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As 10 +lidas no site do Publituris em 2022

Durante o ano de 2022, foram muitas as notícias produzidas e publicadas em www.publituris.pt. Fica a lista das 10 + lidas durante o ano passado.

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Grupo Ibéria inicia operação sazonal e inclui Faro e Ponta Delgada

O Grupo Iberia deu início, no último fim de semana, a operação de grande parte das suas rotas de verão, com uma oferta de 15 destinos para satisfazer a procura de férias no mercado espanhol.

Na sexta-feira começaram os voos para Faro, operados pela Iberia Regional/Air Nostrum, que arrancam com duas frequências semanais, passando depois a cinco por semana, para chegar a agosto, a uma frequência diária.

Ainda em relação à operação sazonal, a Iberia repete, pelo segundo ano consecutivo, voos para Ponta Delgada, nos Açores, de 3 de julho a 30 de setembro, com três frequências semanais em julho e agosto e duas em setembro.

A oferta do Grupo Iberia em Portugal completa-se com voos oferecidos ao longo do ano para Lisboa (36 frequências semanais), Porto (26 frequências semanais) e Funchal (sete frequências semanais).

Para além de Ponta Delgada a Faro, em Portugal, a Iberia juntamente com a Iberia Express e a Iberia Regional/Air Nostrum oferecem, durante o verão, voos diretos para Zagreb e Split na Croácia; Olbia, Catânia e Bari na Itália; Corfu, Creta, Mykonos e Santorini na Grécia, assim como Edimburgo, Keflavic e Bergen. Além disso, a companhia aérea espanhola, pela primeira vez, voará para Tirana, na Albânia, em voos charter comercializados pela World2Meet (W2M), todas as terças-feiras, de 20 de junho a 26 de setembro.

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Turismo

Luís Araújo sai. Carlos Abade é o novo presidente do Turismo de Portugal

Carlos Abade, novo presidente do Turismo de Portugal, assume funções a 20 de junho, depois de Luís Araújo, que liderava o Instituto Público desde 2016, ter apresentado a demissão.

Victor Jorge

O setor do turismo foi surpreendido esta sexta-feira, 2 de junho, com o pedido de demissão de Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal desde fevereiro de 2016, altura em que assumiu a liderança depois de substituir João Cotrim de Figueiredo no cargo.

A demissão do cargo de presidente do Turismo de Portugal, funções que deixa de exercer no dia 19 de junho, foi pedida pelo próprio, por razões pessoais, sendo que Luís Araújo não é o único a cessar funções no instituto responsável pela promoção turística de Portugal, já que no dia 22 de maio, cessou funções o vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, Filipe Silva, por ter terminado a respetiva designação em comissão de serviços.

Luís Araújo, que liderou o Instituto Público nos últimos sete anos, diz, em comunicado, que “dirigir o Turismo de Portugal foi dirigir uma equipa de excelência, uma equipa que está de parabéns pelo trabalho que tem vindo a ser realizado e que, certamente, irá continuar a demonstrar toda a sua capacidade de trabalho e de inovação em prol deste importante sector de atividade”.

Recorde-se que o Conselho de Ministros, de 25 de maio, aprovou um decreto-lei que altera a orgânica do Instituto do Turismo de Portugal e que, segundo comunicado divulgado após esse mesmo Conselho de Ministros, visa “garantir uma organização interna mais adequada aos atuais desafios e necessidades do setor”.

Nesse mesmo dia [25 de maio], Miguel Sanz, diretor-geral do Instituto de Turismo de España (Turespaña), sucedeu a Luís Araújo à frente da presidência da European Travel Commission (ETC) lugar que ocupou nos últimos três anos.

No dia 20 de junho, inicia funções um novo Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, I.P., assumindo Carlos Abade a presidência, integrando Lídia Monteiro, até agora diretora Coordenadora da Direção de Apoio à Venda do instituto, e Catarina Paiva, atualmente diretora do ISEG Executive Education, esse mesmo novo Conselho Diretivo, como vogais.

Teresa Monteiro mantém-se como vice-presidente do Turismo de Portugal, indicando o Ministério da Economia, em comunicado, que os novos elementos serão “nomeados em substituição, até conclusão dos procedimentos concursais para o preenchimento dos respetivos cargos, que serão abertos e anunciados a breve trecho”.

O novo presidente do Turismo de Portugal é licenciado em Direito, pela Universidade Internacional de Lisboa, e possui um Executive Master in Finance and Control pela Católica Lisbon School of Business & Economics.

Com mais de 25 anos de experiência profissional no turismo, tem exercido desde 2016 as funções de Vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, I.P., assumindo as competências relacionadas com a orientação e gestão do instituto nas áreas de apoio às empresas e ao investimento e na área financeira. Tem exercido, também, as funções de Vogal não executivo do Conselho de Administração da ENATUR – Empresa Nacional de Turismo, S.A., Vogal não executivo do Conselho de Administração da Turismo Fundos, SGOIC, S.A., Presidente do Conselho Geral do Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema, Presidente do Conselho Geral do Fundo Revive Natureza e Vice-Presidente do Conselho Geral do FIEAE – Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas.

Lídia Monteiro é, desde 2014, diretora Coordenadora da Direção e Apoio à Venda do Turismo de Portugal com a responsabilidade pela promoção nacional e internacional do país enquanto destino turístico e pelo apoio à internacionalização das empresas turísticas nacionais. Tem a seu cargo os departamentos de Comunicação e Marketing Digital e de Marketing Territorial e Negócios e as Equipas de M&I e de Operações Turísticas.

É licenciada pela UTAD e com formação executiva em gestão e marketing pelo ESADE em Barcelona e em marketing digital pela Universidade Católica de Lisboa. Profissional de comunicação e marketing com uma vasta experiência de mais de 25 anos, tem integrado diversas comissões interministeriais e órgãos diretivos. Tem sido responsável pelas campanhas mais premiadas de promoção turística do país. Foi eleita Personalidade de Marketing do Ano em 2018 e Marketeer do Ano em 2022, pela Meios & Publicidade.

Por fim, Catarina Paiva é licenciada em Comunicação pela Universidade Católica Portuguesa, Pós-Graduada em Marketing pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e em Recursos Humanos pelo ISEG. Diplomada em várias Escolas de Negócio (Business Schools) em áreas de Gestão, Liderança e Gestão de Equipas e Negociação, tendo recebido formação em várias instituições nacionais e internacionais de referência, nomeadamente na Kellogg School of Management, em Chicago e no IE Business School, em Madrid.

Atualmente, é diretora de Formação no ISEG Executive Education, fazendo também parte da Direção Executiva, órgão que assegura a gestão corrente da instituição. Tem mais de 20 anos de experiência na área de desenvolvimento de Pessoas e Gestão de Formação de Executivos.

No comunicado emitido pelo Ministério da Economia pode ler-se que “estas nomeações refletem, por um lado, o reconhecimento do mérito de quadros do Turismo de Portugal, com provas dadas nos planos nacional e internacional e com um profundo conhecimento do setor, pela atribuição de novas e mais elevadas responsabilidades e, por outro, a integração de novas valências” O comunicado refere ainda que, “entende-se que se irá imprimir um novo impulso assente na continuidade, ao nível das políticas, da estratégia e da missão e valores do Turismo de Portugal”.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, “reconhece o trabalho desempenhado por Luís Araújo, e pelo respetivo vogal, Filipe Silva, os quais contribuíram para a afirmação de um setor muito relevante para a economia nacional, o turismo, cujo trabalho e resultados podem servir de exemplo e inspiração a outros setores da economia”.

Já Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços (SETCS), saúda e louva o contributo e legado deixado por Luís Araújo e pela equipa que liderou, para um setor forte, que cresce em valor e em qualidade“.

O atual SETCS, que tomou posse no final de 2022, salienta ainda que o “reconhecimento internacional do destino Portugal e o seu crescimento muito se devem ao trabalho e competência do Turismo de Portugal” e, “mantendo o mesmo espírito e visão” diz “estar certo de que este novo Conselho Diretivo, altamente qualificado e com uma nova energia, saberá estar à altura dos desafios que se colocam ao setor”.

António Costa e Silva e Nuno Fazenda exprimem, ainda “igual agradecimento público e reconhecimento ao vogal cessante [Filipe Silva], pela forma dedicada, leal, empenhada e com sentido de serviço público com que desempenhou as suas funções, a que acrescem as suas qualidades humanas, pessoais e relacionais”.

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Transportes

ARAC vai estudar implementação de hubs de carregamento elétrico e espera incentivos para o rent-a-car

A Associação Nacional dos Locadores de Veículos – ARAC esteve esta quinta-feira, 1 de junho, reunida em Assembleia Geral Ordinária, durante a qual aprovou os objetivos para 2023.

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A Associação Nacional dos Locadores de Veículos – ARAC esteve esta quinta-feira, 1 de junho, reunida em Assembleia Geral Ordinária, durante a qual aprovou os objetivos para 2023, com destaque para a vontade da associação estudar a implementação de hubs de carregamento elétrico para o rent-a-car, em relação aos quais, diz a associação, “são esperados incentivos”, assim como para a aquisição destes veículos.

Num comunicado enviado à imprensa, a ARAC, que está a comemorar 48 anos de existência, diz que este tema está já a ser tratado “através do Fundo Ambiental e do Turismo de Portugal”, uma vez que se prevê que, em 2023, surjam “novos modelos elétricos que anunciam níveis de autonomia superiores”.

“Considerando que alguns Estados, como é o caso de Portugal têm apostado na concessão de incentivos públicos à compra de veículos elétricos, este ano deverá ficar marcado por um acréscimo deste tipo de veículos no universo dos automóveis em circulação”, acrescenta a ARAC.

A ARAC mostra-se também disponível para estudar a “viabilidade de implementação/construção” de hubs de carregamento para veículos elétricos para as empresas associadas da ARAC, num trabalho cujas condições vão ser ainda estudadas e determinadas.

“Devido às alterações climáticas provocadas pelo crescente aumento das emissões de CO2, o mundo acordou para a necessidade de reduzir drasticamente a poluição provocada pelas emissões de CO2. Perante tal cenário torna-se importante na atividade de rent-a-car, a construção de Hub’s de carregamento para as viaturas afetas a esta atividade, sobretudo junto dos terminais de transporte (aeroportos e
terminais de caminhos de ferro)”, explica a ARAC.

A ARAC espera poder contar com a colaboração de parceiros, nomeadamente das Câmaras Municipais, fornecedores de energia e empresas de higienização de veículos e quer ter uma “participação ativa”  na “criação e divulgação de novos apoios financeiros à manutenção e ao investimento na atividade representada pela ARAC, tendo por objetivo a ajudar a recuperação das empresas duramente atingidas pela pandemia e introduzir melhorias na capacidade competitiva e produtiva das empresas”.

Em 2023, a ARAC conta também lançar novos serviços de apoio aos associados e membros aliados e proceder ao “desenvolvimento de uma aplicação para gestão de sócios e veículos com vista a garantir a indispensável informação estatística sobre os sectores representados” pela associação.

Nos planos da associação para 2023 está também a realização de “Conferências e Seminários Técnicos e iniciativas afins alargando o leque temático a áreas conexas com a atividade de aluguer de automóveis sem condutor, tais como o Turismo, o
Comércio, Fiscalidade Automóvel, Legislação Laboral e Direitos do Consumidor”, além de pretender promover o “desenvolvimento das Secções da Associação, de modo a tornarem-se um forte motor das decisões setoriais”.

Este ano, a ARAC conta também manter a aposta na formação e, à semelhança do que já aconteceu em 2022, tem prevista a “realização de mais cursos profissionais especialmente dirigidos aos colaboradores das empresas associadas da ARAC, promovendo o emprego e valorizando as carreiras profissionais, com atenção às
especificidades do setor”.

“As ações de Formação Profissional supra referidas serão realizadas em colaboração com o Turismo de Portugal com recurso às Escolas de Formação Turística”, acrescenta a associação.

A associação pede ainda que, este ano, sejam corrigidas as “distorções existentes no rent-a-car face aos restantes países da União Europeia” e que seja revisto o atual quadro legal para o rent-a-cargo, sem esquecer também a revisão do D.L. 181/2012, de 6 de agosto, pelo D.L. 47/2018, de 20 de junho, que regulamenta as atividades de rent-a-car e sharing, de modo a acomodar a celebração de contratos de rent-a-car em formato digital.

A ARAC diz ainda que vai acompanhar, “com especial atenção, o projeto de código de conduta da União Europeia para a atividade de rent-a-car que pretende reunir
um conjunto de princípios aplicáveis às empresas do setor” e conta implementar ainda um canal de comunicação electrónico entre o SCoT e a base de dados
de veículos afetos ao aluguer da ARAC, através de um protocolo com a ANSR.

“Os desafios que atravessamos transcendem os limites da individualidade
das empresas. Desafios que, se os quisermos transpor, é preciso pensar de
modo mais abrangente, traçar novos caminhos, ir além das fronteiras já
dominadas”, refere ainda a ARAC, na informação divulgada.

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Destinos

“Portugal poderá funcionar como ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus”

De visita a Portugal, Tasneem Motara, Membro do Conselho Executivo para o Desenvolvimento Económico de Gauteng (África do Sul) e responsável pelo setor do turismo, admitiu querer que o número de portugueses a visitar o país regresse ao período pré-pandémico. Para tal, a oferta de experiências várias é um dos pontos que destaca, embora reconheça que uma ligação direta feita pela TAP seria uma mais-valia.

Victor Jorge

Em 2019, foram 30.000 os portugueses que viajaram até à África do Sul, números que desceu nos anos da pandemia, registando-se já uma recuperação. A razão que leva os portugueses a viajar até à África do Sul são as pessoas. Contudo, Tasneem Motara reconhece que o país tem muito mais para oferecer, reconhecendo, contudo, que uma ligação aérea – com a TAP – acrescentaria mais turistas portugueses a visitar a África do Sul e sul-africanos a visitarem Portugal.

O interesse e importância da África do Sul é, de resto, confirmada pelo facto das comemorações Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas serem iniciadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, entre 4 e 8 de junho, para depois “viajarem” até Peso da Régua.

Como se comportou o turismo na África do Sul em 2022?
O ano de 2022 foi marcado pela recuperação. A COVID-19, naturalmente, tive um impacto forte no turismo do país, já que antes da pandemia tínhamos cerca de 10 milhões de visitantes, número que baixou para 5,7 milhões durante a pandemia. Atualmente, penso que conseguimos estabilizar o número acima dos seis milhões, mas a nossa intenção e objetivo é chegar, rápida e novamente, aos 10 milhões de turistas.

E o que irão fazer para atingir, novamente, esses 10 milhões?
Duas coisas. Primeiro, estamos com as baterias apontadas à organização de grandes eventos e mostrar a capacidade da África do Sul para a organização e realização dos mesmos. Por isso, a aposta está, claramente, virada para o MICE. Estamos, também, a olhar para os grandes eventos desportivos e estamos a trabalhar em duas iniciativas que, tendo sucesso, conseguiremos dar a volta nos próximos dois anos.

Nestes últimos tempos temo-nos dedicado a organizar eventos internacionais mais pequenos, de forma a ressuscitar a indústria, mas iremos apostar forte e agressivamente no MICE.

Quando diz eventos internacionais, são eventos globais ou africanos?
Globais, essa é a estratégia âncora. Para tal, apostamos num marketing agressivo e mostrar a nossa oferta local disponível.

Não nos podemos, contudo, esquecer que, tal como a maioria das economias, também a África do Sul foi impactada pela pandemia e, por isso, a capacidade dos consumidores gastarem foi restringida. Daí estarmos a promover a oferta local junto dos sul-africanos e dizer que, se não tiverem possibilidade de viajar no próximo ano ou dois, existe uma economia local para explorar e enriquecer.

O mercado português faz parte de um crescente centro de turismo europeu que impulsionou o crescimento de mais de 16% nas chegadas à África do Sul até o final de 2022

À (re)descoberta de um país
Em Portugal, durante a pandemia, muitos portugueses (re)descobriram o seu país. Isso também aconteceu na África do Sul?
Sim, o que a COVID fez foi dar uma maior perceção às pessoas do que o país, efetivamente, oferece, as possibilidades que têm em interagir com pessoas, natureza e experiências. E como diz, foi possível verificar que muitos descobriram ou redescobriram o seu próprio país.

Isto também ajudou, em muito, as Pequenas e Médias Empresas (PME) e a economia local. Fez com que as pessoas procurassem novas experiências e, fundamentalmente, experiências com sentido. É uma tendência, mas é uma boa tendência.

E essa procura é só nacional ou também continental?
Na verdade, a grande maioria dos 10 milhões de visitantes que tínhamos eram continentais. Conseguimos atrair muitos turistas durante o nosso verão que coincide com o inverno na Europa.

Os nossos principais mercados continuam a ser África, Europa, Américas, Australásia e Médio Oriente. Especificamente para os mercados europeus, registamos um aumento de mais de 16% no final de 2022, com destaque para o Reino Unido, Alemanha, França, Bélgica, entre outros.

É por isso que estamos em Portugal para, em primeiro lugar, registar a importância deste mercado e, em segundo lugar, incentivar os portugueses a visitar mais o nosso país e região, aumentar a estadia e, enquanto desfrutam da nossa hospitalidade, explorar as muitas oportunidades de investimento e de negócios, tornando a visita numa experiência “bleisure”.

É através das viagens de negócio que pretendem impulsionar o turismo na África do Sul?
Sim, mas não só. Notamos, de facto, que as pessoas nos visitam por motivos de negócio. Por isso, convidamos as pessoas a ficar mais um ou dois dias para conhecer as experiências sul-africanas.

O que registamos, também, é que as pessoas regressam e regressam com as famílias, já que a experiência foi agradável.

Também notamos que, com a pandemia, os investidores estão a olhar para novos mercados para fazer negócio, já que a pandemia forçou muita gente a reorientar os seus próprios negócios.

Sei que os portugueses adoram comida, apreciam vinhos. Por isso, oferecer uma boa experiência gastronómica é vital. Ligar essa experiência gastronómica à natureza, a cenários que só na África do Sul é possível ter, é importante

Criar, portanto, novas oportunidades?
Claro. E sendo a África do Sul um país em desenvolvimento, um dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – existem sempre novas oportunidades. Estamos sempre à procura de novas soluções para diversas crises e desafios. Temos uma grande população jovem e desempregada. Temos grandes oportunidades em diversas áreas como a agro-indústria, energia e, claro, turismo.

Por isso, dizemos, venham descobrir novas oportunidades de negócio e, depois, regressem e tragam as vossas famílias para viver experiências memoráveis e autênticas, interagir com os locais, com a natureza, com a cultura.

Mas durante a pandemia, quais foram os mercados com melhor performance?
Diria que continua a ser o africano, seguido do asiático e do europeu. Países como Portugal, Grécia, Bélgica e Itália possuem uma forte comunidade de expatriados. Lá está, é mais uma oportunidade a explorar.

O mercado português faz parte de um crescente centro de turismo europeu que impulsionou o crescimento de mais de 16% nas chegadas à África do Sul até o final de 2022. Gauteng tem uma forte comunidade portuguesa, facilitando o segmento de viagens para amigos e familiares. Este também é um incentivo para aqueles que desejam estabelecer os seus negócios e investimentos na África do Sul.

Nos últimos cinco anos, vimos um aumento nas viagens outbound da África do Sul para Portugal e destinos adjacentes, especificamente para turismo musical e atividades de intercâmbio cultural. Os nossos artistas de renome mundial estão constantemente nestes mercados, partilhando um pouco do excecionalismo sul-africano e do lifestyle de Gauteng.

Queremos fortalecer esses laços e garantir que milhões de grupos da geração Z e famílias possam visitar a África do Sul e Gauteng regularmente e interagir com o local original dessas ofertas musicais e culturais globais.

Os portugueses “africanos”
A África do Sul também beneficia do facto de existirem muitos portugueses em Angola e Moçambique. Qual a importância dessas comunidades para o turismo na África do Sul?
A África do Sul como líder de um grande bloco regional acredita no crescimento e desenvolvimento das economias regionais como forma de fortalecer a recuperação e integração económica continental.

Essas comunidades e países têm sido fundamentais no apoio e na luta contra o Apartheid e o domínio colonial. Lutámos lado a lado para conquistar a nossa independência e agora estamos juntos novamente na luta económica.

O turismo é aproximar pessoas e culturas. É sobre experiências partilhadas, momentos memoráveis e ligações e estes atributos têm sido uma constante nas nossas relações com as comunidades e povos de Moçambique e Angola.

Estas são as pessoas e os mercados que sustentam as nossas ofertas de compras, sempre presentes nos nossos eventos desportivos e musicais ao mesmo tempo que são um esteio para quem visita amigos e familiares.

Os dados mais recentes apontam para a existência de 150.000 portugueses a viver na África do Sul e na região da África Austral, de facto, existe uma das maiores comunidades de portugueses. Por isso, olhamos para estes dados com muita atenção, já que poderá representar um forte aliado na nossa estratégia.

Temos oferecido incentivos a outras companhias aéreas que também podemos apresentar à TAP. Mas o negócio terá de fazer sentido para ambos os lados

Mas a vossa intenção é levar os portugueses que moram nesses países à África do Sul ou os portugueses que moram em Portugal?
Ambos. Estamos a estudar o que, de facto, podemos oferecer, especialmente, à companhia aérea nacional, TAP. Temos reuniões marcadas que são sessões de follow-up e ver o que faz sentido para o negócio da TAP. Temos oferecido incentivos a outras companhias aéreas que também podemos apresentar à TAP. Mas o negócio terá de fazer sentido para ambos os lados. O que dizemos é, venham, testem a força da rota e do destino, analisem o comportamento da operação durante um ou dois anos com um voo direto. Portugal poderá funcionar como uma ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus.

Mas a intenção é só levar portugueses a visitar a África do Sul ou também sul-africanos a visitar Portugal?
Claro que ambos. Portugal está a registar uma forte recuperação do turismo. Atualmente, e não está na época alta, Portugal está em alta. Por isso, nem quero imaginar na época alta. Mas na época baixa, a África do Sul é um destino com uma oferta muito vasta e rica a ser considerada pelos portugueses.

Se tivesse de apontar três fatores fundamentais para atrair turistas portugueses à África do Sul, quais seriam?
A África do Sul é um destino com uma boa relação custo-benefício que oferece diversos produtos e experiências de lazer e turismo de negócios à medida para diversos segmentos de mercado. Os turistas de hoje já não procuram o turismo tradicional. Já não procuram somente animais, montanhas, praia ou paisagens. Procuram momentos autênticos e memoráveis, procuram viagens com significado e propósito, esperam transformar a sua perspectiva por meio de experiências que mudam a vida.

Além disso, conectar e reconectar culturas e celebrar o triunfo da raça humana sobre adversidades e pandemias é o que todos nós precisamos fazer e a África do Sul está preparada para receber e oferecer esta jornada imersiva.

Denotam, portanto, novas tendências em quem vos visita?
Sim, claramente. Existe um muito maior interesse pela natureza, por experiências mais autênticas. Uma ligação maior com as comunidades locais que enrique quem nos visita.

Visitar somente as grandes cidades da África do Sul não é muito diferente de visitar as grandes capitais europeias como Paris, Londres ou Lisboa.

Não há experiência como ver as estrelas na natureza sul-africana ou dormir na selva. Isso é, na verdade, uma experiência única. Queremos afastar os turistas das grandes cidades e direcioná-los para outros locais, locais mais autênticos, onde poderão ter contacto com as comunidades locais, provar a gastronomia tradicional, viver a cultura, a história. E há muita coisa a acontecer nesses locais mais pequenos, distantes e diferentes.

A aposta está, claramente, virada para o MICE

Uma estratégia experiencial
Relativamente a Gauteng, a Entidade de Turismo tem um mandato duplo: posicionar Gauteng como um destino global através do marketing e promoção, bem como um destino competitivo, de valor, além de desenvolver produtos que respondem às exigências turísticas. Especificamente, o que Gauteng tem para oferecer? Quais são os principais atributos para atrair turistas?
A ‘Golden City Region’ de Gauteng é o principal centro industrial, empresarial, comercial e de entretenimento da África do Sul e de África, dotada de infraestrutura de classe mundial, turismo e ofertas de hospitalidade bem ancoradas na sua maior riqueza, os 15 milhões de residentes da província.

De safaris, a compras requintadas e de luxo, passeios em minas de diamantes, passeios inspirados na herança de Nelson Mandela, a um encontro com a sua ancestralidade humana e com o nosso Património Mundial, Gauteng continua a ser uma janela para as ofertas de turismo na África do Sul.

Mas Gauteng é um ponto turístico atraente per si ou representa mais um destino de stop-over?
Gauteng representa mais de 40% das chegadas internacionais na África do Sul e um dos três principais destinos de turismo doméstico. A qualidade de vida é excecional, património de classe mundial, condições climáticas excecionais, ofertas de valor para o turismo, com atrações, desportos e circuito de entretenimento internacionalmente aclamados que a tornam um destino preferido para visitantes internacionais e regionais.

Ao longo dos anos, vimos um forte aumento nos números de permanência na província, variando de nove a 12 dias no final de 2020. Os turistas prolongam a sua estadia em Gauteng porque podem associar a natureza autêntica do destino, à ampla variedade de ofertas turísticas, pois a região da cidade representa um caldeirão de culturas e nacionalidades em África.

Temos fortes comunidades chinesas, portuguesas, italianas, indianas, etíopes, a viver lado a lado, formando uma base sólida de mais de 15 milhões de residentes na província. Tudo isso torna-nos um destino atraente.

Quanto representa o setor do turismo de Gauteng em termos de PIB?
O turismo contribui com pouco mais de 4,8% em termos do PIB de Gauteng. O setor representa mais de 280.000 empregos diretos na província, com muitos outros empregos nos subsetores da cadeia de valor. Em termos de contribuição do turismo para a economia nacional, o setor é responsável por pouco menos de 4% do PIB total. Esta contribuição é superior à dos setores da agricultura e da construção, daí a centralidade da economia no Plano de Reconstrução e Recuperação do país.

E como é que o Turismo de Gauteng se alinha com a agenda do turismo nacional?
A agenda do turismo na África do Sul é guiada pela Estratégia Nacional do Setor de Turismo (National Tourism Sector Strategy – NTSS) com objetivos específicos de criar crescimento sustentável do PIB, criação sustentável de empregos, crescimento económico inclusivo e transformador, esforços para aumentar os gastos com chegadas (volume) de turismo, duração das estadias, dispersão geográfica, contenção da sazonalidade e promoção da transformação.

Esta agenda está interligada com a visão “Growing Gauteng Together” (GGT2030) e, especificamente, para Gauteng, a integração dos municípios como foco de recuperação económica e principais beneficiários do crescimento da economia.

Gauteng serve como principal ponto de entrada internacional para o país, abriga a segunda maior capital diplomática do mundo, a maior bolsa de valores de África, o aeroporto mais movimentado e a sede do governo nacional. Com sua enorme contribuição de 33% para o PIB do país, Gauteng é parte central no plano nacional de crescimento do turismo.

E no que difere esta nova estratégia da anterior?
A ‘Gauteng Tourism’ faz parte do plano de recuperação do turismo sul-africano, com o objetivo de garantir 30 milhões de chegadas ao país até 2030, conforme indicado pelo Presidente.

Da parte da província de Gauteng, o plano passa pela recuperação económica, criar empregos sustentáveis, pela reindustrialização e estar em pé de igualdade com a procura da economia partilhada.

Por isso, comunicar é fundamental. Compreender que uma abordagem única não funciona. Queremos que as pessoas entrem em África através da África do Sul e que permaneçam no nosso país. Por isso, desenvolvemos pacotes com outras províncias, de forma a que possam experienciar um dia na Cidade do Cabo, visitem e provem os nossos vinhos, que percebam que, num raio de 45 minutos de carro, podem, de facto, ter experiências enriquecedoras.

E existe capacidade hoteleira para tal?
Ainda possuímos muita oferta tradicional e, de facto, é algo em que o governo está a trabalhar para criar mais alternativas. Mas também é essa oferta tradicional que cria as experiências mais autênticas.

Daí darmos apoio a essa oferta tradicional para se promover, vender diversos pacotes, dar incentivos.

Como disse, uma abordagem única não funciona, temos de perceber o que é que um turista britânico, alemão, norte-americano, português procura quando nos quer visitar e tentar dar uma resposta apropriada. E queremos que essa resposta seja dada de forma que, quem nos visita, regresse.

E no caso português, por onde poderá passar essa oferta?
Sei que os portugueses adoram comida, apreciam vinhos. Por isso, oferecer uma boa experiência gastronómica é vital. Ligar essa experiência gastronómica à natureza, a cenários que só na África do Sul é possível ter, é importante.

Além disso, os portugueses gostam de se relacionar com os locais, conhecer a história, a cultura. Aliar tudo isto é o nosso desafio.

E quantos portugueses querem que visitem a África do Sul por ano?
O nosso objetivo é regressar aos 30.000 por ano de antes da pandemia. Naturalmente, que a isso acrescentamos os portugueses que vivem e trabalham em países como Angola e Moçambique e que, por razões familiares ou de negócio, viajam até à África do Sul.

 

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Crédito: Slideshow Lda

Destinos

Vê Portugal: Mexer ou não no “edifício” do turismo em Portugal?

No segundo dia do “Vê Portugal”, iniciativa organizada pela Turismo do Centro de Portugal, o painel “Turismo Interno – Desafios para Portugal”, teve como tema central a melhoria (ou não) da estrutura do turismo em Portugal, contando com a participação de Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e quatro presidentes de regiões de turismo – Pedro Machado, do Centro de Portugal; Luís Pedro Martins, do Porto e Norte de Portugal; Vítor Silva, do Alentejo; e João Fernandes, do Algarve.

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A começar Luís Araújo salientou que o modelo existente funciona e tem dado provas. “A promoção turística do país precisa de estruturas flexíveis, em colaboração estreita entre si, que deem resposta às necessidades dos visitantes. É esse modelo que existe e que tem alcançado resultados muito positivos”, afirmou.

Para Luís Pedro Martins, “o setor do turismo tem conseguido prosseguir o trabalho realizado sem grandes roturas e com estabilidade”, frisando que o setor “esteve sempre à frente em todos os âmbitos”. Recordando que “o turismo foi o setor que começou a regionalização, em 2013”, Luís Pedro Martins referiu que “passada uma década, é altura de fazer alterações. As regiões estão próximas das empresas e, devido a essa proximidade, podem fazer algum do trabalho feito pelo Turismo de Portugal”, salientando que “é preciso focar”.

Fazendo referência à “grande marca que temos” [Portugal], Luís Pedro Martins destacou que “a pandemia trouxe um novo olhar para o Interior”, frisando que os valores referentes ao turismo no interior de Portugal não estão a descer, estão a crescer”. Por isso, disse, “há que distribuir melhor o turismo por todo o território”, destacando a necessidade de apostar na valorização e segmentação do turismo para áreas como o religioso, enoturismo ou termalismo, entre outros.

Por parte do Alentejo, Vítor Silva considerou que não é necessário mexer no modelo atual. “Este modelo provou que funciona e introduzir alterações pode ser um tiro no pé. Somos o setor económico mais invejado e, com poucos meios, conseguimos fazer crescer as marcas regionais”: Por isso, considera que “o modelo funciona, não é preciso mexer”.

Para o ainda presidente da ERT do Alentejo, “a grande marca é Portugal”, existindo, depois, “a necessidade de apostar nas submarcas”, ou seja, nas regiões. “Com poucos meios conseguimos levar a marca ‘Portugal’ e as regiões a muito lado”, considerando que “temos o que nos une, mas também o que nos diferencia”. Assim, Vítor Silva concluiu que, “o que não é preciso fazer, é por rédeas nas ERT”, frisando que “a estratégia deve estar alinhada com o Turismo de Portugal e ter ideais para desenvolver as nossas regiões”.

João Fernandes reconheceu também que “o modelo está bem conseguido e tem dado cartas”, lembrando que “o Turismo de Portugal é uma referência a nível internacional”. No entanto, reconheceu que “é preciso reforçar as competências nas ERT, num processo de melhoria contínua” e, acima de tudo, é preciso “reforçar o financiamento das ERT, que precisa de mais recursos”.

Lembrando que o turismo em Portugal tem estado, em certos aspetos, “à frente das tendências”, João Fernando frisou que “temos relatórios de sustentabilidade desde 2008”, destacando ao mesmo tempo que “temos uma arquitetura de promoção bem conseguida”.

No campo de atuação das ERT, o presidente da ERT do Algarve, que também está de saída, destacou o facto de existirem questões onde as entidades devem ter uma palavra a dizer. “O licenciamento é uma das pechas no atual modelo, já que não se justifica que nos licenciamentos das unidades hoteleiras, por exemplo, as ERT não estão incluídas”.

Por isso, disse, “é preciso redefinir alguns espaços de atuação”.

A terminar o painel, Pedro Machado reforçou a ideia de que “o edifício do turismo responde, mas precisa de melhoramentos. “A Lei 2013 resolveu vários problemas, como a proliferação de entidades de turismo, que provocava descontinuidade territorial de produtos. Mas, entretanto, o mundo mudou. Os visitantes têm hoje prioridades diferentes, pelo que há alterações que devem ser feitas agora no reforço das competências das ERT”. Assim, “estamos bem, mas podemos melhorar”.

Destacando a “segurança, a boa perceção de saúde e a hospitalidade” em Portugal, Pedro Machado frisou que “estes aspetos não podem ser descurados”, frisando ainda que “as novas gerações estão a moldar o futuro. Há alterações que têm de ser feitas enquanto surfamos a onda”.

Quanto ao novo modelo, com a redefinição do papel das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), Pedro Machado salientou que passar o turismo para a esfera destes organismos seria “um erro, não seria desconcentrar, seria concentrar no Estado”.

No final, o presidente da Turismo do Centro de Portugal concluiu ainda que “é preciso rever o modelo de financiamento das ERT. Para um setor que gera mais de 20 mil milhões de euros em receitas por ano, tem de haver uma alteração no modelo de financiamento”.

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INE: Hóspedes e dormidas crescem em abril com destaque para o Canadá

Segundo o INE, o destaque, em abril, foi para a subida registada pelo mercado canadiano, cujas dormidas aumentaram 89,5%, o maior crescimento entre os 17 principais mercados externos.

Inês de Matos

O setor do alojamento turístico nacional registou, em abril, 2,7 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas, crescimentos de 16,5% e 13,8% face a mês homólogo de 2022 e de 17,5% e 14,3% face a abril de 2019, com destaque para os mercados externos e, particularmente, para o Canadá, que registou o maior crescimento, segundo os dados revelados esta quarta-feira, 31 de maio, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados revelados pelo INE mostram que, em abril, o mercado interno contribuiu com 2,0 milhões de dormidas, num crescimento de 7,3% face ao quarto mês de 2022 e de 21,1% em comparação com o mesmo mês de 2019, enquanto os mercados externos foram responsáveis por 4,8 milhões de dormidas, num aumento de 16,8% face a abril do ano passado e de 11,6% em comparação com o mesmo mês de 2019.

Face a 2019, as dormidas aumentaram em todas as categorias, com destaque para o alojamento local, que representaram 14,1% do total e cujas unidades registaram um aumento de 18,6% face a abril do ano passado e 14,0% em comparação com o mesmo mês de 2019.

Na hotelaria, cujas dormidas representaram 82,3% do total, houve ainda um aumento de 12,9% e de 13,0% face a abril de 2019, enquanto as unidades de turismo no espaço rural e de habitação, cuja quota foi de 3,6%, aumentaram 17,3% face ao mesmo mês do ano passado e 55,3% comparativamente a abril de 2019.

Por mercados externos, o destaque, em abril, foi para o crescimento registado pelo mercado canadiano, cujas dormidas aumentaram 89,5%, o maior crescimento entre os 17 principais mercados externos.

Tal como o mercado canadiano, também o dos EUA apresentou um forte crescimento em abril, apresentando um aumento que chegou aos 54,2% face a abril do ano passado.

Em abril, apenas a Finlândia, a Bélgica, a Dinamarca e os Países Baixos registaram decréscimos nas dormidas em comparação com igual mês do ano passado, com descidas de -11,5%, -5,9%, -2,0% e -0,4%, respetivamente.

Ainda assim, o mercado britânico voltou a ser o mais representativo, representando 18,1% do total de dormidas estrangeiras e com um crescimento de 9,6% face a abril de 2019. Já o mercado espanhol, cuja quota foi de 11,9% em abril, aumentou 2,3%, enquanto o mercado alemão, que representou 11,4% do total, foi dos poucos a apresentar uma redução, caindo 2,1% face a abril de 2019.

Comparando com abril de 2019, destacam-se os crescimentos dos mercados norte americano (+80,5%), irlandês (+59,7%) e polaco (+57,6%), enquanto os maiores decréscimos observaram-se nas dormidas de hóspedes suecos (-26,0%),
dinamarqueses (-15,3%) e brasileiros (-13,2%).

As dormidas de residentes, por sua vez, aumentaram em todas as regiões do país, com destaque para a RA Madeira, onde o aumento foi de 105,4%, enquanto as dormidas dos não residentes, que também aumentaram em todas as regiões nacionais, registaram o crescimento mais tímido no Algarve, subindo apenas 1,7%.

Em abril, as unidades de alojamento turístico nacionais registaram uma taxa de ocupação-cama de 50,8%, o que traduz um aumento de 3,3 pontos percentuais face ao mesmo mês do ano passado, enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto, que se situou nos 59,8%, apresentou uma subida de 3,9 pontos percentuais. Face a abril de 2019, registaram-se crescimentos de 2,6 e 3,8 pontos percentuais, respetivamente.

No acumulado dos primeiros quatro meses de 2023, as dormidas aumentaram já 30,0%, crescendo 16,7% nos residentes e 37,1% nos não residentes face ao mesmo período do ano passado, enquanto, numa comparação com 2019, o crescimento das dormidas é de 14,2%, incluindo um aumento de 19,9% nos residentes e de 11,8% nos não residentes.

O INE revela ainda que, em abril, 19,6% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, percentagem que compara com os 29,4% apurados no mês anterior de março.

 

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Pedro Machado considera que “Interior está e continuará a estar numa senda do crescimento”

No arranque do “Vê Portugal” – 9.º Fórum do Turismo Interno, que decorre na Covilhã, até dia 31 de maio, o presidente da Turismo do Centro, Pedro Machado, deixou clara a importância do turismo no interior, mercado que “cresceu e continuará na senda do crescimento”.

Victor Jorge

Os números referentes ao turismo interno, somente na região do Centro de Portugal, falam por si: mais 4,411 milhões de dormidas, em 2022. 4,016 milhões de dormida, em 2019. 2,422 milhões de dormidas, em 2013”. Estes foram os números apresentados por Pedro Machado, presidente da região do Turismo do Centro de Portugal, no arranque do “Vê Portugal” – 9.º Fórum do Turismo Interno, que decorre na Covilhã.

Por isso, frisou Pedro Machado, “é algo que vale a pena destacar e valorizar, já que cresce de forma consistente”, admitindo que o turismo interno “continua e continuará a estar numa senda de crescimento”, salientando o papel das Entidades Regionais de Turismo (ERT) na estruturação do produto turístico, o que, segundo o presidente da Turismo do Centro, “permite oferecer uma palete de produtos diferenciadores tanto a nível interno, como externo”.

“Durante dois anos críticos para o país e para o mundo, o turismo interno foi responsável por mitigar e almofadar perdas e, sobretudo, fluxos, e que, em 2023, continua a crescer”, disse Pedro Machado, salientando que, “este mercado interno é um mercado que, pelos números, justifica mais do que a atenção que estamos a dar e que nos coloca como um dos países/destinos mais atrativos a nível mundial”.

Também a promoção turística integrada foi destacada por Pedro Machado, frisando a necessidade, tanto interna como externamente, não se “correr o risco de espartilhar a promoção turística em Portugal, nem fragmentar territórios e produtos”.

Além disso, o presidente da Turismo do Centro de Portugal salientou igualmente, a “capacitação e valorização dos nossos agentes”, bem como a “monitorização do conhecimento para que os dados sejam instrumentos poderosos para podermos cumprir bem as nossas tarefas”.

Dirigindo-se ao secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços (SETCS), Nuno Fazenda, que marcou presença no arranque dos trabalhos do fórum, Pedro Machado evidenciou o trabalho das ERT como “instituições reconhecidas nos territórios”. Contudo, disse Pedro Machado, “podemos e devemos acrescentar valor e juntar novas competências às ERT”, fazendo referência à “capacidade de trabalhar mais de perto no processo de formação, qualificação e capacitação dos agentes económicos”, acrescentando que as ERT poderá funcionar como “organismos intermédios à semelhança de outros organismos que possuem instrumentos financeiros capazes de consolidar o seu modelo de funcionamento e podermos responder áquilo que é uma das nossas caraterísticas: a proximidade com os agentes, com os territórios e, nalguns casos, com os micro e nano-territórios espalhados por todo o país”.

Por isso, frisou, “numa indústria que gere mais de 20 mil milhões de euros por ano, é necessário revermos o modelo de financiamento”

Quanto ao futuro e às novas tendências, como a sustentabilidade e descarbonização, Pedro Machado deixou claro que “já não se tratam de novas tendências, mas sim de uma condição se quisermos ser competitivos e atrativos, se nos quisermos posicionar nos mercados, principalmente, nos internacionais. Hoje sabemos que as novas gerações fazem disto condição para eleger um destino. Se, atualmente, mais de 50% dos viajantes em todo o mundo estão disponíveis para alterar o seu destino de férias em função de uma experiência turística que permita contribuir para a diminuição da pegada, não podemos passar ao lado destas evidências”.

Pedro Machado concluiu ainda que, se todas se a sustentabilidade, a descarbonização, o big data são tendências, “também o aumento de viagens para cidades secundárias e regiões de baixa densidade são uma tendência”, o que, segundo o mesmo, “cada vez mais consumidores estão disponíveis para viajar para cidades, vilas, territórios com as características daquilo que é a nossa oferta turística e preparar o futuro que está aí”.

Já o SETCS, Nuno Fazenda, destacou o facto de um terço da procura turística estar já no turismo interno, frisando que “é preciso fazer mais pelo turismo e trazer o turismo para o interior” e que “temos de puxar pelo turismo do interior”.

Assim, concluiu, “começamos por fazer o trabalho não no gabinete, em Lisboa, mais sim a partir das regiões, no terreno”, frisando as diversas linhas de apoio lançadas, nomeadamente, a linha dedicada à internacionalização, com a qual “queremos ajudar as empresas internacionalizarem-se em feiras, convidar agentes, para dinamizar o turismo no interior”.

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CEO da Air France-KLM pede preços mais acessíveis no SAF e com “condições justas” de concorrência

A aposta e os desafios do SAF – Sustainable Aviation Fuel estiveram esta terça-feira, 30 de maio, em debate numa masterclass promovida pela Air France-KLM sobre sustentabilidade e combustíveis alternativos para a aviação.

Inês de Matos

O CEO da Air France-KLM, Benjamin Smith, garantiu esta terça-feira, 30 de maio, que o grupo de aviação continua empenhado em atingir a neutralidade carbónica até 2050, mas considera que para acelerar a transição energética no setor é necessário que o SAF – Sustainable Aviation Fuel esteja disponível a um “preço acessível” e com “condições justas” de concorrência.

“Já nos comprometemos com 10% de combustíveis de aviação sustentáveis até 2030, o que está acima da exigência europeia. Adoraríamos ir além se os combustíveis de aviação sustentáveis estivessem disponíveis a um preço acessível”, revelou o responsável, durante uma masterclass dedicada à sustentabilidade e ao SAF, que decorreu no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.

A utilização de SAF como forma de reduzir a pegada ambiental da Air France-KLM, que se comprometeu a reduzir as emissões de CO2 em 50% até 2024, nos voos em França, e de toda a rede em 30%, até 2030, é uma das etapas-chave da estratégia de sustentabilidade do grupo de aviação, que tem vindo também a renovar a sua frota e a sensibilizar parceiros e colaboradores como parte fundamental dessa estratégia.

Benjamin Smith revelou que a Air France-KLM utiliza, atualmente, 17% do SAF que se encontra disponível em todo o mundo, o que é um motivo de orgulho, mas também de preocupação, uma vez que permite perceber que a produção mundial continua a ser ainda baixa.

“Precisamos incentivar os envolvidos a estimular a produção deste combustível. Mas também é importante que isso seja feito em condições justas de concorrência. Não podemos ter os custos dos combustíveis de aviação sustentáveis distorcidos em relação aos nossos concorrentes. Isso é realmente muito importante para nós”, acrescentou o responsável, garantindo que a Air France-KLM aceitaria adotar metas mais elevadas se existir equilíbrio na concorrência.

Benjamin Smith mostra-se, no entanto, otimista em relação ao futuro, até porque, lembrou o responsável, “há alguns anos, a ideia de usar combustível de aviação sustentável em aviões era algo impensável”, mas atualmente já existe tecnologia que permite aumentar para perto de 100% o uso de SAF nos voos comerciais, numa meta que a Air France-KLM pretende alcançar em breve.

“Os motores fabricados atualmente já são capazes de operar com até 50% de combustível de aviação sustentável. Portanto, a tecnologia já está em vigor e está muito próxima de atingir os 100%. Do ponto de vista tecnológico, se tivermos combustível de aviação sustentável disponível, poderemos operar a nossa frota com 100% desse combustível”, defendeu.

A inovação trazida pelos novos aviões, que permitem reduzir significativamente o impacto ambiental, justifica, segundo Benjamin Smith, o elevado investimento que a Air France-KLM tem vindo a fazer na renovação da sua frota e que chega a mais de dois mil milhões de euros por ano.

“Estamos a investir até dois mil milhões de euros por ano em novos aviões, para nós, este é o primeiro nível para reduzir o impacto de CO2, de ruído e NOx na nossa operação e na indústria”, indicou ainda o CEO da Air France-KLM.

Benjamin Smith criticou, no entanto, as taxas ambientais que têm vindo a ser adotadas em vários países e que, segundo o responsável, são “contraprodutivas”, uma vez que não incentivam a aposta na renovação das frotas e nem revertem para temas ligados à sustentabilidade.

“Alguns dos impostos e encargos que pagamos são contraproducentes nesse esforço, nesse compromisso. Vemos que essas taxas, esses impostos, não são direcionados para nos incentivar a renovar a frota de maneira mais rápida”, lamentou Benjamin Smith.

 

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Começa a votação para os Publituris “Portugal Travel Awards 2023”

A votação para encontrar os 22 vencedores nos Publituris “Portugal Travel Awards 2023” começou esta segunda-feira, 29 de maio, e decorre até dia 26 de junho. Os vencedores serão conhecidos a 6 de julho.

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174 nomeados em 22 categorias, havendo ainda lugar para a atribuição do “Prémio Belmiro Santos 2023”, este último não sujeito a votação, sendo entregue diretamente pela redação do jornal Publituris.

A votação para encontrar os 22 vencedores dos Publituris “Portugal Travel Awards 2023” começou esta segunda-feira, dia 29 de maio, e decorre até dia 26 de junho de 2023, sendo os vencedores conhecidos a 6 de julho, a partir das 19h00 no Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel, em Alcobaça.

A votação decorre no site dos prémios e só estará habilitado a votar os membros do júri escolhido para o efeito, quem é assinante do jornal em papel ou subscritor da newsletter diário em www.publituris.pt.

Os registos no site estarão suspensos até dia 26 de junho de 2023, de modo a não influenciar a votação nos nomeados.

As categorias a prémio são:

  • Companhia de Aviação
  • Companhia de Aviação Lowcost
  • Rent-a-car
  • Operador Turístico
  • Rede de Agências de Viagens
  • Companhia de Cruzeiros
  • Cadeia Hoteleira
  • Hotel de Cinco Estrelas
  • Hotel de Quatro Estrelas
  • Hotel Resort
  • Boutique Hotel
  • Hotel de Cidade
  • Hotel MICE
  • Hotel de Praia
  • Turismo Rural
  • Enoturismo
  • Campo de Golfe
  • Parque Temático e Diversões
  • Empresa de Animação Turística
  • Marina
  • Destino Internacional
  • Região de Turismo Nacional

Visite e vote no site dos Publituris “Portugal Travel Awards 2023”.

Os Publituris “Portugal Travel Awards 2023” têm como Main Sponsor o Novo Banco, contando com a NOS, Nescafé, Visabeira e MiA Travel como patrocinadores, o apoio da Região do Turismo do Centro de Portugal e da Câmara Municipal de Alcobaça, e com a GR8, Movielight, Multislide e Workgroup como parceiros.

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TAP já voa entre o Porto e Luanda

A TAP inaugurou este domingo, 28 de maio, uma nova rota entre o Porto e Luanda, capital de Angola, que conta com dois voos por semana, em avião A330neo, com capacidade para 298 passageiros.

Publituris

A TAP abriu este domingo, 28 de maio, a nova rota que passou a ligar o Porto a Luanda, capital de Angola, numa operação com dois voos por semana, realizados às quartas-feiras e domingos.

Num comunicado enviado à imprensa, a TAP explica que “a nova ligação intercontinental da TAP à partida do Porto junta-se aos voos transatlânticos já operados pela companhia aérea nacional desde a “Invicta”, para Newark, São Paulo e Rio de Janeiro, mercados que geram fortes fluxos turísticos para o Porto”.

Os voos “entre o Porto e Luanda são operados pelo modelo de vanguarda A330neo, com capacidade para um total de 298 passageiros, sendo 264 em classe económica e 34 em executiva”, indica a companhia aérea de bandeira nacional.

“O A330neo oferece aos passageiros uma viagem de elevado conforto, menor ruído e a tecnologia mais avançada, incluindo um sistema de entretenimento e conectividade a bordo de última geração”, acrescenta a informação divulgada pela TAP.

O voos para Luanda partem do Porto às quartas-feiras e domingos, pelas 13h30, e chegam à capital angolana pelas 21h35. Em sentido inverso, a partida está marcada para as 23h20, chegando ao Porto às 07h45 do dia seguinte.

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