Proveitos totais do turismo atingem, em abril, 389 milhões de euros e ultrapassam níveis de 2019
Após mais de dois anos de pandemia e com uma guerra na Europa, os proveitos da atividade turística, em Portugal, ultrapassaram, no mês de abril, pela primeira vez os níveis de 2019.
Victor Jorge
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Os proveitos totais atingiram 389,2 milhões de euros e cresceram 726,2% e os proveitos de aposento corresponderam a 291 milhões de euros (+728,5%), indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira, 15 de junho. Comparando com abril de 2019, registaram-se aumentos de 16,2% e 16,8%, respetivamente.
O setor do alojamento turístico registou 2,4 milhões de hóspedes e seis milhões de dormidas em abril de 2022, correspondendo a aumentos de 424,6% e 548,4%, respetivamente (+462,6% e +540,6% em março, pela mesma ordem). Face a abril de 2019, registaram-se crescimentos de 1,6% e 1,1%, respetivamente.
Em abril, o mercado interno contribuiu com 1,9 milhões de dormidas e os mercados externos com 4,1 milhões, o maior valor desde o início a pandemia. Face a abril de 2019, os números do INE revelam que o mercado interno cresceu 15% e os mercados externos diminuíram 4,4%.
Lisboa concentrou 33,1% dos proveitos totais e 35,1% dos relativos a aposento em abril, seguindo-se o Algarve (24,2% e 22,6%, respetivamente) e o Norte (16,1% e 16,7%, pela mesma ordem).
Já no conjunto dos primeiros quatro meses de 2022, as dormidas aumentaram 449,2% (+181% nos residentes e +1.022,1% nos não residentes), mas continuam abaixo (-11,9%) dos níveis do mesmo período de 2019, como consequência da diminuição dos não residentes (-18,4%), tendo as dormidas de residentes aumentado 3,4%.
No que diz respeito aos proveitos acumulados de janeiro a abril de 2022, estes cresceram 607,4% no total e 591,2% nos relativos a aposento (-4,2% e -2,9%, face a igual período de 2019, respetivamente).
No conjunto dos primeiros quatro meses de 2022, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 6,4 milhões de hóspedes e 16,1 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 376,8% e 395,4%, respetivamente.
Os dados do INE mostram, também, que, entre janeiro e abril, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.
Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 665,3% e 655,6%, respetivamente (pesos de 87,4% e 85,4% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem). Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,9% e 10,7%), registaram-se subidas de 411,2% e 403,1%, e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,8% e 3,9%) os aumentos atingiram 281,4% e 273,4%, respetivamente.
Todas as regiões em alta
Em abril, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. O Algarve concentrou 27,1% das dormidas, seguindo-se Lisboa (26,5%), o Norte (16,7%) e a Madeira (12,1%).
Comparando com abril de 2019, registaram-se aumentos das dormidas na Madeira (+19,9%), Alentejo (+16,7%), Norte (+10%) e Centro (+2,5%), tendo o maior decréscimo sido observado no Algarve (-8,9%).
Relativamente às dormidas de residentes, todas as regiões, com exceção do Algarve (-5,6%), registaram acréscimos. Os maiores aumentos verificaram-se na Madeira (+88,8%), Alentejo (+20,7%), Norte (+19,4%) e Centro (+18,4%). As dormidas de não residentes registaram aumentos na Madeira (+11%), Alentejo (+9,2%) e Norte (+4%), tendo as maiores diminuições sido observadas no Centro (-16,8%) e nos Açores (-16,4%).
Os seis principais mercados emissores (Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Países Baixos e Estados Unidos da América) foram responsáveis por 64,8% das dormidas de não residentes nos primeiros quatro meses do ano (63,1% em abril), tendo-se observado uma diminuição do número de dormidas neste período, quando comparado com o mesmo período de 2019, indicam os dados do INE. O mercado norte americano foi, entre estes, o que registou menor decréscimo do número de dormidas (-2,9%) entre janeiro e abril. Seguiram-se os Países Baixos (-5,4%) e os mercados britânico (-14,7%), espanhol (-15,4%) e alemão (-20,9%).