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Panoramic summer landscape of Italian countryside with field of wheat. Stunning evening scene of Italy, Europe. Beauty of nature concept background.

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Parceria entre OMT e FAO para valorização das comunidades rurais

A importância do turismo para o desenvolvimento económico e a preservação das comunidades rurais foi destacada pelos responsáveis da OMT e FAO.

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Parceria entre OMT e FAO para valorização das comunidades rurais

A importância do turismo para o desenvolvimento económico e a preservação das comunidades rurais foi destacada pelos responsáveis da OMT e FAO.

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Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT) e Qu Dongyu, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), reuniram-se em Roma (Itália) tendo em vista a intensificação da colaboração entre as duas entidades para aumentar a contribuição do turismo para o desenvolvimento rural.

Depois de, em setembro de 2020, as duas agências da ONU terem assinado um Memorando de Entendimento, a OMT pretende trabalhar em estreita colaboração com a FAO em torno de uma determinação compartilhada para impulsionar o desenvolvimento inclusivo e tornar o turismo uma fonte de emprego e oportunidade para as áreas rurais.

Ambos os líderes reconheceram os objetivos e métodos comuns de vários projetos-chave como, por exemplo, os Património de Importância Global (GIAHS, sigla em inglês), a iniciativa de “Vilas/Aldeias Digitais” da FAO, e as Melhores Vilas/Aldeias Turísticas da OMT, que reconhecem os destinos rurais que estão a aproveitar o poder do turismo como fonte de desenvolvimento e oportunidade. Ao mesmo tempo, os dois responsáveis por estas organizações identificaram a necessidade de “impulsionar o desenvolvimento e a implementação de programas de capacitação para melhorar o potencial turístico dos GIAHS e o projeto piloto das Vilas/Aldeias Digitais”.

Olhando para o futuro, Pololikashvili enfatizou a importância do turismo gastronómico para o desenvolvimento, principalmente em África, e o papel das cadeias de valor da produção local e do património em todo o continente.

Foto crédito: Depositphotos.com
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Foto: Foto André Rolo

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Turismo do Porto e Norte empenha-se em “Movimento para a Sustentabilidade”

Está em marcha o “Movimento para a Sustentabilidade”, que pretende sensibilizar e apoiar todos os agentes do setor do turismo da região Porto e Norte a empreender uma mudança de atitude nos domínios ambiental, social, cultural e económico.

O Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) está fortemente empenhado em ver o destino certificado como “Destino Sustentável”, admitindo que “o caminho da sustentabilidade é incontornável e um desígnio assumido por todo o setor, cada vez mais ciente de que esse é o trilho que vai garantir o futuro próspero da atividade turística”.

Luís Pedro Martins, o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, entende que “num futuro próximo os destinos que mais se destacarão serão aqueles socialmente responsáveis, que colocam no topo das prioridades da sua ação a preservação dos seus recursos naturais, a valorização da sua identidade patrimonial e que adotem comportamentos irrepreensíveis”. E é com especial agrado que sinaliza a filiação do Turismo do Porto e Norte na Global Sustainable Tourism Council (CGCT), entidade de referência mundial nesta matéria, e que apoiará a região rumo ao processo de certificação”.

Para atingir esse objetivo no turismo da região, foi criado o “Movimento para a Sustentabilidade”, que está a fazer um trabalho que qualifique e promova o setor privado do destino nos domínios ambiental, social, cultural e económico.

Luís Pedro Martins regista ainda “uma crescente preocupação dos agentes do setor em abraçar esta temática, diminuindo ao máximo a pegada turística e os seus impactos ambientais, económicos e sociais e reestruturando a sua oferta para ir ao encontro destas preocupações, que são cada vez mais levadas em conta pelos turistas para tomar a decisão quanto ao destino a visitar”.

Por isso, o presidente e toda a equipa do TPNP propõem-se fazer este trabalho, combatendo qualquer tentativa de green washing, porque “o pior que podemos fazer nesta temática é vender uma falsa promessa”. Por isso, diz Luís Pedro Martins, “o Movimento é também um momento de responsabilização, e um primeiro passo para uma verdadeira e séria Certificação”. Uma mudança de mindset em toda a cadeia de valor, que pode ser ainda visível em questões como “a transição energética, a agenda para a economia circular, a digitalização e a formação dos recursos humanos”.

De resto, esta alteração de comportamentos é já visível na forma como muitas empresas de turismo colocam no topo das suas prioridades as questões da sustentabilidade, nomeadamente na baixa densidade, sabendo-se o quanto é importante o setor para o desenvolvimento económico e social das regiões.

O “Movimento para a Sustentabilidade” é uma iniciativa alargada que envolve todos os parceiros ligados à fileira turística para que percorram um caminho sustentável estratégico, através do programa “Ser Turismo Sustentável”, que resultou de um aturado trabalho de auscultação de alguns players que, mesmo tendo a noção e vontade de se juntarem a este compromisso, tinham uma série de dificuldades em dar esse passo.

As empresas que queiram assumir este compromisso com o destino devem então demonstrar esse interesse através do micro-site https://sustentabilidade.onortelaemcima.pt/

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Tailândia concede isenção de visto a chineses para reavivar turismo

A Tailândia começou a aplicar a isenção de visto para viajantes da China, uma medida em vigor pelo menos até 29 de fevereiro, para reavivar o turismo, afetado pela pandemia da covid-19.

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O primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, recebeu no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Banguecoque, o primeiro grupo de turistas chineses isentos de visto.

Os viajantes chineses representaram quase um terço dos quase 40 milhões de turistas estrangeiros que a Tailândia recebeu em 2019, mas os números caíram devido à pandemia e não recuperaram como esperado após o fim das restrições às viagens.

A Tailândia, fortemente dependente do turismo, viu o número de viajantes estrangeiros cair para 428 mil em 2021, embora tenham recuperado para 11,2 milhões no ano passado, de acordo com dados oficiais do Ministério do Turismo e Desporto tailandês.

No entanto, com a China ainda a impor um período de quarentena de até três semanas em instalações designadas a quem chegava ao país, apenas 273.567 turistas chineses chegaram à Tailândia em 2022, em comparação com 11,1 milhões em 2019.

A isenção temporária de vistos para chineses faz parte do plano do novo Governo tailandês, formado a 5 de setembro, para recuperar a economia do país, em recessão entre 2020 e 2021 devido ao impacto da pandemia.

A economia da Tailândia começou a recuperar em 2022, embora a um ritmo mais lento do que o previsto pelas autoridades.

O regresso em força do turismo e a recuperação do consumo, dos investimentos e das exportações são algumas das prioridades estabelecidas pelo novo Executivo, que assumiu o poder depois de quase quatro meses de impasse político no parlamento para a eleição do primeiro-ministro.

No início de fevereiro, Pequim voltou a permitir o turismo em grupo para cerca de 20 países, incluindo destinos como Tailândia ou Indonésia.

Portugal foi incluído no segundo lote, aprovado no mês seguinte, assim como Brasil, França ou Espanha, enquanto em agosto foi a vez da Guiné Equatorial, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

A China era o maior emissor de turistas do mundo até ao início da pandemia da covid-19.

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Bruxelas proíbe compra da eTraveli pela Booking por afetar concorrência da UE

A Comissão Europeia proibiu a compra plataforma de reserva de voos eTraveli pelo ‘site’ de alojamentos Booking, o 11.º negócio de aquisição vetado por Bruxelas, considerando que reforçaria a posição dominante neste mercado, afetando a concorrência comunitária.

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Em comunicado, o executivo comunitário dá conta que proibiu a operação ao abrigo do regulamento de concentrações da UE, argumentando que “a aquisição teria permitido à Booking reforçar a sua posição dominante no mercado das agências de viagens ‘online’ relativo à reserva de hotéis no Espaço Económico Europeu”.

Bruxelas sublinha que “a decisão de hoje [segunda-feira, 25 de setembro] surge na sequência de uma investigação aprofundada da Comissão sobre a operação, que teria combinado a Booking e a eTraveli, dois dos principais fornecedores” do mercado das agências de viagens ‘online’, respetivamente na reserva de alojamento e de voos.

Além disso, esta empresa norte-americana de plataforma de reservas “não propôs medidas de correção suficientes para dar resposta a estas preocupações”, acrescenta.

Sediada nos Estados Unidos da América, a empresa detém além da Booking.com (plataforma de reservas) as marcas Rentalcars, Priceline e Agoda, bem como entidades para aluguer de automóveis e voos através do negócio Kayak (incluindo as marcas Kayak, Momondo, Cheapflights, HotelsCombined, entre outras).

Ao funcionar principalmente como intermediária entre os clientes e os alojamentos privados e os hotéis, a Booking tem, hoje em dia, uma quota de mercado superior a 60% no mercado das agências de viagens ‘online’ do Espaço Económico Europeu, após o crescimento nos últimos anos.

Por seu lado, a sueca eTraveli está ativa no mesmo mercado através das suas marcas Gotogate, My Trip, Seat24 e SuperSaver, principalmente focada na reserva de voos.

“A Comissão considerou que a operação teria reforçado a posição dominante da Booking no mercado das agências de viagens organizadas de hotéis, conduzindo a custos mais elevados para os hotéis e, possivelmente, para os consumidores”, aponta a instituição.

Entre os ‘remédios’ propostos pela Booking estavam “mostrar aos clientes de voos um ecrã de escolha na página de check-out do voo, que é a página mostrada aos viajantes depois de comprarem os seus bilhetes de avião”.

Porém, de acordo com o executivo comunitário, “as medidas de correção propostas pela Booking não deram resposta adequada às preocupações da Comissão em matéria de concorrência, de modo a poder concluir-se que a concorrência seria preservada de forma duradoura”.

A operação foi notificada à Comissão em 10 de outubro de 2022 e, em novembro desse ano, foi aberta uma investigação aprofundada.

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Foto: Victor Machado (Bluepeach)

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“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

Victor Jorge

“O Turismo como Fator de Coesão Nacional” é o tema central que a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) leva a debate, no próximo dia 27 de setembro, na Conferência do Dia Mundial do Turismo, que se realiza no Algarve.

O jornal PUBLITURIS falou com Francisco Calheiros, presidente da CTP, a propósito deste evento e tema, admitindo que “o Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona”.

Com os dados referentes à atividade turística em Portugal a estarem “em linha com o que era expectável para este ano”, Francisco Calheiros pede uma “redução da carga fiscal existente” e “apoio à recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra”.

Quanto ao novo aeroporto, “nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país”, frisa Francisco Calheiros.

A CTP celebra, mais uma vez, o Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 de setembro com a Conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”. Que importância tem, de facto, o turismo para uma maior coesão nacional e como poderá contribuir para essa coesão?
O Turismo continua a ser um importante motor da economia portuguesa, sendo mesmo a atividade económica mais exportadora de Portugal, representando cerca de 20% do total de exportações de bens e serviços. Isto deve-se em grande parte ao efeito multiplicador do Turismo, já que é uma atividade que fomenta o desenvolvimento de muitos outros setores espalhados pelo país, sendo gerador de desenvolvimento social e económico. E se antes o Turismo estava centralizado em algumas regiões específicas, atualmente a oferta turística é muito mais diversificada, abrangendo praticamente todo o território, sendo por isso fator de coesão nacional.

E de que forma é que um país mais coeso territorialmente poderá beneficiar o setor do turismo nacional?
O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona. Quando se fala de coesão territorial, deve ter-se em conta um acesso mais equilibrado aos instrumentos que permitam o desenvolvimento de uma região, neste caso turisticamente, que é aquilo a que já assistimos atualmente, nomeadamente como fruto do trabalho das Entidades Regionais de Turismo que têm feito um trabalho excelente na promoção dos produtos turísticos locais e regionais, assim como na captação de novos investimentos turísticos. Este é um trabalho que deve continuar a ser feito, com o recurso a apoios como aqueles que foram anunciados recentemente pelo secretário de Estado do Turismo. Estes apoios são necessários para ajudar o esforço de investimento que é feito pelos privados, mas deve ter-se em conta que, em relação aos apoios, se devem flexibilizar as regras de acesso e a utilização das verbas para que depois não fiquem por executar.

O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona

Em diversos fóruns temos ouvido que o importante é dar relevância à descentralização e levar o turismo para o Interior do país. A questão é saber se este Interior está preparado e tem as infraestruturas necessárias para receber os turistas no número que se pretende?
Há mais de um século que o Turismo tem vindo a promover e a desenvolver a sua organização administrativa, sendo a única atividade económica que se encontra descentralizada e regionalizada no nosso país, curiosamente no seu início até por iniciativa privada, a que mais tarde o Estado se vem associar. E hoje há como que uma parceria público-privada no terreno, e em todo o território nacional, através da articulação funcional e operacional entre as Entidades Regionais de Turismo (direito público) e as Agências Regionais de Promoção Turística (direito privado).

Especificamente, tal como pergunta, o interior está hoje muito mais preparado e a prova disso é a muita oferta e de qualidade que está a dar resposta à crescente apetência dos turistas por estas zonas do País. Veja-se também como para além do investimento de empresas locais, atualmente os grandes grupos hoteleiros estão cada vez mais a apostar no interior do país, o que claramente acrescenta valor a estas regiões e as aproxima dos índices daqueles que têm sido os destinos turísticos mais tradicionais. Ou seja, aqui está mais um fator de como o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social.

Que infraestruturas ainda estão em falta para levar mais turistas para o Interior do país e obter a tal coesão territorial?
A questão que coloca não se resume exclusivamente às infraestruturas, mas estende-se também a equipamentos e às condições mobilidade e atratividade de recursos humanos.

Quanto às primeiras, diria que uma maior aposta e modernização da rede ferroviária que potencie a fluidez dos visitantes pelo território do interior em articulação com as portas aeroportuárias de entrada no país.

Relativamente aos equipamentos, a questão fundamental reside em disponibilizar mais e melhor oferta em termos de habitação para quem se desloque para trabalhar no interior, cujo único esforço de momento está a ser feito pelos privados na medida das suas possibilidades, sem qualquer apoio do Governo. Seria também necessário o reforço de equipamentos que permitam a deslocalização de grandes eventos.

Por último, no que aos recursos humanos diz respeito, será necessário acuar a nível da capacitação na mobilidade e atracção de talentos profissionais para o interior.

Esse desenvolvimento territorial está dependente de apoios ou existe capacidade para os privados liderarem esse processo?
Como é óbvio, há medidas estruturais que não dependem apenas dos privados, pelo que o poder central tem um papel importante no apoio ao reforço da atratividade do interior do país.

Em maio deste ano, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, anunciou a Agenda do Turismo do Interior, no valor de 200 milhões de euros. Esperemos que exista, ao contrário de outros programas de apoio, noutros anos, uma maior flexibilização no acesso e na aplicação destas verbas, para que possam ser céleres e efetivos os investimentos realizados com o apoio dos valores deste programa de incentivo.

A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses

O que foi e será 2023
Estamos praticamente no final do verão de 2023. Como interpreta os números que têm sido divulgados relativamente ao turismo nacional?
As dormidas aumentaram 18,8% de janeiro a junho em relação ao 1.º semestre de 2022, aumentando 11% em relação ao 1.º semestre de 2019, ano antes da pandemia. Também no primeiro semestre tivemos um aumento das receitas, sendo que segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC), o Turismo deverá contribuir com perto de 40 mil milhões de euros para a economia portuguesa até ao final de 2023.

São dados que confirmam que a atividade turística continua a crescer de forma sustentável e o que faz antever que este será um dos melhores anos de sempre do Turismo em Portugal.

Estes têm estado em linha com o que era esperado?
Sim, são dados que estão em linha com o que era expectável para este ano.

Ao nível dos mercados, tem-se registado um aumento de alguns mercados externos (EUA, Canadá, Reino Unido), mas registam-se decréscimos de mercados como a Espanha, Finlândia, Bélgica, Alemanha, Brasil. A que se deve este facto?
Desde logo, o aumento de alguns mercados externos como os que refere deve-se por um lado à estratégia de promoção que tem sido seguida pelos privados, em linha com a estratégia nacional de promoção do Turismo português que tem sido realizada no exterior, assim como, por exemplo, em relação aos Estados Unidos, à estratégia de promoção da TAP.

Por outro lado, há que ter em conta a diversidade e qualidade da oferta turística nacional, que passou a ser apetecível por turistas que decidiram alterar os seus destinos de férias, nomeadamente porque desejaram encontrar uma alternativa a mercados para onde antes iam passar férias, mas que são atualmente destinos menos seguros ou que estão junto a zonas do globo próximas de conflitos, de instabilidade social ou que estão a sofrer mais consequências das alterações climáticas.

O que é certo é que estes turistas de mercados que não eram os tradicionais, começaram a vir para Portugal, gostaram, querem repetir a experiência e estão a aconselhar familiares e amigos a virem fazer férias para Portugal.

Os dados do INE mostram, igualmente, uma diminuição nas dormidas dos residentes. Esta realidade era já esperada, depois de alguns anos com as viagens limitadas?
A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses.

Penso que estamos perante uma situação pontual e que não é tão grave como se está a querer fazer parecer. O que aconteceu este ano, e sobretudo no mês de junho, é que houve um pouco de menos dormidas de portugueses, mas isto tem várias razões.

Por um lado, pela coincidência com algumas alterações que houve no calendário escolar e, por outro lado, porque as dificuldades financeiras das famílias, sobretudo para fazer face aos créditos à habitação e aos maiores custos inerentes à subia da inflação, fizeram com que alguns portugueses optassem por não fazer férias fora de casa ou decidiram passar períodos de férias em estabelecimentos hoteleiros noutras regiões e por períodos de tempo menores do que fariam habitualmente.

Têm surgido algumas opiniões menos favoráveis relativamente aos preços praticados pelo turismo, nomeadamente, pela hotelaria nacional. Este aumento de preços não seria expectável, dada a atual conjuntura e aumento de preços de forma global?
O Turismo é uma indústria da paz, mas infelizmente depara-se ainda com uma conjuntura de guerra com os efeitos negativos que todos conhecemos, nomeadamente o aumento de custos com a energia, os combustíveis, a inflação em crescendo, os juros altos, pelo que era inevitável um aumento de preços.

A qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam

Portugal, se manter este aumento de preços poderá tornar-se num destino demasiado caro para o turista estrangeiro, capaz de fazer comparações com outros destinos e com outras ofertas existentes no mercado?
O que se verifica é que o aumento dos preços até não tem travado o número de turistas. Há um aspeto que temos de ter em conta, a qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam.

Desde o início da pandemia que os recursos humanos têm sido ponto central no desenvolvimento do turismo em Portugal. O que tem sido feito para colmatar esta lacuna? Fala-se muito em protocolos, inclusivamente, com outros países, mas, depois, na prática, o setor sofre com falta de pessoal. Tem sido dado passos para ultrapassar este desafio para os próximos tempos?
Sobre este tema, que nos continua a preocupar, referir-lhe o seguinte: há algo que não podemos esconder e é o facto de que é preciso criar melhores condições, desde logo em termos salariais, para atrair mão de obra. Não esquecer que o Turismo até tem sido dos setores que mais tem aumentado salários.

Mas sendo preciso oferecer ainda melhores salários, é também necessário que o Estado faça a sua parte reduzindo a carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. Todos ganharíamos. É que se os portugueses sentirem que têm melhores salários, mais facilmente virão trabalhar numa profissão de tanto valor como é o Turismo. E se os portugueses sentirem que têm mais dinheiro disponível, também gastarão mais nas férias e isso será bom para o Turismo e para o país.

Seria importante também avançar mais rápida e concretamente com o programa de valorização das profissões anunciado pelo Governo e reforçar a aposta no ensino de qualidade nas Escolas de Turismo.

Por outro lado, complementariamente, para ter mais recursos humanos, neste caso no Turismo, é preciso continuar a apostar na imigração, mas através de uma maior agilização dos processos. É preciso que a contratação seja feita de forma mais organizada, controlada e que o País crie as condições e tenha a capacidade de incluir os imigrantes na sociedade, desde logo, em termos da habitação. O Governo já tornou mais ágil alguma da legislação relativamente aos vistos, mas em termos práticos continua a existir demasiada burocracia.

Uma bola de cristal com aeroporto
Importante, para a CTP, tem sido, também, o debate sobre uma nova infraestrutura aeroportuária para a região de Lisboa. Conta ter uma decisão até final do ano de 2023?
Sinceramente era bom que assim fosse. Como tenho dito, esta é uma decisão política, por isso era bom que se decidisse depressa. No entanto, continuamos a perder demasiado tempo com tantos estudos, com análise de tantas opções. Tínhamos de avançar, mas não vejo avanços. Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país. Entretanto, neste momento, o valor perdido pela não construção do novo aeroporto já ultrapassa em muito os mil milhões de euros, de acordo com o contador da CTP.

Há algo de que não abdicamos, se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo.

Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país

Muitos têm apontado para o facto de a indústria da aviação sofrer alterações no futuro, com possibilidade de menos voos, transferindo-os para a ferrovia. Veja-se o caso em França com os voos com uma duração inferior a duas horas e meia. É mesmo necessário um “grande” aeroporto para a região de Lisboa?
Claro que é mesmo necessário um novo aeroporto! Desde há anos que é necessário um novo aeroporto. Continuamos a recusar slots todos os dias e como já referi, os custos de não ternos um novo aeroporto continuam a acumular-se.

O Turismo, como principal atividade económica do país, tem ainda muito para dar. Há ainda muito por onde podemos crescer. Há uma procura crescente do destino Portugal, pelo que esperamos nos próximos anos muitos mais turistas a querer visitar-nos, mas para isso temos de ter as melhores condições de os receber e isso passa, inevitavelmente, por termos um aeroporto maior, mais moderno e adaptado aos novos tempos, que garanta a prestação de um muito melhor serviço.

E atenção que não se prevê que sejam apenas mais turistas a virem para Portugal nos próximos anos. Há também toda a atividade de negócios e de grandes eventos que tem todo o potencial para crescer. Somos muitos bons a receber e a organizar grandes eventos e isso está nos olhos do mundo. Veja-se o exemplo da Jornada Mundial da Juventude.

As outras regiões – Porto e Norte, Algarve, ilhas, Centro – não necessitariam, igualmente, de atualizações ou novas infraestruturas aeroportuárias, indo ao encontro do “desenvolvimento territorial”?
Penso sinceramente que, a esse nível, o melhor complemento internamente às infraestruturas aeroportuárias existentes, ao novo aeroporto e às acessibilidades rodoviárias que já temos, seria sem dúvida um crescimento e modernização do sistema ferroviário nacional.

Abordada que foi a questão da ferrovia, esta não podia ou devia ser uma alternativa viável para o turismo, agora que a sustentabilidade e as preocupações ambientais estão, como nunca, na ordem do dia?
Sem dúvida que é importante. Não como alternativa, mas como complemento.

O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros

O que é que o Governo podia fazer mais pelo setor do turismo português? E que papel terão os privados no desenvolvimento do setor do turismo em Portugal?
Tenho frisado já várias vezes, que o setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais. Temos tido uma excelente parceria com as entidades públicas diretamente ligadas ao Turismo. O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros.

Por outro lado, os privados têm demonstrado ter um papel essencial no crescimento e na sustentabilidade da atividade turística.

Em geral, o Governo tem feito um caminho, que tem de continuar a fazer, no sentido de fortalecer o Turismo como principal atividade económica, sendo que o poder central o que pode fazer mais neste momento, seja pelos turistas, por quem trabalha ou quer trabalhar no Turismo e pelas empresas que atuam na atividade turística, é sem dúvida, por exemplo, reduzir a carga fiscal existente e apoiar a recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra.

Olhando para uma bola de cristal, o que vê para o ano de 2023, em termos globais, sabendo-se que ainda faltam mais de três meses para o final?
Prevejo que este seja um ótimo ano para o Turismo em Portugal. Que esta atividade vai continuar a ser o motor da economia portuguesa e espero que alguns dos dossiers em aberto que têm implicações diretas e indiretas no Turismo vejam finalmente a luz do dia.

Usando as suas palavras, dentro da bola de cristal que se veja o novo aeroporto.

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Victor Jorge

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Emprego e Formação

Portugal Duty Free tem nova diretora de Marketing

Claudia Carvalho é a nova diretora de Marketing da Portugal Duty Free.

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Cláudia Carvalho é a nova diretora de Marketing da Portugal Duty Free. Com 19 anos de experiência em marketing no setor do Grande Consumo e do Retalho, em mercados como Portugal, Espanha e Itália, a profissional integra a Portugal Duty Free para liderar o futuro e o crescimento da marca especialista em travel retail, que tem a seu cargo a gestão de mais de 30 lojas nos aeroportos nacionais.

“Depois de vários anos a contribuir para o desenvolvimento de marcas em diversas categorias Fast Moving Consumer Goods fora do país, é com enorme entusiasmo que regresso a Portugal para o desafio Portugal Duty Free, uma marca jovem que pretende revolucionar a experiência de compra nos aeroportos. Pretendemos que todos os passageiros que visitam os nossos espaços, tenham uma experiência única e levem consigo o que de mais autêntico temos em Portugal”, afirma Cláudia Carvalho.

Do currículo de Cláudia Carvalho faz parte a gestão de produto para marcas como a LG, a Johnson&Johnson, a Prénatal, a Pam Panorama, rede de supermercados a operar no mercado Italiano desde 1958, ou a Italchimica, empresa de produtos cosméticos, também Italiana. Mais recentemente foi responsável pelo Marketing da Dyrup em Portugal.

Licenciada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, a profissional iniciou o seu percurso com um estágio na Unilever, tendo depois passado pela Henkel e PepsiCo, empresa responsável pela representação e distribuição em Portugal de marcas como a Pepsi ou a Matutano.

A Portugal Duty Free é uma empresa especializada na exploração e gestão de lojas nos aeroportos nacionais, cuja missão é fazer das compras no aeroporto a parte mais esperada de cada viagem, através de experiências únicas, num ambiente internacional e personalizado. Atualmente está presente, com mais de 30 lojas, multimarca e fashion, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Madeira, Ponta Delgada (Açores), Santa Maria (Açores) e Horta (Açores).

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Hotelaria

Setor da hotelaria e turismo com 22 nomeados nos Prémios Construir 2023

O Jornal Construir nomeou 22 projetos no setor da hotelaria e turismo para os Prémios Construir 2023 que serão entregues no dia 16 de outubro.

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O Jornal Construir, publicação pertencente ao grupo Workmedia que detém, entre outros o jornal Publituris e a revista Publituris Hotelaria, tem 22 nomeados no setor da hotelaria  turismo.

Na categoria “Projeto Privado”, estão nomeados Hyatt Regency Lisboa, Renaissance Porto Lapa Hotel, Dos Reis Beautique Hotel, Convent Square Hotel e Montebelo Alcobaça Historic Hotel.

Em “Projeto de Reabilitação”, o jornal Construir nomeou, no setor da hotelaria, o Ludovice Wine Experience Hotel, Hotel AP Dona Aninhas, Hilton Sé Catedral Porto, ArtysCascais e Valverde Santar Hotel.

O Hotel Independente da Bica está nomeado na categoria “Fiscalização e Coordenação, enquanto o Hotel B&B Guimarães e o Montebelo Alcobaça Historic Hotel estão nomeados na categoria “Projeto Privado”.

Na categoria “Turismo”, são sete os nomeados: Marinha Prime, The Editory Boulevard Aliados Porto, Aqua Village Health Resort, Vila Galé Collection São Miguel, Renaissance Porto Lapa Hotel, Eurostars Lisboa Baixa e Convent Square Hotel.

O Verdelago Resort está nomeado na categoria “Sustentabilidade.

Por fim, o Grupo Vila Galé está nomeado na categoria de “Promotor do Ano”.

Os vencedores serão conhecidos a 16 de outubro, no Montes Claros – Lisbon Secret Spot, em Monsanto (Lisboa).

A votação online decorre no site dos prémios até dia 4 de outubro de 2023.

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Destinos

“Aproveitar vários eventos de golfe pode ter um enorme impacto para a indústria do turismo de um país”

Pela quarta vez a marca presença em Portugal, a International Pairs World Final 2023 colocou o seu “hole in one” em dois campos na região de Óbidos. Para Armandt Scholtz, Managing Director do International Pairs Golf, eventos deste tipo trazem oportunidades de negócios nos setores da hospitalidade, alimentos e bebidas, retalho, transporte, turismo, patrocínios, publicidade e serviços para eventos.

Victor Jorge

Que Portugal possui bons (ou excelentes) campos de golfe é algo que, habitualmente, se diz por aí. Mas ser escolhido para receber, pela quarta vez, em sete anos a final do International Pairs Golf eleva a fasquia para uma qualidade quase “imaculada”. Armandt Scholtz admite que Portugal “sempre forneceu um cenário excelente para o nosso evento, com os impressionantes campos de golfe, hospitalidade calorosa e cultura vibrante. Cada vez que temos a final em Portugal, recebemos o entusiasmo dos participantes e da comunidade local, tornando tudo numa experiência memorável para todos os envolvidos”.

O International Pairs World Final 2023 será realizado no Royal Óbidos Spa & Golf Resort e Bom Sucesso Resort. Qual a razão que vos fez escolher Portugal?
Portugal destacou-se como uma escolha excecional para a final do evento devido a vários fatores determinantes. Em primeiro lugar, Portugal estabeleceu-se como um destino de golfe de renome, atraindo entusiastas de todo o mundo. O país possui uma seleção notável de campos de golfe de alta qualidade, oferecendo diversas paisagens e layouts desafiadores que atraem jogadores amadores e profissionais.

Além disso, o compromisso de Portugal com o turismo de golfe e suas notáveis infraestruturas desempenharam um papel significativo na nossa decisão. O país investiu pesadamente no desenvolvimento de resorts e instalações de golfe de classe mundial, proporcionando uma experiência de golfe excecional para participantes e espectadores. O Royal Óbidos Spa & Golf Resort e o Bom Sucesso Resort exemplificam esta dedicação, oferecendo campos deslumbrantes, acomodações luxuosas e amenidades excecionais que criam uma experiência inesquecível para os nossos participantes.

O que traz, efetivamente, este evento a um país, neste caso, Portugal?
A International Pairs World Final não serve apenas como uma plataforma para mostrar a beleza de Portugal, mas também traz benefícios económicos, promocionais e culturais significativos para o país anfitrião.

Com a media envolvida, fornece uma plataforma para mostrar os campos de golfe, instalações e hospitalidade do país para participantes, patrocinadores e entusiastas do golfe em todo o mundo.

O fluxo de visitantes para o evento estimula a geração de empregos, aumenta a arrecadação de impostos e contribui para o crescimento geral da economia da região anfitriã. Ele cria um impacto positivo no turismo, nas empresas locais e no envolvimento da comunidade, ao mesmo tempo em que eleva a posição internacional do país no mundo do golfe. Portugal pode aproveitar este evento para mostrar os seus trunfos, atrair mais visitantes e promover o crescimento a longo prazo do turismo de golfe.

“O golfe tem uma importância significativa para o turismo e tem potencial para impactar fortemente a indústria”

Quantos jogadores e staff traz este evento para Portugal?
Segundo a nossa avaliação, esperamos 160 a 200 participantes, incluindo staff da final do evento.

Porque escolheram estes dois campos de golfe para a final do torneio?
A escolha do Royal Óbidos Spa & Golf Resort e do Bom Sucesso Resort, em Óbidos, para a International Pairs World Final foi motivada, principalmente, pela necessidade de acomodar o grande número de golfistas participantes. Dado o número significativo de jogadores envolvidos, seria um desafio acomodá-los todos num único local. Ao selecionar estes dois campos de golfe em Óbidos, conseguimos gerir eficazmente a participação de um grande número de golfistas, mantendo os elevados padrões e experiência excecional que caracterizam o torneio da International Pairs.

Royal Óbidos e Bom Sucesso oferecem vários campos de golfe de alta qualidade, ao utilizar vários campos, podemos gerir eficazmente a logística e garantir um bom fluxo de jogo durante todo o evento, proporcionando uma experiência de golfe excecional para todos os participantes.

A importância do golfe
Pela experiência anterior, qual a importância de um torneio como este para um destino como Portugal?
A organização de um torneio internacional de golfe de prestígio como a International Pairs World Final traz uma exposição e promoção significativas para Portugal como destino turístico. O evento atrai participantes, convidados especiais e a atenção da media de vários países, mostrando a beleza natural, o patrimônio cultural e a infraestrutura de golfe de classe mundial do país. Esta exposição ajuda a posicionar Portugal como um destino atraente e desejável tanto para os entusiastas do golfe como para os turistas em geral, incentivando-os a explorar o país para além do torneio.

E que oportunidades de negócio pode um torneio como este pode trazer a Portugal?
O torneio International Pairs traz oportunidades de negócios nos setores da hospitalidade, alimentos e bebidas, retalho, transporte, turismo, patrocínios, publicidade e serviços para eventos. Como golfistas amadores que procuram desfrutar da herança do país, estes eventos podem ser cativados pela beleza, cultura e infraestrutura de golfe de Portugal.

Isto pode despertar interesse em explorar oportunidades imobiliárias e também investir em propriedades para férias. Estas oportunidades permitem que as empresas locais capitalizem o evento, gerem receitas, mostrem os seus produtos e serviços e contribuam para o crescimento económico geral de Portugal.

Foto: Depositphotos.com

Esta não é a vossa primeira final em Portugal?
Não, esta não é a nossa primeira final em Portugal. O torneio International de Pairs teve o privilégio de sediar finais anteriores no Algarve de 2017-2019, e estamos muito satisfeitos por voltar a este belo país para a Final Mundial de 2023. Portugal sempre forneceu um cenário excelente para o nosso evento, com os seus impressionantes campos de golfe, hospitalidade calorosa e cultura vibrante. Cada vez que temos a final em Portugal, recebemos o entusiasmo dos participantes e da comunidade local, tornando tudo numa experiência memorável para todos os envolvidos. Estamos entusiasmados por continuar a nossa tradição de finais excecionais em Portugal e ansiosos por criar outro evento inesquecível em 2023.

“Estas oportunidades permitem que as empresas locais capitalizem o evento, gerem receitas, mostrem os seus produtos e serviços e contribuam para o crescimento económico geral de Portugal”

Que importância tem ou poderá ter o golfe para o turismo em Portugal?
O golfe tem uma importância significativa para o turismo e tem potencial para impactar fortemente a indústria. O golfe fornece uma plataforma para viajantes e participantes de eventos como a International Pairs World Final para experimentar as ofertas de um país que anteriormente não teriam ou não foram planeadas. Normalmente, os viajantes de golfe têm estadias mais longas durante as férias, para que tenham tempo de experimentar novos campos de golfe enquanto exploram o país.

Outra estatística interessante é que o golfe geralmente atrai turistas de “alto valor” que têm um rendimento disponível maior e estão dispostos a gastar um pouco mais durante as férias. Isso não só desempenha um papel importante na indústria do turismo de golfe, mas também no crescimento geral da economia de uma determinada região.

Na sua opinião, Portugal promove o golfe de acordo com a importância que este pode e deve ter para o país?
Aproveitar vários eventos de golfe, sejam profissionais ou amadores, pode ter um enorme impacto para a indústria do turismo de um país. Na minha opinião, Portugal tem vindo a promover ativamente o golfe e a reconhecer a importância que tem para o país. Ao longo dos anos, Portugal tem feito esforços significativos para se posicionar como um destino de golfe de primeira linha, apresentando os seus campos de classe mundial, paisagens deslumbrantes e hospitalidade excecional.

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Lufthansa expande voos para os EUA e alarga destinos servidos pelo A380

A Lufthansa anunciou a expansão de rotas para os EUA. Par ao próximo verão, a companhia aérea alemã terá três novas conexões e duplica os destinos a partir de Munique.

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A Lufthansa irá expandir os voos a partir de Frankfurt e Munique para os EUA no verão de 2024 com três novas conexões. A partir do próximo verão, a Lufthansa oferecerá um total de 27 destinos nos EUA. Minneapolis, Minnesota, e o Aeroporto Internacional Raleigh-Durham, na Carolina do Norte, são dois novos destinos a partir de Frankfurt. De Munique, a Lufthansa também voará pela primeira vez para Seattle. E, no verão de 2024, também de Munique, pela primeira vez, Joanesburgo e Hong Kong.

A partir de 4 de junho de 2024, a Lufthansa Airlines voará cinco vezes por semana ao longo do ano para a cidade de Minneapolis. Além disso, pela primeira vez, a Lufthansa adicionará Raleigh-Durham à sua programação de voos. É o segundo destino da companhia aérea na Carolina do Norte, depois de Charlotte. A partir de 6 de junho de 2024, a Lufthansa voará também cinco vezes por semana durante todo o ano para esta cidade que é particularmente interessante para viajantes de negócios.

No próximo verão, os passageiros da Lufthansa poderão, igualmente, escolher mais três destinos a partir de Munique. O Airbus A350 voará diariamente, pela primeira vez, para Seattle, a partir de 30 de maio de 2024. O voo para Munique complementa os voos diários existentes para Seattle a partir do hub da Lufthansa em Frankfurt, oferecendo assim opções de viagem adicionais para o estado de Washington. Resumindo, a Lufthansa duplica as frequências de voos para Seattle.

No que diz respeito aos voos com o A380, a Lufthansa irá duplicar o seu número de destinos no próximo verão. De Munique, os passageiros poderão voar para cinco rotas. Boston, Los Angeles e Nova York (JFK) estão de volta. Duas novas capitais serão adicionadas pela primeira vez: Washington, D.C. e Delhi. No total, a Lufthansa irá estacionar um total de seis Airbus A380 em Munique no próximo verão. Até 2025, a frota de A380 crescerá para oito aeronaves.

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Qatar Airways e a Xiamen Airlines lançam nova parceria de ‘codeshare’

A Qatar Aiways e a Xiamen Airlines possuem uma nova parceria, passando as duas companhias a ligar diversos aeroportos chineses a Doha.

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A Qatar Airways e a Xiamen Airlines anunciaram uma nova parceria de partilha de códigos, sendo esta a primeira companhia aérea chinesa a operar voos diretos de passageiros da China Continental para o Qatar. Nos termos do acordo de cooperação, a Xiamen Airlines irá lançar voos diários entre o Aeroporto Internacional de Daxing, em Pequim, e o Aeroporto Internacional de Hamad, a casa da Qatar Airways, com os seus modernos aviões Boeing 787-9.

Os voos, que terão início em 20 de outubro de 2023, chegam a Doha às 22:45 e partem às 02:00, proporcionando aos passageiros ótimas ligações aos principais mercados da rede global líder da Qatar Airways para além de Doha, no Médio Oriente, em África e na Europa.

Para além dos voos de Pequim, a Xiamen Airlines irá também lançar dois voos semanais de Xiamen, a zona económica especial da província de Fujian Sheng, para Doha. Os voos têm início a 31 de outubro de 2023 e oferecem a mesma ligação sem interrupções à rede da Qatar Airways que os voos de Pequim, chegando a Doha a partir de Xiamen às 05:00 e partindo ao início da noite, às 19:30.

A Qatar Airways efetuará a partilha de códigos nestes novos voos, o que reforçará consideravelmente a sua presença na China Continental, que inclui seis destinos com um total de 31 voos semanais operados pela Qatar Airways, seguidos de voos duplos diários para Hong Kong. Como parte do novo acordo, a Xiamen Airlines colocará o seu código de marketing nos voos da Qatar Airways de e para Pequim.

Os novos serviços diretos de Pequim para Doha serão operados por um Boeing 787-9 que apresenta uma configuração de duas classes para 287 passageiros, com 30 lugares em classe Executiva e 257 em classe Económica. O serviço Xiamen-Doha-Xiamen operado por um Boeing 787-8 acomodará 237 passageiros em três classes, com 4 lugares em Primeira Classe, 18 em Classe Executiva e 215 em Classe Económica.

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Azores Airlines aumenta oferta entre Madeira e América do Norte

A Azores Airlines anuncia ligações diretas entre o Funchal e Boston e entre Funchal e Toronto.

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A companhia aérea Azores Airlines anunciou duas novas ligações diretas, entre o Funchal e Boston e entre o Funchal e Toronto. Estas ligações juntam-se à ligação entre o Funchal e Nova Iorque, “uma aposta com excelentes resultados”, admite a empresa.

Os voos já se encontram disponíveis em sistema e os bilhetes podem ser adquiridos nos pontos de venda da companhia aérea (físicos e online) e em agências de viagens.

Os voos diretos entre o Funchal e Boston e Funchal e Toronto iniciam-se em junho e decorrem até setembro. Para além dos voos diretos a Azores Airlines, manterá a atual oferta de voos diretos entre o Funchal e Nova Iorque, bem como os voos para o Canadá (Toronto) com escala em Ponta Delgada.

Teresa Gonçalves, presidente do Grupo SATA, que visitou o Arquipélago da Madeira recentemente, salienta que o reforço da operação aérea entre a América do Norte e a Madeira surge no seguimento do sucesso da ligação já existente para Nova Iorque. Salientou, também, o sucesso da operação aérea Inter-Arquipélagos.

“Em 2023, a operação da Azores Airlines entre a Madeira e os Açores está a ser extremamente positiva. A aposta nos voos diretos entre a Madeira e a América do Norte resulta do sucesso da operação entre Nova Iorque e o Funchal” refere a presidente executiva da Azores Airlines.

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