PwC alerta que Cabo Verde deve reduzir dependência dos mercados emissores europeus
Perante o contexto global de incertezas Cabo Verde deve diversificar e descentralizar a sua oferta turística e procurar novos mercados para reduzir a dependência dos países europeus, alertou o representante da PwC no país.
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José Bizzaro falava à imprensa local antes de participar como orador no painel “Desafios presentes e futuros: o posicionamento de Cabo Verde”, no âmbito das Jornadas de reflexão” Cabo Verde – desafios e oportunidades, que decorreu na Cidade da Praia.
O responsável destacou que Cabo Verde “tem que procurar capitalizar da melhor forma os seus fatores distintivos que sempre cá estiveram como o setor do turismo, questão da sustentabilidade, da referência que tem enquanto país, ao nível de um conjunto de fragilidades que não tem ou de estabilidade que tem para com isso potenciar e preparar-se para este novo mundo de maior incerteza”.
Lembrou que o turismo é um setor relevante para o país e representa 25% da sua economia, para realçar, conforme citado pela agência de notícias de Cabo Verde, que 80% desses 25%, são provenientes dos países europeus que neste momento alguns estão em recessão e outros em fase de transição.
“Reino Unido, Portugal, Alemanha, Países Baixos ou França, que são os cinco principais mercados emissores ao nível turístico, são países que nos próximos tempos vão ter perturbações significativas e consequentemente pode afetar a capacidade de injetar procura turística em Cabo Verde”, apontou, citado pela mesma fonte.
Entretanto defendeu que, por um lado, Cabo Verde deve procurar novos mercados que lhe permita diversificar a dependência que tem perante esses países europeus, e por outro descentralizar a oferta para outras ilhas, sendo que 87% da oferta turística está concentrada nas ilhas da Boavista e do Sal.