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Análise

Desejo de viajar dos portugueses supera a média europeia, revela a TLN

Um estudo da Travel Lifestyle Network (TLN) revela, que o desejo de viajar dos portugueses está acima da média europeia e o comportamento de compra de viagens do mercado português encontra-se ligeiramente acima do de outros mercados.

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Desejo de viajar dos portugueses supera a média europeia, revela a TLN

Um estudo da Travel Lifestyle Network (TLN) revela, que o desejo de viajar dos portugueses está acima da média europeia e o comportamento de compra de viagens do mercado português encontra-se ligeiramente acima do de outros mercados.

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Encomendado este ano pela principal rede de agências de comunicação especializadas no setor do turismo e das viagens, Travel Lifestyle Network, e desenvolvido pelo ‘think tank’ britânico Thrive e pela empresa de ‘market intelligence’ AudienceNet, o relatório analisa os principais fatores que influenciam a escolha de destinos dos portugueses e de consumidores oriundos de outros 27 países.

Mais de 179 mil pessoas em 28 países, incluindo Portugal, foram inquiridas pelo Global Web Index durante o primeiro trimestre de 2022. A amostra no nosso país foi constituída por 2.354 inquiridos.

Por outro lado, o estudo indica que a relação custo-benefício constitui o principal fator na escolha de um destino de férias, numa altura em que os portugueses revelam uma assinalável avidez de descobrir o mundo.

Assim, este fator surgiu em primeiro lugar com um total de 54%, em comparação com os 26% dos seus equivalentes europeus. Para 36% dos portugueses, a meteorologia/época do ano é um fator importante, enquanto 22% procura uma experiência cultural, 18% uma experiência relaxante e 17% uma experiência única na vida.

Entretanto, as boas infraestruturas para crianças/famílias e poder visitar amigos/família reúnem 15% das preferências, e 13% dos inquiridos procura ofertas especiais/promoções.

O estudo conclui também que 61% dos portugueses considera as viagens como um “interesse pessoal” – valor superior à média dos restantes países analisados, que foi de 46%. 52% dos portugueses identifica-se com a frase “Gosto de explorar o mundo”, em comparação com os 46% globais.

Enquanto 11% dos inquiridos a nível global, nos últimos três a seis meses, adquiriu férias para o estrangeiro, 24% preferiu dentro do próprio país. Em Portugal, 12% dos inquiridos fê-lo para o estrangeiro no período homólogo e 25% optou por ficar no país, reforçando a tendência crescente de turismo doméstico.

Para Ruben Obadia, CEO da Message in a Bottle, agência de comunicação portuguesa especializada em turismo e membro da Travel Lifestyle Network, as conclusões do estudo da TLN são simples: “a percentagem de portugueses que veem as viagens como um interesse pessoal (61%) está acima da média global (46%)”.

Além disso, reforça que “os resultados refletem um claro desejo de viajar, o que é natural neste clima pós-Covid e, de certa forma, faz parte do ADN explorador dos portugueses”. Contudo, o responsável da agência membro da TLN salienta que “os resultados alertam para a necessidade de ter em conta a relação custo-benefício, que em 2022 se tornou um fator de escolha determinante para 54% dos inquiridos nacionais”.

O inquérito revelou ainda que, nos próximos 3 a 6 meses, 20% dos portugueses planeia adquirir férias no estrangeiro e 29% tenciona permanecer em território nacional.

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Análise

FMI destaca importância do turismo para a economia mundial

O turismo foi mais uma vez identificado como um motor-chave da recuperação económica e do crescimento num novo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Com os dados da OMT a apontarem para um regresso a 95% do número de turistas pré-pandemia até ao final do ano, no melhor cenário, o relatório do FMI descreve o impacto positivo que a rápida recuperação do setor terá em certas economias em todo o mundo.

De acordo com o World Economic Outlook (WEO), estima-se que a economia global cresça 3,0% em 2023 e 2,9% em 2024. Embora este valor seja superior às previsões anteriores, está abaixo da taxa de crescimento de 3,5% registada em 2022, apontando para os impactos contínuos da pandemia e da invasão russa da Ucrânia, bem como a crise do custo de vida.

O relatório WEO analisa o crescimento económico em todas as regiões do mundo, ligando o desempenho a setores-chave, incluindo o turismo. Em particular, as economias dependentes dos setores de viagens e turismo mostram uma forte resiliência económica e níveis robustos de atividade económica.

Mais especificamente, os países onde o turismo representa uma percentagem elevada do PIB registaram uma recuperação mais rápida dos efeitos da pandemia em comparação com economias onde o turismo não é um setor significativo.

Como observa o prefácio do relatório, a forte procura de serviços alimentou as economias orientadas para os serviços – incluindo grandes destinos turísticos como França e Espanha.

As últimas estimativas do FMI foram divulgadas depois da OMT ter anunciado a sua última análise das perspectivas do turismo global e regional. Enquanto se aguarda a divulgação do Barómetro Mundial do Turismo de novembro de 2023, o turismo internacional está no bom caminho para atingir entre 80% e 95% dos níveis pré-pandemia em 2023, diz a FMI.

As perspectivas para setembro-dezembro de 2023 apontam para uma recuperação contínua, impulsionada pela procura ainda reprimida e pelo aumento da conetividade aérea, especialmente na Ásia e no Pacífico, onde a recuperação ainda é moderada.

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GlobalData: Negócios no setor das viagens e turismo cai 31,8% de janeiro-outubro

No acumulado dos oito primeiros meses de 2023, a atividade de negócios registou menos 290 transações face a igual período de 2022, revelam os dados da GlobalData.

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Um total de 621 negócios foram anunciados no setor das viagens e turismo a nível global durante janeiro-outubro de 2023, o que representou um decréscimo de 31,8% em comparação com os 911 negócios realizados durante o mesmo período do ano anterior, revelam os dados da GlobalData.

Uma análise da base de dados de transações financeiras da GlobalData também revelou que todos os tipos de negócios cobertos testemunharam um declínio no volume durante janeiro-outubro de 2023 em comparação com janeiro-outubro de 2022.

Por exemplo, o volume de negócios de fusões e aquisições (M&A) diminuiu 34,2% durante janeiro-outubro de 2023 em comparação com janeiro-outubro de 2022. Já o número de negócios de private equity e acordos de financiamento de risco anunciados durante janeiro-outubro de 2023 caiu em 32,1% e 24% numa comparação anual, respetivamente.

Aurojyoti Bose, analista-chefe da GlobalData, refere que “as guerras em curso, as tensões geopolíticas e as condições económicas incertas impactaram consideravelmente a atividade de negócios no setor das viagens e turismo em 2023.”

Todas as regiões registaram descidas nas atividades de negócios. O volume de negócios para a América do Norte diminuiu 42,9% durante janeiro-outubro de 2023 em comparação com janeiro-outubro de 2022. Da mesma forma, as regiões da Europa, Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África, e da América do Sul e Central também testemunharam um declínio anual no número de negócios em 36,5%, 11,7%, 22,9% e 40% durante janeiro-outubro de 2023, respetivamente.

A atividade comercial também permaneceu moderada na maioria dos principais mercados globais. Por exemplo, os EUA, Reino Unido, Japão, França, Coreia do Sul, Austrália, Espanha e os Países Baixos registaram um declínio anual de 43,7%, 33,6%, 46,8%, 18,5%, 19,2%, 28,6%, 57,6% e 27,8%. % no volume de negócios, respetivamente, durante janeiro-outubro de 2023 em comparação com janeiro-outubro de 2022.

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Barómetro do Alojamento: Onda de otimismo em toda a Europa

Os hoteleiros europeus têm motivos para celebrar, uma vez que os resultados do Barómetro de Alojamento Europeu do outono de 2023 assinalam uma onda de otimismo em todo o continente, apesar das preocupações globais com o aumento da inflação e a crise do custo de vida.

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O verão de 2023 foi um verdadeiro triunfo para a indústria hoteleira, ultrapassando as expectativas e levando os hoteleiros a antecipar novos desenvolvimentos positivos nos próximos meses, de acordo com o barómetro, inquérito abrangente realizado a 940 executivos e gestores do setor europeu do alojamento e produzido conjuntamente pela Booking.com e pela Statista.

Num estudo realizado antes da época de verão, 46% dos hoteleiros europeus inquiridos previam receitas recorde para o ano. Estas previsões concretizaram-se de facto. A avaliação do Eurostat revelou que, no primeiro semestre de 2023, os alojamentos turísticos europeus ultrapassaram o valor de referência anterior à COVID 2019 em termos de número de dormidas.

Entretanto, nas duas vagas anteriores do Barómetro do Alojamento, sete em cada dez inquiridos referiram sistematicamente uma evolução boa ou muito boa da atividade. Embora o ano ainda não tenha terminado, o setor europeu das viagens e do turismo está no bom caminho para exceder as expectativas dos hoteleiros, criando uma onda contínua de otimismo.

Em termos regionais, os alojamentos nórdicos assumiram a liderança, com oito em cada dez a caracterizarem a sua época de verão como boa ou muito boa. O facto de terem evitado as ondas de calor abrasadoras do verão poderá ter contribuído para o seu sucesso. No entanto, destinos do sul, como Portugal e Itália, seguem-nos de perto, com 76% dos inquiridos a referirem uma boa evolução nos últimos seis meses.

Os indicadores económicos também são positivos, sendo que nos últimos seis meses do ano, 62% dos alojamentos europeus registaram uma subida das tarifas dos quartos, um aumento sólido em relação ao período anterior, enquanto, os níveis de ocupação continuaram a sua trajetória ascendente, com 68% a registarem um aumento.

Estes indicadores económicos positivos incutiram confiança entre os hoteleiros, com 72% a caracterizarem a evolução passada como boa ou muito boa e 68% a considerarem a sua situação económica atual favorável. Em contraste, apenas 4% viram desenvolvimentos adversos nos últimos seis meses, enquanto apenas 5% consideram a situação económica atual negativa.

Com os olhos no futuro, mais de metade dos hoteleiros inquiridos (59%) espera agora um desenvolvimento positivo ou muito positivo nos próximos seis meses, marcando a primeira vez que este número ultrapassou metade da meta. Com a aproximação do inverno de 2023/2024, o ano já superou as expectativas.

No que diz respeito a países, a Alemanha, Áustria e Países Baixos não registaram a mesma subida contínua. Se em relação à Alemanha, as últimas previsões da Comissão Europeia, estimam que a economia deverá registar uma contração de 0,4% em 2023, os dois últimos continuam acima da média na sua avaliação do desempenho passado e atual.

O Barómetro Europeu do Alojamento demonstrou, igualmente, que as cadeias mantêm uma vantagem notável sobre os alojamentos independentes mais pequenos em vários indicadores económicos. 66% dos alojamentos independentes afirmaram que a sua situação económica atual é boa ou muito boa, em comparação com uns impressionantes 75% das cadeias.

A Grécia e outros destinos do sul da Europa, como Itália, Espanha e Portugal, registaram um crescimento robusto das taxas de quartos e de ocupação. A média da UE para a taxa de resposta positiva nestas áreas atingiu 62% e 68%, respetivamente, mas estes quatro países registaram uma média ainda mais impressionante de 73% para a taxa de quartos e 71% para a satisfação com o crescimento da taxa de ocupação.

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Atividade de negócios no setor das viagens e turismo cai 33% nos primeiros três trimestres, avança GlobalData

A atividade negocial no setor das viagens e turismo registou 558 negócios até setembro de 2023 contra os 833 de igual período de 2022, revelam os dados da GlobalData.

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Nos primeiros nove meses de 2023, registaram-se um total de 558 negócios no setor de viagens e turismo globalmente, o que representa uma descida de 33% em comparação com o anúncio de 833 negócios durante o mesmo período em 2022, de acordo com a GlobalData.

A análise da base de dados de transações financeiras da GlobalData também revelou todos os tipos de negócios abrangidos, e a maioria dos principais mercados registou um declínio anual considerável no anúncio de negócios durante os nove meses de 2023, em comparação com o os mesmos meses de 2022.

Por exemplo, o volume de negócios de fusões e aquisições (F&A) para o setor das viagens e turismo diminuiu 34,6% durante os três primeiros trimestres de 2023 em comparação com igual período de 2022, enquanto o número total de negócios de private equity e negócios de financiamento de risco caiu 29,2%. e 28,4%, respetivamente.

Aurojyoti Bose, analista principal da GlobalData, salienta que “as tensões geopolíticas, a guerra Rússia-Ucrânia, a inflação, os receios de recessão e os aumentos das taxas de juro parecem ter afetado os sentimentos de negociação no setor das viagens e do turismo. Consequentemente, temos visto uma atividade moderada em vários mercados importantes em todas as regiões.”

A América do Norte testemunhou um declínio no volume de negócios de 43,9% durante os primeiros três trimestres de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto a Europa, Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África, e as regiões da América do Sul e Central registaram um decréscimo de 39,7%, 12,7%, 16,7% e 25%, respetivamente.

Da mesma forma, os principais mercados, como os EUA, o Reino Unido, a Coreia do Sul, a França, a Austrália, o Japão, os Países Baixos e o Canadá, registaram uma descida anual no volume de negócios de 44,4%, 40%, 12,5%, 12,5%, 25,9%. %, 53,5%, 23,5% e 35,3% durante os nove meses de 2023, respetivamente, em comparação com o período homólogo de 2022.

Já a China emergiu como uma exceção notável e registou um crescimento no volume de negócios de 21,9% durante o período em análise, em comparação com os nove meses de 2022, enquanto o volume de negócios na Índia permaneceu no mesmo nível.

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Receitas das marinas e portos de recreio em Portugal podem ultrapassar os 70M€ no final de 2023

Até 31 de julho, as receitas totais das marinas e portos de recreio em Portugal cresceram acima dos 10% e, com esta tendência, pode ultrapassar os 70 milhões de euros no final de 2023, com taxas de ocupação dessas infraestruturas a rondam os 90%r cento, tanto no Algarve como na região de Lisboa, revela um estudo da APPR, que realça que, face ao claro sinal de crescimento do setor, “é essencial” aumentar o número de lugares de amarração e de parqueamento em seco, bem como “simplificar a burocracia”.

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A presidente da Associação Portuguesa de Portos de Recreio, Isolete Correia, deu a conhecer, esta segunda-feira, no Congresso Mundial de Marinas do ICOMIA, a decorrer em Vilamoura até quarta-feira, um estudo levado a cabo pela APPR, nos meses de agosto e setembro deste ano, para quantificar a evolução do sector náutico em termos de receitas, bem como os seus pontos fortes e quais os desafios que tem pela frente para a sua melhoria.

As conclusões do estudo revelam que, em Portugal, existem cerca de 12.800 postos de amarração – cerca de um terço dos quais no Algarve, seguido de Lisboa e do Centro do país, e os restantes no Norte, Açores e Madeira. Assim, 33% estão localizados no Algarve, 26% na região de Lisboa e Centro de Portugal, 23% no Norte, 10% nos Açores e 8% na Madeira, com taxas de ocupação nessas infraestruturas a rondarem os 90%, tanto no Algarve como na região de Lisboa.

O valor das receitas das marinas e portos de recreio foi estimado em 60 milhões de euros no ano de 2022, um crescimento de 19% face a 2021, e o documento revela ainda que, desde o início deste ano até 31 de julho, a receita total continuou a crescer acima dos 10% e, com esta tendência, pode ultrapassar os 70 milhões de euros no final de 2023.

Os visitantes são maioritariamente de Portugal, França, Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, Suécia e Espanha.

Também, os dados dão conta que registo de fortes sinais de crescimento na náutica de recreio – entre 2019 e 2022, foram emitidas cerca de 6.500 novas licenças de marinheiro, o que representa um aumento médio de 44% em relação a 2018.

Por outro lado, o volume de negócios das empresas de construção de embarcações de recreio e desporto, por ano, em média, entre 2019 e 2022, foi de cerca de 137 milhões de euros contra 93 milhões de euros em 2018, o que indica um aumento de 47%.

Perante estes dados, a APPR realça um claro sinal de crescimento do setor, mas sublinha que, para maximizar todas as oportunidades para o país resultantes desta evolução, “é essencial aumentar o número de lugares de amarração e de parqueamento em seco, bem como simplificar a burocracia”.

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Atividade negocial no turismo e viagens cai mais de 36% entre janeiro e agosto, revelam dados da GlobalData

A análise feita pela GlobalData indica que, em vez dos 756 negócios de há um ano, entre janeiro e agosto de 2023 anunciaram-se somente 482 negócios a nível mundial.

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A indústria global do turismo e viagens sofreu um declínio notável na atividade de negócios durante janeiro-agosto de 2023, marcando uma diminuição anual substancial de 36,2% em comparação com o mesmo período em 2022. Este declínio abrangeu vários tipos de negócios, incluindo fusões e aquisições (F&A), capital privado e financiamento de risco, com as incertezas económicas e as tensões geopolíticas a desempenhar um papel significativo na definição desta tendência, considera a GlobalData.

Uma análise do banco de dados de negócios financeiros da consultora especializada em dados revela que foram anunciados um total de 482 negócios na indústria global de turismo e viagens, em comparação com 756 negócios anunciados durante janeiro-agosto de 2022. O volume de negócios de fusões e aquisições diminuiu 37,8%, enquanto o número de negócios de private equity e os negócios de financiamento de risco diminuíram 38,1% e 30,8% em termos homólogos, respetivamente.

Aurojyoti Bose, analista principal da GlobalData, admite que “as incertezas económicas, incluindo subidas das taxas de juro, aumento da inflação, receios de recessão iminente, juntamente com tensões geopolíticas, parecem ter deixado os investidores cautelosos, o que levou ao declínio significativo na atividade de negócios no turismo e viagens em muitos países”.

Na verdade, vários mercados importantes testemunharam um declínio de dois dígitos no volume de negócios durante janeiro-agosto de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022. Os EUA, o Reino Unido, a Austrália, a França, o Japão, os Países Baixos e o Canadá testemunharam o volume de negócios declínio de 47,2%, 45,3%, 20,8%, 13,6%, 62,5%, 31,3% e 33,3%, respetivamente, durante janeiro-agosto de 2023.

A Índia e a China também registaram um declínio de 6,3% e 3,3% no volume de negócios durante janeiro-agosto de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022.

Por isso, Bose conclui que, “apesar dos desafios, a capacidade de adaptação e recuperação tem sido uma marca registada da indústria do turismo e viagens, e esta resiliência, provavelmente, impulsionará um ressurgimento da atividade de negócios quando o cenário global se estabilizar”.

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“O apoio do setor bancário desempenha um papel crucial na sustentabilidade e na competitividade do setor do Turismo”

A chegada da pandemia viu o setor do Turismo (e não só) a necessitar de diversos apoios para fazer face à “calamidade” que se abateu sob o a economia. A banca teve um papel fundamental durante os quase três anos de COVID-19. O PUBLITURIS falou com José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, para saber como é que a banca continuará a apoiar o Turismo.

Victor Jorge

Quando em março de 2020 a COVID-19 se abateu sob Portugal – já tinha surgido noutros países -, os balanços das mais diversas empresas que operam no setor do Turismo foram fortemente impactados. Durante meses ouviu-se falar em diversas linhas de apoio e a necessidade de quem estava “no terreno” em ser apoiado.

Os números indicam que, desde o início de 2020, quando a COVID apareceu, foram destinados 2,8 mil milhões de euros ao setor do Turismo, dos quais 800 milhões de euros a fundo perdido, beneficiando perto de 43.000 empresas.

Finda, oficialmente, a pandemia, as “economias” das empresas ainda sofre e, por isso, o jornal PUBLITURIS foi tentar saber junto de José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, que tipo de apoios foram dados ao longo da pandemia e os que perduram depois do final desta.

A pandemia trouxe novas ou outras necessidades e exigências por parte do setor do Turismo em Portugal. Que necessidades e/ou exigências foram essas e como é que a o novobanco deu resposta?
A pandemia Covid-19 teve um impacto significativo no setor do Turismo a nível global, incluindo Portugal, com necessidade de ajustar os modelos de negócio dos operadores do setor, de forma a conseguir dar resposta às novas exigências decorrentes do contexto económico e sanitário. A pandemia trouxe, por isso, vários desafios ao setor do Turismo como, por exemplo, a necessidade de implementar medidas de segurança sanitária e novos protocolos de higiene nos hotéis, restaurantes, transportes e atrações turísticas.

Além disso, a flexibilidade de reservas e novas políticas de cancelamento, uma vez que os clientes passaram a dar maior importância à flexibilidade de reservas e cancelamentos sem penalização, a requalificação dos recursos humanos, com as flutuações na procura e o redesenho dos modelos de negócio a levar à necessidade de criar novas funções mais adequadas à nova realidade.

Estes desafios implicaram maior investimento por parte das empresas, dos quais se destacaram a alterações na procura, com o Turismo de natureza e o Turismo doméstico a conquistarem as preferências dos clientes.

Também a digitalização e novas tecnologias, de forma a reduzir o contacto físico (ex.: check-in online, pagamentos contactless, aumento das aplicações mobile para gestão de reservas e servicing, entre outros), fizeram com que as empresas precisassem de reinventar os processos e investir em novas ferramentas.

A sustentabilidade e responsabilidade social, com a pandemia a reforçar a importância da adoção de práticas sustentáveis pelos operadores turísticos, assim como o papel das empresas no apoio às comunidades locais em momentos de dificuldade, como foi o caso da pandemia Covid-19, foram outros investimentos necessários.

As empresas tiveram de se adaptar a estas novas exigências, com impacto no modelo de negócio, na previsibilidade das receitas e nos investimentos necessários para ir de encontro às necessidades da nova realidade.

No novobanco, estivemos e estamos comprometidos com as empresas do Turismo, disponibilizando um conjunto de soluções de financiamento para apoiar as necessidades de curto-prazo, reforçando a liquidez das empresas, num momento particularmente desafiante. No período da pandemia, respondemos de forma célere às necessidades dos clientes, através de soluções de Factoring e Confirming, e com o desembolso das Linhas de Apoio à Economia Covid-19, em parceria com o Banco Português de Fomento e Turismo de Portugal.

Em Portugal, no setor do Turismo, a procura pelas linhas de apoio disponibilizadas pelo setor bancário foi relativamente transversal entre os diversos subsetores

Ainda durante a pandemia, a capacidade de resposta às solicitações foi uma das grandes reivindicações por parte das empresas do setor do Turismo. Que desafios foram colocados na altura?
Durante a pandemia Covid-19, a incerteza, as restrições sanitárias e o abrandamento brusco da economia e da atividade das empresas, levaram a um conjunto de desafios complexos, comprometendo a capacidade de resposta e a agilidade e flexibilidade que os tempos exigiam. As constantes mudanças nas regulamentações do Governo, as restrições nas viagens e na circulação, as medidas sanitárias rigorosas e a corrida aos cancelamentos e remarcações de reservas, constituíram um desafio, não só para a atividade das empresas do Turismo, mas também para o normal funcionamento do setor bancário.

No caso do novobanco, mesmo num ambiente de incerteza e com inúmeras limitações, adaptámos o nosso modelo de serviço, com adoção do teletrabalho, e conseguimos garantir um prazo de resposta alinhado com a urgência do contexto. Disponibilizamos as Linhas de Apoio à Economia Covid-19, com um processo de contratação desmaterializado e simplificado, e executamos um número recorde de moratórias de crédito, um instrumento crucial para garantir a liquidez das Empresas e o funcionamento da atividade. Mesmo com um volume recorde de novas operações de crédito, em paralelo com um volume recorde de moratórias de crédito, fomos capazes de estar ao lado dos clientes, dizendo presente no apoio à economia portuguesa.

No setor do Turismo em Portugal, quem recorreu mais às linhas do novobanco: hotelaria, agências de viagem, operadores, restauração …?
Em Portugal, no setor do Turismo, a procura pelas linhas de apoio disponibilizadas pelo setor bancário foi relativamente transversal entre os diversos subsetores. Durante períodos de desafios económicos, como foi a crise causada pela pandemia, tanto a Hotelaria como as Agências de Viagem e a Restauração demonstraram interesse em aceder a soluções de financiamento para lidar com as consequências sobre a sua atividade e reforçar a tesouraria, num contexto de incerteza.

A Hotelaria, por exemplo, procurou financiamento para mitigar a diminuição da procura e as restrições de viagens e circulação. As Agências de Viagem e os Operadores Turísticos, por sua vez, enfrentaram cancelamentos e adiamentos de viagens, levando-os a recorrer a financiamento para garantir a liquidez necessária para manter a atividade. Além disso, os estabelecimentos de Restauração também enfrentaram fortes restrições e uma abrupta diminuição no número de clientes, o que levou muitas empresas a procurar apoio financeiro para manter as suas atividades. Em conjunto, estes subsetores representaram cerca de 15% do total de apoios no âmbito das Linhas Covid-19 no novobanco, com a Hotelaria e a Restauração a representarem mais de 90% do total de apoios concedidos a estes subsetores.

No entanto, é importante sublinhar que a natureza transversal da procura por soluções de financiamento não implica que todos os subsetores tenham enfrentado as mesmas dificuldades. As circunstâncias específicas de cada subsetor, bem como a dimensão, localização e modelo de negócio das empresas, influenciaram a decisão e a necessidade de recorrer a soluções de financiamento bancário.

A capitalização das empresas portuguesas e o acesso a linhas de financiamento foram e podem continuar a ser um desafio para muitas empresas no setor do Turismo

Depois da “tempestade”
Passado o pior, ou seja, com a saída oficial da pandemia, que necessidades e/ou exigências possuem os agentes do setor do Turismo atualmente?
A pandemia Covid-19 trouxe um conjunto de novas exigências e novos desafios ao setor do Turismo, sendo que algumas empresas conseguiram transformar esses desafios em novas oportunidades de negócio. As empresas que se conseguiram adaptar, estão agora melhor preparadas para enfrentar o futuro, com capacidade para atrair e servir os turistas com experiências únicas e personalizadas.

Em resumo, a pandemia veio acelerar a digitalização e a adoção de novos modelos de negócio, com as empresas do setor a enfrentar desafios como: a segurança sanitária veio para ficar e continua a ser uma prioridade, dando conforto aos turistas; a flexibilidade das reservas passou a ser altamente valorizada pelos clientes, trazendo imprevisibilidade para as empresas do setor; a sustentabilidade é uma tendência do presente e do futuro, com os clientes cada vez mais informados e interessados na pegada ecológica de cada empresa; a tecnologia e a digitalização são peças fundamentais para a melhoria da experiência dos clientes, com informações em tempo real; alterações na procura, com os clientes a procurarem mais experiências ligadas ao bem-estar e mais diversificadas, incluindo tours e itinerários exclusivos; e por fim, personalização e marketing one-to-one, com segmentação da comunicação, aumentando a eficácia das campanhas.

Que linhas de apoio disponibilizaram durante a pandemia e que linhas possuem atualmente para o setor do Turismo?
Durante a pandemia, o novobanco teve ao dispor das empresas do setor do Turismo um conjunto de soluções de financiamento, onde destacamos as linhas com garantia das Sociedades de Garantia Mútua: Linha de Apoio à Economia Covid-19 Médias e Grandes Empresas do Turismo, Linha de Apoio à Economia Covid-19 Empresas Exportadoras da Indústria e do Turismo (com possibilidade de conversão em apoio não reembolsável), Linha de Apoio à Economia Covid-19 Agências de Viagens e Operadores Turísticos.

Em paralelo, disponibilizámos soluções de Factoring e Confirming, para reforçar a liquidez das empresas, e implementámos as moratórias de crédito, com o objetivo de prorrogar o prazo das operações de financiamento contratadas, equilibrando os ciclos de caixa das empresas do setor do Turismo.

Atualmente, contamos com soluções competitivas para apoiar as empresas do setor do Turismo, com destaque para: Linha de Apoio ao Turismo 2021, no montante total de 300 milhões de euros, com garantia mútua até 80% e prazos alongados, de acordo com a finalidade (investimento ou fundo de maneio); Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, disponível para PME e Grandes Empresas, com prazos até 15 anos, financiamento sem juros na parcela do Turismo de Portugal e com possibilidade de conversão de uma parcela do financiamento em apoio não reembolsável (fundo perdido).

Em paralelo, disponibilizámos mais de 1.300 milhões de euros de linhas de financiamento com garantia FEI, com o objetivo de apoiar as empresas afetadas pela pandemia Covid-19, uma solução com garantia até 70%, com condições competitivas, disponível para Microempresas, PME e MidCaps.

Para além destas soluções, dispomos de uma oferta competitiva de Factoring e Confirming e Leasing Mobiliário, sendo que em breve teremos uma nova linha de financiamento com garantia mútua, em parceria com o BPF, para apoiar as necessidades de fundo de maneio e investimento dos operadores turísticos.

Por fim, mas não menos importante, lançámos em 2022 a Linha Sustentabilidade, no montante global de 250 milhões de euros, uma solução de financiamento que tem como objetivo apoiar as Empresas no processo de transição climática e energética – esta Linha está disponível para apoiar projetos de investimento sustentáveis e/ou para reforçar as necessidades de fundo de maneio das empresas que desenvolvem a atividade em setores sustentáveis).

A digitalização e a sustentabilidade são dois fatores crucias para o futuro das empresas do Turismo, com impacto na experiência dos clientes, na responsabilidade social e na eficiência das operações

A capitalização das empresas e as linhas de crédito foram, são e continuarão a ser o maior desafio?
A capitalização das empresas portuguesas e o acesso a linhas de financiamento foram e podem continuar a ser um desafio para muitas empresas no setor do Turismo, especialmente após a pandemia. No entanto, é importante referir que os desafios podem variar consoante a dimensão das Empresas, a região onde desenvolve a sua atividade e os fatores económicos, políticos e regulamentares. Aqui, destacamos três grandes desafios nesta temática: (i) Pressão sobre os ciclos de caixa – muitas empresas do setor do Turismo enfrentaram uma redução drástica, ou mesmo interrupção, das suas operações durante a pandemia Covid-19. Esta redução teve impacto negativo nos fluxos de caixa e afetou a capacidade das Empresas na gestão da tesouraria, nomeadamente, no pagamento a fornecedores; (ii)Acesso a fontes de financiamento – algumas empresas do setor recorreram a financiamento para reforçar a tesouraria e enfrentar a crise, levando a um aumento do endividamento. Decorrente desse aumento, o acesso a novas fontes de financiamento constituiu um desafio para algumas empresas, reforçado pela incerteza económica, em especial no Turismo, que foi particularmente afetado pela pandemia; e (iii) impacto na estrutura de receitas: mesmo após a saída da pandemia, a recuperação total do setor do Turismo poderá ser gradual, até retomar os níveis de faturação pré-pandemia (o ritmo de recuperação pode variar de acordo com a atividade da empresa e da região). Ao mesmo tempo, num cenário de inflação, os consumidores são mais cautelosos nos seus gastos, o que pode afetar a procura por serviços turísticos. Estes dois fatores acabam por influenciar diretamente a capacidade das empresas em gerar capital para fazer face aos investimentos necessários para acomodar as novas exigências

A sustentabilidade e a digitalização das empresas são dois dos fatores mais importantes para o futuro das empresas em geral, e no Turismo, em particular. Disponibilizam linhas concretas para estes desenvolvimentos?
Como já referido, a digitalização e a sustentabilidade são dois fatores crucias para o futuro das empresas do Turismo, com impacto na experiência dos clientes, na responsabilidade social e na eficiência das operações.

Para apoiar as empresas do setor nesta transição, temos um conjunto de soluções de financiamento disponíveis. A Linha Sustentabilidade, no montante global de 250 milhões de euros, uma solução de financiamento que tem como objetivo apoiar as empresas no processo de transição climática e energética. Esta Linha está disponível para apoiar projetos de investimento sustentáveis e/ou para reforçar as necessidades de fundo de maneio das empresas que desenvolvem a atividade em setores sustentáveis).

A Linha Descarbonização e Economia Circular, no montante global de 100 milhões de euros, tem como o objetivo tornar as empresas industriais e do setor do Turismo mais modernas e mais competitivas, apoiando o financiamento de projetos para redução do consumo energético, de medidas que permitam a mudança da fonte energética fóssil para renovável, ou acelerando o processo de transição para uma economia circular. Esta Linha tem bonificação de juros até 1,5%, garantia mútua até 80%, comissão de garantia até 1%, integralmente bonificada e prazo máximo que pode ir até 10 anos.

Já a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, disponível para PME e Grandes Empresas, com prazos até 15 anos, financiamento sem juros na parcela do Turismo de Portugal e com possibilidade de conversão de uma parcelo do financiamento em apoio não reembolsável (fundo perdido). Os projetos candidatados a esta Linha devem prever o desenvolvimento e implementação de medidas de gestão ambiental.

Em paralelo, temos ao dispor das empresas do Turismo, uma equipa especializada em fundos europeus, com soluções de financiamento e antecipação de incentivos ao longo da execução dos projetos. O Portugal 2030 tem uma forte componente dedicada à Sustentabilidade e à Digitalização, com 4,8 mil milhões de euros de incentivos associados ao Objetivo Estratégico “Europa +Verde” e com 4,7 mil milhões de euros de incentivos associados ao Objetivo Estratégico “Europa +Inteligente”.

O novobanco tem tudo preparado para liderar nesta frente. Atualmente, está aberto um Aviso ao SICE Inovação Produtiva, com apoio a fundo perdido que pode ir até 40%, no montante global de 400 milhões de euros, disponível para empresas da indústria e do Turismo. Estamos, como sempre, disponíveis para apoiar as candidaturas e a execução dos projetos dos nossos clientes.

Banca coordenada
Que coordenação possui o novobanco com as entidades que tutelam o setor do Turismo em Portugal e que relação mantiveram e mantém de apoio aos agentes do Turismo em Portugal?

O novobanco tem cultivado uma relação de estreita colaboração com o Turismo de Portugal, caracterizada por uma parceria sólida e duradoura. Esta colaboração tem sido pautada pelo compromisso mútuo em promover o desenvolvimento sustentável do setor do Turismo em Portugal.

Ao longo dos últimos anos, temos trabalhado em conjunto para lançar novas iniciativas e novos instrumentos de financiamento que impulsionem o crescimento das empresas do setor, a valorização do património cultural e natural, bem como a excelência na oferta de serviços e na experiência proporcionada aos turistas que visitam o nosso país. Estamos confiantes de que esta parceria continuará a crescer, contribuindo de forma significativa para o fortalecimento do peso do setor do Turismo e para a promoção da marca Portugal a nível internacional.

O apoio da banca é fundamental para a competitividade do setor do turismo e, consequentemente, dos agentes do turismo nacionais?
Sem dúvida. O apoio do setor bancário desempenha um papel crucial na sustentabilidade e na competitividade do setor do Turismo, contribuindo para o crescimento da atividade e para a adaptação dos operadores turísticos às novas exigências dos consumidores e da economia. O Turismo é intrinsecamente um setor que tem necessidade de investir de forma contínua, quer na melhoria das infraestruturas, como na modernização dos serviços e na promoção eficaz com os seus clientes.

A banca é, por isso, um parceiro fundamental para as empresas do Turismo, garantindo as fontes de financiamento necessárias para os projetos de desenvolvimento, renovação e inovação, que são essenciais para atrair e satisfazer as crescentes exigências dos visitantes. A parceria entre o Turismo e o setor bancário é uma aliança estratégica que eleva a competitividade do setor, com criação de emprego e de valor acrescentado para a economia portuguesa.

Estamos confiantes de que esta parceria continuará a crescer, contribuindo de forma significativa para o fortalecimento do peso do setor do Turismo e para a promoção da marca Portugal a nível internacional

De que forma deram e dão a conhecer as linhas de apoio ao setor do turismo em Portugal?
Nos últimos meses, temos apostado na proximidade e na parceria com o setor do Turismo, um dos setores estratégicos para o novobanco. Essa proximidade, tem-se materializado na intensificação da comunicação com as empresas e com os parceiros do setor. Destaco a divulgação em imprensa das linhas de financiamento disponíveis e nas newsletters para clientes; divulgação de soluções para o Turismo no site informacional do novobanco; divulgação nas redes sociais, como é o exemplo da nossa parceria de longa data com o PUBLITURIS, um jornal de referência no setor do Turismo; parceria com o Turismo de Portugal e com entidades do Governo, para disponibilização dos melhores e mais competitivos instrumentos em cada momento; divulgação em eventos com clientes, com participação em feiras setoriais ligadas ao Turismo.

Os apoios disponibilizados pelas instituições bancárias em Portugal estiveram e estão em linha com o que é feito na Europa?
Na generalidade, os apoios disponibilizados pelo setor bancário em Portugal estiveram e estão alinhados com o que é feito na Europa, com uma oferta assente em linhas de financiamento para apoiar o investimento das empresas do Turismo, nomeadamente, infraestruturas, digitalização e sustentabilidade, e soluções de apoio à liquidez das empresas, como são o Factoring e Confirming e as moratórias de crédito, essenciais no período de pandemia.

As soluções de apoio aos projetos com fundos europeus – antecipação de incentivos e financiamento de capitais alheios – são também exemplos de apoios que os bancos têm ao dispor das empresas, fundamentais para que os projeto de investimento tenham a liquidez necessária para serem executados nos prazos definidos, com metas ambiciosas, mas realistas, que aumentem a riqueza, os salários, a competitividade e a produtividade da economia portuguesa.

O que é que não pode faltar às empresas do setor do Turismo para recorrerem aos apoios disponibilizados pela banca em Portugal?
Para que as empresas do Turismo possam recorrer aos apoios disponibilizados pelo setor bancário em Portugal, é fundamental que apresentem uma performance económico-financeira robusta e equilibrada, uma atividade em crescimento e sustentável e projetos de investimento alinhados com a estratégia da empresa e da região, com metas ambiciosas, mas realistas, que não comprometam a execução dos projetos. Em resumo, não pode faltar informação financeira (balanços, demonstrações de resultados e balancetes) que comprove a performance económico-financeira da empresa e a capacidade de reembolsar o financiamento; plano de negócio do projeto de investimento para o qual está a solicitar o financiamento, com o detalhe dos objetivos estratégicos, das estimativas de receitas e despesas e da finalidade do apoio financeiro. Dependendo do financiamento, poderá ser necessário comprovar a elegibilidade da empresa para a linha de apoio específica; garantias ou colaterais que ajudem a mitigar o risco associado ao financiamento, facilitando a análise por parte do banco (poderão ser garantias reais, como ativos da empresa, ou garantias financeiras prestadas pelas Sociedades de Garantia Mútua ou por instrumentos de financiamento com garantias europeias, como o FEI e BEI). Os requisitos podem variar de acordo com a tipologia de empresa, com a instituição bancária, com o programa de apoio solicitado, entre outros fatores.

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Análise

GuestCentric prevê um inverno promissor para a hotelaria em Portugal

A GuestCentric, marca de soluções de comércio eletrónico para hotéis, antecipa as previsões hoteleiras para o próximo inverno em Portugal, indicando que 2023 vai terminar com resultados positivos, enquanto o começo de 2024 apresenta-se promissor. As reservas de novembro apontam para uma melhoria significativa do negócio, a performance de dezembro já se apresenta melhor do que em 2022, e os preços dos hotéis em 2024 poderão acompanhar a taxa de inflação.

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Após a época alta “extraordinária” com “resultados recorde”, a GuestCentric traça alguns cenários para a hotelaria, que permitem aos profissionais do setor definir e elaborar estratégias eficazes para o próximo inverno.

Assim, segundo a empresa, os dados preliminares de mercado apontam para uma procura crescente para os restantes meses de 2023, face a 2022, estando as reservas para outubro a acelerar, atingindo já 75% dos níveis do ano passado.

Igualmente, as reservas para novembro dão sinal de uma melhoria significativa do negócio, uma vez que estão a ser feitas cerca de um mês antes daquilo que se verificou no mesmo período de 2022. Apesar de ainda ser cedo para prever com muito detalhe, a performance de dezembro já se apresenta melhor do que em 2022.

De acordo com a GuestCentric, os preços dos hotéis em 2024 poderão acompanhar a taxa de inflação, prevendo-se um aumento de cerca de 5%. Enquanto os preços dos hotéis europeus mantêm-se cerca de 13% dos de 2022, nos Estados Unidos verificou-se este ano, um decréscimo de 6% nos preços até à data.

A empresa cita dados do The Hotelier PULSE, que dão conta que a maioria dos hoteleiros inquiridos, tanto na Europa como nos EUA, prevê que os preços médios diários continuem a aumentar no próximo ano. No entanto, mantém-se a dúvida se os hotéis conseguirão compensar o aumento dos seus custos operacionais, mesmo praticando preços mais elevados.

Embora os sinais atuais do mercado apontem para um ano de 2023 muito positivo, e um começo promissor para 2024, fatores como o aumento nos custos operacionais e a inflação podem perturbar mesmo os planos mais bem elaborados, sublinha a GuestCentric, aconselhando os hotéis a focar-se sobretudo na rentabilidade do seu negócio. “Para isso, devem monitorizar e tornar absolutamente prioritária a sua receita líquida – isto é, a receita sem comissões e outros custos de distribuição”.

E lembra que, no panorama económico atual, com os custos operacionais em constante aumento, “a otimização do canal de vendas diretas deve ser uma das principais estratégias dos hotéis para 2024, permitindo, em paralelo, reduzir os custos de distribuição de terceiros”. Também, o foco na receita líquida, otimizando o canal de vendas diretas, é fundamental para um negócio hoteleiro rentável e sustentável do ponto de vista financeiro.

A GuestCentric reafirma que o verão de 2023 foi um período de enorme movimento para a hotelaria nacional. Cita a Reuters, que revela que só no mês de maio, Portugal recebeu um número recorde de 1,7 milhões de visitantes estrangeiros. Os dados revelaram ainda que nos primeiros cinco meses de 2023 registaram-se 6,4 milhões de visitantes internacionais – um aumento de 12% comparativamente ao mesmo período de 2019.

Por outro lado, de acordo com os dados provenientes do portefólio da Small Portuguese Hotels (SPH) – uma marca da GuestCentric que representa mais de 140 unidades de alojamento – este verão verificou-se um forte aumento na procura por turistas nacionais, em relação a 2019. No mesmo período os preços na hotelaria dispararam, crescendo 10% nas estadias de turistas internacionais, enquanto os portugueses viram o preço das suas estadias em hotéis da SPH aumentar 8% face a 2022. As reservas diretas com os hotéis consolidaram-se enquanto canal preferencial – representando 67% da receita no caso dos hóspedes portugueses e 45% no caso de estadias de turistas estrangeiros.

Os dados da GuestCentric revelam que o volume de dormidas vendidas em agosto estava 12% acima dos níveis de 2022 e que, neste momento, as dormidas de setembro estão 10% acima do mesmo mês do ano anterior.

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AHRESP
Análise

AHRESP deixa sugestões para o Orçamento de Estado de 2024

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) anunciou esta segunda-feira, 25 de setembro, as 21 medidas que propõe para o Orçamento de Estado de 2024, baseadas em três eixos estratégicos: fiscalidade; capitalização das empresas e apoio ao investimento.

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A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) anunciou esta segunda-feira, 25 de setembro, em comunicado, que “considera determinante que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) tenha presente a realidade das empresas da restauração, similares e do alojamento turístico e que contemple medidas focadas na sustentabilidade destes setores, que se revelaram decisivos na recuperação económica de Portugal no período pós-pandemia e que continuam a ser forte motor de desenvolvimento da economia portuguesa”.

Por essa razão, a associação propõe 21 medidas para o OE24 baseadas em três eixos estratégicos: fiscalidade; capitalização das empresas e apoio ao investimento. As propostas são feitas “tendo em conta o atual cenário inflacionista e a escalada na subida das taxas de juro, bem como nos custos de energia”, que a associação considera “que está a deteriorar a tesouraria das famílias, cuja quebra de consumo já se faz sentir de forma significativa nas atividades turísticas”.

Das medidas propostas ao Governo a AHRESP destaca “a aplicação temporária, pelo período de um ano, da taxa reduzida IVA a todo o serviço de alimentação e bebidas para a tesouraria das empresas”, bem como a “reposição integral da taxa intermédia do IVA no serviço de alimentação e bebidas”.

Outra das medidas propostas passa pela “redução da taxa social única (TSU) paga pelas empresas pelos rendimentos de trabalho dos seus colaboradores, para proporcionar a melhoria das condições salariais, captando e retendo talento nas empresas”. É ainda destacada a “dotação orçamental para as autarquias, destinada ao apoio às rendas para a habitação de imigrantes que comprovem vir trabalhar para as atividades [afetas à associação], de forma temporária, para o processo de instalação destes trabalhadores no nosso país”.

É ainda colocada em cima da mesa a “redução da taxa do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), em particular para as micro e pequenas empresas, a fim de se aumentar a competitividade das empresas nacionais face ao exterior e de se atrair investimento”.

Da lista de 21 medidas propostas constam ainda a “criação de mecanismos financeiros com vista à redução do endividamento das empresas, bem como promover a reposição dos capitais próprios até aos níveis pré-pandemia”, além do “apoio ao investimento em eficiência energética, eficiência hídrica e transição digital”.

A associação defende que estas medidas são propostas num contexto em que, “não obstante os crescimentos expressivos na atividade turística no acumulado entre janeiro e julho de 2023 face a 2019, certo é que milhares de empresas continuam a evidenciar estruturas financeiras frágeis e sobre endividadas”. Destaca também que, “além destas fragilidades, mantém-se o grave problema da falta de profissionais, sobretudo qualificados, para trabalhar nos setores da restauração e do alojamento”.

A AHRESP sente que a aproximação da época baixa “apresenta grandes desafios à sustentabilidade dos negócios, não só pela perda do poder de compra dos consumidores que se reflete na faturação dos estabelecimentos, como devido aos aumentos dos preços das matérias-primas, muito acima do que tem sido a atualização dos preços de venda”. Por todas as razões elencadas, “assim como das previsões das entidades internacionais de fraco crescimento económico”, a AHRESP apresenta a lista de 21 medidas ao Governo que pode ser consultada na totalidade através do link.

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Análise

Turismo na UE atinge o máximo de uma década no primeiro semestre de 2023

A indústria do turismo da UE está a registar uma forte recuperação do impacto da pandemia de Covid-19. No primeiro semestre de 2023, o número de noites passadas em alojamentos turísticos atingiu o nível mais elevado da última década, sinalizando um notável ressurgimento do desempenho do setor em muitos países da União Europeia.

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De acordo com a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, a Europa registou o maior número de estadias turísticas da última década. No primeiro semestre deste ano, verificaram-se 1, 193 milhões de dormidas em alojamentos turístico, um aumento de quase 11 milhões face ao mesmo período de 2019 (1. 182 milhões, +0,9%). Além disso, houve mais 136 milhões de dormidas do que no primeiro semestre de 2022 (1.057 milhões, +12,9%). Comparativamente a 2021 (406,8 milhões), de janeiro a junho deste ano, a UE contabilizou mais 786 milhões de dormidas, e face a 2020 (474,7 milhões), registaram-se mais 718 milhões de dormidas.

Todos os meses superaram os valores do ano anterior, com os maiores aumentos registados em janeiro (45%) e fevereiro (27%).

Olhando para os dados dos países, todos os Estados-membros conseguiram crescer em dormidas em comparação com 2022, sendo a Hungria a única exceção, registando uma ligeira diminuição de -0,3%. Chipre (39,3%), Malta (30,5%) e Eslováquia (28,7%) destacam-se com os aumentos mais substanciais nas dormidas. No entanto, cerca de metade dos países ainda não atingiu os valores registados no primeiro semestre de 2019, nomeadamente a Letónia (-23,8%), Eslováquia (-16,0%), Hungria (-12,2%) e Lituânia (-11,7%).

A Eurostat revela ainda que o forte impulso para os números deste ano veio da recuperação do turismo internacional. Em comparação com 2022, assistiu-se a um crescimento de 22,5% no número de dormidas de turistas estrangeiros, enquanto o turismo interno subiu 5,8%.

No total, os turistas estrangeiros representaram 545 milhões de dormidas no primeiro semestre de 2023 ou 46% de todas as dormidas. Nos últimos anos, a proporção de turistas estrangeiros foi significativamente afetada pela pandemia. Começando em 47% no primeiro semestre de 2019, caiu para 36% nos primeiros seis meses de 2020 e diminuiu ainda mais para 21% em 2021, antes de demonstrar uma forte recuperação em 2022, subindo para 42%.

 

 

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