Indicadores económicos da hotelaria mantêm quebra em agosto, apesar da ajuda dos residentes
Segundo o INE, os proveitos totais e por aposento continuaram a apresentar descidas significativas em agosto e, no acumulado do ano, a quebra ultrapassa mesmo os 50% face ao período pré-pandemia.

Inês de Matos
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Apesar do mercado interno ter contribuído com 4,2 milhões de dormidas e ter crescido 24,2%, o valor mensal mais elevado desde que há registos, os indicadores económicos da hotelaria nacional mantiveram, em agosto, quebras expressivas face a igual mês de de 2019, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados já confirmados do INE relativamente ao mês de agosto, que foram divulgados esta quinta-feira, 14 de outubro, “os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 515,8 milhões de euros no total e 410,2 milhões de euros relativamente a aposento”, o que traduz descidas de 19,2% e 19,3% face a igual mês de 2019.
No acumulado dos primeiros oito meses do ano, as quebras nos proveitos são ainda maiores face ao mesmo período pré-pandemia, uma vez que, indica o INE, “registaram-se variações de -57,1% e -56,7%” nos proveitos totais e por aposento, respetivamente.
Apesar de continuarem por metade face ao período pré-pandemia, tanto os proveitos totais, como os proveitos por aposento, subiram em comparação com agosto do ano passado, num aumento que, de acordo com o INE, foi de 25,0% nos proveitos totais e de 27,2% nos por aposento.
Já o RevPar situou-se em 71,4 euros em agosto, valor que indica uma subida face ao mês anterior, já que, em julho, este indicador estava nos 40,2 euros, mas ainda assim abaixo dos 84,4 euros registados em agosto de 2019.
O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) é o indicador que mais perto está de alcançar os valores de 2019, uma vez que, no oitavo mês deste ano, chegou aos 115,8 euros, acima dos 98,7 euros contabilizados em julho e já próximo dos 116,2 euros de agosto de 2019.
No total, as unidades de alojamento turístico nacionais somaram 2,5 milhões de hóspedes e 7,5 milhões de dormidas, o que indica subidas de 35,6% e 47,6%, respetivamente, que se somam aos aumento de +60,4% e +73,0% que já tinham sido apurados em julho.
Ainda assim, o INE diz que estes valores “foram, no entanto, inferiores aos observados em
agosto de 2019, tendo diminuído o número de hóspedes e de dormidas, 23,6% e 22,1%, respetivamente”.
Além da forte recuperação do mercado interno, que contribuiu com 4,2 milhões de dormidas e aumentou 24,2%, também os mercados externos cresceram 94,5% e totalizaram 3,3 milhões de dormidas, ainda que, ao contrário do mercado doméstico, os não residentes apresentem um decréscimo de 46,9% nas dormidas face a agosto de 2019, enquanto as dormidas de residentes subiram 22,6%.
Já a ocupação das unidades de alojamento situou-se nos 61,6%, mais 15,0 pontos percentuais que o observado em agosto de 2020, mas 11,0 pontos percentuais abaixo do registado em agosto de 2019, quando a taxa de ocupação chegava aos 72,6%.
No acumulado dos primeiros oito meses do ano, as unidades de alojamento turístico somam 8,8 milhões de hóspedes e 23,9 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 8,1% e 11,8%, respetivamente.