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Alojamento

Novas licenças de AL em Lisboa suspensas por mais seis meses

A Câmara de Lisboa aprovou, esta quarta-feira, apenas com os votos contra da liderança PSD/CDS-PP, a proposta de PS, BE e Livre para prorrogar a suspensão de novos registos de Alojamento Local (AL) na cidade “por novo prazo de seis meses”.

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Novas licenças de AL em Lisboa suspensas por mais seis meses

A Câmara de Lisboa aprovou, esta quarta-feira, apenas com os votos contra da liderança PSD/CDS-PP, a proposta de PS, BE e Livre para prorrogar a suspensão de novos registos de Alojamento Local (AL) na cidade “por novo prazo de seis meses”.

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Com esta proposta, que terá ainda de ser votada na Assembleia Municipal de Lisboa, a suspensão de novos registos de AL passa a aplicar-se em 15 das 24 freguesias da cidade, ou seja, apenas nove podem acolher novos estabelecimentos, uma vez que o número licenças pedidas em Campolide fez com que integrasse a anterior lista dos territórios com um rácio entre o número de estabelecimentos de AL e o número de fogos de habitação permanente igual ou superior a 2,5%.

Aprovada em reunião privada do executivo camarário, com o apoio do PCP e da vereadora independente eleita pela coligação PS/Livre e com os votos contra da liderança PSD/CDS-PP, a proposta de PS, BE e Livre prevê “a suspensão imediata da autorização de novos registos de estabelecimentos de AL, por novo prazo de seis meses, a contar do fim do prazo da suspensão atualmente vigente e até à entrada em vigor da alteração ao Regulamento Municipal do Alojamento Local”.

Com base nos dados do peso do alojamento local relativo ao alojamento familiar clássico, segundo notícia da Lusa, nas 24 freguesias da cidade de Lisboa, apresentados na proposta, passam de 14 para 15 as freguesias que apresentam um rácio superior a 2,5%, com a entrada de Campolide, que se junta a Santa Maria Maior (52%), Misericórdia (39%), Santo António (26%), São Vicente (16%), Arroios (14%), Estrela (11%), Avenidas Novas (7%), Alcântara (5%), Belém (4%), Campo de Ourique (4%), Parque das Nações (4%) e Penha de França (4%), Ajuda (3%) e Areeiro (3%).

Além dessas freguesias, mantém-se a proibição de novos estabelecimentos em zonas consideradas de “contenção absoluta”, nomeadamente Bairro Alto/Madragoa, Castelo/Alfama/Mouraria, Colina de Santana, Baixa e eixos Avenida da Liberdade/Avenida da República/Avenida Almirante Reis, de acordo com o Regulamento Municipal do Alojamento Local, em vigor desde novembro de 2019, que estabelece ainda uma zona de contenção relativa, com o registo limitado na Graça e no Bairro das Colónias.

Os vereadores do PS, BE e Livre querem ainda que a Direção Municipal de Urbanismo apresente, “até 10 de outubro”, o estudo urbanístico do turismo em Lisboa, com os rácios de “Alojamento Local / Imóveis Disponíveis para Habitação” e “Alojamento Local / Alojamentos Familiares Clássicos” por freguesia e por zona turística homogénea, que foi pedido pela câmara há “mais de oito meses”.

 

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Hotelaria

Recorde de receitas: Europeus deverão gastar 114 mil milhões de dólares em hotéis em 2024,

Com a maioria dos viajantes das principais economias da Europa a escolher hotéis em vez de outro tipo de alojamento, a indústria hoteleira europeia deverá atingir um novo recorde de receitas e de utilizadores este ano. Um inquérito Statista Market Insights, estima de os europeus gastarão 114 mil milhões de dólares em hotéis em 2024, ou seja, mais 14 mil milhões de dólares do que em 2023.

Com o número de utilizadores de hotéis a aumentar constantemente, espera-se que o segmento hoteleiro europeu conte mais de 287 milhões de utilizadores este ano, quase 15 milhões a mais do que em 2023. Até ao final da década, prevê-se que este número suba para quase 340 milhões.

De acordo com dados apresentados pela Stocklytics.com, mais de 60% dos viajantes das principais economias da Europa (Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha), escolhem hotéis para alojamento.

Os viajantes espanhóis são mais propensos a escolher um hotel em detrimento de qualquer outra opção de alojamento, com 70% a ficarem em hotéis quando viajavam. Isto pode ter a ver com o facto de os preços de alojamento em Espanha serem geralmente mais baixos do que noutros países da Europa Ocidental. No entanto, o custo real depende da localização, estação e tipo de alojamento.

Os britânicos seguem de perto, com 64% dos viajantes que se hospedam em hotéis. A Alemanha ocupa o terceiro lugar nesta categoria, com 62% dos entrevistados a escolherem hotéis em vez de outros tipos de alojamento. Seguem-se Itália e França com 60% e 48%, respetivamente.

O inquérito da Booking também mostrou que para alemães, espanhóis e a maioria das outras nacionalidades, ficar num apartamento é a principal alternativa a um hotel, com uma média de 25% dos inquiridos a escolher este tipo de alojamento. Por outro lado, para os italianos, a segunda alternativa mais popular é um bed & breakfast. As casas de férias obtiveram uma quota de utilização muito menor, o que corresponde a 14% dos entrevistados dos cinco países.

Embora os preços dos hotéis tenham disparado em média nos últimos três anos, com algumas regiões e áreas de grande procura a registarem aumentos ainda maiores, e com as despesas de viagens a aumentarem devido à inflação, estes factos não afetaram os viajantes europeus que ainda preferem hotéis a outros alojamentos.

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Hotelaria

Mercado nacional mantem queda no Algarve

O mercado nacional foi o que registou a maior descida de ocupação por quarto no Algarve em agosto, com uma quebra de 3,6 pontos percentuais (pp), face ao mesmo mês do ano anterior, seguido do francês, que caiu 0,5pp. O mesmo já tinha acontecido com o mercado nacional, em julho, com uma descida de 2,3 pp, segundo a AHETA.

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A AHETA – Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve revela que, em agosto, os mercados que registaram maiores quebras face ao mês homólogo de 2023, foram o nacional (-3,6pp) e o francês (-0,5pp), enquanto as principais subidas, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, foram registadas pelos mercados alemão (+1,2pp), norte americano (+0,5pp) e neerlandês, com +0,4pp.

Os últimos dados da AHETA dão conta que, em agosto, as unidades de alojamento no Algarve registaram uma subida de 1,0% na taxa de ocupação quarto face ao mês homólogo de 2023, situando-se nos 89,3%, próximo do valor verificado no ano anterior (+0,8 pontos percentuais, +1,0%).

Fonte AHETA

No mês em análise, a estadia média na região foi de 4,8 noites, ou seja, 0,2 abaixo da verificada em agosto do ano anterior. No entanto, a AHETA realça que as estadias médias mais prolongadas foram as do mercado neerlandês, com 7,0 noites, e do irlandês, com 6,0.

 

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Tecnologia

HiJiffy celebra parceria com a Booking.com

A HiJiffy e a Booking.com estabeleceram uma parceria com uma nova integração, que permite aos hoteleiros responder a perguntas dos hóspedes provenientes da Booking.com diretamente na consola da HiJiffy.

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A tecnologia conta com apoio de Inteligência Artificial (IA) e permite aos hotéis centralizarem todas as mensagens relacionadas com reservas provenientes da Booking.com. Contudo, nesta primeira fase, a HiJiffy alerta que estas comunicações não permitem pedidos estruturados como check-in e check-out, alterações de dados, cancelamento, estacionamento e preferências de cama.

Outra das vantagens desta integração referidas pela HiJiffy passa pela promoção de comunicações proativas, com os hotéis a poderem iniciar conversas com os hóspedes “desde o momento da reserva até sete dias após o check-out“, como a empresa enfatiza em nota de imprensa. Refere ainda que “de acordo com as diretrizes da Booking.com, os hóspedes podem contactar o hotel até 66 dias após a sua partida, e os hotéis dispõem de mais 14 dias para responder, garantindo um suporte completo também no pós-estadia”.

A integração de IA nesta parceria permite aos agentes “traduzir, expandir, encurtar, reescrever, alterar o tom e verificar a gramática das suas mensagens antes de responder”, além de possibilitar a utilização de modelos de mensagens predefinidas guardadas.

“A integração foi concebida para permitir que os hotéis interajam diretamente com os hóspedes através de campanhas direcionadas, melhorando a eficácia da comunicação. Além disso, facilita uma transição da comunicação da Booking.com para o WhatsApp, oferecendo uma plataforma mais conveniente e familiar para os hóspedes”, explica a HiJiffy.

A primeira fase desta integração não permite, por enquanto, respostas automáticas a “Perguntas Frequentes” (FAQ’s, na sua sigla em inglês). No entanto, o objetivo da empresa tecnológica passa por criar uma segunda fase desta integração, ativando a IA para responder automaticamente às perguntas dos hóspedes, incluindo pedidos estruturados.

O novo canal de comunicação já está disponível, tanto para os atuais clientes da HiJiffy, como novos. Em breve, a HiJiffy pretende adicionar outras OTAs à sua solução.

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AL

AL: Portugueses entre os hóspedes que piores avaliações dão às estadias

Portugueses, espanhóis e italianos compõem o top 3 de nacionalidades que dão piores avaliações das suas estadias em alojamentos locais, já norte-americanos, britânicos e brasileiros são os mais generosos nas classificações, revela o RentalReady, software de gestão de propriedades da GuestReady.

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O software de gestão de propriedades desenvolvido pela GuestReady concluiu que os portugueses estão no top 3 dos hóspedes mais exigentes e críticos das suas estadias em alojamentos e casas de férias.

Nesta análise foram comparados os níveis de satisfação dos hóspedes em diversos parâmetros, desde a limpeza ao processo de check-in, passando pela localização ou a relação qualidade-preço. Nos três casos das nacionalidades que frequentemente dão classificações mais baixas, a limpeza e a relação qualidade-preço foram os aspetos que mais desapontam os hóspedes mais exigentes e que, por isso, merecem pontuações piores.

Os portugueses, apesar de darem até mais avaliações de 5 estrelas, ocupam o último lugar no pódio dos hóspedes mais críticos nos seus comentários, seguindo muito próximos de italianos e dos espanhóis.

Os norte-americanos surgem como os mais satisfeitos e também como os mais generosos nas avaliações, dado que 68% destes hóspedes deixa uma classificação de 5 estrelas, distanciando-se, assim, de britânicos e brasileiros, que completam o pódio, ambos a dar a classificação máxima em 64% das ocasiões.

Eentre os países que atribuíram melhores avaliações, os fatores que mais valorizam e melhor classificam são o processo de check-in, a localização da propriedade, a comunicação e a coerência e transparência da informação.

As conclusões são partilhadas pelo RentalReady, um programa de gestão de propriedades desenvolvido pela GuestReady e utilizado por gestores de alojamentos de todo o mundo, refletindo uma análise das avaliações de mais de um milhão de hóspedes que reservaram milhares de unidades de alojamento, em especial na Europa, Médio Oriente, África e América do Norte.

 

 

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Alojamento

Herdade da Rocha Boutique Lodge acrescenta quatro villas

O grupo Terras & Terroir investiu na remodelação da unidade hoteleira que detém no Crato na Herdade da Rocha, o Boutique Lodge Hotel, acrescentando-lhe quatro villas. Também a zona de lazer e piscina do hotel foram alvo de melhoramentos.

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A Herdade da Rocha Boutique Lodge Hotel, situada no Crato, foi alvo de uma remodelação que acrescentou quatro villas à oferta de alojamento do hotel.

A arquitetura das villas teve em vista a criação de ambientes amplos e luminosos, combinando materiais naturais com um design “moderno e funcional”, como o grupo Terras & Terroir refere em nota de imprensa.  Os novos alojamentos contam com uma área de 45 metros quadrados, divididos entre a área de quarto, casa de banho, terraço e duche exteriores.

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Os edifícios privilegiam a utilização de madeira natural, com uma estrutura feita em pinho e os acabamentos em bétula. Já na casa de banho é dado destaque à pedra natural Moleanos Claro, um tipo de pedra que permite a visualização de pequenos elementos fossilizados, como folhas e conchas.

Também o espaço fronteiriço às villas, onde se encontra uma zona de lazer e uma piscina, foi alvo de melhoramentos. A administração do Grupo Terras & Terroir justifica a intervenção com a necessidade “de colocar esta unidade de alojamento no patamar em que queremos que ela se situe, como uma referência na área de turismo de natureza”.

A Herdade da Rocha Boutique Lodge Hotel disponibiliza, ainda, mais quatro suites localizadas no edifício principal da herdade, onde também se situa o restaurante e uma sala de convívio.

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Alojamento

B&B Hotels abre novos hotéis em Leiria e Viana do Castelo

A B&B Hotels abriu dois novos hotéis em Portugal, localizados em Leiria e Viana do Castelo, aumentando para 17 o número de unidades em território nacional.

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A B&B Hotels abriu dois novos hotéis em Portugal, localizados em Leiria e Viana do Castelo, aumentando para 17 o número de unidades em território nacional, informou o grupo hoteleiro, em comunicado.

“Os novos B&B Hotel Leiria, situado na Rua Carlos Leonel Sousa Caiado e promovido pelo Grupo Mais, e o B&B Hotel Viana do Castelo, na Estrada da Papanata 74 e promovido pela Rendimo, oferecem múltiplas opções de alojamento de excelente qualidade e a preços acessíveis, com uma oferta variada de 120 e 116 quartos duplos e triplos respectivamente”, resume o grupo, na informação divulgada.

Os novos hotéis disponibilizam pequeno-almoço buffet, wi-fi gratuito, assim como café e bebidas quentes gratuitas, ar condicionado, TV LCD com serviço Chromecast e muitas outras comodidades.

“Ambos os hotéis funcionam em regime de aluguer garantido de longa duração, o que permite à B&B HOTELS continuar a desenvolver o seu modelo de negócio asset light na Península Ibérica, fundamental para manter fortes taxas de crescimento e projetá-las de forma sustentada no futuro imediato”, acrescenta o grupo.

A B&B Hotels abriu ainda recentemente o B&B Hotel Porto Gaia, unidade com 210 quartos e que é a maior do grupo em território nacional, e que veio afirmar a política de crescimento da B&B Hotels, que já conta com 49 hotéis em Espanha e 17 em Portugal, totalizando mais de cinco mil quartos.

A B&B Hotels tem ainda 20 unidades em construção, um número que continua a aumentar todos os meses e que aproxima o grupo da meta de 200 hotéis em 2030.

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Hotelaria

No almoço/debate com AHP: Ministro da Economia diz que o turismo tem ainda muitos desafios pela frente apesar dos bons resultados

Apesar dos bons resultados que se têm vindo a verificar, o ministro da Economia, Pedro Reis, alavancou, num almoço/debate, em Lisboa, com os associados da AHP, que o setor do turismo tem ainda muitos desafios pela frente.

Os desafios que se colocam ao turismo, numa analogia com a economia portuguesa foi tónica da intervenção do ministro da Economia, Pedro Reis, esta sexta-feira, no habitual almoço/debate da AHP (Associação da Hotelaria de Portugal), em Lisboa.

“O turismo tem o desafio de qualificação e de requalificação, de upgrade tal como a economia portuguesa, tem o desafio, e tem-no vencido bem, de construção de novos destinos, e aí é absolutamente crítico o novo aeroporto e as ligações diretas das rotas aéreas, alavancas fundamentais de posicionamento da nossa economia, para além do próprio turismo”, afirmou o governante.

Para o ministro da Economia, o setor necessita de apostar na marca e no conceito, “evitando os protagonismos, vaidades, os ciclos e os momentos”, bem como “ter ainda maior ambição num programa de eventos. Acho que devemos de ter uma estratégia nacional de captação de grandes eventos internacionais culturais, desportivos, culturais e corporativos (muito fértil no posicionamento do país na atração de outras indústrias), até porque temos infraestruturas, por isso, há uma articulação a fazer em conjunto, num momento em que se começa a desenhar uma estratégia até 2035. Um ponto onde podemos ter mais ambição”.

Pedro Reis destacou ainda que “o turismo tem um desafio e um espaço em apostar mais no ensino e na formação contínua, com escolas de turismo fortes e com impacto internacional” e que, conjuntamente com o setor, “gostaríamos de identificar em que áreas”.

E colocou o dedo na ferida, comentando um assunto que tem estado na ordem do dia em toda a Europa, que é a massificação do turismo. Este setor, disse “tem um desafio existencial, não só em Lisboa e no Porto, que é a reação à massificação do turismo, questão que temos de trabalhar em conjunto, com vista a evitar que a reação se torne em rejeição. Não vale a pena assobiar para o lado, pois isso deve-se calibra ao nível de quotas, de regulação, de oferta. Acho que temos de pensar nisso, bem como construir instrumentos financeiros ajustados e customizados ao setor”, reconheceu, para referir que aumentar a proposta de valor o turismo tem de estar de mãos dadas com a cultura “um argumento que pode ser positivo”, por isso “temos de pensar nessa estratégia, tanto de cultura como de mar”.

Sobre a estratégia “que queremos abrir em conjunto com o setor, devemos fazê-la de uma forma profissional, estruturada, com recursos, que não seja um livro que nasce morto, mas uma cartilha com dinâmica, partilhada e que seja operacionalizável, só isso é que faz sentido. Sejamos mais focados na execução, pois Portugal está cansado de propostas, propósitos, apresentações e estudos”.

Se o setor atingiu este ano, em termos de entradas de turistas, dormidas e de receitas, antes do tempo, e se os objetivos quantitativos, que eram ambiciosos, foram alcançados, “então, vamos renovar a ambição”, defendeu o ministro da Economia perante os associados da AHP, tendo ainda enumerado os benefícios que o turismo traz ao país, daí ser considerado um setor estratégico. “O turismo está num caminho que a economia portuguesa precisa também de trilhar, que é a qualidade da oferta e de proposta de valor integrada, o turismo consegue responder aos desequilíbrios regionais com uma diversidade de atrações e fomenta essa coesão territorial, e por outro lado, é uma fonte de inovação porque, o setor como um todo soube reinventar-se. É por estas razões que é tão estratégico e importante para Portugal”, observou Pedro Reis.

Diplomacia económica

“O ano de 2025 pode ser interessante para a economia portuguesa porque estarão feitos os acordos com as principais categorias profissionais, ultrapassados, como espero, o tema da aprovação do OE 2025, feitos os acordos de rendimentos que houver a fazer, definidas as infraestruturas estratégicas”, o ministro da Economia acredita “o país vai entrar numa segunda fase, faltando apenas pôr a economia a crescer”.

Disse aos empresários do setor da hotelaria que conta “que haja uma maior disponibilidade de colocar a agenda do investimento, da inovação e da capitalização na ordem do dia. Ou seja, o ano de 2025, clarificadas as eleições americanas, esperando que baixem as intensidades dos conflitos, com uma Comissão Europeia renovada, com uma estabilidade assegurada em Portugal, com os pacotes anunciados de reformas e em implementação, com um PRR e um PT 2030 em fase de cruzeiro, é tempo de nos concentrarmos na atração do investimento, em termos macro”.

“Portugal está a ser visto como um destino muito interessante dentro da Europa para investir”, com destaque para o sector do turismo, e “o ano de 2025 pode ser muito interessante para a economia portuguesa”, reforçou o governante.

No entanto, defendeu salários mais altos, como “único caminho” para atrair talento, adiantando que o país não se pode posicionar “na corrida dos baixos salários”, lembrando também os desafios da sustentabilidade, descarbonização e digitalização, que se colocam ao setor do turismo”.

A terminar a sua intervenção, Pedro Reis assegurou que, nos próximos meses, o Ministério da Economia “vai estar muito ativo e muito presente na identificação das necessidades setoriais e regionais da economia portuguesa em termos de talento, em colaboração com outros ministérios, associações e confederações”.

Preocupações da AHP

Bernardo Trindade, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), manifestou ao ministro da Economia, Pedro Reis, as preocupações do setor hoteleiro, que passam, nomeadamente ao que designou a “banalização das taxas turísticas”, em particular à que foi introduzida no início de setembro, “sem ter sido suficientemente debatida, nem calculada sobre os seus efeitos e nem o destino a dar a essas receitas”, para reafirmar que esta banalização “é um sinal errado”.

O presidente da AHP sublinhou que o aumento das taxas turísticas dá sinais errados à atividade turística e à economia portuguesa, alertando que “estamos num momento em que sinais errados podem ser contraproducentes para esta atividade económica”, para lembrar ainda que as taxas turísticas não têm sido suficientemente debatidas, designadamente em Lisboa, onde por sinal a AHP mantém uma boa relação com a autarquia.

Em 2019, quando a taxa turística foi aumentada para dois euros, o argumento, segundo Bernardo Trindade, “foi para fazer transferências para freguesias para estas mitigarem os efeitos do turismo e, em simultâneo, para a construção de um centro de congressos. De facto, as transferências aconteceram, mas o centro de congressos não”, observou.

Numa altura em que a atividade turística vem sentindo uma estagnação face a 2023, que os hotéis com o serviço de F&B têm enfrentado algumas dificuldades face ao aumento de custos, o presidente da AHP aponta que a disseminação de taxas turísticas cobradas aos turistas que pernoitam, pelos municípios, pode ser entendida como “um ataque ao desenvolvimento do turismo”.

Outras questões como a água, a necessidade de linhas de crédito abrangentes, e o dossier TAP, que foi recentemente reaberto, “fundamental para assegurar o interesse estratégico nacional”, constituem outras preocupações dos hoteleiros.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Alojamento

Aumento de preços não afeta escolha de hotéis para alojamento entre europeus

Os dados da Stocklytics.com indicam que mais de 60% dos viajantes das principais economias da Europa escolhem hotéis para alojamento e prevê que, este ano, a indústria hoteleira europeia venha a alcançar um “novo recorde de receitas e de utilizadores”.

Inês de Matos

Apesar do aumento de preços na hotelaria ao longo dos últimos três anos, os viajantes continuam a preferir a hotelaria para alojamento, apurou a Stocklytics.com, que diz que mais de 60% dos viajantes das principais economias da Europa escolhem hotéis para alojamento.

“Embora os preços dos hotéis tenham disparado cerca de 40-50% nos últimos três anos, com algumas regiões e áreas de alta procura a registarem aumentos ainda maiores, isso não afetou os viajantes europeus que ainda preferem hotéis a outros alojamentos”, indica a Stocklytics.com, num comunicado divulgado esta quinta-feira, 5 de setembro.

Os dados, que têm por base um inquérito da Booking.com, mostram que é entre os viajantes espanhóis e britânicos que a preferência por hotéis para alojamento é mais elevada, com 70% e 62% dos viajantes destas nacionalidades, respetivamente, a afirmarem que preferem hotéis para pernoitar nas suas viagens.

A Stocklytics.com diz que, atualmente, o alojamento em hotelaria custa, em média, 50% mais do que há três anos, sendo que também as outras despesas de viagem aumentaram devido à inflação. No entanto, apesar de se prever que esses aumentos de custos pudessem levar a uma redução da procura e dos gastos, a verdade é que “as pessoas estão viajando e gastando mais do que nunca em hotéis”.

“De acordo com um inquérito recente da Booking.com, isto aplica-se principalmente aos europeus, que preferem muito mais hotéis do que qualquer outro alojamento”, explica a Stocklytics.com.

Nas cinco principais economias da Europa, concretamente Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha, cerca de 60% dos viajantes escolhe hotéis para alojamento, ainda que existam diferenças entre estas nacionalidades que ajudam a explicar a escolha.

No caso dos espanhóis, por exemplo, a Stocklytics.com diz que a preferência de 70% dos viajantes por hotéis se pode dever ao facto de “os preços de alojamento em Espanha serem geralmente mais baixos do que noutros países da Europa Ocidental”. Já entre os britânicos, são 64% os viajantes que preferem o alojamento na hotelaria, seguindo-se os alemães, com 62%, assim como os italianos e os franceses.

Já os apartamentos são a segunda opção para alemães, espanhóis e para a maioria das outras nacionalidades analisadas, “com uma média de 25% dos inquiridos a escolher este tipo de alojamento”, segundo a Stocklytics.com.

Já entre os italianos, a segunda opção mais popular são as unidades de Bed&Breakfast, enquanto as casas de férias registaram uma popularidade menor, registando uma quota média de 14% entre os entrevistados dos cinco países.

Gastos em hotéis chegam aos 114 mil milhões de dólares em 2024

Os resultados apurados levam a Stocklytics.com a prever que, em 2024, a indústria hoteleira europeia venha a alcançar um “novo recorde de receitas e de utilizadores”, com o inquérito Statista Market Insights a adiantar que os europeus devem gastar, este ano, 114 mil milhões de dólares em hotéis, o que representa um aumento de 14 mil milhões de dólares face ao ano passado.

“Com o número de utilizadores hoteleiros a aumentar constantemente, espera-se que o segmento hoteleiro europeu conte mais de 287 milhões de utilizadores este ano, quase 15 milhões a mais do que em 2023. Até ao final da década, prevê-se que este número suba para quase 340 milhões”, refere ainda a Stocklytics.com.

 

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Airbnb gerou 2,4MM€ de receitas e apoiou 55 mil postos de trabalho em Portugal

As viagens através da Airbnb geraram mais de 2,4 mil milhões de euros de receitas e quase 1,1 mil milhões de euros de impostos em Portugal. A plataforma de reservas de alojamento apoiou mais de 55 mil postos de trabalho no nosso país, 60% dos quais na restauração, negócios e lojas locais, entretenimento e eventos.

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Este relatório da Airbnb utiliza insights do IMPLAN Cloud, um software que combina dados e analítica, para melhor compreender como o home sharing apoia a atividade económica nas comunidades locais em Portugal. A análise avaliou os gastos diretos dos hóspedes na plataforma, bem como os efeitos indiretos e induzidos do consumo das despesas dos visitantes em 2023.

Assim, os hóspedes na Airbnb gastaram cerca de mil milhões de euros em restaurantes em Portugal, representando 40% do total de despesas destes visitantes.

Os rendimentos obtidos pelos anfitriões e os gastos efetuados pelos hóspedes na Airbnb estão a impulsionar a economia de centenas de aldeias e destinos tradicionalmente populares em Portugal e a dispersar os benefícios das viagens por milhares de comunidades locais em todo o país.

A análise económica da Airbnb estima que em 2023 o impacto económico das viagens na plataforma gerou cerca de 2,4 mil milhões de euros de receitas nos 308 municípios do continente e das regiões autónomas. As despesas dos hóspedes também geraram mais de 1,1 mil milhões de euros em impostos, de acordo com a metodologia utilizada, incluindo mais de 63,3 milhões de euros em taxas turísticas recolhidas e remetidas pela plataforma em nome dos anfitriões nas cidades de Lisboa e do Porto.

A atividade de partilhar casa (home sharing) é um contribuinte líquido para as comunidades locais em Portugal e, por cada 100 euros gastos numa estadia num espaço listado na Airbnb, os hóspedes gastam, em média, mais 250 euros noutros bens e serviços na comunidade envolvente. As receitas dos anfitriões e as despesas dos visitantes nestes destinos apoiaram cerca de 55 mil empregos em todo o país, mais de 60% dos quais foram criados em bares e restaurantes, negócios e lojas locais, entretenimento e eventos.

Os restaurantes, em particular, encontram-se entre os mais beneficiados em Portugal, representando quase 40% do total de despesa dos visitantes. No total, foram gastos cerca de 984 milhões de euros em restaurantes, ou cerca de 177 euros por visitante por estadia. Os eventos e as atividades recreativas representaram 14% das despesas dos hóspedes e 17% dos empregos apoiados.

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Turismo de Portugal e AHP esclarecem alojamentos sobre acessibilidade digital

O Turismo de Portugal e Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) juntaram-se para organizar uma sessão dedicada à acessibilidade digital nos websites dos alojamentos turísticos.

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A ação, que decorre em ambiente digital, tem lugar a 10 de setembro das 15h00 às 17h00 e pretende “divulgar ferramentas e recursos técnicos, visando uma comunicação digital mais inclusiva e acessível, permitindo que um maior número de pessoas possa usufruir da oferta turística nacional”, como se pode ler no website do Turismo de Portugal.

A sessão conta com uma intervenção de abertura de Cristina Siza-Vieira, vice-presidente executiva da AHP, e Leonor Picão, do Turismo de Portugal, seguida pela temática “Turismo Acessível: conceitos e ferramentas de apoio”, liderada por Helena Ribeiro, gestora de projeto na mesma entidade de turismo.

O tema “Acessibilidade Digital: ações para a sua implementação” ficará a cargo de Jorge Fernandes, da Agência para a Modernização Administrativa, enquanto “A importância da informação sobre acessibilidade nos canais de promoção” será demonstrada por Ana Garcia, presidente da Accessible Portugal.

Por fim, a Associação Salvador, através da sua embaixadora Catarina Oliveira, contribuirá com “A experiência de planeamento da viagem por um turista com mobilidade condicionada”.

A sessão, aberta a todos os interessados, decorre na plataforma Teams e será moderada por Teresa Ferreira, diretora do Departamento de Desenvolvimento e Inovação do Turismo de Portugal.

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