Rita Marques diz que “não tem condições de aceitar, nesta altura, o convite” da The Fladgate Partnership
Depois de instalada a polémica com o convite para administradora do grupo The Fladgate Partnership, Rita Marques revela que não tem condições para assumir o cargo, embora reconheça que “firmei a convicção de que nenhum obstáculo se colocava à assunção daquelas funções”.

Victor Jorge
Primeiro-ministro aponta para “início imediato das obras” por parte da ANA na Portela
CTI faz solução sobre novo aeroporto “aterrar” em Alcochete
Comissão Europeia quer aprovar compra da ITA pela Lufthansa até meados de janeiro
Movimentação de passageiros a 1,7% dos níveis pré-pandémicos na Europa no mês de outubro
XIX Convenção Bestravel realiza-se de 1 a 4 de fevereiro em Lagos
Espanha recebeu até outubro mais três milhões de turistas do que em 2022
Condé Nast Johansens lança guia 2024 que inclui 32 hotéis de luxo portugueses
Explora Journeys propõe época festiva nas Caraíbas
Travelport disponibiliza NDC para as vendas das companhias aéreas do Grupo Lufthansa
Transição para uma indústria global net-zero custará 13,5 biliões de dólares até 2050
Após a polémica instalada relativamente à ida da ex-secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, para o grupo The Fladgate Partnership, a mesma anunciou, esta quinta-feira, 12 de janeiro, na rede social LinkedIn que “entende que não tenho condições de aceitar, nesta altura, o convite que me foi dirigido, e que previa que eu iniciasse funções a 16 de janeiro”.
Rita Marques afirma que “feita a análise do regime jurídico de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos (Lei n.º 52/2019, de 31 de julho), firmei a convicção de que nenhum obstáculo se colocava à assunção daquelas funções”.
Na publicação pode ainda ler-se que, “não tive, no desempenho das minhas funções, qualquer papel na atribuição de incentivos financeiros ou sistemas de incentivos e benefícios fiscais de natureza contratual a esta Sociedade; e não tive qualquer intervenção direta em matéria da qual tenha resultado um benefício concreto para aquela Sociedade, já que, como é público, limitei-me a confirmar a utilidade turística a um empreendimento turístico que goza de estatuto de ‘Projeto de Interesse Nacional – PIN’ e cuja utilidade turística tinha sido conferida antes de eu iniciar funções de Secretária de Estado”.
Recorde-se que no dia 6 de janeiro, o grupo The Fladgate Partnership tornou público que Rita Marques iria assumir as funções como administradora, com a responsabilidade sobre a divisão dos Hotéis e do Turismo, ficando à frente da gestão de importantes unidades como o WOW, o quarteirão cultural de Gaia.
Rapidamente começaram a surgir críticas a esta passagem da ex-secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços para um grupo privado que tinha recebido benefícios fiscais através de um despacho onde reconheceu o seu estatuto de utilidade turística definitiva.
Depois de vários dias de discussão na praça pública, no Parlamento e tendo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmado que a ex-secretária de Estado tinha violado “claramente” a lei, Rita Marques dá agora por terminado este processo que a levaria a administradora do quarteirão cultural de Vila Nova de Gaia, hotéis e restaurantes do grupo.