Foto: Vânia Silva
Associação do Turismo de Aldeia lança projeto para classificar freguesias vinhateiras como “Aldeias de Portugal”
Projeto para agilizar o processo de classificação das freguesias de tradição vinhateira que pretendam ser reconhecidas como “Aldeias de Portugal” vai “impulsionar o potencial turístico dos territórios vinhateiros mais rurais”.
Publituris
Lufthansa faz mais concessões para aquisição da ITA
XLR8, D-EDGE e Guestcentric unem-se em evento no Porto
Antes da EuroPride em Lisboa, cidade do Porto recebe AGM da EPOA
Movimentação de passageiros nos aeroportos nacionais ultrapassa os 8,3 milhões nos dois primeiros meses
Proveitos no setor do alojamento continuam em alta em fevereiro
Albufeira marca presença na Nauticampo
Media Travel ganha torneio de bowling da Turkish Airlines e vai representar Portugal na Turquia
Alto Côa é a 11ª Estação Náutica certificada do Centro de Portugal
Grupo Air France-KLM mantém interesse na privatização da TAP
Nova edição Publituris Hotelaria: Entrevista a Elmar Derkitsch, diretor-geral do Lisbon Marriott Hotel
A Associação do Turismo de Aldeia (ATA) e a Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) vão assinar, na próxima quarta-feira, 1 de março, um protocolo para agilizar o processo de classificação das freguesias de tradição vinhateira que pretendam ser reconhecidas como “Aldeias de Portugal”, num projeto que vai “impulsionar o potencial turístico dos territórios vinhateiros mais rurais”.
Num comunicado enviado à imprensa, a ATA explica que este projeto tem o objetivo comum de preservar e promover “o património material e imaterial que é identitário da história e da cultura portuguesas, em particular no que se refere ao mundo rural e ao vinho”.
Gerida pela ATA, a marca “Aldeias de Portugal” conta atualmente com 49 aldeias classificadas em Portugal e este projeto pretende criar uma autêntica “via rápida para análise de candidaturas” por parte da ATA.
“Até aqui, essa entidade recebia a proposta de cada aldeia individualmente e só então iniciava a verificação dos pré-requisitos; com o novo acordo, passa a receber candidaturas previamente analisadas pela AMPV, o que logo na fase inicial do processo representará dossiês mais completos, sobre territórios que a organização vinhateira já terá validado relativamente a critérios como ruralidade, tradição agrícola e oferta gastronómica e vínica”, lê-se no comunicado divulgado.
Segundo Teresa Pouzada, presidente da ATA, essa “abertura a novos territórios e a candidaturas mais rápidas” é “encorajadora e estimulante” porque antecipa “o crescimento da comunidade representada por duas instituições que partilham dos mesmos valores, das mesmas ambições e da mesma paixão por aldeias tão únicas e especiais do panorama nacional”.
“Toda a oferta turística que explore as origens de um produto com esta boa reputação será certamente um fator de atratividade para o turista nacional e estrangeiro, e, nesse contexto, as freguesias vinhateiras poderão oferecer aos visitantes programas mais autênticos e genuínos sobre a vinha, a transformação da uva e as tradições relacionadas com matéria-prima e produto final”, acrescenta a presidente da ATA.
Já José Arruda, secretário-geral da AMPV e porta-voz dos 117 municípios que constituem essa estrutura, também reconhece “um potencial enorme à marca ‘Aldeias de Portugal’” e revela-se otimista quanto ao “contributo que este projeto com a ATA representa para a valorização dos territórios de baixa densidade”.
“Ao associarmos a este projeto a nossa recém-criada Rede das Freguesias Vinhateiras de Portugal e ao trabalharmos em conjunto, estamos a criar ainda mais potencialidades para a promoção do turismo de proximidade”, defende o responsável.
O projeto prevê também uma adesão significativa por parte dos territórios com tradição vinícola e, segundo José Arruda, é possível que se venham a candidatar a esta classificação entre 200 a 300 freguesias.
“Se no arranque deste processo os nossos atuais 117 municípios indicarem duas a três freguesias com tradição vitivinícola, só nesta fase inicial estaremos a falar de 200 a 300”, antecipa o responsável.
O projeto prevê também que as candidaturas apresentadas envolvam as comunidades locais, uma vez que, explica a ATA, a “oferta local de gastronomia, vinhos e outros produtos regionais é critério de avaliação na candidatura à classificação como “Aldeias de Portugal””.
As candidaturas vão ser avaliadas por uma comissão de especialistas, que vai avaliar ainda aspetos como “o estado de conservação do edificado local, o seu património histórico e cultural, a acessibilidade viária ao povoado e a oferta de atividades ligadas à agricultura e ao setor primário”.
“A ATA aprovará as aldeias que cumpram a maioria desses requisitos e evidenciem uma proporção adequada de fatores de atração turística, mas, independentemente disso, o que não poderá faltar ao processo é o comprometimento da população local numa missão de valorização que se pretende partilhada e integrada”, garante a associação.
Nessa perspectiva, as candidaturas vão implicar a constituição de um comité de representantes da aldeia, nomeadamente da câmara municipal e junta de freguesia, das associações locais, dos proprietários e comerciantes, e de outros agentes relevantes com participação ativa na vivência real da comunidade, cabendo a esse coletivo, segundo a ATA, “acompanhar todo o processo de classificação e fazer a devida ligação à restante comunidade”.
“Não adianta ter um projeto de valorização e desenvolvimento para uma aldeia se a população dessa mesma aldeia não tiver interesse nele nem se quiser envolver neste esforço comum”, conclui Teresa Pouzada.