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“A ideia de qualificar a experiência é hoje um objetivo global”

Em final de mandato, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, falou com o Publituris durante a FITUR 2023. Considerado “decisivo” para a região Centro, o mercado espanhol não é visto como concorrente, mas como um todo da Ibéria. A consolidação dar-se-á com o mercado doméstico, mas também com mercado emergentes e, fundamentalmente, com o crescimento dos EUA e a reabertura da Ásia. No final, é a “marca Centro de Portugal” que importa e que Pedro Machado deixa como legado.

Victor Jorge
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“A ideia de qualificar a experiência é hoje um objetivo global”

Em final de mandato, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, falou com o Publituris durante a FITUR 2023. Considerado “decisivo” para a região Centro, o mercado espanhol não é visto como concorrente, mas como um todo da Ibéria. A consolidação dar-se-á com o mercado doméstico, mas também com mercado emergentes e, fundamentalmente, com o crescimento dos EUA e a reabertura da Ásia. No final, é a “marca Centro de Portugal” que importa e que Pedro Machado deixa como legado.

Victor Jorge
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Depois de no início do ano ter afirmado que 2022 foi um ano “francamente positivo” para a região do Centro de Portugal, o Publituris esteve à conversa com Pedro Machado na FITUR 2023. O presidente da Turismo do Centro de Portugal admite que foi o mercado doméstico que permitiu recuperar para números de 2019, salientando que o grande desafio que a região tem frente passa pela “qualificação da experiência” e “consolidar aquilo que já foi feito”. De olhos postos em Espanha, mas não só, Pedro Machado frisa que o território “é absolutamente crítico” e considera ser fundamental “atrair mais investimento qualificado que nos permita manter esta leva de diferenciação da nossa oferta instalada”.

No início do ano fez um balanço relativamente a 2022 e perspetivou este ano de 2023, referindo que, relativamente ao ano passado, este foi “francamente positivo”. Os últimos dados do INE colocam a região do Centro basicamente senão acima dos números de 2019. Como atingiram estes números?
Primeiro, houve e há um trabalho de estruturação de produto que nos permite alargar a nossa oferta, sair dos produtos turísticos mais convencionais e, nalguns casos, com procura mais massificada para uma aposta crescente em novos segmentos, em novos nichos de mercado. Um turismo mais associado à natureza, um turismo mais ativo, mais ligado aos vinhos, mais ligado à arte urbana, mais ligado àquilo que, no fundo, são outras grandes tendências que o mercado nos está a pedir e que vem culminar um período de consolidação e confirmação daquilo que tinha sido a expectativa criada que era os espaços, destinos, marcas, territórios em que a segurança e a saúde são prioridade. E o Centro de Portugal tem essas características.

Responderam a uma tendência. Portanto, foram reativos ou também foram, de certa forma, proativos.
Reativos no que diz respeito à consolidação de produtos turísticos que já vínhamos a trabalhar e que estavam dentro do Plano Estratégico Nacional para o Turismo, o turismo de natureza, o turismo ativo. Proactivos na capacidade de podermos oferecer àqueles que queriam estes produtos complementaridades, o turismo religioso, a arte urbana, o enoturismo, o ecoturismo, que sabemos que são hoje prioridades absolutas para quem viaja, o Centro de Portugal tem essas características.

Em segundo lugar, consolidação e crescimento do mercado interno. Estas dormidas que citámos estarem em linha com 2019 e superar 2019, estão muito na consolidação do mercado nacional, do mercado doméstico. Ainda não recuperámos totalmente o mercado externo, nomeadamente o mercado de longa distância. Quando pensamos Fátima, cuja dependência substantiva da Coreia do Sul, da China, das Filipinas, da Tailândia, do Vietname, de todos esses países do Oriente, ainda não estão a reconquistados e, portanto, a consolidação e o crescimento faz-se, essencialmente, através do mercado interno, do crescimento e da sustentação do mercado interno e do alargamento para novos mercados. O caso dos Estados Unidos, o caso do Canadá, que têm hoje muito mais dormidas do que tinham em 2019, comparativamente, e que nos ajudam a compensar ainda a falta dos mercados brasileiro e dos mercados chineses.

O turismo massificado já não era e não é um problema em Portugal

A força do mercado doméstico
Os residentes tiveram melhor performance do que os não residentes?
O mercado doméstico cresce acima de 2019, é o mercado doméstico interno que nos permite recuperar 2019, e são mercados emergentes, mercados em crescimento como o caso dos Estados Unidos, do Canadá e outros que nos ajudam a recuperar o mercado internacional e a compensar ainda aquela não recuperação dos mercados asiáticos.

Mais quais são os mercados chave neste momento?
Neste momento o Centro de Portugal tem no seu Top 5, Espanha e, por isso, a nossa aposta estruturada, consolidada na FITUR de Madrid, e, depois, num conjunto de ações que desenvolvemos ao longo do ano noutras feiras de Espanha. A seguir temos a França, não podemos escamotear que França, Espanha e Itália foram, durante muitos anos, os três mercados tradicionais. Em 2019, o Brasil destrona a Itália e passámos a ter Espanha, França, Brasil e depois a Itália. E em 2022 percebemos que há mercados que estão entre o quinto e o sexto lugar, como é o caso dos mercados dos Estados Unidos e de outros mercados. Portanto, significa que neste Top 5, hoje, podemos dizer que Espanha, França, Brasil, Estados Unidos, Itália são os nossos mercados prioritários.

E espera alguma flutuação ou variação para 2023?
Espero e por duas ordens de razão. Se virmos as projeções para 2023, temos na Europa dois países com crescimento francamente positivo: a Irlanda e a Noruega. Não são mercados muito decisivos para o Centro Portugal. Temos muitos mercados com crescimento até os 1%, onde estão a Espanha, a França, e temos mercados, como é o caso da Índia, com 6% de crescimento, ou caso da China, com 4% de projeção de evolução, que nos vão abrir portas novas. Não tenho nenhuma dúvida sobre isso.

Portanto, a ideia de procurarmos hoje mercados de crescimento consolidados, mercados emergentes, apostarmos mais nos mercados emergentes como, por exemplo, o caso da China, têm uma forte relação com produtos como aqueles que nós temos, como é o turismo cultural e o turismo religioso.

Os desafios
Vou citá-lo novamente relativamente às perspetivas do ano turístico 2023, em que afirmou que “o tecido económico está em franca recuperação e a preparar-se devidamente para os desafios 2023”. Que desafios são esses?
Essencialmente, qualificação da experiência. É o grande desafio que temos pela frente, nós destino e os agentes económicos. A ideia de qualificar a experiência é hoje um objetivo global, porque qualificar a experiência significa sermos capazes de respeitar uma agenda que é incontornável da sustentabilidade, a eco agenda. Não é um desafio, é uma condição. Portanto, nós percebemos que, do ponto de vista da estruturação dos mercados e, sobretudo, da preferência dos consumidores, é decisivo destinos cuja experiência seja amiga do ambiente, que trabalhe a descarbonização, que diminua a pegada ecológica, que tenha a economia circular. Estes aspetos estão, hoje, na panóplia da preferência dos grandes mercados e dos mercados internacionais.

O segundo grande desafio é crescer em valor E crescer em valor significa que a qualificação da experiência deve, em primeiro lugar, satisfazer quem nos visita; em segundo lugar, somar, subir o valor pago para acabarmos também, de uma vez por todas, com aquela perceção que existe, que somos um país muito simpático, bom clima, boa gastronomia, grande hospitalidade, relativamente barato.

Nós vamos ter que deixar essa condição para termos uma economia verdadeiramente sustentável. Não é apenas sustentável do ponto de vista ambiental, também é do ponto de vista económico.

Qualificar a experiência e crescer em valor, esses são, para mim, os dois grandes desafios.

O território é absolutamente crítico

Em 2021 e 2022, foi possível ver, ouvir, ler várias, várias campanhas do Centro de Portugal. De certa forma, os resultados que o Turismo do Centro obteve, em 2022, foram fruto dessas campanhas?
Temos três indicadores fortes que nos permitem, nuns casos, podermos de alguma forma estimar o resultado, noutros casos, mensurar. Mensuramos nas dormidas reais, mensuramos nos rendimentos que temos e, objetivamente, o Centro de Portugal cresce em 2022. O país cresce, o Centro de Portugal também cresce, cresce substantivamente em rendimento, sobretudo.

Depois temos um crescimento da perceção da marca e essa perceção da marca é muito avaliada naquilo que são as preferências daqueles que escolhem o Centro Portugal para virem passar as suas férias. Vimos isso no mercado interno, vimos isso com novos mercados emergentes. Portanto, o que significa que nós, de alguma forma, o investimento que fizemos nas várias mensagens de campanhas ininterruptas. E aqui o Centro de Portugal, tem, diria, duas diferenças, grosso modo, comparativamente com aquilo que eu vejo noutras regiões. Nós estabilizamos o nosso processo de comunicação de 1 de janeiro a 31 de dezembro, ou seja, quando lançamos a primeira campanha a 1 de janeiro, já sabemos o que é que vamos fazer durante os 12 meses do ano e como é que vamos terminar o ano com as mesmas campanhas, havendo um fio condutor.

Portanto, não estão à espera do resultado de uma campanha para começar outra?
Este ano a campanha tinha a assinatura “Um destino e tanto”, tanto mar, tanta natureza, tanta gastronomia, tanta saúde, tanto bem-estar, tanto para visitar. Portanto, nós somos coerentes e consistentes no nosso processo de comunicação, porque achamos que é esse o caminho. Em segundo lugar, porque isso permite dar previsibilidade também aos nossos operadores. A ideia de que os nossos operadores, os nossos empresários, os nossos responsáveis, os nossos stakeholders do turismo, sabem que têm, da parte da Turismo Centro de Portugal, uma previsibilidade sobre o planeamento dos eventos, o planeamento dos certames e um planeamento da comunicação.

Pedro Machado com o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, e secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, na FITUR 2023

E para 2023 está pensada alguma nova campanha?
Em 2023, queremos, naturalmente, consolidar aquilo que já foi feito. Esse é um processo ininterrupto que todos os anos seguimos e a equipa tem instruções muito claras para isso. O nosso processo de comunicação implica consolidação. Portanto, não temos saltos qualitativos na nossa comunicação, nem temos saltos qualitativos naquilo que é o discurso e narrativa da Turismo Centro de Portugal.

O que é que nós fazemos? Procuramos consolidar aquilo que já é conhecido e trazermos algumas novidades.

Quais as apostas para 2023 e porque viemos a Madrid e estaremos em Düsseldorf [feira BOOT]? Uma fortíssima aproximação ao produto Mar. A ideia de reforçarmos a nossa relação com o mar, a ideia das nossas rotas turísticas e as nossas estâncias náuticas terem aqui um papel de cumulativo em relação àquilo que é a oferta dos anos transatos. Arte, Cultura, Aveiro é cidade capital portuguesa da Cultura 2024. Nós vamos trazer camadas novas para aquele processo que consolidou em 2022 e que, consideramos nós, tem as condições necessárias para permitir continuar o crescimento em 2023.

Estruturar a oferta
Falou na estruturação da oferta, passando pelo turismo industrial, por exemplo, pelo ecoturismo, pelo enoturismo, turismo religioso, a arte urbana, entre outros. Sem essa (re)estruturação e essa diversificação seria possível ter recuperado da mesma forma em 2022?
É difícil de avaliar com base em projeções. Aquilo que nós sentimos é, ponto 1, o mercado espanhol. Nós sabemos que o mercado espanhol tem quatro grandes preferências sobre Portugal: a gastronomia e os vinhos, a nossa cultura e a nossa história, a nossa hospitalidade e a nossa natureza. É claríssimo para nós e para os espanhóis que estes quatro itens, estes quatro segmentos, estas quatro ofertas turísticas, são ofertas que consolidam o mercado espanhol. Mas o mercado asiático, por exemplo, a nossa relação com a Coreia do Sul, a nossa relação com a China, com a Tailândia, com o Vietname, com as Filipinas, é uma relação na área do turismo religioso.

Por isso, procuramos consolidar a nossa oferta em turismo religioso. Mas também sabemos, por exemplo, que os nómadas digitais e outros segmentos da procura hoje querem produtos diferentes. Aquilo que é, no fundo, o nosso expertise, partindo de uma boa base que a Turismo Centro de Portugal construiu o seu observatório dinâmico, é um observatório que liga os seis Institutos Politécnicos às três Universidades e muitas das empresas do Centro de Portugal, no sentido de perceber estas tendências, perceber as características de quem nos está a visitar e sermos capazes de responder a isso.

Mas o mercado está mais segmentado?
Do meu ponto de vista, sim. Nota se que nós hoje temos mais mercados de nicho. O turismo massificado já não era e não é um problema em Portugal. Acho que é uma falsa questão. Discutir Portugal como um destino de turismo massificado é uma falsa questão. Existem, de facto, destinos que têm uma fortíssima procura muito associada, por exemplo, ao turismo das city breaks, ao turismo urbano nalguns pontos do país, mas esmagadoramente não é essa a tendência de Portugal. Portugal tem muito para crescer.

O que é que me parece? Quando nós hoje olhamos para as três gerações que em 2030 vão ter 50 anos, a geração X, a geração Y, a geração Z, estas gerações têm preferências distintas daquelas que nós oferecemos nos últimos 20 anos. Estas gerações estão disponíveis para alterar o seu destino de férias se a proposta de valor for amiga do ambiente. Estão disponíveis para gastar menos na viagem e mais no destino. Estão disponíveis para terem experiências mais imersivas nas culturas locais. A questão da ética, a questão da inovação são novos problemas que existem ou novas aspirações, novas expectativas. E é para aí que nós temos que conduzir o nosso saber fazer.

E o destino tem de redefinir a estratégia para se aproximar dessas tendências?
Claramente, mas há um trabalho que não está feito, que está a ser feito, não está acabado, e que passa muito por um conjunto de novos parceiros que estão ligados à causa do turismo. Quando olhamos para as comunidades intermunicipais, os municípios e outras associações de desenvolvimento que estão hoje viradas para o turismo, percebemos que é preciso este trabalho de estruturação e, sobretudo, desta agenda global chegue também à base do território. O território é absolutamente crítico. Primeiro, porque os recursos são finitos. Segundo, porque há mais entidades e há mais organismos a fazerem promoção. E terceiro, porque nós sabemos que o cliente final importa pouco quem faz essa promoção, importa muito que tipo de produto lhe que está a ser oferecido e o disposto que está a pagar. E por isso, este trabalho tem de ser.

Quando falou das perspetivas para 2023 também falou num “novo” produtos para a Turismo do Centro de Portugal: o golfe. Está a assumir uma tendência cada vez maior?
O golfe tem duas variáveis particularmente importantes. Por um lado, há investimentos a consolidar no Centro de Portugal. Normalmente, a nossa oferta de golfe está muito concentrada na nossa região Oeste, sobretudo os campos que estão em Torres Vedras, Óbidos, mas depois também um episódio que temos em Viseu e, portanto, estes campos de golfe são, de facto, uma oferta do Centro de Portugal.

Os campos de golfe estão em crescimento, em consolidação e estão, segundo os dados que recolhemos, por exemplo, na preferência de muitos jogadores em 2023, mais do que tínhamos em 2022. À data de hoje [19 de janeiro], temos nas perspetivas de reserva de 2023 face ao período homólogo, mais reservas, o que significa que os jogadores de golfe do centro da Europa do norte da Europa estão a fugir do perímetro da insegurança e estão a procurar destinos a Sul.

E há sazonalidade nessa procura?
Sim, ainda há sazonalidade que precisamos de combater. Aliás, estaremos com a Federação de Golfe Espanhola, num evento aqui em Madrid, a reforçar a nossa ligação aos campos de golfe do Oeste, exatamente puxando e dinamizando aquilo que é uma oferta que tem tudo para crescer, porque está muito em linha com aquilo que são todas as apetências dos novos consumidores.

Espanha, mas não só
Na FITUR foi apresentada a primeira Estratégia do Turismo Transfronteiriço 2022-2024 entre Portugal e Espanha. De que forma é que a Turismo Centro de Portugal pode beneficiar desta estratégia?
Há três níveis, desde logo naquilo que é um trabalho que temos vindo a desenvolver. Começámos em 2017, a primeira apresentação na FITUR, era ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, quando lançámos o primeiro projeto de cooperação transfronteiriça Centro de Portugal, Alentejo, Extremadura. Desse projeto, desenvolvemos um conjunto significativo de ações em mercados ibérico e em mercados internacionais.

Segundo, porque esta agenda da cooperação transfronteiriça vai-nos permitir alargar este leque. Trabalhámos com o Alentejo e com a Extremadura, trabalhámos com o Porto e Norte e com a Castilha Leão e, eventualmente, também com a Galiza. Quer do ponto de vista de projetos POCTEP, quer de projetos como o NAPOCTEP, quer o que já fizemos com as Rotas Napoleónicas ou o que estamos a lançar para 2023, por exemplo, com as Rotas Gastronómicas de Carlos V.

Terceiro, porque há uma agenda, que é uma agenda que o turismo não pode ficar alheado quando pensamos a mobilidade e a acessibilidade que vai ser trabalhada nesta conferência, no nosso caso, do IC 31, é particularmente critica a nossa ligação com Moraleja. Há uma agenda do ciclo da água. Lembrar que o Douro e o Tejo nascem em Espanha e tem implicações com aquilo que é a nossa relação com Espanha num produto essencial que é a água. E Portugal, em 2021 e 2022, sofreu muito com a questão da gestão do ciclo da água. E há uma agenda da sustentabilidade dos destinos que é incontornável.

Portanto, a mobilidade, seja ao nível da ferrovia, ao nível daquilo que é a rodovia, a agenda da sustentabilidade que passa pelo ciclo da água e tem de passar, por exemplo, pela questão da gestão da floresta ou, eventualmente, o reforço da cooperação, são três eixos que estão nesta agenda da cooperação transfronteiriça.

Nós temos essa boa experiência. Lembro-me que em 2018, no nosso Fórum do Turismo Interno, o primeiro-ministro, já António Costa, veio da Feira Ibérica da Guarda diretamente para Leiria encerrar o nosso “Ver Portugal” onde já tínhamos a participação da Extremadura e de Castilha e Leão no nosso fórum. Portanto, é um trabalho de proximidade por duas ordens de razão. Primeiro, a Ibéria é um mercado muito próximo que permite usufruir de uma procura interna consolidada e substantiva ao longo dos 12 meses do ano. 10 milhões de portugueses com perto de 50 milhões de espanhóis dá um mercado extraordinário. Se somarmos os estrangeiros que entram na Península Ibérica, falamos da maior placa turística do mundo. Falamos em quase 200 milhões de consumidores.

Falta-nos continuar um caminho de consolidação e de reforço da captação de investimento

Há que trabalhar mais esse conceito ibérico e não tanto Portugal e Espanha?
Do meu ponto de vista, sim. Nós fazemo-lo com esta cooperação transfronteiriça trabalhamos muito o conceito “dois países, três regiões, um destino”.

Neste momento, acho que nada pode impedir, não é isso que nos vai, digamos, minimizar nem nos vai debilitar na nossa estratégia. Desde logo, na disputa do mercado interno, do mercado doméstico, 10 milhões de portugueses contra 50 milhões de espanhóis, teremos de ter sempre saldo positivo para Portugal.

Que importância tem o mercado espanhol?

Decisivo. O primeiro mercado absoluto para o Centro de Portugal, mais de um milhão de dormidas, turismo ao longo do ano, turismo de proximidade, turismo de valorização do interior.

E sentem um crescente interesse por parte dos operadores espanhóis relativamente ao Centro de Portugal?
É muito notório porque hoje, quando pensamos em viajar ou pensamos em fazer viagens de curta distância, Portugal é a escolha óbvia dos espanhóis. Não só o Centro, o Alentejo, Porto e Norte, também Lisboa, seguramente, e o Algarve. Nós somos países vizinhos, temos contiguidade geográfica, temos afinidade cultural, temos compreensão linguística e temos depois produto turístico. O que significa que somos o destino óbvio dos espanhóis.

Há outro fator importante a ter em conta que é Portugal deixar de ser conhecido como um destino barato. No entanto, esta conjuntura de crise económica, inflação, está a levar a um aumento de preços por parte de todos os stakeholders. Teme que isso possa prejudicar a perceção do destino Portugal ou é uma coisa que tem de acontecer e é percetível globalmente?
É conjuntural e, portanto, infelizmente para nós e para o mundo, não é apenas Portugal que está hoje limitado a ter que se confrontar com uma inflação galopante, com um problema de segurança internacional e com um cuidado acrescido no que diz respeito às medidas de precaução em relação à saúde. É global. Portanto, o mundo sabe que é assim e, por isso, Portugal continua, do meu ponto de vista, comparativamente bem posicionado e, do ponto de vista daquilo que são os preços que pratica, muito em conta com aquilo que é o poder de compra das outras economias. Quando há pouco falámos das previsões e vemos uma Índia a crescer 6%, uma China a crescer 4% e uns Estados Unidos a crescer 1%, sentimos que são economias muito fortes.

Segundo, cada vez mais um turismo alavancado num poder de compra com maior esperança de vida, o turismo sénior, e com mais elevado poder de compra. O que significa que, sendo nós como somos, um destino privilegiado pela hospitalidade, pelo clima, pela gastronomia, estamos cada vez mais em linha com um dos segmentos do futuro. O “Sénior Tourism”, no fundo, a idade dos nossos turistas, por força de uma longevidade daquilo que é hoje a constatação da vida humana, por força de essa longevidade apontar para segmentos de mercado que estão na reforma e que têm, digamos, amealhado e acumulado ao longo da sua vida, poder de compra, isso faz com que Portugal continue a ser procurado.

Pedro Machado com SETCS, Nuno Fazenda; ministro da Economia, António Costa e Silva; ministra do Turismo de Espanha, Reyes Maroto; Embaixador de Portugal em Espanha, João Mira Gomes; presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo; e presidente do TPNP, Luís Pedro Martins, no final da apresentação da Estratégia Transfronteiriça Portugal Espanha na FITUR 2023

Um Centro ligado
Falou, também, num aspeto basilar para o sucesso do turismo em Portugal que é a conectividade. As ligações existentes, neste momento, são suficientes para suportar o crescimento do turismo na região Centro?
Nós beneficiamos daquilo que são duas portas de entrada, os aeroportos do Porto e de Lisboa, e de uma ligação rodoviária através da Espanha e da França para a Europa e para o mundo. Temos hoje consciência que há companhias aéreas, ainda agora há companhias que estão a viajar para Telavive, que vão abrir dois voos semanais para o Porto, vêm muito em linha de conta com também um dos nossos produtos, que é o turismo judaico, o turismo religioso. Acredito que a data de hoje existe oferta suficiente para podermos continuar este trabalho de crescimento. Admito que, com as projeções que são publicadas, que o nosso Aeroporto Internacional de Lisboa tenha limitações no curto prazo. Julgo que é possível ainda explorar mais e melhor o nosso Aeroporto Sá Carneiro, que serve a nossa região Centro.

Agora, não podemos escamotear a ligação rodoviária e muito particularmente a ferrovia. Diria que Portugal, nesta sua ambição de um país pequeno, que aposta numa agenda da sustentabilidade, do meu ponto de vista, o investimento que está a fazer e a projeção em relação aquilo que é o aeroportuário deveria considerar em complemento, não em alternativa, em complemento, a possibilidade do desenvolvimento de uma estratégia europeia da ferrovia assente na mobilidade suave.

Os três grandes problemas estruturais estadia média, sazonalidade e rendimento são indicadores onde ainda temos muito trabalho para fazer

Quais são os maiores receios no que toca ao turismo global e, particularmente, ao turismo no Centro de Portugal?
Claramente, aquilo que são hoje os três “fantasmas da sala”. Falamos na questão da segurança e no facto de uma guerra estúpida como aquela que assistimos se prolongar no tempo.

Já se deixou de pensar na pandemia?
A pandemia, tínhamos deixado de pensar, percebemos agora com aquilo que aconteceu com a Itália, que está a acontecer com a Espanha em relação à China, não nos deve descansar. Por isso, sim, há um novo normal, sim, temos de nos habituar a viver de acordo com aquilo que são as boas regras em relação àquilo que é a prevenção e o adequado tratamento que temos que dar ao processo da pandemia. Mas não está afastada de todo.

Somada uma inflação galopante, mas a ser verdade que o Banco Central Europeu, a partir do primeiro semestre, baixe as taxas de juro, julgo que assistiremos a condições favoráveis.

O que é que falta à Turismo do Centro fazer?
Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares. Falta-nos continuar um caminho de consolidação e de reforço da captação de investimento. Isto é, nós temos hoje extraordinárias condições, precisamos de atrair mais investimento qualificado que nos permita manter esta leva de diferenciação da nossa oferta instalada.

Falta-nos, de facto, tratar uma questão crítica que nos tem assolado nos últimos anos, os grandes incêndios de 2017 e 2022.

O Centro de Portugal ficou “manchado”?
Diria que ficou marcado, porque um processo de recuperação, por exemplo, da Serra da Estrela 2022 demora meses, senão um ou dois anos até, pelo menos, o coberto vegetal disfarçar aquela realidade cinzenta e negra que lá temos. Falta haver na política pública, de facto, medidas efetivas e que passam pelo cadastro da floresta, pela gestão da silvicultura, pela gestão do ciclo da água e muitos outros.

Essas são duas componentes da política pública que precisamos de continuar a trabalhar. Obviamente, eu não diria que nos falta, neste caso, é continuarmos a ter a confiança dos empresários, a resiliência e a confiança dos empresários para fazer desta região aquilo que ela já é hoje, uma aposta certa para o mercado nacional e o seu caminho de crescimento nos mercados internacionais.

Numa recente entrevista com o ministro do Turismo da Jordânia, este admitiu na forte possibilidade de se deslocar a Fátima no segundo semestre de 2023, para, de certa forma, iniciar uma colaboração mais estreita entre a região do Centro, de Fátima com a Jordânia. Como é que olha para este facto?
Fátima não foi durante muitos anos, nomeadamente pelo Turismo de Portugal, interpretada como um dos nossos produtos e marcas de grande afirmação internacional. Fátima tem hoje manifestações físicas e culturais em dezenas de países espalhados pelo Oriente e pelo Ocidente. A Coreia do Sul tem 25 milhões de católicos, a sua relação é claramente com Fátima. Os brasileiros têm uma relação extraordinária com Fátima. Por isso, é muito natural, até fruto até do trabalho que temos vindo a realizar, os workshops do Turismo Religioso de Fátima, de fevereiro-março, já são, pela nona vez, o maior workshop europeu de turismo religioso.

Percebe-se que é um segmento de mercado que está em crescimento e é, por isso, gratificante e simultaneamente desafiante que o senhor ministro da Jordânia tenha feito esta afirmação, porque vem, no fundo, ao encontro daquilo que durante anos fizemos sozinhos, que agora fazemos em conjunto e que também é uma aposta de Portugal.

Pelas contas, acaba o mandato este ano. Olhando para trás, o que é que deveria ter feito que não fez e o que é que fez que não deveria ter feito?
Ainda não é tempo de balanço, mas podemos tirar já algumas ilações. O que devia ter feito, julgo que fiz. Eventualmente, podia ter feito mais e melhor do que aquilo que eu já consegui fazer. E isso está expresso hoje numa consciência de marca que o Centro de Portugal é e que à data não era, nos números que temos vindo a atingir, seja no número de dormidas de proveitos, seja na estatística, seja na consciência da marca. Portanto, aquilo que eu devia ter feito e consegui fazer foi criar uma verdadeira consciência de marca Centro de Portugal, para dentro e para fora. Para dentro, para os agentes, para os stakeholders, para os operadores turísticos, para perceberem que estavam e estão numa região que está em crescimento, que se pode afirmar inter-pares e nalguns casos até pode ser uma região de referência do ponto de vista do mercado doméstico e do mercado internacional.

Segundo, fiz e podíamos fazer ainda mais ainda, nesta aproximação em relação aos agentes públicos que hoje tratam o turismo. A questão da ligação das comunidades intermunicipais, a questão dos municípios e dos agentes económicos, nós construímos, em 2014, o primeiro grande projeto financiado em fundos europeus chamado “Produtos Turísticos Integrados” que fez com que a região pudesse aceitar e tratar aquilo que é política pública com os interesses económicos privados e daí resultar uma equação positiva.

O que é que ainda não fui capaz de fazer e, provavelmente, não serei capaz de o concretizar? Eventualmente, sermos uma região que, do ponto de vista, sobretudo internacional, sobretudo ao nível daquilo que são os grandes mercados, à exceção de alguns segmentos de mercado, possa hoje almejar amanhã ter uma rentabilidade maior. Falta-nos aumentar o preço do rendimento, o nosso RevPAR, falta-nos conseguir ultrapassar uma sazonalidade que ainda hoje é marcante no Centro de Portugal, falta-nos aumentar uma estadia média que ainda hoje é possível melhorarmos no Centro de Portugal.

Para mim, os três grandes problemas estruturais estadia média, sazonalidade e rendimento são indicadores onde ainda temos muito trabalho para fazer.

Na recente edição do WTM Londres, o secretário-geral da OMT, considerava que os responsáveis, tanto nacionais como locais, tanto privados como públicos do turismo devem deixar um legado. Qual é o legado deixado por Pedro Machado?
A marca Centro de Portugal!

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“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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“Vê-se mesmo que são do Norte” ganha bronze nos New York Festivals

A mais recente campanha do Turismo do Porto e Norte “Vê-se mesmo que são do Norte” foi premiada com bronze nos New York Festivals TV & Film Awards, na categoria Filmes de Turismo.

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“Esta campanha é a prova de que realmente há muito para ver no Porto e Norte de Portugal”, diz Luís Pedro Martins, presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP), a propósito do prémio (bronze) ganho pela mais recente campanha do Turismo do Porto e Norte “Vê-se mesmo que são do Norte” nos New York Festivals TV & Film Awards, na categoria Filmes de Turismo.

“Este é um destino com paisagens inigualáveis, gastronomia única e uma enorme riqueza cultural. Mas o que realmente faz a diferença é a autenticidade e generosidade das gentes do Norte. São as pessoas que transformam o Porto e Norte num destino memorável”,  afirma Luís Pedro Martins, presidente do TPNP, lembrando que vários são os filmes promocionais lançados pela organização que têm merecido diversos prémios internacionais.

O filme tem assinatura da CAETSU TWO e é produzido pela LOBBY PRODUCTIONS. Conta, também, com a voz-off de Pedro Abrunhosa. Os vencedores foram anunciados no evento digital Storytellers Gala, que distingue as melhores marcas e contadores de histórias de todo o mundo.

O filme foi apresentado publicamente em simultâneo com a nova marca do Turismo do Porto e Norte, que remete para a origem e o original da região, para a fundação da nação e para todo o património único, material e imaterial, transversal aos quatro subdestinos, que, distinguindo-se pelas suas especificidades, formam um todo indivisível.

Além do prémio, a campanha “Vê-se mesmo que são do Norte” também garantiu pontos para o Ranking CIFFT, que reúne os vídeos e campanhas turísticas mais premiados do ano e é responsável por consagrar os Melhores Filmes de Turismo do Mundo.

Com um painel composto por produtores executivos premiados, jornalistas, realizadores de documentários, diretores e argumentistas de duas dezenas de países, os New York Festivals TV & Film Awards celebraram as narrativas inovadoras e a diversidade de conteúdos criados por contadores de histórias visionários, para audiências globais, em todas as plataformas de visualização.

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Macau regista mais de 8,8 milhões de visitantes no primeiro trimestre do ano

Macau registou a entrada de mais de 8,8 milhões de visitantes no primeiro trimestre do ano, mais 79,4% face ao período homólogo de 2023, indicam dados divulgados.

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Este número de entradas de visitantes (8.875.757) representa uma recuperação de 85,7% em relação a igual período de 2019, último ano antes da pandemia da covid-19, de acordo com um comunicado da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

No primeiro trimestre do ano, o número de entradas de excursionistas (4.791.721) subiu 107,5% e o de turistas (4.084.036) 54,8%, em termos homólogos.

A maioria dos visitantes entre janeiro e março continua a ser da China: 6.291.912, ou mais 94,3%, em termos anuais, sendo que destas entradas 3.469.957 eram de visitantes com visto individual (+68,3%), referiu a DSEC.

Depois de três anos de rigorosas restrições devido à pandemia da covid-19, o território reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 08 de janeiro de 2023.

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Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024

Um dos maiores eventos de Management e Marketing da Europa reunirá mais de 3.500 quadros médios e superiores para refletir sobre o Futuro das Organizações

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De 2 a 4 de julho de 2024, o QSP SUMMIT está de volta sob o mote ‘Rethinking Organizations’. Com foco nas organizações e no futuro do trabalho, mais do que nunca, é tempo das organizações refletirem sobre inovação, adaptação e transformação.

Mediante um leque abrangente de tópicos a serem explorados em torno da temática principal ‘Rethinking Organizations’, desde a importância crescente da agilidade, liderança, gestão de talento e cultura organizacional, até a questões de inovação, o impacto da IA no mundo do trabalho e as grandes tendências do futuro em certas áreas de negócio. Serão ainda alvo de debate alguns tópicos essenciais, entre eles: a importância da estratégia e da data, as tecnologias de integração de equipas, o reskilling e upskilling das equipas, o bem-estar organizacional, e outras matérias de interesse.

Entre as primeiras novidades está Linda Hill, professora da Harvard Business School e etnógrafa americana com uma carreira distinta, especialista em desenvolvimento de liderança e inovação, mas mais nomes como Costas Markides – Professor de de Estratégia e Empreendedorismo, o especialista em tendências Rohit Bhargava, a data expert Christina Stathopoulos, entre outros, já foram anunciados. No total, o evento contará com aproximadamente 98 gurus, especialistas e profissionais das mais diversas áreas.

O QSP SUMMIT conta também com uma área de exposição com mais de 130 marcas envolvidas e apresenta novos palcos este ano, adicionando mais sessões e novas áreas de partilha de conhecimento.

Para mais informações ou aquisições de passes, pode consultar o website oficial do evento, em www.qspsummit.pt.

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Aeroporto Internacional de Hamad é o “Melhor do Mundo”

Além de ter sido considerado como “Melhor Aeroporto do Mundo” nos Skytrax World Airport Awards de 2024, o Aeroporto Internacional de Hamad também foi reconhecido como “Melhor Aeroporto do Mundo para Compras” pela segunda vez consecutiva e “Melhor Aeroporto do Médio Oriente” pelo décimo ano consecutivo.

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O Aeroporto Internacional de Hamad (DOH) garantiu novamente a sua distinção como o “Melhor Aeroporto do Mundo” nos Skytrax World Airport Awards 2024, atribuídos na Passenger Terminal Expo 2024 em Frankfurt, Alemanha. O aeroporto também conquistou o título de “Melhor Aeroporto do Mundo para Compras” pela segunda vez consecutiva e de “Melhor Aeroporto do Médio Oriente” pelo décimo ano consecutivo.

O reconhecimento do Aeroporto Internacional de Hamad baseia-se em avaliações meticulosas efetuadas por passageiros de companhias aéreas. Estes avaliaram o desempenho do aeroporto em vários indicadores-chave e elegeram-no como o melhor do mundo entre um grupo com mais de 500 aeroportos concorrentes a nível mundial.

Badr Mohammed Al-Meer, CEO do Grupo Qatar Airways que liderou o desenvolvimento e crescimento do Aeroporto Internacional de Hamad durante a última década, considera que este feito é “um testemunho da dedicação da nossa equipa e dos nossos parceiros, que contribuíram para proporcionar aos passageiros a melhor experiência de viagem”.

Badr Mohammed Al-Meer sublinhou, de resto, a importância de compreender as necessidades dos passageiros e a evolução das tendências de viagem. “No centro da nossa estratégia de crescimento estão os passageiros, a evolução das suas necessidades e o nosso empenho em satisfazer e exceder as suas expectativas. Introduzimos uma série de experiências no aeroporto, incluindo o ‘Souq Al Matar’, que aproxima os viajantes da hospitalidade e da cultura do Qatar, o ‘Orchard’, local ideal para relaxar e repor energias entre voos, e um conjunto de lounges de luxo. Continuamos empenhados em superar os padrões da indústria para manter a nossa posição como o principal aeroporto do mundo.”

O Aeroporto Internacional de Hamad serviu mais de 45 milhões de passageiros, em 2023, correspondendo a um aumento de 31% em comparação com o ano anterior, ultrapassando o impulso que havia sido estabelecido durante o Campeonato do Mundo da FIFA. O aeroporto também deu as boas-vindas a novas companhias aéreas parceiras, incluindo a Vistara, Iberia, Xiamen Airlines, Garuda Indonesia e Japan Airlines, e serve mais de 250 destinos, incluindo voos de passageiros, de mercadorias e charter.

À medida que o Aeroporto Internacional de Hamad se aproxima do seu 10.º ano de operações, os responsáveis preveem um 2024 “cheio de atividade”. Os planos incluem o acolhimento de novas companhias aéreas parceiras, a melhoria das ligações e o apoio aos esforços do Qatar para receber diversos eventos globais. Comprometido com a Visão Nacional do Qatar para 2030, o Aeroporto Internacional de Hamad tem como objetivo aumentar os esforços de sustentabilidade através de investimentos em novas tecnologias e de iniciativas pioneiras no setor, solidificando ainda mais a sua posição como líder na indústria da aviação.

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Grupo SATA com sistema braille a bordo

Com a adoção deste novo sistema, o grupo SATA pretende proporcionar viagens mais inclusivas e tranquilas para todos os passageiros.

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A companhia aérea Azores Airlines passou a disponibilizar a bordo das suas aeronaves folhetos de segurança em Sistema Braille e aposta na formação em língua gestual portuguesa. Estas iniciativas fazem parte do “Programa SATA Inclusiva” que tem como objetivo proporcionar a melhor experiência de viagem a todos os passageiros, garantindo o seu conforto e segurança.

Os folhetos em braille indicam os procedimentos que devem ser adotados em caso de emergência e serão entregues pela tripulação de bordo aos passageiros com deficiência visual. Estarão disponíveis a partir desta sexta-feira, 19 de abril, na Azores Airlines e, muito brevemente, na SATA Air Açores, sendo mais um passo a juntar-se a outros já incorporados nos serviços prestados pelas transportadoras aéreas do Grupo SATA.

O grupo informa, em comunicado, que a formação em linguagem gestual será “gradualmente introduzida nos planos de formação e é essencialmente destinada aos funcionários que desempenham funções nas áreas com maior contacto com os passageiros, em particular, aos que asseguram serviços de assistência especial”.

As companhias aéreas do Grupo SATA têm implementado medidas para assegurar a mobilidade dos passageiros com necessidades específicas, garantindo o cumprimento dos princípios de acessibilidade e mobilidade previstos nas leis e regulamentos dos países em que operam.

Assim, com vista a assegurar o conforto, bem-estar e segurança dos passageiros com incapacidades, as companhias aéreas já dispõem de medidas como o transporte gratuito de dispositivos auxiliares de locomoção e de cães de assistência; a assistência por pessoal com formação nos aeroportos e a bordo dos aviões; a acomodação em lugares adequados; a disponibilização de um website e de uma aplicação móvel adaptados.

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10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo

A realizar de 3 a 5 de junho, em Torres Vedras, a 10.ª edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno, centrará os temas à volta dos desafios futuros das ERT, mas também no papel da segurança e da paz para captar turismo e desenvolver territórios. No fundo, como espelha o tema do fórum, será um evento para “gerar entendimentos”.

Victor Jorge

A 10.º edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno pretende debater “pontes para gerar entendimentos”. Assim, de 3 a 5 de junho, o evento da Turismo do Centro (TdC) ruma a Torres Vedras onde, segundo Jorge Sampaio, membro da Comissão Executiva da TdC, “o objetivo da 10.ª edição do evento é a mesma da 1.ª edição: discutir o turismo interno nas suas mais diversas vertentes”.

Segundo o mesmo, “não queremos discutir o presente, mas sim o futuro” e “o Centro quer estar sempre na frente da inovação quando se fala de turismo”. De resto, Jorge Sampaio não deixou de notar que “ainda falamos de pandemia, mas esta já acabou, alterando o paradigma de como o turismo é visto pela procura e pela oferta”.

O responsável na Comissão Executivo deixou, aliás, claro que “não há outra forma de inovar sem discutir o turismo, já que se trata de uma atividade responsável por cerca de 20% do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, admitindo mesmo que se trata das atividades que mais evoluiu e mais inovação trouxe à economia”.

No que diz respeito ao programa do “Vê Portugal” de 2024, Sílvia Ribau, chefe de Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística na Turismo Centro de Portugal, frisou que o evento tem como objetivo “trabalhar mais a aproximação aos agentes profissionais”. Daí a 10.ª edição do evento da Turismo do Centro arranque com reuniões B2B, no dia 3 de junho, onde os operadores turísticos e as agências de viagens nacionais ficarão a conhecer a oferta turística da região Centro de Portugal, com especial incidência na sub-região do Oeste, e poderão assim estabelecer oportunidades de negócio para o futuro.

“Queremos contribuir para a facilitação da venda dos produtos e serviços que a região oferece”. Assim, a aposta passa por “valorizar, inovar, qualificar o produto, perspectivar caminhos para essa qualificação e determinar a procura.

Jorge Sampaio admitiu mesmo que, “durante anos, o turismo foi visto pela procura. Agora será mais pelo lado da oferta”, considerando que, por isso, “há que estruturar a oferta, qualificá-la, de forma a podermos oferecer mais por mais valor e transformar território em destinos turísticos”.

Também Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, anfitriã do evento, considera que “é importante a escolha de cidades intermédias e não só as grandes cidades para a realização deste tipo de eventos”.

“Nesta região e, mais especificamente, nesta sub-região, há facilidade em atrair pessoas residentes como não residentes”, disse Laura Rodrigues, fazendo referência aos 20 quilómetros de costa, qualificada como “Quality Coast”.

Quanto ao debate que deverá levantar algumas questões referentes ao futuro funcionamento das Entidades Regionais de Turismo, Jorge Sampaio deixou o recado: “gostava que o país tivesse juízo”, considerando que “não podemos ter o turismo, que representa 20% do nosso PIB a mudar de estratégia de quatro em quatro anos”, mostrando-se “confiante “ que o novo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado [antigo presidente da ERT do Centro de Portugal] “vai ter essa estratégia para os próximos 10 ou 15 anos”.

No final ficou a indicação de que o “Vê Portugal” de 2024 terá na paz e na segurança uma das mensagens principais, até porque, segundo Adriana Rodrigues, chefe do núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da Turismo do Centro, “o turismo é um fator para se aumentar pontes de entendimento. E a paz é fundamental para o conseguir”.

As inscrições na 10.ª edição do Fórum “Vê Portugal” são gratuitas e o programa já está disponível e pode ser consultado aqui.

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Negócios no setor das viagens e turismo caíram 14,9%

A GlobalData, empresa especializada em dados e análises, dá conta de que no primeiro trimestre de 2024 o setor das viagens e turismo registou uma descida no número de negócios celebrados face ao período homólogo. Se as maiores descidas foram verificadas na América do Norte e na Europa, o volume de negócios na região da Ásia-Pacífico permaneceu praticamente estável.

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Durante o primeiro trimestre de 2024 o setor das viagens e turismo registou 165 negócios a nível mundial, entre fusões e aquisições, private equity (PE) e negócios de financiamento de risco. Este valor representa uma queda de 14,9% face ao primeiro trimestre de 2023, altura em que se registaram 194 negócios, de acordo com a GlobalData, empresa especializada em dados e análises.

“A descida do número negócios na América do Norte e na Europa, que coletivamente representaram cerca de dois terços do número total de negócios anunciados globalmente durante o primeiro trimestre de 2024, impulsionou o declínio geral no volume de negócios”, refere Aurojyoti Bose, analista líder da GlobalData, em nota de imprensa.

Enquanto na América do Norte a descida do número de negócios foi de 26,2%, a Europa registou um declínio de 12,3% neste indicador durante o primeiro trimestre de 2024, em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

As regiões da América do Sul e Central, bem como do Médio Oriente e África, também verificaram uma descida no volume de negócios durante o primeiro trimestre de 2024. Por outro lado, o volume de negócios na região da Ásia-Pacífico permaneceu praticamente estável.

Vários mercados-chave em todas as regiões mundiais registaram uma atividade de transações moderada, como foi o caso dos Estados Unidos da América, que registou uma descida de 21,7% no primeiro trimestre de 2024 face ao período homólogo, Reino Unido (descida de 30%), China (66,7%), França (27,3%) e Japão (28,6%).

Uma análise do banco de dados de negócios da GlobalData revelou que o volume de negócios para fusões e aquisições, bem como negócios de financiamento de risco, diminuiu 14,2% e 29,2%, respetivamente, durante o primeiro trimestre de 2024 em comparação com o primeiro trimestre de 2023, enquanto o número de negócios de private equity registou “algumas melhorias”.

Em comunicado, a Global Data ressalva que os dados podem sofrer alterações, caso algumas transações sejam acrescentadas a meses anteriores devido a um atraso na divulgação de informações no domínio público.

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Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira

Macau vai facilitar, a partir de sexta-feira, 19 de abril, a entrada de visitantes portugueses no território, com o alargamento da passagem automática fronteiriça a quem for titular de um passaporte de Portugal, anunciaram as autoridades.

Victor Jorge

Com o objetivo de “elevar a experiência de passagem fronteiriça dos visitantes estrangeiros” e torná-la “mais conveniente e eficiente”, a PSP vai permitir que “visitantes estrangeiros titulares de passaporte português e de passaporte de Singapura entrem ou saiam de Macau através dos canais de passagem automática”, lê-se num comunicado da corporação.

Nacionais portugueses, com idade igual ou superior a 11 anos de idade, devem efetuar o registo para poderem utilizar os canais nos postos fronteiriços, acrescenta-se na nota da PSP.

As pessoas que efetuam o registo devem ter o passaporte com pelo menos 90 dias de validade, e quem tiver menos de 17 anos deve fazer-se acompanhar pelos pais ou tutor.

Após a inclusão de portugueses e singapurianos na lista de destinatários, o Governo “continuará a alargar” a lista, para “promover ativamente a facilitação da circulação de pessoas” e “contribuir para o novo desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, referiram as autoridades.

Este ano assinala-se o quinto aniversário da Área da Grande Baía, uma das três principais estratégias do líder chinês, Xi Jinping, para a integração regional.

O projeto abrange as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e nove cidades da província de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade.

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