Madeira, Açores, Algarve e Alentejo sobem nas dormidas de residentes em julho
Ao contrário dos residentes, nos primeiros sete meses do ano, todas as regiões apresentaram decréscimos no número de dormidas de não residentes, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Inês de Matos
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No passado mês de julho, a Madeira, os Açores, o Algarve e o Alentejo destacaram-se pelas subidas apresentadas no que diz respeito às dormidas dos residentes, com o Instituto Nacional de Estatística (INE) a revelar crescimentos de 60,2%, 26,3%, 19,3% e 13,1%, respetivamente, face a igual mês de 2019, quando a pandemia da COVID-19 ainda não influenciava negativamente a atividade turística.
“Em julho, destacaram-se os crescimentos expressivos das dormidas de residentes, face ao mesmo mês de 2019, na RA Madeira (+60,2%), RA Açores (+26,3%), Algarve (+19,3%) e Alentejo (+13,1%), enquanto nas restantes regiões se registaram decréscimos”, aponta o INE, no comunicado divulgado esta terça-feira, 14 de setembro.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o INE aponta diminuições no número de dormidas na Área Metropolitana de Lisboa (-28,7%), na Região Autónoma da Madeira (-7,4%) e também no Norte (-2,8%), “enquanto as restantes regiões apresentaram crescimentos”.
Já as dormidas dos residentes no acumulado até julho subiram em todas as regiões, com destaques para as evoluções positivas identificadas na RA Madeira (+136,0%), RA Açores (+99,9%) e Algarve (+54,6%).
Ao contrário dos residentes, no mesmo período, “todas as regiões apresentaram decréscimos no número de dormidas de não residentes, com exceção da RA Açores (+31,8%)”, adianta o INE, explicando que as “menores reduções registaram-se no Alentejo (-4,8%), enquanto as
restantes regiões apresentaram diminuições superiores a 16%”.
Pela negativa, o INE destaca o município de Lisboa, que registou 1,3 milhões de dormidas nos primeiros sete meses do ano, o que representou uma “diminuição de 44,1%”, enquanto as dormidas dos residentes recuaram 1,2% e as de não residentes, que representaram peso de 61,5% do total, diminuíram 56,1%.
“Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas em Lisboa registaram uma diminuição de 83,3% (-60,1% nos residentes e -87,8% nos não residentes)”, acrescenta o INE.
Já em Albufeira foi registada uma diminuição de apenas 0,7% entre janeiro e julho, ainda que o maior contributo para esta descida ligeira tenha vindo dos residentes, cujas dormidas aumentaram 55,7%, enquanto nos não residentes houve uma descida de 34,0%.
O INE destaca ainda o Funchal, onde as dormidas diminuíram 21,7% no conjunto dos primeiros sete meses do ano, neste caso, sendo também de realçar o aumento das dormidas dos residentes, que subiram 131,8%, enquanto nos não residentes a descida chegou aos 40,8%.
No total, em julho, foram contabilizados 1,6 milhões de hóspedes e 4,5 milhões de dormidas, valores que comparam com o 1,0 milhão hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em julho de 2020 e que, face a igual mês de 2019, traduzem descidas de 42,5% e 45,0%, em resultado de um crescimento de 6,4% nas dormidas de residentes e de um decréscimo de 67,6% nas dormidas de não residentes.
De acordo com o INE, no total, as dormidas de turistas não residentes caíram 30,7% nos primeiros sete meses, em termos homólogos, e a subida de 31,7% das dormidas de residentes não evitou a queda de 2,4% das dormidas totais.
Entre janeiro e julho de 2021, as dormidas de residentes representaram 61,2% do total, quota que contrasta com a verificada em 2020 (45,3% do total) e em 2019 (29,1% do total).
A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,76 noites) aumentou 7,8% em julho, mas abaixo do aumento de 15,4% em junho, em resultado de aumentos de 7,8% na estada média dos residentes (2,56 noites) e de 1,5% na dos não residentes (3,12 noites).
Já os proveitos do alojamento turístico somaram 296,9 milhões de euros no total e 223,4 milhões de euros relativamente a aposento, números que, numa comparação com igual mês de 2019, mostra uma descida de 44,5% no proveitos totais e 46,7% nos proveitos por aposento.
O INE indica ainda que o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 40,4 euros em julho, face aos 31,4 euros em junho, enquanto o rendimento por quarto ocupado (ADR) foi de 99,9 euros em julho, face aos 86,8 euros de junho, valores que ficam abaixo do registado em igual mês de 2019, quando o RevPAR chegava aos 70,0 euros e o ADR aos 106,8 euros, respetivamente.
“Para o decréscimo dos proveitos de aposento que se observou em julho, quando comparado com o mesmo mês de 2019 (-46,7%), contribuíram, por um lado, a diminuição do número de dormidas neste mês (-45,0%) e, por outro, a diminuição do ADR (-6,5%)”, explica o INE.