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“Stakeholders” do turismo e viagens apelam aos governos europeus para evitar o ‘caos’ com “restrições erráticas”

As viagens na Europa estão, novamente, a ser impactadas devido às “decisões erráticas e imprudentes dos governos de reintroduzir as restrições de viagens aos viajantes vacinados”, referem ECTAA, ETOA, HOTREC e WTTC.

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“Stakeholders” do turismo e viagens apelam aos governos europeus para evitar o ‘caos’ com “restrições erráticas”

As viagens na Europa estão, novamente, a ser impactadas devido às “decisões erráticas e imprudentes dos governos de reintroduzir as restrições de viagens aos viajantes vacinados”, referem ECTAA, ETOA, HOTREC e WTTC.

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Os “stakeholders” do universo do turismo e viagens – ECTAA, ETOA, HOTREC e WTTC – reagiram, recentemente, às restrições introduzidas por vários Estados-Membros da União Europeia (UE) a viajantes totalmente vacinados em resposta à nova variante Ómicron, admitindo que estas decisões “destroem os planos de milhares de pessoas que esperavam cruzar as fronteiras para ver amigos e familiares durante as férias”, refere o comunicado conjunto. Além disso, lê-se que estas novas restrições tomadas por diversos Estados da UE, colocam, mais uma vez, os agentes e operadoras “em perigo financeiro”.

No comunicado pode ler-se ainda que “alterar as restrições de viagem num prazo muito curto enfraquece a confiança nas viagens e prejudica todos os esforços que foram feitos até agora, incluindo o Certificado Digital Covid da UE”, salienta o texto enviado às redações.

Assim, ECTAA, ETOA, HOTREC e WTTC instam os governos a seguir as conclusões do Conselho Europeu de 16 de dezembro para “continuar os esforços coordenados para responder aos desenvolvimentos com base nas melhores evidências científicas disponíveis”.

Numa nova orientação publicada recentemente, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (European Centre for Disease Prevention and Control – ECDC) indica que a variante Ómicron está agora presente em toda a Europa e que as infeções causadas são predominantemente por transmissões da comunidade, em vez de casos relacionados com viagens.

O ECDC recomenda, por isso, o fortalecimento das “Intervenções Não Farmacêuticas” (INF), como evitar grandes reuniões públicas ou privadas, encorajar o uso de máscaras, teletrabalho, entre outros, salientando que “não existe recomendação para reintroduzir restrições às viagens”, encontrando-se esta constatação em linha com a avaliação anterior de que “as restrições a viagens são ineficazes na redução da transmissão do vírus, hospitalizações ou mortes”.

De acordo com este conjunto de “stakeholders” do universo do turismo e viagens, as férias de esqui no Natal e no inverno representam “uma importante estação turística”, avançando com os números do Eurostat de 2018/19 que indicam que 33,7% do total de dormidas em estabelecimentos de alojamento turístico na UE27 foram durante o inverno (novembro a abril incluídos).

Os números da entidade estatística da Europa mostram que as dormidas na UE27, no inverno 2020-2021, diminuíram 71% em comparação com o inverno 2018-2019, salientando o comunicado que “este também é um período importante para o planeamento das próximas férias de verão”, concluindo-se que, “com as restrições erráticas às viagens, a Europa perderá, mais uma vez, uma importante temporada de turismo”.

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Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, é capa da Nova Edição da Publituris Hotelaria

Os 70 anos da Relais & Châteaux merecem destaque de capa na nova edição da Publituris Hotelaria com entrevista a Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha. Mas há mais: “Indicadores” CLEVER, Turismo de Luxo, dossier Wellness and Spa e um especial dedicado aos têxteis, além de uma “inspeção” e sugestões gastronómicas.

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Na edição de julho/agosto da Publituris Hotelaria, o destaque vai para os 70 anos da Relais & Châteaux. Com um percurso que começou em França e que se estende já por 65 países, a rede agrega 580 propriedades, entre hotéis e restaurantes. Com perspectivas de adicionar mais membros em território português, Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, fala-nos da evolução desta rede e do seu futuro, quer em Portugal, quer além-fronteiras, onde pretende fortalecer a sua presença em países como o Japão e a Índia.

Já nos “Indicadores”, a análise de Luís Brites, CEO da CLEVER Hospitality Analytics, dá conta das perspectivas turísticas para Portugal nos próximos meses, um destino que motivou cerca de seis milhões de pesquisas de voos por parte de turistas internacionais.

No segmento “Management”, María Dolores Martos Pérez, coordenadora do programa de mestrado em Marketing e Gestão de Turismo de Luxo na Les Roches, guia-nos sobre as especificidades do luxo e as estratégias que os hotéis devem adotar para melhor servir os hóspedes deste segmento. Com o perfil do cliente de luxo a transitar para um consumo mais consciente, a profissional aponta para o surgimento de um consumidor com mais tendência a gastar dinheiro em viagens, bem-estar e experiências, ao invés de bens de luxo tradicionais.

No dossier deste mês a edição explora a oferta atual do segmento de Wellness and Spa, com os profissionais do setor a apontar para a necessidade de uma maior regulamentação para credibilizar a área em Portugal e afirmar o segmento a nível nacional e internacional.

Segue-se um especial dedicado a têxteis, no qual ganha destaque a próxima edição da Texcare Internacional, um evento dedicado ao setor das lavandarias e limpeza de têxteis, e a mais recente oferta da Aldeco, Classytex, Dauti, Hotelar, Lameirinho, La Redoute, Lasa, Sampedro e Torres Novas 1845.

Na “Inspeção” deste mês abrimos as portas do Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa, a primeira unidade do grupo norte-americano em Portugal. Localizado no coração do Algarve, e após 17 anos de atividade, “há muito para fazer e descansar nesta unidade”.

A fechar, fica a sugestão de jantar no restaurante gastronómico da Fortaleza do Guincho, onde os sabores da comida de conforto portuguesa se juntam ao requinte do fine dining com vista para o Oceano Atlântico.

Por fim, brindamos com as escolhas de Josuel Calheiros, escanção no Bistro 100 Maneiras.

As opiniões desta edição são assinadas por Alexandra Ventura (NOVA SBE Westmont Institute of Tourism & Hospitality); Luís Pedro Carmo Costa (Neoturis); José Varela Gomes (ISAG); Maria João Pavão Serra (pet-friendly travel expert) e Alexandre Marto Pereira (United Hotels of Portugal).

Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

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Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024

De acordo com o mais recente GBTA Business Travel Index Report a indústria global das viagens de negócios deverá ficar perto dos 1,4 biliões de euros, estimando-se que, em 2028, possa ultrapassar os 1,8 biliões de euros.

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Em 2024, a indústria das viagens de negócios deverá atingir os 1,48 biliões de dólares (1,360 biliões de euros), um aumento em relação a 2019, ano que constituiu um recorde com 1,43 biliões de dólares (1,313 biliões de euros). O último GBTA Business Travel Index Report, da Global Business Travel Association (GBTA), assinala ainda que, até 2028, prevê-se que esta indústria ultrapasse os 2 biliões de dólares (ligeiramente acima dos 1,8 biliões de euros).

“A relativa estabilidade da economia global continuou a impulsionar o crescimento, o que, juntamente com a persistente procura reprimida, deu garantias aos CEO e CFO para que os seus colaboradores regressassem à estrada para reuniões de negócios”, lê-se no relatório da GBTA.

Muitos dos principais mercados de viagens de negócios em todo o mundo voltaram aos níveis anteriores à pandemia ou estão próximos deles, reforçando a dinâmica da recuperação e aumentando as despesas. No entanto, as perspectivas de crescimento económico e das viagens de negócios apresentam um equilíbrio entre potenciais fatores positivos e riscos negativos.

“Estamos a assistir à esperada recuperação do sector, refletindo a resiliência e adaptabilidade das empresas e o valor das viagens de negócios em todo o mundo”, referiu Suzanne Neufang, CEO da GBTA, na 16.ª edição do evento anual da GBTA. “Com as despesas projetadas que deverão continuar a aumentar até 2028, o futuro das viagens de negócios parece promissor. No entanto, devemos permanecer vigilantes e adaptados a potenciais ventos contrários neste período de estabilização, uma vez que fatores como a mudança das condições económicas, avanços tecnológicos e desenvolvimentos de sustentabilidade também irão moldar o sector no futuro.”

Prevê-se que as despesas globais com viagens de negócios aumentem 11,1% em 2024, após anos significativos em 2022 e 2023 de crescimento anual de 30% a 47%, estimando-se que o crescimento continue a moderar-se gradualmente, resultando numa taxa de crescimento anual composta de 6,95% de 2025 a 2028.

Em 2023, o setor das viagens de negócios havia recuperado aproximadamente 675 mil milhões de dólares (cerca de 620 mil milhões de euros) dos 770 mil milhões de dólares (perto de 643 mil milhões de euros) perdidos em 2020, de acordo com a análise GBTA BTI, atingindo 93% do pico pré-pandêmico de 1,43 biliões de dólares. no final de 2023.

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Eddie Wilson, CEO da Ryanair, e Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair

Transportes

CEO da Ryanair crítica monopólio da ANA e pede expansão da Portela: “Assim Portugal não crescerá”

Um dia depois de ter apresentado os resultados referentes ao 1.º trimestre do exercício de 2025, registando uma quebra de 46% nos lucros, Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, veio a Lisboa. As criticas desta vez foram direcionadas ao monopólio da ANA e aumento das taxas aeroportuárias, bem como na demora nas obras na Portela.

Victor Jorge

“Depois de resolvido o problema do novo aeroporto, Portugal tem de resolver o problema do monopólio da gestão dos aeroportos, entregues à ANA”, assinalou Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, na conferência de imprensa realizada esta terça-feira, 23 de julho, em Lisboa.

Se no primeiro caso o responsável da companhia aérea lowcost admita que “a preferência estava em Montijo, já que era mais barato e mais rápido”, quanto à gestão dos aeroportos Michael O’Leary foi mais incisivo: “apelamos ao final do monopólio da ANA e à redução das taxas excessivas nos aeroportos portugueses, já que, a continuar assim, será muito difícil o turismo em Portugal crescer”.

As críticas à “decisão monopolista da ANA” em aumentar as taxas aeroportuárias em até 17%, em 2024, levou Michael O’Leary a considerá-la como “absurda”, uma vez que “forçou a Ryanair a fechar a sua base em Ponta Delgada e reduzir a sua base na Madeira em 50%” neste verão de 2024.

O responsável da Ryanair considera que estes aumentos de taxas são impostos numa altura em que a maioria dos aeroportos europeus estão a reduzir as mesmas, de forma a recuperar o tráfego pré-Covid e incentivar o crescimento do turismo e, por essa, via das economias dos países. “Estes aumentos das taxas aeroportuárias prejudicam o crescimento de Portugal, ao mesmo tempo que apenas enriquecem os bolsos do proprietário francês do monopólio, a ANA/VINCI”.

Os pedidos de O’Leary
A operar em seis aeroportos nacionais, com 27 aviões, o que equivale a 3 mil milhões de dólares de investimento, 172 rotas (15 das quais novas,) transportando 13,5 milhões de passageiros este ano e mais de 10.500 empregos criados, Michael O’Leary criticou os aumentos das taxas nos aeroportos onde opera a Ryanair: Lisboa (+17%); Faro (+12%); Porto (+11%); Ponta Delgada (+9%) e Funchal (+6%).

Fonte: Ryanair

Revelando que ainda não foi possível reunir com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, ou qualquer outro membro do Governo, embora a reunião esteja pedida, Michael O’Leary referiu que já enviou o plano de crescimento da companhia ao Executivo liderado por Luís Montenegro. Neste, a Ryanair pede o aumento da capacidade do terminal no Aeroporto Humberto Delgado (AHD) antes da construção do aeroporto de Alcochete; aumento da capacidade do AHD de 35 para 45 milhões de passageiros, em 2025, “uma vez que o novo aeroporto não ficará pronto antes de 2031 e o crescimento de Lisboa não pode esperar”; permitir que a Ryanair cresça com a concorrência das tarifas baixas; que as slots não utilizadas pela easyJet sejam redistribuídas; e avançar, rapidamente, com a venda/privatização da TAP Air Portugal.

De resto, o plano de crescimento da Ryanair 2030 apresenta um crescimento no número de passageiros, passando dos atuais 13,5 milhões para 27 milhões até 2030; uma duplicação das rotas, incluindo domésticas, para mais de 320; acrescentar 16 novas aeronaves a Portugal, equivalendo a um investimento de 1,6 mil milhões de dólares; reabrir a base de Ponta Delgada; aumentar o crescimento fora do período de ponta nos aeroportos regionais; reduzir a sazonalidade em Faro, Ponta Delgada e Funchal; e, finalmente, criar mais 500 novos empregos.

Os planos até 2030
Com um plano de aumento de frota que prevê atingir os 800 aviões em 2034, Michael O’Leary admite que “os atrasos da Boeing desafiam o cronograma de crescimento da companhia, em 2024”, dirigindo, igualmente, críticas ao controlo de tráfego aéreo na Europa, apontando o desempenho “insuficiente” da União Europeia (UE) no verão de 2024, representando menos 5% de voos, face a 2019.

O CEO da Ryanair frisou ainda que, no caso do controlo de tráfego aéreo, “milhares de voos estão a ser cancelados ou atrasados na UE por má gestão das autoridades competentes. As taxas aumentam, mas as falhas de funcionários e equipamentos também aumentam”, disse Michael O’Leary, considerando ainda que a União Europeia deve “proteger os sobrevoos durantes as greves nacionais em território da UE”.

Lisboa x 2
Voltando ao tema do aeroporto, uma coisa é clara para Michael O’Leary: “Lisboa precisará sempre de dois aeroportos, tal como todas as grandes cidades europeias. Será uma decisão inteligente”, admitindo que, “voaremos para os dois aeroportos, se estes existirem”.

No caso da TAP, a opinião é de que a venda se deve concretizar “o mais rapidamente possível. Até porque se não acontecer, o risco dos contribuintes portugueses terem de meter mais dinheiro na companhia aérea é grande”. Para O’Leary, a melhor opção de venda recai sobre o grupo IAG, admitindo que “não haverá perigo de transferência do hub de Lisboa para Madrid”.

Quanto ao investimento que a União Europeia está a realizar na ferrovia, nomeadamente, na Alta Velocidade, tanto Michael O’Leary como Eddie Wilson, CEO da Ryanair, não se mostram preocupados. “Claro que depende sempre das rotas, mas ninguém irá optar pelo comboio em viagens com mais de três ou quatro horas”, disse Eddie Wilson, concluindo O’Leary que “em viagens com duração inferior a duas horas ainda poderíamos ser impactados, mas nesses casos, não temos operação. Há lugar para a Alta Velocidade, mas em viagens mais longas, todos vão optar pela rapidez, até porque os preços na Alta Velocidade também não serão assim tão reduzidos”.

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Enoturismo

Costa Boal investe no Enoturismo em Favaios

Projeto envolve a compra de quinta com 5 hectares de vinha, para a construção de um hotel de 4 estrelas, com adega e restaurante, com o investimento a ultrapassar os três milhões de euros.

Victor Jorge

Com experiência na produção de vinhos no Douro, Trás-os-Montes, e Alentejo, a Costa Boal Family Estates prepara-se, agora, para entrar no mercado do Enoturismo, com a aquisição da Quinta de Arufe, em Favaios, Alijó, com cerca de 5 hectares de vinha, para a implementação de um projeto, que inclui a construção de uma unidade turística “de nicho”.

O investimento envolve, além da produção de vinho, a recuperação de um edifício que se encontra em avançado estado de degradação, datado de 1920, onde será instalado o hotel de 4 estrelas, com 16 quartos (que terão nomes de castas), e incluirá, ainda, uma sala de provas, uma horta biológica e um restaurante panorâmico, com assinatura de chef.

O espaço fica junto à Estrada Nacional 322 e irá promover “a ruralidade e a cultura” desta freguesia do Douro. A arrancar ainda este ano, o projeto está orçado em mais de três milhões de euros e está previsto que nos inícios de 2026 as portas se abram para receber os primeiros hóspedes.

Com este projeto, assente na sustentabilidade, a Costa Boal pretende “promover o contacto direto com a natureza e o Douro, num ambiente familiar e intimista, onde reinem a calma e a tranquilidade, mantendo a aposta em produção de vinhos únicos”. O objetivo é ter uma oferta distinta, capaz de despertar o interesse do mercado nacional e internacional, com foco no Brasil, França e Reino Unido.

“Neste local, os hóspedes terão oportunidade de conhecer as várias atividades agrícolas da região, como as vindimas e o pisar das uvas nos lagares, e envolverem-se nas mesmas, absorvendo, desta forma, toda a cultura de uma das mais notáveis regiões portuguesas”, refere António Boal, responsável pela Costa Boal Family Estates.

A esta “portugalidade”, juntar-se-ão atividades e programas de animação turística, como provas e harmonização de vinhos, visitas guiadas ao Museu do Pão e Vinhos de Favaios, passeios de barco privados, trilhos pedestres e cycling.

“Queremos potenciar ao máximo o rendimento da exploração da propriedade, aproveitando as características naturais e a sua localização privilegiada, junto à Estrada Nacional 322-3, complementando-a com uma forte componente turística de excelência”, destaca o produtor.

As obras, no terreno, arrancam, já, este ano e deverão estar concluídas dentro de 24 meses, apontando a abertura para 2026.

 

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Transportes

Lucros da Ryanair caem 46% no 1.º trimestre

A Ryanair apresentou, no primeiro trimestre de 2025 (terminado a 30 de junho de 2024), lucros de 360 milhões de euros, uma quebra de 46% face aos 663 milhões de igual período do exercício anterior. No que diz respeito ao número de passageiros transportados, registou, no entanto, um aumento de 10%, alcançando os 55,5 milhões.

Victor Jorge

No primeiro trimestre do exercício 2025 (terminado a 30 de junho de 2024), a Ryanair registou uma quebra nos lucros, passando de 663 milhões de euros para 360 milhões de euros, representando uma descida de 46%.

As receitas também registaram uma descida, embora mais ligeira, de 1%, totalizando 3,63 mil milhões de euros contras os 3,65 mil milhões de euros de período homólogo do exercício transato, sendo que as receitas regulares diminuíram 6% para 2,33 mil milhões de euros, e as vendas acessórias (Ancillary) aumentaram 10% para 1,3 mil milhões de euros (cerca de 23,40 euros por passageiro).

Já os custos operacionais, aumentaram em 11%, passando os 2,94 mil milhões de euros, no final de junho de 2023, para 3,26 mil milhões de euros no sexto mês de 2024.

A companhia lowcost liderada por Michael O’Leary informa ainda que o número de passageiros transportados passou de 50,4 milhões, no final do primeiro trimestre do exercício de 2024, para 55,5 milhões no final do primeiro trimestre do exercício de 2025, representando um acréscimo de 10%, embora o load factor tenha descido um ponto percentual (p.p.), de 95% para 94%.

Em comunicado, Michael O’Leary destaca o aumento do número de passageiros transportados, “apesar dos múltiplos atrasos na entrega de aviões por parte da Boeing”.

“O grupo Ryanair tinha 156 B737 Gamechangers a 30 de junho e esperamos aumentar este número para mais de 160 até ao final de julho (menos 20 do que as entregas contratadas)”, avança a companhia, referindo que “registámos uma melhoria na qualidade e frequência das entregas durante o 1.º trimestre”. Embora reconheça o “risco de as entregas da Boeing atrasarem ainda mais”, a Ryanair espera garantir a entrega “atempada” dos restantes 50 aviões da Boeing antes do verão de 2025.

“Este verão, estamos a operar o nosso maior programa de sempre com mais de 200 novas rotas (e cinco novas bases)”, assinalando o prolongamento do contrato de aluguer operacional, até 2028, de três A320 com a Lauda, ao mesmo tempo que “continuaremos também a receber B737 até agosto e setembro, apesar de não podermos programar estes aviões para os voos de pico do verão”, diz a Ryanair no comunicado.

“Prevemos que a capacidade europeia de voos de curta distância permaneça limitada durante alguns anos, uma vez que os operadores de A320 estão a efetuar importantes reparações de motores P&W, os fabricantes se debatem com atrasos nas entregas e a consolidação das companhias aéreas prossegue, incluindo a aquisição da ITA (Itália) pela Lufthansa, recentemente aprovada, a aquisição adiada da Air Europa (Espanha) pela IAG e a venda iminente da TAP (Portugal)”.

Mantendo o objetivo de transportar 300 milhões de passageiros no ano fiscal de 2034, a Ryanair indica que os volumes de combustível para o ano fiscal 2025 estão cobertos em 75%, admitindo poupanças superiores a 450 milhões de euros. Além disso, revela que, “aproveitando a recente fraqueza do preço do petróleo”, a companhia aumentou a cobertura de combustível para o ano fiscal 2026 para quase 45%, assinalando que “esta forte posição de cobertura ajuda a isolar o grupo da volatilidade significativa dos preços dos combustíveis”.

Para o restante exercício de 2025, a Ryanair prevê que o tráfego de passageiros cresça 8%, podendo atingir os 200 milhões, “desde que não se registem atrasos na entrega dos Boeing”.

“Embora a procura no 2.º trimestre seja forte, os preços continuam a ser mais baixos do que esperávamos, e esperamos agora que as tarifas do destes próximos três meses sejam materialmente mais baixas do que no verão passado. O resultado final do primeiro semestre está, no entanto, totalmente dependente das reservas e das receitas finais em agosto e setembro. Como é normal nesta altura do ano, temos uma visibilidade quase nula do terceiro e quarto trimestres, embora o quarto trimestre não beneficie da Páscoa antecipada do ano passado”.

Assim, conclui, “é demasiado cedo para fornecer uma orientação significativa para os lucros do exercício de 2025, embora esperemos poder fazê-lo nos nossos resultados do primeiro semestre, em novembro. O resultado final de 2025 continua sujeito a evitar desenvolvimentos adversos durante o exercício, especialmente devido aos conflitos contínuos na Ucrânia e no Médio Oriente, à repetida falta de pessoal e restrições de capacidade do ATC ou a novos atrasos na entrega da Boeing”.

 

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Receitas turísticas sobem 256M€ e estabelecem novo recorde para maio

As receitas turísticas somaram, em maio, um total de 2.444,50 milhões de euros, valor que ficou 256,2 milhões de euros acima do apurado em igual mês de 2023, traduzindo um crescimento de 11,7% e um novo recorde para o mês de maio, segundo dados do Banco de Portugal (BdP), divulgados esta sexta-feira, 19 de julho.

Inês de Matos

As receitas turísticas somaram, em maio, um total de 2.444,50 milhões de euros, valor que ficou 256,2 milhões de euros acima do apurado em igual mês de 2023, traduzindo um crescimento de 11,7% e um novo recorde para o mês de maio, de acordo com os dados revelados esta sexta-feira, 19 de julho, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, face a maio de 2019, o crescimento das receitas turísticas – que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal – é ainda mais expressivo, já que este valor subiu 884,22 milhões de euros comparativamente ao mesmo mês no período pré-pandemia, o que representa uma subida de 56,7%.

O BdP destaca o papel das Viagens e Turismo para o aumento das exportações de serviços, explicando, no comunicado que acompanha os números, que “o incremento das exportações reflete sobretudo o contributo das viagens e turismo (+256 milhões de euros)”.

Segundo o BdP, a subir estiveram também as importações do turismo, que resultam dos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, que totalizaram 611,95 milhões de euros em maio, o que traduz um aumento de 57,67 milhões de euros ou uma subida de 10,4%.

Quando comparado com maio de 2019, o crescimento das importações provenientes do turismo foi ainda mais pronunciado, num aumento que chega aos 32,1% e que representa mais 148,81 milhões de euros face aos 463,14 milhões de euros apurados nessa altura.

Em maio, também o saldo da rubrica Viagens e Turismo registou um forte incremento e totalizou 1.832,55 milhões de euros, subindo 12,4% ou 201,54 milhões de euros face a maio do ano passado, bem como 67% ou 735,41 milhões de euros comparativamente a mês homólogo de 2019.

Cinco meses de subidas consecutivas

Os dados do BdP mostram que, no acumulado desde maio, as receitas turísticas totalizam já 9.273,61 milhões de euros, valor que compara com os 8.273,01 milhões de euros apurados em igual período do ano passado, o que traduz um aumento de 12,1% ou mais 1.000,6 milhões de euros.

Tal como as receitas turísticas, também o acumulado das importações turísticas está a subir e, até maio, somou 2.179,29 milhões de euros, valor que ficou 7% acima do registado em igual período do ano passado e que traduz um aumento de 142,17 milhões de euros.

Já o saldo da rubrica Viagens e Turismo ficou, nos primeiros cinco meses de 2024, nos 7.094,32 milhões de euros, o que representa uma subida de 858,44 milhões de euros face a igual período do ano passado, num aumento de 13,8%.

 

 

 

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Prémios

Nova Edição: Fotorreportagem dos Portugal Travel Awards, Living Tours, Tunísia e dossier MICE

A nova edição do Publituris recorda, em fotorreportagem, os Portugal Travel Awards. Além disso, saiba os planos da Living Tours, a estratégia da Tunísia para chegar aos 100 mil turistas portugueses e um dossier sobre o segmento MICE em Portugal.

Publituris

A última edição do mês de julho do jornal Publituris faz capa com a fotorreportagem dos Portugal Travel Awards 2024. Veja ou reveja os melhores momentos da festa do turismo que, pela primeira vez, se realizou na cidade do Porto, no Pestana Douro Riverside. Além da entrega dos prémios aos vencedores, também houve tempo para a festa e networking.

Esta edição revela, igualmente, os planos que a Living Tours tem para o futuro. Com uma faturação prevista de 30 milhões de euros para 2024, a Living Tours é, atualmente, uma das maiores empresas nacionais na área dos DMC e animação turística e tem planos ambiciosos para continuar a crescer, revelou ao Publituris Rui Terroso, CEO e fundador da empresa. O lançamento de novos produtos e a expansão com oferta própria para todo o território nacional são algumas das novidades para breve desta empresa que quer também continuar a internacionalização além da Península Ibérica.

O ministro tunisino do Turismo e Artesanato, Mohamed Moez Belhassine, que esteve recentemente em Portugal a representar o seu país na FIA Lisboa 2024, em que a Tunísia esteve em destaque na qualidade de país convidado, concedeu uma entrevista ao Publituris, em que passou em revista o atual estado do turismo, avançou as estimativas para o setor este ano, que tudo leva a crer, baterá os resultados recordes de 2019, mas também falou da estratégia do Governo para os próximos anos.

O dossier desta edição é dedicado ao MICE. Portugal está bem posicionado no ranking da International Congress and Convention Association (ICCA), aparecendo em 9.º lugar a nível mundial. O segmento MICE no nosso país continua a trajetória ascendente, mas, de acordo com os profissionais ouvidos, é preciso desenvolver mais e melhor as infraestruturas, bem como a conectividade, para que o país possa atingir lugares mais altos.

Além de ouvidos vários players que atuam no mercado MICE, o Publituris falou, igualmente, com o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, que admite que “a oferta relacionada com a MICE Industry alcançou já um excelente nível de reconhecimento internacional” e que as estratégias adotadas têm tido “resultados positivos”.

Já Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, cidade que aparece em 2.º lugar a nível europeu no ranking da ICCA, salienta que “a questão não é, de todo, levar eventos para outras localizações”, mas sim “que outras localizações conquistem mais eventos”.

Além do Check-in, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Sílvia Dias (Savoy Signature), António Paquete (economista) e Carlos Torres (jurista e professor na ESHTE).

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14% da procura turística feminina está nas mulheres que viajam sozinhas

As mulheres que viajam sozinhas representam 14% do total da procura turística feminina, avançando uma análise da Mabrian e do The Data Appeal Company-Almawave Group que a segurança e a variedade das experiências disponíveis no destino são fatores decisivos na escolha para a “viagem perfeita”.

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As mulheres que viajam sozinhas são cada vez mais, um segmento crescente e muito atrativo. Na realidade, 14% das mulheres viajam sem qualquer companhia de familiares, amigos ou companheiros/as, o que se traduz em hábitos, necessidades e expectativas, bem como produtos e serviços turísticos específicos, revelam os dados de um estudo realizado pela Mabrian e da The Data Appeal Company-Almawave Group que analisa a procura por parte das mulheres que viajam sozinhas a nível global, identificando, ao mesmo, tempo, cinco fatores-chave que definem o perfil deste segmento.

Carlos Cendra, partner e diretor de Marketing e Comunicação da Mabrian, explica que “as mulheres que viajam sozinhas refletem uma mudança cultural que surgiu antes da pandemia e ganhou força com a ascensão das viagens de experiências, em que o bem-estar ativo está no centro das preferências”.

Os dados mostram, também, que, embora a maioria das mulheres viajantes escolha o verão para os seus planos a solo, os meses de junho e setembro são os preferidos, refletindo, assim, “o potencial deste segmento durante a época média”, assinala ainda o responsável da Mabrian.

Para compreender o que molda este segmento, a Mabrian analisou dados consolidados de todo o ano de 2023 referente aos 10 principais mercados de origem globais para o segmento de mulheres que viajam sozinhas. Já o “The Data Appeal” examina as tendências atuais da procura de mulheres que viajam sozinhas para a atual época de verão para os principais destinos europeus, com base em voos reservados entre 1 de junho e 30 de setembro de 2024.

Certo é que, segundo Mirko Lalli, CEO e fundador da The Data Appeal Company, “as mulheres que viajam sozinhas estão a aumentar”. Com base nos dados de reserva do GDS, Lalli destaca vários exemplos importantes, como a Itália, país que desde junho de 2023, recebeu mais 1,1% de mulheres que viajam sozinhas, “um segmento que deve representar 21,7% de todos os turistas que visitam destinos italianos nos próximos seis meses.” A mesma tendência é observada noutras capitais europeias, “como Paris, Amesterdão e Londres, também projetadas para receber mais de 30% de mulheres que viajam sozinhas nos próximos seis meses”.

As cinco tendências identificadas pela Mabrian e The Data Appeal Company são:

1 – De onde vêm as mulheres que viajam sozinhas? As europeias lideram o ranking das mulheres que viajam sozinhas. De acordo com os dados da Mabrian, as mulheres que viajam sozinhas vêm principalmente da Alemanha, Reino Unido, França, EUA e Itália, completando o Top 10 países como Espanha, Austrália, Brasil, Polónia e Japão. A análise da Data Appeal, mostra ainda que mais de 30% dos viajantes alemães e britânicos que reservaram voos para viajar este verão são mulheres que viajam sozinhas.

2 – Quais são os seus destinos preferidos? Três em cada quatro viajantes do sexo feminino escolhem destinos domésticos. Os países preferidos das mulheres que viajam sozinhas são a Alemanha, a Itália, a Espanha, o Reino Unido, a França, os EUA, o Japão, a Polónia, o Brasil e a Austrália. Esta classificação reflete o peso das viagens domésticas nas escolhas destas mulheres viajantes. De facto, 75% das mulheres viajantes dos 10 principais mercados para mulheres que viajam sozinhas escolhem destinos domésticos, embora existam diferenças notáveis em função do país de origem.

No que diz respeito à reputação e à perceção online, as mulheres que viajam sozinhas tendem a classificar bem os destinos da sua preferência, mas esses índices são inferiores aos dos viajantes médios, como indicam as pontuações de sentimento da The Data Appeal Company. Por exemplo, a pontuação de sentimento da Alemanha é de 85 pontos (em 100 possíveis) entre os viajantes médios, mas para as mulheres que viajam sozinhas, a pontuação é de 81, tal como em Itália (87 vs. 84), Espanha (85 vs. 82), Reino Unido (85 vs. 79) e França (84 vs. 79).

Neste particular, Mirko Lalli assinala que “as prioridades das mulheres que viajam sozinhas quando escolhem um destino de viagem estão por trás destas pontuações ligeiramente mais baixas, uma vez que a procura deste segmento depende de questões como a perceção social, fatores culturais ou mesmo a disponibilidade de alojamento, atrações e experiências que reflitam as expectativas e necessidades das mulheres”.

3 – A segurança é um fator relevante para as mulheres que viajam sozinhas. “Para este segmento de mulheres viajantes, as cidades são uma alternativa muito completa, porque têm uma oferta turística variada e diversificada, com diferentes níveis de preços, num ambiente cosmopolita e aberto que elas percecionam como seguro e reconhecível”, refere Carlos Cendra.

De facto, como mostra o Índice de Perceção de Segurança (PSI) da Mabrian, a segurança é um dos aspetos fundamentais para a escolha de um destino: as 10 cidades preferidas por este segmento de mulheres viajantes são todas percebidas como destinos seguros, como refletido pelos seus PSI particularmente elevados, que variam entre 85 e 98 pontos em 100 possíveis.

4 – Quem são os mais aventureiros? Espanholas, italianas e japonesas. Quase metade das mulheres espanholas que viajam sozinhas (48%) escolhem destinos internacionais, tal como 36% das italianas e 34% das japonesas; uma tendência consistente observada nas reservas para o verão de 2024 para a Europa, analisadas pela The Data Appeal Company. De facto, cerca de 30% dos viajantes espanhóis que voam para destinos britânicos este verão são mulheres que viajam sozinhas; semelhante às mulheres japonesas, que representam 25% do total de reservas de verão para Itália ou Reino Unido.

Em contrapartida, sete em cada dez francesas e polacas preferem destinos no seu próprio país quando viajam sozinhas, tal como 77% das britânicas e 85% das alemãs, americanas e australianas. Apenas 8% das brasileiras que viajam sozinhas escolhem destinos internacionais. “Escolher destinos próximos, tanto domésticos como de curta distância, é uma forma de quebrar o gelo para eventualmente escolherem outros lugares mais distantes ou exóticos para as suas próximas viagens”, assinala Cendra.

5 – Os destinos urbanos são os preferidos das mulheres que viajam sozinhas. O turismo urbano é especialmente relevante entre este segmento de viajantes. Como mostram os dados, nove das dez cidades mais visitadas por mulheres que viajam sozinhas são cidades europeias, e apenas Espanha apresenta duas cidades neste ranking, liderado por Londres, Paris, Tóquio, e seguido por Madrid, Roma, Berlim, Varsóvia, Barcelona, Lisboa e Milão.

Entre os cinco países mais visitados por mulheres que viajam sozinhas (Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e França), os destinos preferidos são cidades bem conectadas, que estão na lista de desejos de viajantes de todo o mundo, que também oferecem uma rica combinação de experiências de viagem, especialmente planos culturais e atrações.

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Prithvirajsing Roopun, Presidente da República das Ilhas Maurícias

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Ilhas Maurícias querem mais viajantes portugueses e CPLP pode ser uma ponte importante

De visita oficial ao nosso país, o Presidente das Ilhas Maurícias, Prithvirajsing Roopun, aproveitou a ocasião para se encontrar com diversos agentes do setor do turismo português. Numa apresentação do destino, Prithvirajsing Roopun salientou que as Ilhas Maurícias registaram uma recuperação excecional pós-pandemia e espera que Portugal contribua para a consolidação do turismo no país, referindo que “estamos em Portugal não só para falar de negócios, mas também de experiências”.

Victor Jorge

Com uma população de 1,2 milhões de habitantes, as Ilhas Maurícias receberam, em 2023, 1,3 milhões de viajantes. Viajantes, porque a Autoridade de Promoção Turística da Maurícia (MTPA) pela voz do seu diretor, Arvind Bundhun, bem como pelo Presidente das Ilhas Maurícias, Prithvirajsing Roopun, admitem que “não queremos simplesmente turistas. Queremos viajantes, pessoas que se envolvam com a comunidade e que procuram as experiências que proporcionamos a quem nos visita”.

A convite do Chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, Prithvirajsing Roopun revelou na apresentação realizada em Lisboa que “tivemos reuniões muito positivas com a AICEP e com representantes do turismo em Portugal e convidámos Portugal a fazer parte do desenvolvimento do turismo nas Ilhas Maurícias”.

“O que já alcançámos ainda é pouco relativamente ao que queremos alcançar enquanto destino turístico, mas a sensação de hospitalidade e bem receber unem-nos e temos de aproveitar esta realidade”, considerou o Presidente das Ilhas Maurícias, assinalando ainda que “isso só se consegue numa situação win-win” e que “através desta visita criámos pontes e fazer crescer esta relação e o turismo é parte fundamental”.

Na apresentação do destino ficou claro que as ilhas Maurícias nunca serão – nem querem – ser um destino de turismo de massas e que tem muito mais para oferecer do que as praias. Para tal, há todo um leque de atividades, experiências e segmentos a explorar que incluem, além da já referida praia, a natureza, casamentos, MICE, cultura, luxo, gastronomia, wellness, golfe e cruzeiros.

Não existindo ligação direta entre Portugal e as Ilhas Maurícias, “algo que gostaríamos que fosse alterado, até pela proximidade com Moçambique e pelo voo direto que a TAP disponibiliza para Maputo”, Arvind Bundhun revelou que “o crescimento de visitantes portugueses tem sido assinalável, passando dos 1.500, em 2019, para 2.500, em 2022, atingindo os 5.000 no ano passado”, admitindo que o objetivo é aumentar este número de forma sustentável.

Arvind Bundhun, Autoridade de Promoção Turística da Maurícia (MTPA)

Atualmente, o diretor da MTPA considera ser “importante haver voos ponto-a-ponto, mas não existindo, temos de encontrar alternativas”, destacando a estratégia de hubs disponibilizada pela Emirates e Turkish Airlines, existindo ainda voos oferecidos pela Air Mauritius, Kenya Airways ou voos sazonais da NEOS ou Iberojet, admitindo, no entanto, que “a forma mais fácil e rápida de chegas às ilhas é através do aeroporto Charles de Gaulle (Paris, França)”.

Apostando na diversificação, inclusão e autenticidade do destino, Arvind Bundhun assinalou existir “muito potencial nos mercados emissores mais pequenos como Portugal e é nestes que estamos a apostar, com estratégias bem definidas e constantes”.

Mas é de França que a maioria dos viajantes chegam às Ilhas Maurícias, representando, em 2023, cerca de 30% do total, seguida do Reino Unido.

Com uma oferta de 114 hotéis licenciados e não mais de 15.000 camas na hotelaria, número que cresce para 30.000 contabilizados a restante oferta de alojamento, tanto o diretor da Autoridade de Promoção Turística da Maurícia como o Presidente da República salientaram que “temos todo o cuidado com o desenvolvimento e crescimento do turismo”, até porque “não queremos um turismo massificado e já sentimos o impacto das alterações climáticas”.

Com uma estadia média que passou de 9 noites, em 2019, para 13 noites, em 2023, e as receitas a subirem 25% de 2022 para 2023, Arvind Bundhun admitiu que “sabemos bem a importância da sustentabilidade e do impacto que os voos de longo curso têm na pegada climática”.

Por isso, Arvind Bundhun concluiu que, “a nossa meta é chegar aos 2 milhões de viajantes nos próximos 10 anos. Mas também nos perguntamos se realmente queremos atingir esse número sem prejudicar o nosso ecossistema e, fundamentalmente, que habita o nosso território”.

Em cima da mesa, e para concluir, esteve também a adesão das Ilhas Maurícias à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que Marcelo Rebelo de Sousa, de resto, defendeu quando se encontrou com o seu homólogo Prithvirajsing Roopun e que, segundo o mesmo, é importante “encorajar os estudantes mauricianos a aprenderem português, com o apoio da CPLP”, já que pode “ajudar as relações com Moçambique”, país lusófono mais próximo das Ilhas Maurícias, e “assim, criar mais uma ponte com Portugal”.

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Turismo do Centro desvenda cinco singularidades da região com nova campanha

A Turismo do Centro de Portugal apresentou a nova campanha promocional, destacando cinco pilares estratégicos de promoção da região: gastronomia e vinhos, turismo de natureza, turismo espiritual, turismo náutico e turismo industrial.

Victor Jorge

A Turismo do Centro de Portugal (TCP) apresentou esta terça-feira, 16 de julho, a nova campanha promocional composta por cinco filmes que pretendem espelhar, de acordo com Raul Almeida, presidente da região, “a força do turismo da e no Centro de Portugal”.

Depois de avançar com os números referentes aos primeiros cinco meses de 2024, através dos quais o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que as dormidas na região aumentaram 5% face a igual período de 2023 e os proveitos totais no alojamento turísticos registam uma subida de 11,7%, Raul Almeida admitiu que “tudo se encaminha para que 2024 seja um ano melhor que 2023, demonstrando que a atividade turística está a criar e a gerar riqueza”.

Nesse sentido e depois do lançamento da campanha “Centro de Portugal: um destino em tanto”, em 2022, e do “Sabia que?” de 2023, a nova campanha pretende ser “nada mais do que desvendar as singularidades de uma região”, revelou Adriana Rodrigues, chefe de Núcleo de Comunicação, Imagem & Relações Públicas da Turismo Centro de Portugal, adiantando ainda que o objetivo passa por, em 2024, “ser a marca do turismo da diversidade em Portugal”.

“São 100 municípios, são centenas de produtos turísticos e havia esta necessidade de mostrarmos uma vantagem diferenciadora relativamente a outros destinos”, salientando ainda que se trata de “um processo de afunilamento daquilo que queremos mostrar na e da Região-Centro do Portugal”.

Sílvia Ribau, chefe de Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística na Turismo Centro de Portugal, explicou que esta campanha tem por base cinco pilares estratégicos, sendo três deles considerados maduros (Cultura, História, Património, Gastronomia e Vinhos; Natureza, Wellness, Ativo e Desportivo e Mar; Turismo Espiritual e Religioso) e dois deles novos produtos (Estações Náuticas; Turismo Industrial).

“Não há aqui uma rutura, mas é importante destacar aquelas particularidades e vicissitudes que fazem do Centro de Portugal um destino diferenciador, de dar dimensão à marca Portugal”. Reconhecendo que, tal como as outras regiões, “competimos no e pelo mercado interno”, o objetivo passa por “continuar este caminho de explorar estas singularidades da região Centro de Portugal e que podem despoletar aquela vontade nos portugueses de vir conhecer, de saber mais, de experienciar e viver o Centro de Portugal”.

Assim, decorrente do conceito dos spots do ano passado, foram criados cinco novos filmes de 20 segundos alusivos aos tais cinco produtos turísticos, lembrando Sílvia Ribau de que a região possui 11 Estações Náuticas certificadas, desde lagoas, albufeiras a praias oceânicas, fazendo ainda referência a um produto emergente: turismo industrial.

Presente na apresentação da nova campanha da Turismo do Centro, Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal (TdP), salientou que “quando um destino tem uma identidade forte e tem uma oferta cultural dinâmica, que baseia a sua oferta turística naquilo que tem a ver com o território, com as suas gentes, com as pessoas, com a natureza, são destinos mais competitivos, são aqueles que têm capacidade de atrair viajantes com maior respeito pelo território, maior respeito por quem lá vive. E isso é o Centro de Portugal e é isso que é mostrado exatamente com esta campanha”.

Numa segunda nota, a responsável do TdP salientou o turismo interno e o facto desta campanha “estar dirigida aos portugueses e para que os portugueses conheçam mais e melhor o seu país, que possam usufruir Portugal de norte a sul, neste caso, do litoral ao interior, 365 dias por ano”.

Por último, Lídia Monteiro destacou ainda a “coerência da mensagem”, referindo que, embora as campanhas sejam distintas “há uma coerência na evolução das campanhas que a Turismo do Centro tem vindo”.

Na apresentação da nova campanha da Turismo do Centro, foi também divulgado um novo filme promocional do projeto Landscape Together, decorrente da iniciativa Experimenta Paisagem, da autoria do ateliê de arquitetura MAG, em estreita parceria com a Turismo Centro de Portugal, entre outros parceiros, e que tem como âmbito a criação de um museu a céu aberto nas paisagens do interior do Centro de Portugal.

Produzido e realizado pela Slideshow, o filme dá a conhecer as obras de arte já implementadas pelo projeto: “Menina dos Medos”, “Farol dos Ventos” e “Magma Cellar” (Proença-a-Nova), “Véu” (Sertã) e “Moongate” (Oleiros).

“Estas obras refletem e materializam a essência dos lugares onde estão instaladas, considerando Teresa castro, do ateliê MAG, que desta forma o projeto Landscape Together valoriza o território”.

Pode ver aqui os filmes apresentados pela Turismo do Centro de Portugal, produzidos pela Lobby Films and Advertising e realizados por Telmo Martins.

Centro de Portugal, desportos náuticos aqui tão perto

Centro de Portugal, património industrial aqui tão perto

Centro de Portugal, a natureza aqui tão perto

Centro de Portugal, a fé e a espiritualidade aqui tão perto

Centro de Portugal, a gastronomia aqui tão perto

Museu “Experimenta Paisagem” I Projeto “Landscape Together”

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