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Helena Santos, sócia gerente da agência de viagens Turiset (ao centro), ladeada pelo presidente da APAVT e da representante da DECO

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Turiset: As boas práticas são recompensadas

A Turiset, localizada no centro da cidade de Setúbal, foi a primeira agência de viagens em Portugal, a ostentar o selo ‘Checked by DECO’.

Carolina Morgado

Helena Santos, sócia gerente da agência de viagens Turiset (ao centro), ladeada pelo presidente da APAVT e da representante da DECO

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Turiset: As boas práticas são recompensadas

A Turiset, localizada no centro da cidade de Setúbal, foi a primeira agência de viagens em Portugal, a ostentar o selo ‘Checked by DECO’.

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Carolina Morgado
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Após uma primeira reunião com a APAVT – de que é associada -, para conhecer os benefícios e as vantagens da certificação ‘Checked by DECO’, a sócia gerente da Turiset, Helena Santos, não hesitou, e “pensei logo que era uma maneira de sabermos se os nossos procedimentos, quer pré, quer pós contratuais estão a ser corretos porque, muitas vezes pensamos que estamos a fazer tudo bem, de acordo com a lei, mas há sempre coisas que nos falham”.

É assim que a Turiset, e ninguém já lhe tira o mérito, se torna na primeira agência de viagens em Portugal, a receber este selo, que Helena Santos ostenta com orgulho na sua loja, localizada na Av. Luísa Todi, em Setúbal.

“Era uma maneira de provar o nosso trabalho, e foi nesse sentido que decidi candidatar-me. Há um questionário que tem de ser preenchido, claro que convém que as agências de viagens respondam com a verdade sobre tudo o que faz, depois pedem para juntarmos algumas informações, e somos visitados por clientes-mistério de forma presencial ou por telefone”, explicou.

“Face a tudo o que foi avaliado, tivemos logo, à primeira, nota positiva”, destacou a sócia gerente da agência de viagens, adiantando que “claro que há sempre coisas que eles acham que podem ser melhoradas ou alteradas, e nesses aspetos sugerem o quê e onde podemos melhorar, e tive o certificado na vertente loja, mas não no site que não é próprio, mas sim da Smytravel, que é usado por muitas pequenas agências de viagens, e esse site não está aprovado”.

Helena Santos reconhece que o facto de a agência de viagens possuir este certificado, traz mais-valias. “Depois que divulguei nas redes sociais, mas também temos um autocolante na montra, os clientes todos nos têm dado os parabéns e ficaram satisfeitos. Curiosamente, temos clientes que nunca tinham cá aparecido, não sei se por acaso ou não. Tivemos inclusive um email de um cliente de Coimbra que soube que tínhamos recebido esta certificação da DECO, e nos pedia um orçamento”, confidenciou.

Maiores responsabilidades
Este certificado também traz maiores responsabilidades à agência de viagens “porque continuamos a ser avaliados. Durante um ano continuaremos a ter os tais clientes-mistério, ao fim ao cabo, mantendo as boas práticas que temos até agora”, apontou.

Na opinião de Helena Santos, “as agências de viagens deviam todas passar por este processo como uma forma de serem credibilizadas, porque o setor está a ficar muito desacreditado no mercado. Infelizmente, como em todo o lado, há muitas  “ovelhas negras” e estão a aparecer muitas. Há muitos clientes a queixarem-se e depois culpam todo o universo das agências de viagens, e colocam-nos todos no mesmo barco, o que não corresponde à verdade. Eu sempre tentei ser uma pessoa com responsabilidade, a minha credibilidade é muito importante, e gosto de transmitir isso ao cliente”, destacou.

Tudo está virado para a defesa do consumidor. Segundo a responsável, “eles avaliam como nós processamos os processos pré e pós contratuais, e  avaliação é dada em função da informação que damos ao cliente, do acompanhamento que fazemos ao cliente quer antes, quer durante e depois da viagem. Tudo isto é avaliado, e é importante, na minha opinião, que seja feito”.

No entanto, nem tudo está nas mãos do agente de viagens. “É preciso ter em conta que no nosso setor, o nosso trabalho é avaliado por serviços prestados por terceiros e, logicamente, não conseguimos controlar tudo. Posso dizer ao cliente que estou a vender um hotel muito com, mas ele pode vir a reclamar que a sopa estava fria ou o empregado não foi simpático, por exemplo”.

Helena Santos avança ainda que “estamos sempre sujeitos a isso, mas se houver um acompanhamento da nossa parte durante e depois da viagem, talvez o cliente que regresse aborrecido e com alguma questão para reclamar, consigamos suavizá-lo e evitar problemas. É essa a minha ótica, por isso é que gosto de acompanhar o cliente”, para sublinhar que “a informação é muito importante. O cliente que é informado devidamente, chega ao destino e, na maior parte das vezes, não é confrontado com surpresas”.

Uma micro agência de viagens
A Turiset é propriedade de Helena Santos há 29 anos e presta serviços essencialmente ligados aos outgoing, quer na área do corporate, quer no lazer, é uma agência de viagens IATA e vende desde bilhetes de autocarros, até pacotes turísticos. Esta micro agência de viagens, que funciona apenas com duas pessoas, fatura anualmente cerca de 1 milhão de euros.

A agência de viagens faz parte do grupo GEA desde a primeira hora. “É uma vantagem em todos os aspetos”, declarou a responsável, para acrescentar que “como uma micro agência, nunca conseguiríamos certos contratos junto dos fornecedores, nem a certos serviços mais favoráveis para nós, se não fosse através de um grupo como a GEA. Assim, tenho outra expressão no mercado e outro peso negocial”.

A responsável faz um balanço positivo do ano que terminou, principalmente a partir de março, pois “as pessoas estavam ávidas para viajar e venderam-se viagens para destinos mais longínquos. Foi um ano bom porque as viagens eram maiores, com preços mais elevados, ganhámos mais, e os números estão praticamente iguais ao 2019”.

Curiosamente, em 2023, e apesar de estarmos no início do ano “as pessoas já estão a reservar para o verão, mas estou com receio, porque está tudo muito incerto e inseguro”, indicou. E indicou que a agência já tem reservas para cruzeiros no verão, para a República Dominicana, Cancun e Riviera Maya em charters, bem como para Cabo Verde, bem como, os clientes estão a pedir Tailândia e Saidia.

A sócia gerente da Turiset reconhece que tanto para o médio, como para o longo curso, os clientes estão já a reservar antecipadamente. “Para a época em que estamos (início do ano) comparativamente com os anos anteriores, até não estamos mal, mas há constrangimentos e as greves anunciadas da TAP, podem nos causar mais um problema. A questão do Covid-19 na China também nos pode trazer constrangimentos devido a informações contraditórias, a questão da guerra na Ucrânia deixa-nos igualmente assustados porque não sabemos o dia de amanhã”. Assim, apesar de os clientes estarem a reservar “colocam sempre o ‘se’, e não sabemos se as vão concretizar. Questionam logo se o seguro paga”.

O facto também de os clientes estarem a reservar com antecedência e a fugir do last minute, “é porque sabem que hoje em dia é mais barato comprar antecipadamente. As pessoas começam a ficar “educadas” nesse sentido. O que havia antes em termos de promoções de última hora, já o ano passado não aconteceu e para alguns destinos já não havia lugares. Também temos estado a transmitir ao cliente para que não deixe para a última hora porque o preço fica mais elevado”.

Helena Santos conclui que “este os agentes de viagens ter de assumir também este papel. Nesta profissão temos de vestir a camisola e gostar muito disto, porque é difícil e desgastante”.

O que é o selo ‘Checked by DECO’

‘Checked by DECO’ é o selo que as agências de viagens físicas e onlines associadas da APAVT podem ostentar, desde o ano passado, ao abrigo de um acordo assinado entre a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo e a Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor. O objetivo é garantir mais confiança e segurança aos consumidores nas suas viagens, reduzindo as reclamações. Para isso, as agências têm de cumprir critérios e são avaliadas anualmente.
Entre o pedido e a certificação ‘Checked by DECO’ podem passar cerca de três semanas. As agências que estiverem interessadas em exibir este selo devem preencher um formulário em que respondem a diversas questões e são testadas, nomeadamente, com a visita de “clientes-mistério”.
Há critérios objetivos, que se prendem com o cumprimento da legislação sobre as relações de consumo e a legislação setorial, o tipo de informação prestada ao cliente, se é transparente e acessível. A avaliação também tem em conta se agência já teve reclamações e como as resolveu. E como irá resolver as que eventualmente tiver no futuro. No fundo, o que se pretende é ajudar o cliente a escolher as empresas que tenham boas práticas e prestem o melhor serviço.
Se a agência “passar no exame” recebe o selo; senão, os especialistas da DECO fazem recomendações e pode haver nova submissão. A certificação tem a validade de um ano e se a agência de viagens tiver deixado de cumprir os critérios, pode ser-lhe retirada.
Este projeto comum, segundo o presidente da APAVT, pretende “dar diferenciação às agências de viagens e confiança aos seus clientes. É mais um passo para trazer mais credibilidade ao setor”.

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Cabo Verde com recorde de mais de 835 mil turistas em 2022

Os hotéis cabo-verdianos receberam em 2022 um recorde de 835.945 turistas, quase 31% dos quais do Reino Unido, e mais de quatro milhões de dormidas, segundo dados anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.

Publituris

De acordo com o relatório de Movimentação de Hóspedes em Cabo Verde em 2022, com as estatísticas do turismo produzidas pelo INE, o número de hospedes ultrapassou no ano passado o recorde anterior, que foi de 819.308 turistas em 2019, antes da pandemia de covid-19, e cresceu ainda 394% face aos 169.068 turistas em 2021.

Já nas dormidas, o recorde continua a ser o registado em 2019, com 5.117.403, sendo as 4.088.412 dormidas de 2022 um aumento de 387% face a 2021, mas ainda abaixo do verificado em 2016 (4.092.551 dormidas).

A análise por tipo de estabelecimentos indica que os hotéis continuam a ser os estabelecimentos hoteleiros mais procurados, representando 94,0% do total das entradas, seguindo-se as residenciais (2,6%), as pensões (1,6%) e os hotéis-apartamentos (1%).

A ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde, continuou a liderar a procura, com 61,8% do total das entradas, seguida da Boa Vista com 21,0% e Santiago com 9,3%.

O principal mercado emissor de turistas para Cabo Verde em 2022 foi o Reino Unido, com 258.422, equivalente a 30,9% do total das entradas, seguido da Alemanha com 11,5%, Países Baixos com 10,5%, Portugal com 10,5% e França com 5,6%. O total de cabo-verdianos a procurar unidades hoteleiras em Cabo Verde no ano passado representou também 5,6% do total, totalizando 46.647 pessoas.

Relativamente às dormidas, Reino Unido com 35,3% também liderou, seguido da Alemanha com 12,6% e dos Países Baixos com 10,5%. Os turistas britânicos lideraram igualmente no tempo de estadia, com uma média de 5,6 noites.

“As dormidas dos residentes no Reino Unido distribuíram-se principalmente pelas Ilhas da Boa Vista (50,0%) e do Sal (49,6%). Os hotéis foram os tipos de estabelecimento mais procurados pelos ingleses, representando cerca de 99,8%”, refere o INE.

Os 88.141 turistas portugueses distribuíram-se principalmente pelas ilhas do Sal (77,2%), da Boa Vista (11,6%) e Santiago (7,2%), preferindo igualmente os hotéis como o principal meio de alojamento, representando 98,2%.

Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19. Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística.

Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, para mais de 8% e já no final do ano para 10 a 15%.

Crédito foto: https://pt.depositphotos.com/

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TAAG reforça ligação entre Luanda e Lisboa e passa a 14 voos semanais

A TAAG vai adicionar uma nova frequência na ligação entre Luanda e Lisboa, passando a contar com 14 ligações semanais.

Publituris

A Linhas Aéreas de Angola (TAAG) vai adicionar uma nova frequência na ligação entre Luanda e Lisboa que, a partir de terça-feira, 28 de março, passará a contar com 14 ligações semanais, anunciou hoje a transportadora angolana.

O aumento da frequência visa “agregar mais opções de mobilidade” aos passageiros e clientes e “face ao crescimento da procura de mercado”, refere a TAAG, em comunicado.

A partir de terça-feira, 28 de março, a TAAG providenciará dois voos por dia, com saída de Luanda às 12H40 (saída diurna) e 23H45 (saída noturna).

“Portugal é um dos destinos preferenciais e a porta de entrada da Europa para diversos passageiros, entre turistas, famílias e tecido empresarial oriundo de Angola, África e América do Sul. Paralelamente, Angola posiciona-se como um hub importante para receber e redirecionar tráfego vindo de Portugal para os diversos destinos TAAG no hemisfério sul”, indica a empresa.

Segundo a transportadora aérea, “em 2023, e tendo como referência os meses completos de janeiro e fevereiro, foram transportados na rota Luanda-Lisboa-Luanda 39.306 passageiros.

Este valor representa mais do que o dobro dos 18.798 passageiros transportados no período homólogo do ano passado.

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Projeto do novo aeroporto em Santarém apresentado em sessão pública

Depois de apresentado às entidades oficiais, os promotores do Magellan 500 dão a conhecer, publicamente, o projeto do novo aeroporto para Santarém.

Victor Jorge

O Convento de S. Francisco recebe, no próximo dia 11 de abril, a partir das 9h00, a sessão pública de apresentação do projeto para a construção do novo aeroporto em Santarém, que culminará com a assinatura de um acordo de cooperação intermunicipal entre os municípios de Santarém, Golegã, Alcanena e Torres Novas, com vista à congregação de esforços daquelas autarquias para o planeamento do território para a nova cidade aeroportuária.

Depois da sessão para as entidades oficiais, esta é a forma de ficar a conhecer mais pormenores sobre o Magellan 500 Airport, um projeto criado e desenvolvido ao longo de três anos por um consórcio de empresas privadas nacionais em colaboração com agentes locais, entre os quais o Município de Santarém.

A Resolução do Conselho de Ministros nº 89/2022, de 29 de setembro de 2022, incluiu o Magellan 500 Airport, que considerou ser “um projeto de iniciativa privada promovido fora da atual concessão”, em duas das cinco opções estratégicas alternativas da Avaliação Estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa. Esta posição do Estado reforçou o empenho dos parceiros na consumação do projeto, que é agora apresentado publicamente em Santarém.

De acordo com os promotores deste projeto, esta infraestrutura permitirá, também, servir uma vasta região que, além de Santarém, compreende territórios da Área Metropolitana de Lisboa, Oeste, Coimbra, Leiria/Fátima, Alto Alentejo, Beira Baixa e a Península de Setúbal, consolidando o Magellan 500 Airport como um “contributo único para a região Centro de Portugal e para a coesão territorial do país”.

Como parte dos estudos do projeto ao longo destes últimos três anos foram desenvolvidos, ainda na saída da pandemia, previsões de tráfego para a região de Lisboa, conjuntamente com uma empresa internacional especializada, indicando os autores do Magellan 500 que “os resultados são consistentes com as previsões de evolução da aviação comercial”. A procura da região Centro de Portugal, incluindo a capital do país, poderá atingir os 50 milhões de passageiros em 2039 e chegar aos 100 milhões em 2063, sendo que em 2018 este número se fixou nos 28,9 milhões de passageiros.

Recorde-se que em entrevista publicada no Publituris, Carlos Brazão, líder e promotor do Magellan 500, afirmou que se trata de um projeto “flexível, escalável e adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação”, admitindo que o primeiro voo poderia “aterrar ou levantar voo em 2029”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Turismo e património cultural em debate na Portucalense

O “Turismo na Atualidade” e o “Património Cultural e a Guerra” estarão em debate nesta iniciativa da Universidade Portucalense.

Publituris

A Universidade Portucalense (UPT) organiza esta terça-feira, 28 de março, a conferência “Turismo na Atualidade”, que tem como objetivo principal proporcionar um melhor entendimento sobre os processos de planeamento e gestão nas áreas do Turismo, Hotelaria e Restauração, Marketing Digital e Sustentabilidade e Alterações Climáticas, com enfoque especial na cidade do Porto.

O evento contará com a presença de especialistas das diferentes áreas, que partilharão as suas experiências e perspetivas, o que irá permitir uma melhor compreensão do contexto atual do setor do Turismo na cidade invicta.

Nesta conferência estarão também presentes mais de 70 alunos e diversos professores da Profitecla, parceira da UPT na organização desta ação, que irão assistir a palestras e debates sobre os desafios e oportunidades do setor do Turismo, as tendências de Marketing Digital e o papel da Sustentabilidade e das Alterações Climáticas no desenvolvimento turístico.

Durante a tarde, decorre a mesa-redonda “O Património Cultural e a Guerra em Debate”, onde se irá debater sobre as implicações do conflito armado no património cultural, a destruição ocorrida nos últimos anos, a (in)operância das convenções de salvaguarda, entre outros assuntos.

Os convidados desta conversa são Orlando Sousa, da Direção Regional da Cultura do Norte e ICOMOS, Tiago Lopes, Professor auxiliar do Departamento de Direito da UPT e comentador residente na CNN Portugal para a Diplomacia e Relações Internacionais, e Fernando Azevedo, da Direção Regional de Cultura do Norte e membro do Conselho de Administração da ICOMOS.

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Entre os destinos mediterrânicos, só Turquia e Egito recuperam no ‘outbound’ alemão

Apesar da recuperação do mercado ‘outbound’, as preferências dos alemães para o período entre março e junho na bacia mediterrânica vai para a Turquia e Egito. Portugal recupera, mas continua no vermelho.

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As reservas no mercado alemão, para o período entre 1 de março e 30 de junho, centram-se em destinos como a Turquia e o Egito, revelam os dados recolhidos pela Mabrian. Na bacia mediterrânica, são estes dois destinos os preferidos do outbound alemão, sendo que são os únicos que recuperam face ao mesmo período de 2019.

A Turquia, segundo os dados da Mabrian, recupera quase 20% (19,35%) face ao período pré-pandémico, indicando a consultora que, para o período em análise, existem já mais de 3,5 milhões de lugares reservados. No que diz respeito ao Egito, os números mostram uma recuperação de 9,66%, face a 2019, com 590 mil lugares reservados.

Portugal aparece com um decréscimo de 2,76%, quando comparado com o mesmo período de 2019, apontando a Mabrian reservas de 940 mil lugares de 1 de março a 30 de junho. Já na comparação com o ano de 2022, Portugal fica somente a 1,49%.

A maior descida, face a 2019, pertence à Tunísia, com uma queda de 18,17%, recuperando, no entanto, face a 2022, com mais 1,84%.

Espanha aparece como líder nas reservas, com mais de cinco milhões, mas com uma quebra de 12,90% face a 2019. Comparando, contudo, os números deste ano com os de 2022, o país vizinho recupera 0,61%.

Face a 2019, França e Itália também mostram números no vermelho, com 25,23% e 26,26%, respetivamente, mas colocam-se em campo positivo quando comparado com 2022: França com mais 5,42% e Itália com mais 5,16%.

No que diz respeito às reservas já efetuadas pelos alemães para estes dois países, Itália tem, para o período analisado, mais de 2,6 milhões de reservas feitas, enquanto França aparece com 1,46 milhões.

Em campo negative, tal como Portugal, aparece a Grécia. Se na comparação com 2019 os números indicam uma descida de 2,76%, já numa análise com 2022, a quebra é mais acentuada, situando-se 10,52% abaixo dos níveis pré-pandémico.

Carlos Cendra, director of Sales&Marketing da Mabrian, refere que”, embora ninguém esperasse que os níveis regressassem já aos de 2019 e a realidade fosse igual ao período pré-pandémico, nalguns mercados estamos a registar um regresso a números idênticos. Contudo, no caso da Alemanha, isto não está a acontecer, com a recuperação a acontecer de forma desigual e lenta”.

O responsável da Mabrian admite que esta realidade esteja a ser influenciada pelas condições económicas e sociais, o caos verificado nas viagens em 2022, entre outros fatores”, concluindo que, “não há só menos viagens como os destinos estão a recuperar a velocidades diferentes e alguns estão a ser ultrapassados nas preferências dos alemães”.

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“Não é altura para brincar com o dinheiro dos portugueses”, diz Sérgio Monteiro a propósito da privatização da TAP

O ex-secretário de Estado das Infraestruturas do Governo de Passos Coelho, Sérgio Monteiro, que uma injeção pública na TAP implicaria sempre “dor” e que era “crítico privatizar” a companhia aérea.

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“Uma injeção pública vem sempre com dor, dinheiro, cortes nos salários e redução das condições de vida. Daí era crítico privatizar”, afirmou o ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, que falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, realizada esta sexta-feira, 24 de março, .

“Não queiramos envolver dinheiro público, quando tínhamos acabado de sair de um memorando de entendimento. Nunca é altura de brincar com o dinheiro dos portugueses. Uma injeção de fundos públicos estava fora de questão”, apontou.

Neste sentido, vincou que o processo de privatização era, na altura, uma “urgência imensa”, tendo em conta que a empresa vivia, “como vive hoje”, num quadro de dificuldade de capitalização.

O antigo governante, ouvido a requerimento do PS sobre o processo de privatização da TAP, lembrou que, à data, a companhia devia combustível à Galp, taxas aeroportuárias à ANA, bem como a pequenos fornecedores e agências de viagens.

“Só não incumpriu no contrato com a Airbus porque escalonou os pagamentos”, sublinhou.

Sérgio Monteiro, que agradeceu ter sido chamado ao parlamento, recordou que o processo de privatização da TAP foi feito de acordo com a lei-quadro, que tem regras e enquadramento próprio, nomeadamente a necessidade de se obterem, previamente avaliações independentes.

Vincando que logo à partida ficou claro que a companhia tinha uma “necessidade urgente de capitalização”, o antigo secretário de Estado notou que foi nomeada uma comissão independente que fiscalizou todos os atos do processo.

Neste âmbito, conforme adiantou, formalizaram-se convites a mais de 40 entidades, a maioria do setor da aviação, da Europa, Ásia, África, América, Médio Oriente e Extremo Oriente.

No entanto, apenas oito aceitaram assinar o acordo de confidencialidade e três demonstraram estar “verdadeiramente interessadas” em olhar para o processo, que disse ter sido elogiado por todas as instituições, como o Tribunal de Contas.

Para Sérgio Monteiro, o Governo optou pelo “caminho mais difícil”, tendo em conta que na altura todos os concorrentes, como a Lufthansa ou a Ibéria, queriam comprar apenas o transporte aéreo da companhia.

“Se tivéssemos o caminho fácil, teríamos privatizado apenas o lucro. Recusámos este caminho por respeito aos portugueses”, notou, acrescentando que o resultado prático deste processo foi viabilizar uma empresa com “importância estratégica”, melhorando em 692 milhões de euros as contas da Parpública.

A privatização da TAP foi, assim, para o executivo de Passos Coelho, “o melhor para o futuro da empresa, dos seus trabalhadores e, sobretudo, dos portugueses”.

Porém, garantiu que este processo não significou que o Governo “virou as costas à empresa”, até porque o Estado “não podia demitir-se da fiscalização”.

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Solférias, Exoticoonline, Sonhando e Alto Astral lançam operação especial Maceió para o Verão

Os voos desta operação dos quatro operadores terão início a 27 de julho e serão operados pela companhia Hi Fly.

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Solférias, Exoticoonline, Sonhando e Alto Astral acabam de anunciar o lançamento da operação especial de verão para Maceió, Brasil.

Os voos diretos Lisboa-Maceió, operados pela companhia Hi Fly, serão realizados às terças-feiras, com a primeira partida a acontecer a 27 de julho, indicando-se que a última partida está marcada para 22 de agosto.

Esta operação, realizada pelos quatro operadores a atuar no mercado português dá “continuidade ao sucesso que foram as operações especiais de Fim de Ano e Páscoa para o Brasil”, referem em comunicado.

O programa contempla uma estadia de 7 noites – 8 dias, com os preços a iniciarem-se nos 1.792 euros, por pessoa em duplo, no Hotel Vila Galé Alagoas 5*, em regime de tudo-incluído.

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Redes sociais, gastronomia, bem-estar e comunidades locais influenciam viagens em 2023

O mais recente “2023 Global Travel Trands Report” da American Express Travel destaca a influência das redes sociais, gastronomia, bem-estar e comunidades locais nas viagens para 2023.

Victor Jorge

A American Express Travel acaba de lançar o “2023 Global Travel Trands Report”, onde destaca quatro tendências globais que inspiram as pessoas a viajar em 2023.

A análise, baseada em dados de pesquisa de viajantes dos Estados Unidos da América, Austrália, Canadá, México, Japão, Índia e Reino Unido, adianta que mais da metade (52%) dos inquiridos admitem planear fazer mais viagens este ano do que no ano passado e metade (50%) preveem gastar mais dinheiro em viagens em 2023 do que em 2022.

O relatório da American Express Travel destaca ainda que 84% da Geração Z e Millennials dizem preferir fazer férias de sonhos do que comprar um novo item de luxo e 79% concordam que viajar é uma importante prioridade no orçamento pessoal.

“As férias são preciosas e os viajantes estão a dar prioridade a viagens personalizadas, construídas em torno das suas paixões, desde o planeamento de férias inteiras para uma única reserva de jantar até a obtenção do vídeo perfeito para o TikTok”, refere Audrey Hendley, presidente da American Express Travel.

Das conclusões retiradas do relatório, a American Express Travel destaca que filmes, programas de TV e redes sociais estão a inspirar as pessoas a viajar para lugares que veem nos ecrãs dos diversos dispositivos, especialmente, nas gerações mais novas. Assim, 75% dos inquiridos admitem terem sido influenciados pelas redes sociais a viajar para determinado destino, com 70% da comunidade pertencente à Geração Z e Millennials a referirem que foram inspirados a visitar um destino depois de o ver ou descobrir numa série de televisão, notícia ou filme, baixando a percentagem quando se aborda a relevância do Instagram.

O peso do segmento gastronómico parece, igualmente, ganhar peso, com 81% dos ouvidos pela American Express Travel a concordam que “experimentar comidas e gastronomia local” está no topo das prioridades.  é a parte da viagem que eles mais desejam, sendo que 66% da Geração Z e Millennials admitem terem influenciados, grande parte, pelo que veem nas redes sociais. Destaque, também, para o facto de quase metade dos inquiridos (47%) indicaram que planearam a sua viagem para visitar um restaurante em específico.

Também o bem-estar está nas prioridades dos turistas para as suas viagens, afirmando 73% dos ouvidos que a próxima viagem tem como objetivo melhorar a saúde mental, física e emocional. As gerações mais jovens – Geração Z e Millennials – afirmam mesmo que reservam os hotéis com base na oferta de spas e serviços wellness.

Por fim, o “2023 Global Travel Trands Report” refere ainda que um dos objetivos dos turistas para 2023 passa por descobrir locais “escondidos” e apoiar as comunidades locais que visitam, indicando 85% que pretendem visitar um local onde poderão “experienciar verdadeiramente a cultura local”, enquanto 78% dizem-se interessados em viajar para destinos que apoiem as comunidades locais.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Base Ryanair na Madeira: uma visão da SkyExpert 365 dias depois

Depois do início das operações a 29 de março de 2022 e oficialmente inaugurada a 14 de abril, Pedro Castro, diretor da SkyExpert Consulting, refere que o balanço é “sem dúvida positivo”.

Victor Jorge

Com início das operações a 29 de março e oficialmente inaugurada a 14 de abril, o Publituris colocou três perguntas ao diretor da SkyExpert Consulting, Pedro Castro, relativamente ao início da base da Ryanair na Madeira.

Que balanço faz do 1.º ano da base da Ryanair na Madeira?
Do lado do Turismo da Madeira e da criação de empregos diretos ligados à aviação, o balanço é sem dúvida positivo. O aeroporto da Madeira cresceu a dois dígitos a partir de abril de 2022 quando a Ryanair abriu a sua base e isto depois de um período pré-pandémico de estagnação no aeroporto – não se vislumbrava um crescimento significativo, pelo contrário. Com a Ryanair, passaram a chegar à ilha mais turistas oriundos de novos mercados, com preços e voos mais acessíveis que colocam a Madeira a um nível mais competitivo, nomeadamente em relação às Canárias. Por outro lado, a Ryanair traz um tipo de turista individual que estimula outro tipo de atividades e que ajuda a equilibrar a dependência da Madeira por relação aos touroperadores estrangeiros. Houve naturalmente também a criação e fixação de pilotos, tripulantes e outros empregos diretos no setor aéreo na ilha.

É mais difícil para mim dar uma resposta tão simples sobre a Ryanair: a análise custo-oportunidade que a empresa fez significa que está sempre à procura do aeroporto europeu onde poderá tirar melhor partido financeiro com esses mesmos aviões. Seria necessário ter mais dados financeiros para verificar se esta conta é, de facto, positiva do lado da companhia aérea e se é melhor do que ter estes aviões noutros aeroportos.

Com exceção do Porto, o próximo verão não será marcado por grandes mudanças na operação da Ryanair. De que forma é que isso pode afetar o crescimento em 2023?
É verdade e é um pouco surpreendente. Olhando para trás, a Ryanair raramente abre uma base num aeroporto para onde nunca tenha voado, como foi o caso da Madeira. O aumento das frequências do Porto é feito com os aviões baseados no Porto e está diretamente relacionado com a oportunidade criada pelo abandono da rota Porto-Funchal pela Transavia. Ou seja, a Ryanair não identificou outra oportunidade para crescer na Madeira nos próximos seis meses nem mesmo com aviões de outras bases, mantendo a mesma oferta de voos. Isto pode estar relacionado com os desafios operacionais do aeroporto que, por questões de vento e meteorologia, fecha com uma frequência maior do que a desejada.

Estas disrupções são graves para qualquer companhia, mas para as companhias de baixo-custo que têm departamentos comerciais e de atendimento ao cliente muito racionados, este tipo de situação afeta-as ainda mais. Mas vejo oportunidades para a Ryanair crescer em voos mais curtos como para Espanha, Canárias e até Marrocos. O Algarve, claro, porque não tem voos diretos para a Madeira. Já os Açores estão excluídos devido ao regime protecionista em vigor nestas ligações.

Acredita que outras companhias poderão inspirar-se na Ryanair e criar uma base na Madeira?
Acredito que o Governo Regional deve utilizar todos os mecanismos possíveis para pressionar o Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, a fazer um “upgrade” rápido e urgente dos radares que medem o vento na Madeira. Isto não é uma competência regional e o governo da República arrasta inexplicavelmente este tema que é muito mais simples de resolver do que o novo aeroporto de Lisboa, tem um impacto potencial imediato muito maior, mas que não goza da mesma cobertura mediática e cai no esquecimento.

De resto, penso que o Governo Regional prossegue eficazmente o seu trabalho em atrair novas companhias e novas rotas para a Madeira, sendo que conseguir uma base é sempre o auge mais desejado por qualquer região. Temos de compreender, porém, que existem poucas companhias com esta flexibilidade em criar bases noutros aeroportos – nem a companhia pública, onde os Madeirenses colocaram cerca de 100 milhões de euros, consegue fazê-lo.

Existe também a questão do aeroporto do Porto Santo: parece-me essencial dar uma atenção especial ao Inverno e evitar que se repita o que aconteceu em 2020 e 2021 em que a ilha ficou sem voos diretos para o Continente. Em 2022, a easyJet garantiu esses voos diretos para Lisboa duas vezes por semana, mas com horários pouco convenientes para o posicionamento do destino como “escapadela” de fim de semana, com voos aos domingos que saiam da ilha às 09h30. Sem isso, o destino perde uma grande oportunidade da qual depende para se manter aberto durante todo o ano e para se afirmar.

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Brussels Airlines terá nova CEO

Dorothea von Boxberg transitará da Comissão Executiva da Lufthansa Cargo AG para a liderança da Brussels Airlines.

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A Brussels Airlines terá nova CEO a partir de 15 de abril de 2023, estando sujeita a nomeação de Dorothea von Boxberg da reunião final do Conselho de Administração da companhia aérea.

Além de CEO da Brussels Airlines, Dorothea von Boxberg também assumirá a função de “Representante do Conselho Executivo junto da Comissão Europeia”.

Dorothea von Boxberg começou a sua carreira profissional na Boston Consulting, passando para o Lufthansa Group em 2007 onde ocupou diversos cargos de gestão. A partir de 2012, foi responsável pelo Customer Experience Design na Lufthansa Airline, tendo ao longo do tempo introduzido a nova geração de lugares na Business Class da companhia alemã.

Em 2015, Dorothea von Boxberg transita para a Lufthansa Cargo AG onde, a partir de 2021, ocupou um lugar na Comissão Executiva.

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