a conferência organizada pela CTP, no âmbito do Dia Mundial do Turismo, para anunciar novos pacotes de financiamento (num total de 100 milhões de euros) para o setor do turismo nacional. No seu discurso, o ministro frisou que “não há impossíveis e o setor do turismo provou-o com a performance que tem conseguido”.

Victor Jorge

António Costa e Silva, ministro da Economia e do Mar, anunciou esta quarta-feira, dia 27 de setembro, durante a Conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no âmbito do Dia Mundial do Turismo, um novo pacote de financiamento ao setor do turismo.

São 100 milhões de euros que estarão disponíveis para o setor do turismo, divididos entre 50 milhões de euros na Linha “Turismo +Sustentável” para empresas que apostem em boas práticas ao nível da sustentabilidade e em políticas de poupança de água, financiamento que atinge um máximo de 750 mil euros e que poderá ser a 20% a fundo perdido; 30 milhões de euros para a “Linha +Algarve”, desenhada para empresas que pretendam requalificar os seus ativos turísticos; e mais 20 milhões para empresas que queiram desenvolver a sua atividade e que possuam dificuldades na capitalização.

De resto, na sua intervenção, o ministro da Economia e do Mar destacou o papel das empresas como “motor central da economia portuguesa e na diversificação da mesma”, destacando neste aspeto, o contributo do setor do turismo e das suas empresas e empresários, bem como a resiliência dos mesmos.

António Costa e Silva aproveitou a presença nesta conferência para salientar o que se dizia sobre a “impossibilidade” de voltar aos números conseguidos pelo setor do turismo nacional em 2019, concluindo que, “afinal, o impossível aconteceu”.

“O setor atingiu receitas superiores a 21 mil milhões de euros no ano 2022, um crescimento de mais de 15% face a 2019, o que prova que, de facto não há impossíveis”.

Relativamente ao aeroporto para a região de Lisboa, António Costa e Silva aproveitou o discurso inaugural do presidente da CTP, Francisco Calheiros, para frisar que “não podemos viver numa sociedade da indecisão”, reforçando que “as conexões aéreas são e serão fundamentais para o setor do turismo”.

Por isso, assinalou que “o pior de tudo é não decidir”, deixando a esperança de uma “decisão para breve”.

Descrevendo os números atingidos pelo setor do turismo ao longo de 2022 e nos primeiros sete meses de 2023, o ministro da Economia e do Mar fez referência ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com o Turismo de Portugal, no sentido de saber “o que iremos fazer com o turismo do futuro e como atrair novos e mais turistas e como reconfigurar a oferta”.

Para tal, António Costa e Silva referiu que os “desígnios são claros: 70% das pessoas querem viajar para destinos cada vez mais sustentáveis e 43% estão dispostas a pagar mais para ter essas experiências”.

O objetivo, por isso, é “afirmar Portugal e o seu turismo com um selo de sustentabilidade que terá de estar no topo das preocupações”, admitindo que “a coesão territorial é um fator essencial para atingir os objetivos”.

Referindo ainda que “80% da população vive no litoral” e que “mais de 70% do PIB é produzido no litoral”, o ministro, que esteve em representação do primeiro-ministro, António Costa, destacou que o turismo “pode ser a grande ferramenta de desenvolvimento nacional”, já que “multiplica a economia e é transversal à mesma”.

Além da questão da coesão territorial e das políticas para o Interior, António Costa e Silva destacou ainda o papel que a digitalização deverá e terá no futuro do turismo e nesse sentido, concluiu que “a digitalização promove o desenvolvimento e cria um melhor conhecimento sobre e para o setor do turismo”.

 

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Islândia introduzirá taxas turísticas para aliviar pressão sobre a “natureza intocada”

A Islândia tornou-se no mais recente país a anunciar a criação de uma taxa turística, considerando a primeira-ministra, Katrín Jakobsdóttir, que os turistas estão a “visitar a natureza intocada e, obviamente, isso cria uma pressão”.

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A Islândia anunciou que irá introduzir taxas turísticas para ajudar a gerir o impacto do turismo e, mais importante, aliviar a pressão sobre os locais populares de “natureza intocada” que os visitantes frequentam.

Os detalhes exatos da medida ainda não foram revelados, mas a medida foi anunciada pela primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir numa entrevista à Bloomberg Television.

“O turismo cresceu exponencialmente na Islândia na última década. E isso obviamente não está apenas a criar efeitos no clima, é também porque a maioria dos nossos hóspedes está a visitar a natureza intocada e, obviamente, isso cria uma pressão”, considera a primeira-ministra islandesa.

Katrín Jakobsdóttir indicou que os impostos não serão elevados e começarão como impostos municipais, à semelhança do que outros destinos já implementam, com mais opções a serem exploradas a partir daí. “Anunciamos que vamos aumentar os impostos sobre o turismo na Islândia. Para começar, não são impostos elevados, mas estamos a falar de impostos municipais, entre outros, para as pessoas que permanecem na Islândia”.

Ao avaliar o papel que o turismo irá desempenhar no ambicioso objetivo da Islândia de alcançar a neutralidade até 2040 e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 40% até 2030, Jakobsdóttir referiu que as empresas de turismo já estão a tomar medidas para se tornarem sustentáveis. “Muitas das nossas empresas que trabalham no sector do turismo estão a encontrar formas de realmente passar para a economia circular, passar para os carros elétricos, para que a mudança aconteça, mas é um desafio, é realmente um desafio”, disse a primeira-ministra à Bloomberg.

O imposto previsto não visa dissuadir os turistas de visitar a Islândia, mas antes sensibilizar para a importância do turismo responsável. Ao longo dos anos, a Islândia teve algumas das campanhas turísticas mais criativas e engenhosas, fazendo referência aos mais recentes eventos socioculturais para destacar a natureza e as paisagens inspiradoras do país.

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Air France-KLM encomenda 50 Airbus A350

O grupo Air France-KLM encomendou, recentemente, 50 Airbus A350 com as entregas previstas entre 2026 e 2030.

Victor Jorge

O grupo Air France-KLM acaba de realizar uma encomenda de 50 Airbus A350, juntando-lhe os direitos de compra para mais 40 aeronaves, com o objetivo de acelerar a renovação da frota de longo curso, tornando-se, assim, no operador com mais aviões da família A350.

A encomenda dos novos aviões abrange os A350-900 e A350-1000 que deverão ser entregues entre 2026 e 2030, considerando o grupo que “esta será uma ordem evolutiva, proporcionando flexibilidade para alocar aeronaves dentro do portfólio de companhias aéreas, de acordo com a dinâmica do mercado e as condições regulatórias locais”.

Benjamin Smith, CEO da Air France-KLM, refere que este novo pedido será “um passo importante na renovação da frota do grupo. O Airbus A350 é uma aeronave de última geração com um excelente histórico na Air France, onde se tornou rapidamente um favorito entre passageiros e tripulantes desde a sua entrada em serviço em 2019. É a solução perfeita para as necessidades da rede do grupo e apresenta desempenhos excecionais”. Para o responsável máximo da Air France-KLM, trata-se de uma aeronave “mais silenciosa, mais eficiente em termos de combustível e mais económica em comparação com gerações anteriores”, admitindo que será “fundamental para ajudar o grupo a atingir as ambiciosas metas de sustentabilidade, incluindo -30% de emissões de CO2 por passageiro-quilómetro até 2030”.

As novas aeronaves irão substituir os Airbus A330 e os Boeing 777, somando-se a atual encomenda a uma já existente de 41 A350-900 feita para a Air France, dos quais 22 aviões já foram entregues.

Além da encomenda destas aeronaves, a Air France-KLM também será um dos primeiros clientes dos Airbus A350 Full Freighter, tendo encomendado oito destas aeronaves para renovar e expandir a frota de carga.

Com estas encomendas conjuntas, totalizando até 99 aviões, a Air France-KLM tornar-se-á no maior operador a utilizar a família A350.

O grupo informa ainda que, até 2028, a quota de aviões de nova geração da Air France-KLM ascenderá a 64%, comparado com os 5% em 2019.

Até 25 de setembro, a Air France-KLM operava uma frota de 533 aeronaves para mais de 300 destinos em todo o mundo. Com o atual acordo, o grupo terá mais de 220 aeronaves encomendadas, incluindo 100 aeronaves da família Airbus A320neo, com as primeiras entregas previstas para o final de 2023.

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Angola recebe Conferência Internacional da AASA

A 53.ª edição da Assembleia-geral da Airlines Association of Southern Africa (AASA) será realizada em Luanda (Angola), de 5 a 8 de outubro, reunindo várias delegações internacionais.

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Angola é o país anfitrião da 53.ª edição da Assembleia-geral da Airlines Association of Southern Africa (AASA), um evento de referência no setor da aviação e que vai refletir sobre o desenvolvimento da aviação comercial em África.

Este certame, anual, que terá a TAAG – Linhas Aéreas de Angola como coorganizadora, realiza-se pela primeira vez em Angola, reunindo companhias aéreas, reguladores, fabricantes, provedores de serviços, investidores, representações diplomáticas e entidades governamentais.

Este evento é uma plataforma privilegiada de networking e de reforço de relações entre os players da indústria, proporcionando ao ecossistema da aviação angolana, e ao país, a oportunidade de promover as suas valências junto da comunidade internacional.

O dia 6 de outubro, em particular, está reservado para a realização do ciclo de conferências/debate que vai juntar mais de 200 delegados e decisores de topo da indústria da aviação, com várias temáticas em agenda, nomeadamente: ambiente concorrencial, conectividade, financiamento, supply chain, custos operacionais, aspetos regulatórios, crescimento e sustentabilidade das companhias aéreas africanas. A AASA é uma associação regional que agrega as companhias aéreas africanas baseadas a sul do Equador, atuando como representante junto do Comité da Aviação Civil da SADC (Southern Africa Development Community).

Atualmente, a AASA conta com 16 companhias aéreas como membros, nomeadamente: TAAG, Air Austral, Air Botswana, Airlink, Air Zimbabwe, Congo Airways, Eswatini Air, Federal Airlines, FlyCobra, FlySafair, LAM Mozambique Airlines, LIFT, Mango Airlines, Mozambique Express, Proflight Zambia e South African Airways.

Além das companhias aéreas, a AASA conta também com 35 membros associados de setores direta ou indiretamente ligados a aviação. A AASA tem participação regular e contribuições junto da ICAO (International Civil Aviation Organization) e IATA (International Air Transport Association) em torno das matérias relacionadas com a região da África Austral.

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Vila Galé assume gestão do Grande Hotel da Figueira em 2024

O grupo Vila Galé vai investir dois milhões de euros na renovação do Grande Hotel da Figueira, estando a abertura prevista para abril de 2024.

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O grupo Vila Galé vai ter um hotel na Figueira da Foz a partir de abril de 2024, assumindo a gestão do emblemático Grande Hotel da Figueira, até agora integrado na Accor.

O grupo liderado por Jorge Rebelo de Almeida irá investir dois milhões de euros na renovação da unidade, incluindo os 102 quartos, bar, restaurante, lobby e receção.

Além disso, serão adicionados uma pizzaria Massa Fina, piscina exterior e lounge e uma área de spa com sauna, banho turco, duche Vichy, salas de massagens e ginásio.

Instalado na marginal e próximo da praia, trata-se de um ex-libris da cidade pela sua forte presença arquitetónica e estética pós-modernista dos anos 50, assinado pelo arquiteto Inácio Peres Fernandes.

Inaugurado em junho de 1953 como Grande Hotel da Figueira, está classificado como imóvel de interesse público desde 2002.

O Vila Galé Collection Figueira da Foz será um dos hotéis que a Vila Galé prevê abrir em 2024, ano em que inaugurará também o Vila Galé Isla Canela, um resort com tudo incluindo que marca a estreia do grupo em Espanha.

Atualmente com 41 hotéis – 31 em Portugal e dez no Brasil –, a Vila Galé anunciou recentemente também a sua entrada em Cuba, onde, já a partir de outubro próximo passará a gerir o Vila Galé Cayo Paredón, um resort com 638 quartos, em Cayo Paredón Grande.

De referir que este será o quinto projeto a entrar em funcionamento este ano, após a abertura de mais quatro hotéis em território nacional: o Vila Galé Collection Monte do Vilar, um agroturismo em Beja vocacionado para adultos; o Vila Galé Nep Kids, pensado para o público infantil onde os adultos só podem entrar se acompanhados por crianças; o Vila Galé Collection São Miguel, no centro de Ponta Delgada, Açores; e o Vila Galé Collection Tomar, unidade de charme na zona história da cidade.

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Foto: Foto André Rolo

Destinos

Turismo do Porto e Norte empenha-se em “Movimento para a Sustentabilidade”

Está em marcha o “Movimento para a Sustentabilidade”, que pretende sensibilizar e apoiar todos os agentes do setor do turismo da região Porto e Norte a empreender uma mudança de atitude nos domínios ambiental, social, cultural e económico.

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O Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) está fortemente empenhado em ver o destino certificado como “Destino Sustentável”, admitindo que “o caminho da sustentabilidade é incontornável e um desígnio assumido por todo o setor, cada vez mais ciente de que esse é o trilho que vai garantir o futuro próspero da atividade turística”.

Luís Pedro Martins, o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, entende que “num futuro próximo os destinos que mais se destacarão serão aqueles socialmente responsáveis, que colocam no topo das prioridades da sua ação a preservação dos seus recursos naturais, a valorização da sua identidade patrimonial e que adotem comportamentos irrepreensíveis”. E é com especial agrado que sinaliza a filiação do Turismo do Porto e Norte na Global Sustainable Tourism Council (CGCT), entidade de referência mundial nesta matéria, e que apoiará a região rumo ao processo de certificação”.

Para atingir esse objetivo no turismo da região, foi criado o “Movimento para a Sustentabilidade”, que está a fazer um trabalho que qualifique e promova o setor privado do destino nos domínios ambiental, social, cultural e económico.

Luís Pedro Martins regista ainda “uma crescente preocupação dos agentes do setor em abraçar esta temática, diminuindo ao máximo a pegada turística e os seus impactos ambientais, económicos e sociais e reestruturando a sua oferta para ir ao encontro destas preocupações, que são cada vez mais levadas em conta pelos turistas para tomar a decisão quanto ao destino a visitar”.

Por isso, o presidente e toda a equipa do TPNP propõem-se fazer este trabalho, combatendo qualquer tentativa de green washing, porque “o pior que podemos fazer nesta temática é vender uma falsa promessa”. Por isso, diz Luís Pedro Martins, “o Movimento é também um momento de responsabilização, e um primeiro passo para uma verdadeira e séria Certificação”. Uma mudança de mindset em toda a cadeia de valor, que pode ser ainda visível em questões como “a transição energética, a agenda para a economia circular, a digitalização e a formação dos recursos humanos”.

De resto, esta alteração de comportamentos é já visível na forma como muitas empresas de turismo colocam no topo das suas prioridades as questões da sustentabilidade, nomeadamente na baixa densidade, sabendo-se o quanto é importante o setor para o desenvolvimento económico e social das regiões.

O “Movimento para a Sustentabilidade” é uma iniciativa alargada que envolve todos os parceiros ligados à fileira turística para que percorram um caminho sustentável estratégico, através do programa “Ser Turismo Sustentável”, que resultou de um aturado trabalho de auscultação de alguns players que, mesmo tendo a noção e vontade de se juntarem a este compromisso, tinham uma série de dificuldades em dar esse passo.

As empresas que queiram assumir este compromisso com o destino devem então demonstrar esse interesse através do micro-site https://sustentabilidade.onortelaemcima.pt/

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Tailândia concede isenção de visto a chineses para reavivar turismo

A Tailândia começou a aplicar a isenção de visto para viajantes da China, uma medida em vigor pelo menos até 29 de fevereiro, para reavivar o turismo, afetado pela pandemia da covid-19.

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O primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, recebeu no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Banguecoque, o primeiro grupo de turistas chineses isentos de visto.

Os viajantes chineses representaram quase um terço dos quase 40 milhões de turistas estrangeiros que a Tailândia recebeu em 2019, mas os números caíram devido à pandemia e não recuperaram como esperado após o fim das restrições às viagens.

A Tailândia, fortemente dependente do turismo, viu o número de viajantes estrangeiros cair para 428 mil em 2021, embora tenham recuperado para 11,2 milhões no ano passado, de acordo com dados oficiais do Ministério do Turismo e Desporto tailandês.

No entanto, com a China ainda a impor um período de quarentena de até três semanas em instalações designadas a quem chegava ao país, apenas 273.567 turistas chineses chegaram à Tailândia em 2022, em comparação com 11,1 milhões em 2019.

A isenção temporária de vistos para chineses faz parte do plano do novo Governo tailandês, formado a 5 de setembro, para recuperar a economia do país, em recessão entre 2020 e 2021 devido ao impacto da pandemia.

A economia da Tailândia começou a recuperar em 2022, embora a um ritmo mais lento do que o previsto pelas autoridades.

O regresso em força do turismo e a recuperação do consumo, dos investimentos e das exportações são algumas das prioridades estabelecidas pelo novo Executivo, que assumiu o poder depois de quase quatro meses de impasse político no parlamento para a eleição do primeiro-ministro.

No início de fevereiro, Pequim voltou a permitir o turismo em grupo para cerca de 20 países, incluindo destinos como Tailândia ou Indonésia.

Portugal foi incluído no segundo lote, aprovado no mês seguinte, assim como Brasil, França ou Espanha, enquanto em agosto foi a vez da Guiné Equatorial, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

A China era o maior emissor de turistas do mundo até ao início da pandemia da covid-19.

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Bruxelas proíbe compra da eTraveli pela Booking por afetar concorrência da UE

A Comissão Europeia proibiu a compra plataforma de reserva de voos eTraveli pelo ‘site’ de alojamentos Booking, o 11.º negócio de aquisição vetado por Bruxelas, considerando que reforçaria a posição dominante neste mercado, afetando a concorrência comunitária.

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Em comunicado, o executivo comunitário dá conta que proibiu a operação ao abrigo do regulamento de concentrações da UE, argumentando que “a aquisição teria permitido à Booking reforçar a sua posição dominante no mercado das agências de viagens ‘online’ relativo à reserva de hotéis no Espaço Económico Europeu”.

Bruxelas sublinha que “a decisão de hoje [segunda-feira, 25 de setembro] surge na sequência de uma investigação aprofundada da Comissão sobre a operação, que teria combinado a Booking e a eTraveli, dois dos principais fornecedores” do mercado das agências de viagens ‘online’, respetivamente na reserva de alojamento e de voos.

Além disso, esta empresa norte-americana de plataforma de reservas “não propôs medidas de correção suficientes para dar resposta a estas preocupações”, acrescenta.

Sediada nos Estados Unidos da América, a empresa detém além da Booking.com (plataforma de reservas) as marcas Rentalcars, Priceline e Agoda, bem como entidades para aluguer de automóveis e voos através do negócio Kayak (incluindo as marcas Kayak, Momondo, Cheapflights, HotelsCombined, entre outras).

Ao funcionar principalmente como intermediária entre os clientes e os alojamentos privados e os hotéis, a Booking tem, hoje em dia, uma quota de mercado superior a 60% no mercado das agências de viagens ‘online’ do Espaço Económico Europeu, após o crescimento nos últimos anos.

Por seu lado, a sueca eTraveli está ativa no mesmo mercado através das suas marcas Gotogate, My Trip, Seat24 e SuperSaver, principalmente focada na reserva de voos.

“A Comissão considerou que a operação teria reforçado a posição dominante da Booking no mercado das agências de viagens organizadas de hotéis, conduzindo a custos mais elevados para os hotéis e, possivelmente, para os consumidores”, aponta a instituição.

Entre os ‘remédios’ propostos pela Booking estavam “mostrar aos clientes de voos um ecrã de escolha na página de check-out do voo, que é a página mostrada aos viajantes depois de comprarem os seus bilhetes de avião”.

Porém, de acordo com o executivo comunitário, “as medidas de correção propostas pela Booking não deram resposta adequada às preocupações da Comissão em matéria de concorrência, de modo a poder concluir-se que a concorrência seria preservada de forma duradoura”.

A operação foi notificada à Comissão em 10 de outubro de 2022 e, em novembro desse ano, foi aberta uma investigação aprofundada.

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Foto: Victor Machado (Bluepeach)

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“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

Victor Jorge

“O Turismo como Fator de Coesão Nacional” é o tema central que a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) leva a debate, no próximo dia 27 de setembro, na Conferência do Dia Mundial do Turismo, que se realiza no Algarve.

O jornal PUBLITURIS falou com Francisco Calheiros, presidente da CTP, a propósito deste evento e tema, admitindo que “o Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona”.

Com os dados referentes à atividade turística em Portugal a estarem “em linha com o que era expectável para este ano”, Francisco Calheiros pede uma “redução da carga fiscal existente” e “apoio à recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra”.

Quanto ao novo aeroporto, “nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país”, frisa Francisco Calheiros.

A CTP celebra, mais uma vez, o Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 de setembro com a Conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”. Que importância tem, de facto, o turismo para uma maior coesão nacional e como poderá contribuir para essa coesão?
O Turismo continua a ser um importante motor da economia portuguesa, sendo mesmo a atividade económica mais exportadora de Portugal, representando cerca de 20% do total de exportações de bens e serviços. Isto deve-se em grande parte ao efeito multiplicador do Turismo, já que é uma atividade que fomenta o desenvolvimento de muitos outros setores espalhados pelo país, sendo gerador de desenvolvimento social e económico. E se antes o Turismo estava centralizado em algumas regiões específicas, atualmente a oferta turística é muito mais diversificada, abrangendo praticamente todo o território, sendo por isso fator de coesão nacional.

E de que forma é que um país mais coeso territorialmente poderá beneficiar o setor do turismo nacional?
O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona. Quando se fala de coesão territorial, deve ter-se em conta um acesso mais equilibrado aos instrumentos que permitam o desenvolvimento de uma região, neste caso turisticamente, que é aquilo a que já assistimos atualmente, nomeadamente como fruto do trabalho das Entidades Regionais de Turismo que têm feito um trabalho excelente na promoção dos produtos turísticos locais e regionais, assim como na captação de novos investimentos turísticos. Este é um trabalho que deve continuar a ser feito, com o recurso a apoios como aqueles que foram anunciados recentemente pelo secretário de Estado do Turismo. Estes apoios são necessários para ajudar o esforço de investimento que é feito pelos privados, mas deve ter-se em conta que, em relação aos apoios, se devem flexibilizar as regras de acesso e a utilização das verbas para que depois não fiquem por executar.

O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona

Em diversos fóruns temos ouvido que o importante é dar relevância à descentralização e levar o turismo para o Interior do país. A questão é saber se este Interior está preparado e tem as infraestruturas necessárias para receber os turistas no número que se pretende?
Há mais de um século que o Turismo tem vindo a promover e a desenvolver a sua organização administrativa, sendo a única atividade económica que se encontra descentralizada e regionalizada no nosso país, curiosamente no seu início até por iniciativa privada, a que mais tarde o Estado se vem associar. E hoje há como que uma parceria público-privada no terreno, e em todo o território nacional, através da articulação funcional e operacional entre as Entidades Regionais de Turismo (direito público) e as Agências Regionais de Promoção Turística (direito privado).

Especificamente, tal como pergunta, o interior está hoje muito mais preparado e a prova disso é a muita oferta e de qualidade que está a dar resposta à crescente apetência dos turistas por estas zonas do País. Veja-se também como para além do investimento de empresas locais, atualmente os grandes grupos hoteleiros estão cada vez mais a apostar no interior do país, o que claramente acrescenta valor a estas regiões e as aproxima dos índices daqueles que têm sido os destinos turísticos mais tradicionais. Ou seja, aqui está mais um fator de como o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social.

Que infraestruturas ainda estão em falta para levar mais turistas para o Interior do país e obter a tal coesão territorial?
A questão que coloca não se resume exclusivamente às infraestruturas, mas estende-se também a equipamentos e às condições mobilidade e atratividade de recursos humanos.

Quanto às primeiras, diria que uma maior aposta e modernização da rede ferroviária que potencie a fluidez dos visitantes pelo território do interior em articulação com as portas aeroportuárias de entrada no país.

Relativamente aos equipamentos, a questão fundamental reside em disponibilizar mais e melhor oferta em termos de habitação para quem se desloque para trabalhar no interior, cujo único esforço de momento está a ser feito pelos privados na medida das suas possibilidades, sem qualquer apoio do Governo. Seria também necessário o reforço de equipamentos que permitam a deslocalização de grandes eventos.

Por último, no que aos recursos humanos diz respeito, será necessário acuar a nível da capacitação na mobilidade e atracção de talentos profissionais para o interior.

Esse desenvolvimento territorial está dependente de apoios ou existe capacidade para os privados liderarem esse processo?
Como é óbvio, há medidas estruturais que não dependem apenas dos privados, pelo que o poder central tem um papel importante no apoio ao reforço da atratividade do interior do país.

Em maio deste ano, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, anunciou a Agenda do Turismo do Interior, no valor de 200 milhões de euros. Esperemos que exista, ao contrário de outros programas de apoio, noutros anos, uma maior flexibilização no acesso e na aplicação destas verbas, para que possam ser céleres e efetivos os investimentos realizados com o apoio dos valores deste programa de incentivo.

A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses

O que foi e será 2023
Estamos praticamente no final do verão de 2023. Como interpreta os números que têm sido divulgados relativamente ao turismo nacional?
As dormidas aumentaram 18,8% de janeiro a junho em relação ao 1.º semestre de 2022, aumentando 11% em relação ao 1.º semestre de 2019, ano antes da pandemia. Também no primeiro semestre tivemos um aumento das receitas, sendo que segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC), o Turismo deverá contribuir com perto de 40 mil milhões de euros para a economia portuguesa até ao final de 2023.

São dados que confirmam que a atividade turística continua a crescer de forma sustentável e o que faz antever que este será um dos melhores anos de sempre do Turismo em Portugal.

Estes têm estado em linha com o que era esperado?
Sim, são dados que estão em linha com o que era expectável para este ano.

Ao nível dos mercados, tem-se registado um aumento de alguns mercados externos (EUA, Canadá, Reino Unido), mas registam-se decréscimos de mercados como a Espanha, Finlândia, Bélgica, Alemanha, Brasil. A que se deve este facto?
Desde logo, o aumento de alguns mercados externos como os que refere deve-se por um lado à estratégia de promoção que tem sido seguida pelos privados, em linha com a estratégia nacional de promoção do Turismo português que tem sido realizada no exterior, assim como, por exemplo, em relação aos Estados Unidos, à estratégia de promoção da TAP.

Por outro lado, há que ter em conta a diversidade e qualidade da oferta turística nacional, que passou a ser apetecível por turistas que decidiram alterar os seus destinos de férias, nomeadamente porque desejaram encontrar uma alternativa a mercados para onde antes iam passar férias, mas que são atualmente destinos menos seguros ou que estão junto a zonas do globo próximas de conflitos, de instabilidade social ou que estão a sofrer mais consequências das alterações climáticas.

O que é certo é que estes turistas de mercados que não eram os tradicionais, começaram a vir para Portugal, gostaram, querem repetir a experiência e estão a aconselhar familiares e amigos a virem fazer férias para Portugal.

Os dados do INE mostram, igualmente, uma diminuição nas dormidas dos residentes. Esta realidade era já esperada, depois de alguns anos com as viagens limitadas?
A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses.

Penso que estamos perante uma situação pontual e que não é tão grave como se está a querer fazer parecer. O que aconteceu este ano, e sobretudo no mês de junho, é que houve um pouco de menos dormidas de portugueses, mas isto tem várias razões.

Por um lado, pela coincidência com algumas alterações que houve no calendário escolar e, por outro lado, porque as dificuldades financeiras das famílias, sobretudo para fazer face aos créditos à habitação e aos maiores custos inerentes à subia da inflação, fizeram com que alguns portugueses optassem por não fazer férias fora de casa ou decidiram passar períodos de férias em estabelecimentos hoteleiros noutras regiões e por períodos de tempo menores do que fariam habitualmente.

Têm surgido algumas opiniões menos favoráveis relativamente aos preços praticados pelo turismo, nomeadamente, pela hotelaria nacional. Este aumento de preços não seria expectável, dada a atual conjuntura e aumento de preços de forma global?
O Turismo é uma indústria da paz, mas infelizmente depara-se ainda com uma conjuntura de guerra com os efeitos negativos que todos conhecemos, nomeadamente o aumento de custos com a energia, os combustíveis, a inflação em crescendo, os juros altos, pelo que era inevitável um aumento de preços.

A qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam

Portugal, se manter este aumento de preços poderá tornar-se num destino demasiado caro para o turista estrangeiro, capaz de fazer comparações com outros destinos e com outras ofertas existentes no mercado?
O que se verifica é que o aumento dos preços até não tem travado o número de turistas. Há um aspeto que temos de ter em conta, a qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam.

Desde o início da pandemia que os recursos humanos têm sido ponto central no desenvolvimento do turismo em Portugal. O que tem sido feito para colmatar esta lacuna? Fala-se muito em protocolos, inclusivamente, com outros países, mas, depois, na prática, o setor sofre com falta de pessoal. Tem sido dado passos para ultrapassar este desafio para os próximos tempos?
Sobre este tema, que nos continua a preocupar, referir-lhe o seguinte: há algo que não podemos esconder e é o facto de que é preciso criar melhores condições, desde logo em termos salariais, para atrair mão de obra. Não esquecer que o Turismo até tem sido dos setores que mais tem aumentado salários.

Mas sendo preciso oferecer ainda melhores salários, é também necessário que o Estado faça a sua parte reduzindo a carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. Todos ganharíamos. É que se os portugueses sentirem que têm melhores salários, mais facilmente virão trabalhar numa profissão de tanto valor como é o Turismo. E se os portugueses sentirem que têm mais dinheiro disponível, também gastarão mais nas férias e isso será bom para o Turismo e para o país.

Seria importante também avançar mais rápida e concretamente com o programa de valorização das profissões anunciado pelo Governo e reforçar a aposta no ensino de qualidade nas Escolas de Turismo.

Por outro lado, complementariamente, para ter mais recursos humanos, neste caso no Turismo, é preciso continuar a apostar na imigração, mas através de uma maior agilização dos processos. É preciso que a contratação seja feita de forma mais organizada, controlada e que o País crie as condições e tenha a capacidade de incluir os imigrantes na sociedade, desde logo, em termos da habitação. O Governo já tornou mais ágil alguma da legislação relativamente aos vistos, mas em termos práticos continua a existir demasiada burocracia.

Uma bola de cristal com aeroporto
Importante, para a CTP, tem sido, também, o debate sobre uma nova infraestrutura aeroportuária para a região de Lisboa. Conta ter uma decisão até final do ano de 2023?
Sinceramente era bom que assim fosse. Como tenho dito, esta é uma decisão política, por isso era bom que se decidisse depressa. No entanto, continuamos a perder demasiado tempo com tantos estudos, com análise de tantas opções. Tínhamos de avançar, mas não vejo avanços. Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país. Entretanto, neste momento, o valor perdido pela não construção do novo aeroporto já ultrapassa em muito os mil milhões de euros, de acordo com o contador da CTP.

Há algo de que não abdicamos, se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo.

Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país

Muitos têm apontado para o facto de a indústria da aviação sofrer alterações no futuro, com possibilidade de menos voos, transferindo-os para a ferrovia. Veja-se o caso em França com os voos com uma duração inferior a duas horas e meia. É mesmo necessário um “grande” aeroporto para a região de Lisboa?
Claro que é mesmo necessário um novo aeroporto! Desde há anos que é necessário um novo aeroporto. Continuamos a recusar slots todos os dias e como já referi, os custos de não ternos um novo aeroporto continuam a acumular-se.

O Turismo, como principal atividade económica do país, tem ainda muito para dar. Há ainda muito por onde podemos crescer. Há uma procura crescente do destino Portugal, pelo que esperamos nos próximos anos muitos mais turistas a querer visitar-nos, mas para isso temos de ter as melhores condições de os receber e isso passa, inevitavelmente, por termos um aeroporto maior, mais moderno e adaptado aos novos tempos, que garanta a prestação de um muito melhor serviço.

E atenção que não se prevê que sejam apenas mais turistas a virem para Portugal nos próximos anos. Há também toda a atividade de negócios e de grandes eventos que tem todo o potencial para crescer. Somos muitos bons a receber e a organizar grandes eventos e isso está nos olhos do mundo. Veja-se o exemplo da Jornada Mundial da Juventude.

As outras regiões – Porto e Norte, Algarve, ilhas, Centro – não necessitariam, igualmente, de atualizações ou novas infraestruturas aeroportuárias, indo ao encontro do “desenvolvimento territorial”?
Penso sinceramente que, a esse nível, o melhor complemento internamente às infraestruturas aeroportuárias existentes, ao novo aeroporto e às acessibilidades rodoviárias que já temos, seria sem dúvida um crescimento e modernização do sistema ferroviário nacional.

Abordada que foi a questão da ferrovia, esta não podia ou devia ser uma alternativa viável para o turismo, agora que a sustentabilidade e as preocupações ambientais estão, como nunca, na ordem do dia?
Sem dúvida que é importante. Não como alternativa, mas como complemento.

O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros

O que é que o Governo podia fazer mais pelo setor do turismo português? E que papel terão os privados no desenvolvimento do setor do turismo em Portugal?
Tenho frisado já várias vezes, que o setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais. Temos tido uma excelente parceria com as entidades públicas diretamente ligadas ao Turismo. O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros.

Por outro lado, os privados têm demonstrado ter um papel essencial no crescimento e na sustentabilidade da atividade turística.

Em geral, o Governo tem feito um caminho, que tem de continuar a fazer, no sentido de fortalecer o Turismo como principal atividade económica, sendo que o poder central o que pode fazer mais neste momento, seja pelos turistas, por quem trabalha ou quer trabalhar no Turismo e pelas empresas que atuam na atividade turística, é sem dúvida, por exemplo, reduzir a carga fiscal existente e apoiar a recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra.

Olhando para uma bola de cristal, o que vê para o ano de 2023, em termos globais, sabendo-se que ainda faltam mais de três meses para o final?
Prevejo que este seja um ótimo ano para o Turismo em Portugal. Que esta atividade vai continuar a ser o motor da economia portuguesa e espero que alguns dos dossiers em aberto que têm implicações diretas e indiretas no Turismo vejam finalmente a luz do dia.

Usando as suas palavras, dentro da bola de cristal que se veja o novo aeroporto.

Sobre o autorVictor Jorge

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