Proveitos do turismo nos nove meses de 2021 superam totalidade de 2020, mas ficam 50% abaixo de 2019
Apesar dos valores estarem acima dos registados no ano passado, os proveitos de 2021 ainda estão a metade do ano recorde de 2019.

Victor Jorge
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Os proveitos no alojamento turístico em Portugal, nos primeiros nove meses de 2021, ascenderam a um valor total de 1.630 milhões de euros, sendo 1.245 milhões de euros são relativamente a aposentos, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). Isto compara com proveitos homólogos totais de 2020 de 1.222 milhões de euros e 3.470 milhões em 2019. Já no campo dos aposentos, os valores são de 920 milhões e 2.633 milhões respetivamente.
Segundo a análise do INE, nos primeiros nove meses do ano, os proveitos registaram crescimentos de 33,3% no total e 35,3% relativos a aposento, face ao mesmo período de 2020. Já comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais recuaram 53% e os relativos a aposento diminuíram 52,7%.
O INE demonstra, no entanto, que os proveitos registados nos primeiros nove meses de 2021 já superaram os valores registados para a totalidade do ano de 2020.
Por região e relativamente aos primeiros três trimestres deste ano, o INE revela que os proveitos do Algarve ascenderam a 603,5 milhões de euros no total, sendo 470 milhões relativos a aposentos. Este valor fica bem longe do alcançado pela segunda região deste ranking (Lisboa) que totalizou 278,9 milhões de proveitos, sendo que 216,8 milhões foram em aposentos, e do último lugar do pódio ocupado pela região do Norte que registou 231 milhões de euros de proveitos totais, nos primeiros nove meses de 2021, sendo que 177 milhões estão na alínea dos aposentos.
Entre janeiro e setembro de 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 11,1 milhões de hóspedes e 30,2 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 14,5% e 18,7%, respetivamente.
Estes valores equiparam-se aos 9,7 milhões de hóspedes e 25,5 milhões de dormidas de 2020 e a 23,4 milhões de hóspedes e 63 milhões de dormidas de 2019, indicam os dados do INE.
Quanto aos estabelecimentos de alojamento turístico, estes registaram, nos primeiros nove meses do ano, 9,8 milhões de hóspedes e 25,8 milhões de dormidas, correspondendo a aumentos de 14,4% e 19,5%, respetivamente, relativamente ao mesmo período de 2020, ficando, contudo, bem longe dos 21,4 milhões de hóspedes e 56 milhões de dormidas de 2019.
Já quanto à origem dos hóspedes e dormidas nos primeiros nove meses de 2021, os dados do INE mostram que 7,2 milhões de hóspedes são residentes, enquanto 3,9 milhões são não residentes, refletindo um aumento de 28,7% nas dormidas de residentes e de 9,4% nas de não residentes face ao mesmo período de 2020. Comparando, contudo, com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 54% (-14,4% nos residentes e -71,2% nos não residentes).
Relativamente ao mês de setembro de 2021, o setor do alojamento turístico registou 2,1 milhões de hóspedes e 5,6 milhões de dormidas, correspondendo a aumentos de 52,3% e 58,4%, respetivamente (+35,5% e +47,9% em agosto, pela mesma ordem). Os níveis atingidos em setembro de 2021 foram, no entanto, inferiores aos observados em setembro de 2019, tendo diminuído o número de hóspedes e de dormidas, 28,9% e 26,6%, respetivamente.
Os dados do INE demonstram, igualmente, que, em setembro, o mercado interno contribuiu com 2,6 milhões de dormidas e aumentou 26,8%, continuando a superar os níveis do período homólogo de 2019 (+15,6%). As dormidas de não residentes duplicaram face a setembro de 2020 (+100,7%) e totalizaram três milhões de dormidas, mas foram cerca de metade das registadas em setembro de 2019 (-43,9%).
Os proveitos registados no nono mês de 2021 nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 355,5 milhões de euros no total e 268,6 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com setembro de 2019, os proveitos totais diminuíram 29,1% e os relativos a aposento decresceram 29,8%.
Neste mês, o Algarve concentrou 33,5% das dormidas, seguindo-se a região de Lisboa (19%), o Norte (15%) e a Madeira (12,4%).
Finalmente, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 47,9 euros em setembro (71,9 euros em agosto). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 92 euros em setembro (116,2 euros em agosto). Em setembro de 2019, o RevPAR foi 66,3 euros e o ADR 97,2 euros.