Estudo da UC: segurança será fator decisivo na escolha de destino de férias
Mesmo no pós-pandemia, a segurança, o alojamento mais exclusivo, e atividades de lazer ao ar livre associadas à natureza serão condições que os turistas vão privilegiar, revela um estudo elaborado por duas investigadoras da Universidade de Coimbra (UC).

Publituris
Greve no Aeroporto de Gatwick afeta voos da TAP na Páscoa
Iberia retoma voos para Washington D.C. com aviões A321XLR
Especialistas na defesa dos passageiros preveem mais procura e mais perturbações no verão
Marrocos soma 4M de turistas internacionais no 1.º trimestre de 2025
Brasil volta a exigir visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália
Quinta Nova celebra 20 anos de enoturismo com “Sabores com História”
Pestana Hotel Group regista receitas de 651,5M€ em 2024
Transavia France anuncia recrutamento para a área digital
Embratur lança programa Novas Rotas para impulsionar turismo internacional
Qatar Airways alarga instalação da Starlink aos aviões A350
Na hora de escolher o destino de férias, a segurança será a condição mais decisiva após o contexto pandémico, “devendo assim ser um fator fundamental a considerar na recuperação da indústria turística”, revela um estudo da Universidade de Coimbra (UC) que visa apontar estratégias para a indústria turística do Centro de Portugal no contexto pós-pandemia.
Conduzido por Catarina Gouveia e Cláudia Seabra, investigadoras do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT), o estudo envolveu 320 turistas, na sua maioria portugueses, que visitaram a região Centro, entre novembro de 2020 e maio de 2021.
Os principais indicadores fornecem pistas importantes para os gestores das organizações turísticas readaptarem as suas estratégias de marketing, de forma a reconquistar novamente os mercados para esta região no contexto pós-pandémico
O inquérito centrou-se em questões sobre as principais escolhas nas suas viagens antes, durante e após a pandemia, designadamente alojamento eleito, planeamento da viagem, segurança e transporte utilizado nas deslocações de férias/lazer.
Segundo Cláudia Seabra, os resultados indicam que os turistas no Centro de Portugal alteraram os seus hábitos, especialmente no que se refere ao tipo de alojamento, segurança e transporte utilizado nas viagens.
Se antes da pandemia, o alojamento mais utilizado pelos inquiridos era o hotel (23,8%), seguido de casa de amigos e familiares (18,8%), alojamento local (16,6%) e turismo em espaço rural (12,2%), agora, a situação alterou-se. A maioria dos participantes no estudo prefere agora a casa própria, o alojamento local e casas de amigos e familiares, confirmando a importância do turismo doméstico nesta fase de incerteza, revela o documento.
No que diz respeito ao transporte utilizado para a deslocação para os destinos de férias dentro do país, o carro próprio continua a ser o meio preferido, e com muito maior expressão no pós-pandemia.
De uma forma geral, apurou-se que a pandemia teve um efeito muito significativo na perceção de segurança para a prática das várias atividades turísticas,destacando-se as praticadas em espaços fechados ou de dimensão reduzida, ou seja, com maior aglomeração de pessoas, principalmente os parques de diversões ou temáticos, concertos e espetáculos, eventos desportivos, centros urbanos/históricos, compras em centros e ruas comerciais, casinos e casas de jogo, discotecas e locais de entretenimento noturno.
Em contrapartida, as atividades ligadas à natureza, como a prática de desportos e a ida a praias oceânicas e fluviais, são consideradas atividades menos inseguras, bem como visita a galerias de arte, museus e monumentos e a ida a restaurantes.
O estudo conclui que o branding dos destinos do Centro de Portugal deve assentar fortemente no fator segurança, e as estratégias de segmentação e comunicação devem ter em linha de conta os novos hábitos dos turistas, centrados em alojamentos mais exclusivos e individualizados e em atividades de lazer associadas à natureza e visita a museus, monumentos e galerias.