Viagens Tempo oferece ao mercado mais de 57 destinos
Apostando numa programação diversificada, o operador turístico Viagens Tempo tem mais de 57 países publicados que cobrem o mundo inteiro, mas numa vertente maioritariamente cultural, em circuitos ou combinados com praias. Açores e Madeira tem sido uma surpresa.
Carolina Morgado
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Gosta de se apresentar ao mercado como um operador turístico pequeno, composto por 17 pessoas, familiar, credível, antiga no mercado, com 28 anos de existência, e sede no Porto. É assim a Viagens Tempo, conforme declarou ao Publituris, o seu diretor Comercial, Ricardo Gordo, apontando que “cada produto que vendemos é um produto especial”.
“Não nos preocupamos com os números, nas sim em cada cliente e na qualidade que colocamos ou cada produto que colocamos no mercado, dando sempre o nosso cunho pessoal” disse o responsável, para lembrar que “uma coisa que damos muito valor é que temos um booking com cinco pessoas com 25 anos de casa, pessoas que estão connosco desde os primeiros anos da empresa, pessoas com muito know-how em relação aos destinos que vendemos, e hoje vendemos o mundo inteiro”.
Ricardo Gordo faz questão de realçar que “só vendemos os destinos que conhecemos, e isso é muito importante no pré-venda, na venda e damos também muita atenção ao pós-venda, ou seja, no apoio que damos ao cliente quando já está no destino”.
Flexibilidade e diversificação
Conta o diretor Comercial que o operador turístico começou com meia dúzia de destinos, hoje “já colocamos no mercado mais de 57 países. Temos produtos já formatados, mas tentamos ser sempre flexíveis e ir ao encontro daquilo que o cliente pretende. Não queremos vender em massa, mas com a máxima qualidade e profissionalismo, com uma programação diferente e não em charter”.
Desde o início que “nunca entrámos no segmento charter, sempre fugimos aos produtos de risco, trabalhamos sim com allotments na parte aérea, e com partidas especiais para alguns produtos, sempre em voos regulares, numa programação muito diversificada”, explicou o responsável, apontando que, diversificar e flexibilizar são os objetivos. “Tentamos abarcar o maior número de produtos desde que seja um destino que conhecemos, que achamos que podemos dar o nosso contributo e acrescentar valor”.
Em termos de novidades ao mercado, muitas ficaram para trás devido à guerra na Ucrânia, referiu Ricardo Gordo. “Tínhamos algumas coisas programadas para aquela zona, mas tiveram de ficar em carteira”. No entanto “lançámos Costa Rica em combinados de aventura com praia, diferente da programação que existe no mercado, temos também o Nepal, que esteve parado, mas que se começou a vender, uma surpresa interessante, a Colômbia e S. Tomé que retomámos, e Malta, apesar de este ano não haver voos diretos”.
Açores e Madeira – surpresa em volume de vendas
O diretor Comercial da Viagens Tempo revelou ainda que, durante a pandemia “não fizemos nada em relação a Portugal Continental, mas apostámos muito nos Açores e na Madeira, e este ano vão ser de novo as nossas apostas, em viagens de grupos, e temos tido bastantes resultados. Temos acordos com os maiores grupos e redes de agências de viagens em Portugal. 30% a 40” da nossa faturação é de grupos, e Açores e Madeira, neste momento, é o maior, com grupos fechados”
O responsável explicou que “quando surgimos, em 1994, tínhamos os Açores e a Madeira na nossa programação, bem como praias em Portugal e as costas espanholas, mas ao longo do tempo fomos reformulando os produtos, ou seja, em 2019, começámos a vender tudo, menos o que tínhamos no início. Com a pandemia, e como não havia alternativas de sair de Portugal, voltámos a apostar nas Regiões Autónomas. Como correu bem decidimos continuar com a aposta. O resto foi, praticamente, reformular a programação que existia”.
O grande desafio neste momento é, segundo Ricardo Gordo, “é esperar que alguns destinos reabram. Conforme vão reabrindo, a nossa ideia é ir colocando-os no mercado e tentar voltar à normalidade”, para acrescentar que “muitos países como os EUA/Canadá e o Japão, para onde tínhamos muitas vendas, neste momento temos algumas dificuldades, bem como a Índia e a China. O Vietname, por exemplo, reabriu recentemente, mas mesmo os que já permitem a entrada de turistas internacionais sem grandes restrições, demora algum tempo até estabilizar. Por isso, a nossa programação não está fechada”.
Assim, o operador turístico está a recolocar na sua programação, o Vietname, a Indonésia em circuitos e combinados com cultura e praia, e a Tailândia. “A necessidade de um ou outro teste será aceitável. Quarentena é que não”, defende.
Quatro tipos de programação
Refira-se que a Tempo Viagens oferece quatro tipos de programação: Circuitos Culturais na Europa, com uma grande oferta, em saídas semanais (já esteve mais complicado, mas agora já se está a conseguir confirmar); Grandes Viagens também culturais para África, Ásia, Américas e Oceânia; as Praias do Índico como Maurícias, Seichelles, Maldivas, e também a Tailândia (só praias), voltados para as luas de mel; e grupos fechados. ”Não entramos na guerra dos destinos de praias operados em charters à partida de Portugal”, disse o diretor Comercial da Viagens Tempo.
Ricardo Gordo considerou ainda que “a nossa atividade é muito sazonal e não é possível fugir a isso, mas há destinos que se vendem durante todo o ano, tais como a Argentina, o Peru e as Maldivas. Nós acabamos por vender o ano inteiro, com menos sazonalidade em relação aos operadores turísticos que apostam mais em operações charters de maio a setembro.
Moderadamente satisfeitos
De todas as formas, para este ano “estamos moderadamente satisfeitos, porque tínhamos previsto uma recuperação das vendas de 2019 a três anos e já o atingimos em 2022. Ainda não estamos aos níveis de 2019, mas acima do orçamentado. Acho que fomos conservadores, mas este ano conseguiremos a estabilidade da empresa. Isto está conseguido, mas ainda muita coisa pode acontecer. A previsão é superar o nosso orçamento, o que é bom. O objetivo era atingir os 70%, mas acredito que vamos ultrapassar essa percentagem, devendo andar acima dos 80%”, considerou.
De acordo com Ricardo Gordo, os destinos de longo curso que estão a vender mais são as praias do Índico, como aconteceu durante a pandemia, mas, “atenção, estamos a vender muito mais do que o ano passado, e muito mais ainda do que em 2020”. Em 2019, este operador turístico faturou 10 milhões de euros. Quem escolhe os seus produtos, que na maior parte ronda os mil euros por pessoa, são os segmentos médio e médio-alto.
“A Europa está a sentir uma grande pressão por causa da guerra, e as pessoas estão a fugir para outros continentes e mais o produto praia”, destacou o responsável, para salientar que, uma vez que muitos destinos são contratados em dólares, com a África, as Américas e a Ásia, os preços estarão mais caros 5% a 7%, mas “a maior parte dos produtos mantiveram os preços que eram praticados antes da pandemia”, concluiu.