Portugal entrou no mapa das grandes produções cinematográficas
As filmagens da série “House of the Dragon” ou do filme “Velocidade Furiosa” são prova de que há um grande potencial de atração turística para os destinos.

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A captação de grandes produções audiovisuais para Portugal, como a série “House of the Dragon” ou o filme “Velocidade Furiosa”, é um sinal evidente de que o nosso país entrou no mapa destas produções e que há um grande potencial de atração turística para os destinos onde são filmadas. Esta foi uma das conclusões do painel “O Cinema Como Motor do Desenvolvimento Regional”, que aconteceu, recentemente, em Ourém, no primeiro dia do ART&TUR – Festival Internacional de Cinema de Turismo.
O painel foi moderado por Adriana Rodrigues, presidente da Centro de Portugal Film Commission, e contou com a presença de Mariana Martinho, da produtora Sagesse Productions, e Sandra Neves, diretora-executiva da Portugal Film Commission.
Para Mariana Martinho, o impacto da vinda destas produções vai muito além do turismo, referindo que, “um exemplo muito recente, a filmagem do ‘House of the Dragon’ em Monsanto, vai sem dúvida atrair o chamado turismo audiovisual, de pessoas com motivações diferentes, que vêm para conhecer o local de filmagens. Isso desperta interesse pela cultura e pelo local. Mas além disso temos o investimento, a injeção de capital no local. Houve um dia em Monsanto em que tivemos 1.000 pessoas a trabalhar. São 1000 pessoas que têm de estar instaladas, há dinheiro que entra na restauração, na hotelaria, em pequenas empresas, em pequenos fornecedores. Ao termos cada vez mais estúdios grandes a filmar em Portugal, isso chama a atenção ainda de mais estúdios. Estamos num excelente caminho e temos de continuar este esforço, para que cada vez mais produções venham para Portugal”, sublinhou.
A opinião foi partilhada por Sandra Neves, salientando que “Portugal está mesmo no mapa destas produções. Costumo dizer muitas vezes que queríamos nadar na piscina dos grandes e agora, com estas grandes produções internacionais, chegámos lá. Agora temos de continuar a ser cada vez mais atrativos. Neste momento, precisamos apenas de afinar algumas coisas, a nível de mecanismos de apoio”, explicou.
O painel “O Cinema Como Motor do Desenvolvimento Regional” foi antecedido pela Sessão de Abertura do Festival ART&TUR, com as boas-vindas a ficarem a cargo de Francisco Dias, diretor do Festival. O responsável destacou o facto de o ART&TUR ser “um grande promotor da qualidade do audiovisual em Portugal”. “O Festival é um player ativo na promoção dos destinos e a qualidade dos filmes a concurso melhoram de ano para o ano. Os prémios comprovam a melhoria contínua da qualidade do turismo”, disse Francisco Dias.
Também presente na Sessão de Abertura, na qualidade de chefe do Núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da Turismo Centro de Portugal, Adriana Rodrigues recordou que “edição após edição, temos tido o privilégio de receber no Centro de Portugal realizadores e produtores oriundos de todo o mundo e de lhes mostrar o que de melhor o nosso território tem para oferecer”. “Em todos os palcos onde decorre o festival, fica demonstrado que o Centro de Portugal é um destino de eleição para todo o tipo de produções cinematográficas ou televisivas. Esta região oferece um manancial ilimitado de recursos, que têm motivado um interesse crescente por parte de produtoras internacionais”, acrescentou.
Anabela Freitas, presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, considerou que “o Médio Tejo tem um património vastíssimo” e que este Festival permitirá “um olhar diferente sobre o território, ao aliar a arte dos filmes com a arte do turismo”.
Exibidos 87 filmes em quatro dias de festival
A 15.ª edição do ART&TUR – Festival Internacional de Cinema de Turismo decorre até ao próximo dia 28, em Ourém, numa co-organização entre a Centro Portugal Film Commission e a Turismo Centro de Portugal. As últimas quatro edições do festival realizaram-se no Centro de Portugal, nomeadamente em Leiria, Torres Vedras, Viseu e Aveiro, a que se segue agora Ourém.
Durante os quatro dias do Festival, serão exibidos os filmes que compõem a short list da competição, selecionados entre os 281 filmes promocionais e documentários, de 32 países, que se inscreveram na competição e que foram avaliados pelo júri internacional. No total, serão exibidos 87 filmes, integrados em 13 sessões temáticas. As sessões temáticas serão antecedidas de mesas-redondas, em que especialistas refletirão sobre temas atuais abordados nos filmes exibidos.
Paralelamente, decorrerão outras iniciativas inseridas no Festival. Uma delas é o ART&FACTORY, um concurso de produção audiovisual em que participam realizadores internacionais, que produzem, na semana imediatamente antes do festival, filmes promocionais no território do Médio Tejo. Os filmes serão exibidos no festival.