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IPDT estima aumento da procura externa e da atividade turística este ano em Portugal

As previsões avançadas na 68ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT em relação ao turismo nacional em 2023 são otimistas, embora a incerteza perante o cenário atual reserve algumas cautelas. Estima-se um aumento da procura externa e da atividade turística no país.

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IPDT estima aumento da procura externa e da atividade turística este ano em Portugal

As previsões avançadas na 68ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT em relação ao turismo nacional em 2023 são otimistas, embora a incerteza perante o cenário atual reserve algumas cautelas. Estima-se um aumento da procura externa e da atividade turística no país.

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António Jorge Costa, presidente do IPDT considera que “os resultados globais desta edição do Barómetro são positivos e reforçam a dinâmica do setor, permitindo-nos encarar o futuro com confiança, apesar dos constrangimentos e obstáculos com que o turismo se vai deparar ao longo deste ano”.

Apesar deste ambiente de otimismo moderado, o nível de confiança médio no desempenho do turismo atingiu, em dezembro de 2022, os 80,9 pontos no Barómetro, o que corresponde a um ligeiro decréscimo face aos 82,4 registados em setembro do ano passado.

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Para alguns membros do painel, Portugal continua a ser um destino com elevado apelo, e a conjuntura geopolítica tende em favorecer a procura para esta zona da Europa, em detrimento das regiões a Leste. No entanto, mantem-se algumas dúvidas relacionadas com o contexto económico internacional e o possível impacto da inflação sobre a procura.

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No que se refere à evolução de indicadores turísticos para os próximos meses, e comparando com o período homólogo do ano anterior, a previsão da 68ª edição do Barómetro do IPDT é que a atividade do turismo, a procura a nível externo e o investimento privado deverão aumentar nos próximos meses, enquanto se poderá assistir-se a uma diminuição da procura por parte do mercado interno.

As preocupações dos membros do painel passam pela carga fiscal, o investimento público, o endividamento das empresas, o número de pessoas empregadas no setor e a rentabilidade das empresas.

Por outro lado, 34% dos inquiridos aponta que as empresas e destinos podem contar com alguns desafios em 2023, sobretudo no plano económico, com a inflação e o aumento dos custos energéticos e das taxas de juro, enquanto na opinião de 36% dos membros do painel que responderam, a boa imagem de o destino Portugal goza atualmente: um destino seguro, sustentável, com qualidade e value for money, são as grandes oportunidades.

O IPDT convidou os membros do Batómetro a dar o seu contributo para o desenvolvimento de uma agenda turística para 2023, em cinco áreas distintas. Assim, no plano ambiental, as preocupações prendem-se com o reforço da aposta em energias alternativas (16%), no económico, o reforço do combate à inflação e à subida das taxas de juro são prioridade para 31% dos inquiridos, enquanto na vertente cultural, 16% defende a aposta na diversidade cultural do país, respeitando a identidade local dos territórios.

No que se refere ainda à agenda turística para este ano, no plano social, as grandes metas devem ser o reforço da responsabilidade, estabilidade, colaboração, justiça e combate à exclusão (22%) e cerca de 35% dos membros que responderam, referem a estabilidade, igualdade, qualidade e credibilidade política como grandes objetivos a nível político.

No âmbito das tendências, salientam-se a escolha de destinos seguros, e de maior proximidade (17%), o bleisure (14%), e o regresso aos city-breaks (13%), como os principais comportamentos que vão marcar o ano de 2023.

 

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Mercado turístico português valeu 17,1MM€ em 2023, revela a Informa D&B

O volume de negócios agregado dos principais setores turísticos em Portugal (hotelaria, transporte aéreo, agências de viagens, operadores turísticos, transporte rodoviário de passageiros e rent-a-car) atingiu os 17,1 mil milhões de euros em 2023, o que equivale a um crescimento de 20% face ao ano anterior, revela uma análise da Informa D&B.

No mercado de serviços turísticos, de acordo com a análise, os estabelecimentos hoteleiros e as agências de viagens a retalho são os que apresentam uma atomização mais elevada. No final de 2022, o número de empresas que geriam estabelecimentos hoteleiros rondava as 4.500, tendo sido responsáveis por um volume de emprego conjunto de cerca de 63.800 trabalhadores. O Algarve é a região com maior concentração desta atividade, com quase 29% das camas disponíveis, seguindo-se Lisboa, o Norte e o Centro, respetivamente com perto de 21%, 18% e 14%. Por sua vez, o setor de agências de viagens a retalho era constituído por 2. 235 empresas, que empregavam cerca de 9.200 pessoas.

A Informa D&B diz ainda que a grande maioria das empresas turísticas portuguesas concentra a sua atividade numa única atividade, embora se destaquem alguns grupos turísticos com maior diversificação. A estrutura empresarial do setor tende para a concentração de todas as atividades, devido ao crescimento dos grandes operadores, apoiado principalmente pelas aquisições e fusões de outras empresas, e pelo encerramento de pequenas empresas não rentáveis.

O estudo dá ainda conta que o número de hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros rondou os 30 milhões em 2023, que representa um aumento de 13% face a 2022, enquanto as dormidas totalizaram cerca de 77,2 milhões, mais 11%. O aumento das dormidas registou a maior subida entre a população estrangeira, com um crescimento de 15%. Assim, as previsões apontam para a continuação do crescimento deste mercado, embora a um ritmo inferior ao dos anos anteriores.

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Redes sociais influenciam viagens dos portugueses, diz estudo da eDreams

Quase metade dos portugueses já viajou para um destino que não tinha considerado visitar graças à influência das redes sociais, revela um estudo da eDreams, predominante entre as faixas etárias mais jovens – a grande maioria dos inquiridos entre os 25-34 anos (56%), 18-24 anos e 35-44 anos (53% para ambos).

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A agência de viagens online eDreams acaba de divulgar os resultados do mais recente estudo que encomendou a uma empresa independente de estudos de mercado, desta vez sobre o impacto das redes sociais na escolha dos destinos dos viajantes. Neste caso, a empresa apurou que praticamente metade (49%) dos portugueses já viajou para um sítio que antes não tinha considerado, graças à influência das redes sociais, sendo que, a grande maioria dos inquiridos entre os 25-34 anos (56%), 18-24 anos e 35-44 anos (53% para ambos) já passou por esta realidade.

Já em sentido contrário, a grande maioria dos inquiridos mais velhos nunca visitou destinos novos por ter sido motivado a isso pelas redes sociais (55-64 anos – 66% e 65 ou mais anos – 89%). Neste ponto, foi possível também perceber que as mulheres portuguesas foram ligeiramente mais influenciadas pelas redes sociais para escolher novos destinos (51% vs. 47% dos homens).

A análise conclui igualmente que os portugueses são bastante mais influenciados pelas redes sociais na escolha de novos destinos de viagem do que outros países – de facto, a média global na resposta a esta questão foi de apenas 37% (vs 49% entre os inquiridos nacionais).

A eDreams quis também perceber se os portugueses já tinham ficado desiludidos com um destino ao vivo, em relação ao que tinham visto anteriormente nas redes sociais, mas a maior parte (62%) dos viajantes diz não ter se ter sentido defraudado nesse sentido. Esta resposta está também em linha com a média global (66%) do estudo da empresa.

Finalmente, em relação à questão das razões que levam os viajantes a partilhar conteúdos de férias nas suas redes sociais, para a maioria dos inquiridos, a principal motivação é guardar memórias das suas experiências (53%), mas também porque querem levar os seguidores a descobrir novos lugares (13%). É de destacar também que 20% dos portugueses diz não fazer publicações sobre as suas férias, em especial os inquiridos com idade superior a 55 anos (40%).

No caso daqueles que publicam conteúdos sobre as suas férias, 29% indicaram que, mesmo que ficassem desiludidos com as suas férias, estariam algo propensos a publicar sobre elas. Aqueles que não publicariam conteúdos sobre as suas férias caso estas os desiludissem dizem que agiriam assim para não influenciar as outras pessoas a visitar locais que as vão desapontar (38%) ou porque desejam ser autênticos nas redes sociais (32%).

Estes dados resultam de um inquérito realizado a nove mil consumidores a nível mundial, levado a cabo pela empresa de investigação independente OnePoll para a eDreams ODIGEO. O inquérito foi realizado em sete países, incluindo Alemanha, Espanha, EUA, França, Itália, Portugal e Reino Unido. A amostra portuguesa foi composta por mil indivíduos, todos adultos que tenham ido de férias nos últimos cinco anos.

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Turismo com mais de 4.000 reclamações desde o início do ano

Em vésperas das comemorações do Dia Mundial do Turismo, o Portal da Queixa revela que o setor do turismo em Portugal foi alvo de mais de 4.00 reclamações desde o início do ano. Os principais alvos são sites de reservas de viagens, questões relacionadas com reembolsos, cobranças indevidas e companhias aéreas.

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O setor do turismo foi alvo de mais de 4000 reclamações desde o início do ano, verificando-se uma subida de 22%, face a período homólogo do ano anterior, revela uma análise do Portal da Queixa por ocasião do Dia Mundial do Turismo, assinalado a 27 de setembro.

Os consumidores queixam-se, sobretudo, dos sites de reservas de viagens e das companhias aéreas, com a cobrança indevida, os problemas com o reembolso motivam as principais ocorrências registadas este ano.

De acordo com os dados analisados, entre 1 de janeiro e 22 de setembro deste ano, o Portal da Queixa recebeu 4.079 reclamações relacionadas com o setor do turismo, o que compara com as 3.344 queixas do ano passado.

A análise efetuada à categoria “Hotéis, Viagens e Turismo”, revela que o maior número de reclamações registado, este ano, é dirigido às categorias: Sites de Reservas de Viagens (46,1%) e Companhias Aéreas (20,5% das queixas).

Em terceiro lugar estão os Sites de Reservas de Alojamento (10,4%). Seguem-se os Marketplaces – Viagens, Produtos e Serviços (6,7%) e as Agências de Viagens a acolher 5,9% das reclamações. Já os Hotéis e Cadeias Hoteleiras somaram 4,9% e os Aeroportos geraram 2,7% das ocorrências.

Entre os principais motivos de reclamação dos consumidores dirigidos ao setor de turismo estão: a cobrança indevida (29,1%) e os problemas com o reembolso (16,1%), seguindo-se ainda a falta de qualidade do serviço/hospedagem (8,6%); os problemas com o cancelamento da reserva (7,4%) e a dificuldade no apoio ao cliente (5,2%).

Entre as companhias aéreas, a TAP ganha o pódio de mais reclamada, acumulando cerca de duas centenas de reclamações, desde o início do ano.

Numa altura em que a privatização da empresa está a ser negociada – e cuja operação financeira deverá arrancar após a discussão do Orçamento do Estado para 2025 – as principais queixas contra a companhia aérea portuguesa denunciam problemas relacionados com o reembolso (33%); dificuldades com o cancelamento/alteração de voo (13,6%); problemas com bagagem danificada (13,1%) e bagagem extraviada (9,7%) e mau atendimento ao cliente (9,1%).

Sobre a performance da TAP no que se refere à resolução dos problemas reportados pelos consumidores, a marca regista baixos indicadores: com um Índice de Satisfação (IS) avaliado pelos consumidores em 15,2 (em 100); a taxa de resposta é de 11,3% e a taxa de solução de 12,4%, resultando uma reputação “Insatisfatória”.

Apatia dos reguladores e falta de apoio ao cliente
Segundo aponta Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, “a reputação do setor tem sido colocada em causa pela falta de apoio ao cliente, pela desorganização e incapacidade de resolução, bem como pela desinformação e pela apatia dos reguladores”.

“Constatámos que as reclamações dirigidas aos vários intervenientes do setor do Turismo têm vindo a aumentar, desde os agentes de viagens, sites de reservas, companhias aéreas e as cadeias hoteleiras, pelos mais variados motivos, contudo, muitos consumidores apontam a desinformação e a falta de apoio ao cliente como principais motivos, o que revela a desorganização e incapacidade de resolução de problemas, colocando em causa a confiança e a reputação do setor”.

“Infelizmente, continuamos a assistir à apatia dos reguladores, que são impotentes face às ofertas publicadas na internet, nomeadamente nas reservas em plataformas digitais, que devem ser combatidas através de ações que incrementem a literacia digital dos consumidores”, conclui Pedro Lourenço.

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Consumidores portugueses preocupados com “branqueamento ecológico”

O 3.º Relatório Global de Consumo MARCO 2024 revela que Portugal é dos países onde os consumidores mais suspeitam que as empresas estão a utilizar as suas credenciais de sustentabilidade como instrumentos de marketing.

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90% dos portugueses inquiridos para o 3.º Relatório Global de Consumo MARCO 2024, promovido pela MARCO em parceria com a Cint, empresa de pesquisa tecnológica, acreditam que muitas empresas afirmam ser sustentáveis apenas para fins promocionais.

O estudo, baseado num inquérito efetuado a uma amostra total de 7.300 pessoas, de 11 países (Brasil, França, Alemanha, Itália, México, Marrocos, Portugal, África do Sul, Espanha, Reino Unido e EUA), entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, aborda a sustentabilidade como um fator que se tornou decisivo no comportamento dos consumidores e lealdade às marcas nos últimos anos.

O relatório revela que uma grande maioria dos consumidores a nível global (81%) suspeita que as empresas estão a utilizar as suas credenciais de sustentabilidade como instrumentos de marketing, em vez de demonstrarem um compromisso genuíno com a responsabilidade ambiental e social. Portugal é o país onde este valor é o mais elevado, com os já referidos 90% dos inquiridos, seguido pela África do Sul com 86% e o México com 85%, o que evidencia uma forte preocupação com o “branqueamento ecológico”.

Apesar do aumento do ceticismo, o relatório revela também que os consumidores estão cada vez mais motivados a fazer escolhas sustentáveis no dia a dia. Por exemplo, 44% dos portugueses assume que consideraria deixar de andar de avião por questões de consciência ambiental, um valor que contrasta com a média global de 53%.

“Estas conclusões sublinham a importância da transparência e da responsabilidade nas iniciativas de sustentabilidade das empresas. À medida que os consumidores se tornam mais exigentes e esperam provas de um compromisso genuíno, as empresas devem navegar cuidadosamente neste novo cenário. Uma comunicação eficaz e ações tangíveis são mais cruciais do que nunca para criar e manter a confiança dos consumidores”, refere Diana Castilho, Head of Portugal da MARCO.

Já Emmanuelle Jacquety, Head of Sustainability Communications da MARCO, admite que “o crescente ceticismo dos consumidores em relação às credenciais de sustentabilidade das empresas é um sinal de alerta para as empresas de todo o mundo. Já não é suficiente promover simplesmente a sustentabilidade. As empresas devem demonstrar um impacto real e mensurável. A transparência, a responsabilidade e um compromisso real com a sustentabilidade são fundamentais para recuperar a confiança dos consumidores. As empresas que não satisfaçam estas expectativas arriscam-se não só a perder a credibilidade e a lealdade dos clientes, mas também a incorrer em sanções devido à futura regulamentação da UE”.

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Negócios no setor das viagens e turismo caem 12,6% até agosto, revelam dados da GlobalData

Durante os primeiros oito meses de 2024 foram anunciados 456 negócios no setor das viagens e turismo, avança a GlobalData.

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Um total de 456 negócios (fusões e aquisições – M&A, private equity e financiamento de risco) foram anunciados no setor de viagens e turismo no período de janeiro a agosto de 2024, o que representou um declínio de 12,6% no volume de negócios, face a igual período do ano passado, de acordo com a GlobalData.

Aurojyoti Bose, analista principal da GlobalData, revela que a atividade reflete uma abordagem “cautelosa por parte dos negociadores, embora os dados regionais e específicos do país revelem um quadro misto com a maioria registando contração.”

Durante janeiro a agosto de 2024, as regiões da América do Norte, Ásia-Pacífico e América do Sul e Central relataram uma queda anual no volume de negócios de 32,9%, 17,9% e 21,4%, respetivamente, enquanto o número de negócios para a região do Oriente Médio e África permaneceu nos mesmos níveis. No entanto, a Europa viu uma melhoria de 12,5% no volume de negócios durante janeiro-agosto de 2024 em comparação com janeiro-agosto de 2023.

Da mesma forma, os EUA, China, Austrália e França registaram uma redução anual no volume de negócios de 32,9%, 44,1%, 25% e 47,6%, respetivamente, durante janeiro-agosto de 2024. No entanto, o volume de negócios no Reino Unido, na Coreia do Sul e na Índia manteve-se praticamente igual, enquanto o Japão, a Alemanha e a Espanha registaram melhorias.

Entretanto, o número de transações de fusões e aquisições e de financiamento de risco diminuiu 9,2% e 25,8%, respetivamente, durante o período em análise. O volume de transações de private equity, por outro lado, manteve-se estável.

Bose conclui que este período de redução do fluxo de negócios pode sinalizar uma “mudança iminente, com potencial para realinhamentos estratégicos e investimentos direcionados à medida que o setor se adapta às novas realidades pós-pandemia e à evolução das preferências dos consumidores”.

Por isso, termina, “os negociadores devem permanecer atentos às tendências e oportunidades emergentes que podem impulsionar o crescimento futuro neste setor dinâmico.”

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Estudo da FEP conclui que Portugal precisa de mais imigração se quiser aumentar crescimento económico

Portugal precisa de mais imigração para aumentar o crescimento económico do país, diz estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, contrariando, igualmente, a ideia de que “os imigrantes empurram os nacionais para fora do mercado de trabalho”.

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Um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto concluiu que Portugal precisa de mais imigração se quiser aumentar o crescimento económico e nível de vida para “entrar no grupo de países mais ricos” da União Europeia até 2033.

Em comunicado, a Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) avança que o estudo contraria que “os imigrantes empurram os nacionais para fora do mercado de trabalho”.

O estudo conclui que a integração dos imigrantes alarga as oportunidades de investimento e emprego para todos, além do seu contributo para a segurança social.

“Em Portugal, é preciso aproveitar as fases de maior crescimento, como a atual (impulsionada por fatores temporários como o Plano de Recuperação e Resiliência e o ‘boom’ do turismo) para reter os imigrantes atraídos por essa dinâmica antes que se esgote”, afirma, citado no comunicado, o diretor da FEP, Óscar Afonso.

O estudo do gabinete de Estudos Económicos, Empresariais e de Políticas Públicas foi desenvolvido no âmbito da publicação Economia & Empresas.

Neste, que é o último capítulo da publicação, é estimada a evolução da população e das suas componentes, como a taxa de crescimento natural e a taxa de crescimento migratório nos países da União Europeia entre 1999 e 2022.

A decomposição das dinâmicas demográficas em Portugal, no período em análise, revelou “fatores não económicos favoráveis na maioria das componentes”, exceto a taxa de imigração, pelo que são sugeridas algumas medidas.

Entre as sugestões, o estudo recomenda que se fortaleça a capacidade de reter imigrantes, através da formação e do reforço da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), e que se contrarie “a fraca capacidade de atração de imigrantes”, sobretudo face à posição periférica de Portugal na Europa.

Nesse sentido, sugere-se que sejam estabelecidos acordos com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e outros, “o que ajudaria ainda a reverter a baixa natalidade em Portugal, já que a taxa de fertilidade dos imigrantes é superior à dos residentes”.

“Sem mudança de políticas, o crescimento económico anual previsto de 1,11% até 2033 causa uma queda estimada da população de 5,8%, bastante acima da perda de 2,1% projetada no ‘Ageing Report’ de 2024”, observa.

Segundo o estudo, se a implementação de reformas estruturais impulsionarem Portugal a crescer 3% ao ano, “o mínimo para atingir a metade de países mais ricos da União Europeia em 2033”, a subida da taxa de imigração média para 1,321% permite “compensar o saldo natural negativo e estabilizar a população”.

“Uma economia mais dinâmica e um maior nível de vida pressupõem que Portugal se organize para acolher um fluxo ainda maior de imigrantes no futuro de forma controlada, incluindo mecanismos ligados à evolução económica, como o requisito prévio de um contrato de trabalho e a auscultação das necessidades de trabalhadores das empresas, acompanhados de uma fiscalização adequada”, observa Óscar Afonso.

O estudo mostra ainda que, desde o início do milénio, a emigração nos países da União Europeia é “sobretudo de pessoas imigradas” e que a emigração de residentes por razões económicas ocorre principalmente em países com baixo crescimento económico e nível de vida inicial.

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Reuniões presenciais e viagens de negócios são essenciais para empresas e organizações, revelam estudos

As reuniões presenciais e as viagens de negócios geram benefícios mensuráveis para as empresas e organizações. Esta foi a conclusão de vários estudos internacionais, como o Oxford Economics, o J.D. Power and Tourism Economics e a Harvard Business Review, compilados pela Consultia Business Travel, que revelam um aumento das receitas e uma melhoria das relações profissionais.

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Estudos como o da J.D. Power e da Tourism Economics revelam que mais de 81% dos executivos consideram que as viagens de negócios são essenciais para o sucesso da empresa. Para além disso, de acordo com dados publicados pela Harvard Business Review, as reuniões presenciais são 34 vezes mais eficazes do que as videochamadas. Já a análise da Oxford Economics reforça esta mensagem ao indicar que por cada dólar investido em viagens de negócios as empresas americanas obtiveram um retorno de cerca de seis dólares em receita.

Os resultados destes estudos coincidem com o que a Consultia Business Travel, uma empresa especializada na gestão integrada e no aconselhamento das viagens empresariais e MICE, tem vindo a afirmar há algum tempo. Na opinião de Carlos Martínez, CEO da Consultia Business Travel, “a necessidade de reunir e juntar equipas a nível nacional e internacional, como consequência do teletrabalho, vai aumentar”, avançando que “estar próximo de todos os stakeholders, numa altura de dissociação global, é outra prioridade para as empresas que pretendem, também, continuar a abrir novos mercados”.

Foi para dar resposta a este crescimento que a Consultia Business Travel desenvolveu uma solução para gerir viagens corporativas da forma mais eficiente possível: Destinux, SaaS (Software as a Service) que permite digitalizar e automatizar todos os processos envolvidos sem dispensar o tratamento personalizado e humano de um Personal Travel Assistant.

 

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eDreams ODIGEO chega a junho com subida de rentabilidade e expansão da sua base de subscritores

A eDreams ODIGEO (eDO), empresa de subscrição de viagens, que acaba de divulgar os resultados relativos ao primeiro trimestre do exercício financeiro de 2025, terminado a 30 de junho de 2024, revela que registou um forte crescimento “impulsionado pelo sucesso contínuo da sua plataforma de subscrição”.

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No período em análise, os ganhos significativos de rentabilidade foram impulsionados pelo modelo de subscrição Prime, cujo número de membros cresceu 32% em relação ao ano anterior, atingindo 6.2 milhões de membros.

O volume líquido de adesões no trimestre foi de 409 mil. Embora a empresa preveja volatilidade nas adesões líquidas trimestrais devido aos padrões de sazonalidade, vai registar pelo menos mais um milhão de membros até ao final do ano fiscal em curso.

Tal como previsto, a maturidade dos membros Prime é o principal fator de crescimento dos lucros e das margens, e ambos continuaram a aumentar. A rentabilidade aumentou 23% para 36 milhões de euros, em comparação com os 29.4 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior. Prevê-se que a rentabilidade vá aumentar pelo menos +48% em termos homólogos até ao final deste ano fiscal, atingindo 180 milhões de euros.

A expansão contínua da base de membros Prime permitiu um crescimento contínuo das receitas. As receitas cresceram 4% para 173.5 milhões de euros, e as provenientes apenas dos membros Prime registaram um aumento significativo de 22%, representando agora 67% do total. Os lucros marginais aumentaram 16% para 60 milhões de euros.

De acordo com os resultados apresentados, o Fluxo de Caixa Livre situou-se em 20.4 milhões de euros, contra 15.2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado, o que representa uma melhoria de 5.2 milhões de euros em termos homólogos, ou seja, um aumento de 35%. Até ao final do ano fiscal, prevê-se que ultrapasse os 90 milhões de euros, mais do que duplicando em relação ao ano passado.

O lucro líquido foi positivo em termos ajustados, atingindo 2.6 milhões de euros, um aumento de 145% em termos homólogos.

Segundo Dana Dunne, CEO da eDreams ODIGEO, “este desempenho enfatiza a nossa posição enquanto uma empresa de subscrições mais forte, mais rentável e cada vez mais previsível. O Prime chega agora a milhões de lares, mas o que nos entusiasma ainda mais é o vasto potencial que temos pela frente, tendo em conta o enorme mercado abordável que ainda temos por explorar”.

À medida que a eDO avança para o último ano fiscal do seu plano estratégico de 3.5 anos, “os objetivos de longo prazo que nos propusemos atingir estão agora bem ao nosso alcance. Já em 2021, quando definimos a nossa visão pela primeira vez, o nosso objetivo não era apenas o crescimento dos negócios – pretendíamos liderar pela inovação, sendo a primeira e a maior plataforma de subscrições de viagens do mundo. Esta foi uma estratégia ousada e inovadora, e revelou-se muito bem-sucedida”, destacou.

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Relatório do Nova SBE WiTH Africa identifica tendências e oportunidades para impulsionar crescimento económico do continente

O Business Tourism in Africa, relatório do Nova SBE WiTH Africa (iniciativa do Nova SBE Data Science Knowledge Center), identifica as principais tendências e oportunidades do setor nos últimos cinco anos e identifica estratégias para impulsionar o crescimento económico do continente africano. Alerta que África necessita de inovação contínua para aumentar atratividade.

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Escassez de mão de obra, oferta reduzida de rotas aéreas e investimentos atrasados são os principais desafios identificados no setor Business Tourism em África. Neste sentido, a melhoria da conetividade e a modernização de processos apresentam-se como imprescindíveis para aumentar a atratividade de África junto dos viajantes de negócios e impulsionar o crescimento económico do continente

Fruto da maior flexibilidade de trabalho e do aumento das alternativas virtuais para a realização de reuniões de negócios, a recuperação do turismo de negócios em África tem sido especialmente lenta podendo inclusivamente levar a uma redução duradoura das viagens de negócios. A análise, que cita dados do Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo do Fórum Económico Mundial, recorda que este setor é fundamental para o crescimento das economias africanas, desempenhando um papel crucial na melhoria dos meios de subsistência em todo o continente. A pandemia COVID-19 teve um impacto muito significativo, devido à impossibilidade de realizar encontros de negócios físicos e, apesar do setor ter adaptado rapidamente a sua oferta, disponibilizando formatos virtuais e/ou híbridos, o ano de 2020 registou um declínio considerável de 2,7% face a 2019 no desempenho global das viagens de negócios (dados Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo do Fórum Económico Mundial).

No entanto, destes desafios, são identificadas no presente relatório novas oportunidades no turismo de negócios em África, que permitem criar possibilidades e experiências complementares. O aumento das viagens que combinam negócios e lazer (bleisure) e o crescimento significativo do nomadismo digital estão a criar dinâmicas no setor que, no entanto, se apresenta pouco preparado para fazer face aos novos cenários: a escassez de mão de obra, a capacidade limitada das rotas aéreas e os investimentos atrasados enfatizam a necessidade de inovação contínua e abrem oportunidades para fortalecer as atuações, transformando obstáculos em catalisadores para o desenvolvimento e avanço.

O crescimento do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em vários países africanos tem também sido um motor importante para o aumento das viagens de negócios. Medidas estratégicas de incentivo ao investimento, campanhas de marketing e parcerias com organizações globais estão a ser implementadas para atrair eventos internacionais sendo de destacar o caso da Costa do Marfim que está atualmente a negociar um empréstimo de 5,8 mil milhões de dólares com o Banco Africano de Desenvolvimento para desenvolver a cidade empresarial de Abidjan como um centro de convenções de destaque.

Analisando o ambiente de negócios e tendo ainda como referência o Fórum Económico Mundial, o relatório destaca Maurícias como o país africano líder em 2024, seguido de perto pelo Botswana, Ruanda, Marrocos e Egito. No contexto urbano, Business Tourism in Africa toma como referência a classificação Statista das 200 principais cidades de negócios do mundo em 2022, e destaca Cairo, Argel e Joanesburgo, encontrando-se também no ranking, mas com posições inferiores Casablanca, Nairobi e Cidade do Cabo.

No que respeita ao Índice de Abertura de Vistos em África (AVOI) 2023, o relatório revela avanços importantes na facilitação das viagens intracontinentais, com 48 dos 54 países africanos a oferecer entrada sem visto para pelo menos uma outra nação africana.

O Business Tourism in Africa identifica ainda os mais críticos desafios para o turismo de negócio em África:  conetividade e infraestruturas. Tendo como referência os dados disponibilizados pelo International Air Transport Association (IATA) o relatório revela que embora o continente tenha registado um crescimento anual de 10% no tráfego aéreo (março de 2024) e um aumento considerável no número de passageiros (16,8%), a África apenas detém 2,1% do mercado global e 1,8% da quota mundial de viagens aéreas internacionais. A conetividade limitada compromete a eficiência das viagens de negócios, dificultando a mobilidade entre os principais centros de negócios no continente. Uma das principais recomendações do relatório é melhorar a conetividade, tanto internamente no continente quanto em âmbito internacional. Modernizar os processos, como a obtenção de vistos, é essencial para aumentar o apelo da África para viajantes de negócios. Essas medidas são fundamentais para impulsionar o crescimento económico e promover a integração regional em África.

 

 

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Gastos com viagens de negócios cresceram timidamente na Europa

Os gastos com viagens de negócios aumentaram ligeiramente na Europa no primeiro semestre do ano, revela um novo relatório AirPlus Business Travel Index.

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O relatório do AirPlus Business Travel Index aponta para um ligeiro aumento dos gastos ligados às viagens de negócios na Europa estimado em 1,7% no que diz respeito à compra de bilhetes de avião no período janeiro-junho, em comparação com o primeiro semestre de 2023. Um aumento aproximadamente equivalente ao de o número de bilhetes vendidos (+1,6%). Quanto às variações de preços, continuam a ser medidas de acordo com o especialista em soluções de pagamento. O preço médio de um bilhete em classe económica atinge os 526 euros (+1,5%), face aos 3.784 euros da classe executiva – um valor inferior (-2,1%) comparativamente a 2023.

O relatório da AirPlus indica ainda que, após um período de incerteza durante o qual as compras de “última hora” se generalizaram, os viajantes estão a antecipar mais as suas viagens de negócios. Em média, os viajantes reservaram o seu voo 28,8 dias antes da partida, mais de dois dias antes do ano anterior (26,3 dias). Os autores do relatório acreditam assim que “as empresas querem claramente garantir capacidade e preços numa fase inicial para assegurar maior segurança no planeamento”.

Este empoderamento dos viajantes também se encontra no aspeto do desenvolvimento sustentável, segundo os autores do relatório. Estes últimos destacam um declínio – novamente ligeiro, no entanto – na proporção de voos domésticos na Europa, passando de 32,2% para 31,3% em 2024. Além disso, se a duração média de uma viagem de negócios ainda está nos cerca de seis dias (5,8 dias), as viagens diárias de ida e volta diminuem ligeiramente de 6,8 para 6,7%.

Apesar da ligeira evolução, relatório confirma que há vários anos que a tendência tem sido no sentido da redução do número de voos domésticos e do aumento da duração das viagens. Isto se deve aos esforços das empresas em direção à sustentabilidade. Por exemplo, os funcionários muitas vezes combinam vários compromissos numa viagem mais longa, em vez de fazer várias viagens curtas.

Além disso, o relatório da AirPlus Business Travel observa, igualmente, um ligeiro aumento no segmento bleisure. Mads Krumhardt Enggren, CEO da AirPlus International refere que “vemos que a combinação de viagens de negócios e privadas está a tornar-se cada vez mais popular”, para destacar que, especialmente em tempos de escassez de mão de obra qualificada, “é crucial que as empresas ofereçam aos seus colaboradores modelos de trabalho flexíveis para aumentar a sua satisfação e produtividade. A combinação de viagens de negócios e privadas é um elemento importante na retenção de talentos a longo prazo”. Assim, a análise estima que 16% dos viajantes optaram por uma estadia híbrida entre viagens de negócios e viagens privadas, valor 0,6 pontos acima em relação a 2023.

Quanto aos destinos mais populares entre os viajantes, permanecem inalterados:  Alemanha, Espanha e Reino Unido na Europa, Estados Unidos, China e Índia no longo curso.

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