“Stakeholders” do turismo e viagens apelam aos governos europeus para evitar o ‘caos’ com “restrições erráticas”
As viagens na Europa estão, novamente, a ser impactadas devido às “decisões erráticas e imprudentes dos governos de reintroduzir as restrições de viagens aos viajantes vacinados”, referem ECTAA, ETOA, HOTREC e WTTC.
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Os “stakeholders” do universo do turismo e viagens – ECTAA, ETOA, HOTREC e WTTC – reagiram, recentemente, às restrições introduzidas por vários Estados-Membros da União Europeia (UE) a viajantes totalmente vacinados em resposta à nova variante Ómicron, admitindo que estas decisões “destroem os planos de milhares de pessoas que esperavam cruzar as fronteiras para ver amigos e familiares durante as férias”, refere o comunicado conjunto. Além disso, lê-se que estas novas restrições tomadas por diversos Estados da UE, colocam, mais uma vez, os agentes e operadoras “em perigo financeiro”.
No comunicado pode ler-se ainda que “alterar as restrições de viagem num prazo muito curto enfraquece a confiança nas viagens e prejudica todos os esforços que foram feitos até agora, incluindo o Certificado Digital Covid da UE”, salienta o texto enviado às redações.
Assim, ECTAA, ETOA, HOTREC e WTTC instam os governos a seguir as conclusões do Conselho Europeu de 16 de dezembro para “continuar os esforços coordenados para responder aos desenvolvimentos com base nas melhores evidências científicas disponíveis”.
Numa nova orientação publicada recentemente, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (European Centre for Disease Prevention and Control – ECDC) indica que a variante Ómicron está agora presente em toda a Europa e que as infeções causadas são predominantemente por transmissões da comunidade, em vez de casos relacionados com viagens.
O ECDC recomenda, por isso, o fortalecimento das “Intervenções Não Farmacêuticas” (INF), como evitar grandes reuniões públicas ou privadas, encorajar o uso de máscaras, teletrabalho, entre outros, salientando que “não existe recomendação para reintroduzir restrições às viagens”, encontrando-se esta constatação em linha com a avaliação anterior de que “as restrições a viagens são ineficazes na redução da transmissão do vírus, hospitalizações ou mortes”.
De acordo com este conjunto de “stakeholders” do universo do turismo e viagens, as férias de esqui no Natal e no inverno representam “uma importante estação turística”, avançando com os números do Eurostat de 2018/19 que indicam que 33,7% do total de dormidas em estabelecimentos de alojamento turístico na UE27 foram durante o inverno (novembro a abril incluídos).
Os números da entidade estatística da Europa mostram que as dormidas na UE27, no inverno 2020-2021, diminuíram 71% em comparação com o inverno 2018-2019, salientando o comunicado que “este também é um período importante para o planeamento das próximas férias de verão”, concluindo-se que, “com as restrições erráticas às viagens, a Europa perderá, mais uma vez, uma importante temporada de turismo”.