“airventure” nasce em janeiro para “aumentar rentabilidade” das agências
Airmet, Consolidador.com e as agências Gomes Alves, Tropical Season, Leiriviagem e Via São Jorge uniram-se para criar a “airventure”, uma nova organização que pretende crescer e tornar-se “no maior produtor no BSP Portugal a médio prazo”.

Victor Jorge
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É uma nova organização que tem como objetivo dar “mais rentabilidade” e “mais competitividade” aos sócios que a compõem, iniciando a sua atividade em janeiro de 2023. Assim nasce a airventure que nas palavras de Luís Henriques, representante da Airmet, pretende ser “um grupo exclusivo para fazer algo completamente diferente em Portugal e ser o maior produtor no BSP Portugal a médio prazo”, ou seja, no prazo de dois anos.
Composta pela Airmet, Consolidador.com e as agências Gomes Alves, Tropical Season, Leiriviagem e Via São Jorge, em que a Airmet detém 50,01% e os restantes 49,99% estão distribuídos pelos outros sócios, o acordo parassocial define igualdade de direitos e votos nas decisões tomadas em assembleia, algo que, segundo o diretor-geral da Airmet, “é diferente de outros grupos de gestão tradicionais nos quais as decisões são tomadas o de forma unilateral”. Luís Henriques explicou na conferência de imprensa, realizada esta terça-feira, 6 de dezembro, que a airventure é composta, exclusivamente, por agências de viagens IATA em Portugal e com RNAVT próprio, admitindo ainda que este é um tipo de organização que “faz falta ao mercado e que pode ter um espaço importante na distribuição para agências exclusivamente IATA”.
Focada na contratação aérea, a airventure terá mais seis novos sócios na data de arranque, em janeiro de 2023, “dois do universo Airmet, dois independentes e outros dois provenientes de um grupo concorrente” totalizando, assim, uma dúzia de associados que deverão contabilizar 14% de quota do BSP em Portugal, o que equivale a 90 a 95 milhões de euros, de um total a rondar os 690 milhões de euros, em 2022.
Com o foco na “inovação e criatividade”, Luís Henriques destacou que o propósito é “aumentar a rentabilidade dos sócios em 2 a 2,5%, sendo que uma das caraterísticas que distingue a airventure é a criação de um fundo de garantia inicial de 20 mil euros, de forma a “dar confiança ao mercado”, valor esse que “será uma percentagem da faturação anual da empresa sócia e que servirá para reforço desse mesmo fundo”.
Mas não será somente pelo aumento da rentabilidade que a airventure quer fazer a diferença no mercado. Miguel Quintas, representante da Consolidador.com, destacou a vertente da “redução de custos”, apostando numa “componente tecnológica muito forte”, o que, segundo o mesmo, “não significa redução de pessoal, mas antes otimização de processos”.
Com um “caderno de encargos” bem definido, a composição da airventure não está fechada à entrada de outras agências que pretendam fazer parte deste universo, embora a intenção seja a de “manter a organização exclusiva e integrar agências com vantagens para todos”, admitiu Luís Henriques. Por isso, o processo de admissão passará por uma “avaliação rigorosa” e aprovação por parte de todos os sócios, sendo a entrada aprovada por maioria e não por unanimidade.