Viagens aéreas de verão na Europa não chegam a 40% de 2019
As viagens aéreas na Europa ainda não recuperaram para níveis pré-pandemia, avançam os dados da ForwardKeys. Portugal e a cidade de Lisboa não aparecem mal colocados no ranking, embora com níveis abaixo dos 50% relativamente a 2019.

Victor Jorge
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Viagens aéreas de verão na Europa não chegam a 40% de 2019
As viagens aéreas internacionais nos meses de julho e agosto atingiram, na Europa, 39,9% dos níveis pré-pandemia, ou seja, do ano 2019, avançam os dados mais recentes da ForwardKeys.
Portugal aparece em 7.º lugar, com 48,8% do nível de viagens aéreas quando comprado com o mesmo período de 2019, ficando atrás de destinos como Grécia, Chipre, Turquia, Islândia, Croácia e Espanha.
Estes dados da ForwardsKeys são, no entanto, melhores do que a comparação feita no ano passado referente a 2019 quando os números indicavam de 26,6% devido ao bloqueia generalizado dos voos por causa da COVID-19 e a não existência de vacinas nem certificado digital.
Entre os países com piores performances nestes meses de julho e agosto, aparecem o Reino Unido, Irlanda, Rússia e Alemanha que não chegaram aos 30% quando comparado com 2019.
Excluindo as companhias aéreas lowcost, os voos intra-europeus representaram 71,4% das chegadas, em comparação com 57,1% em 2019. O relativo desaparecimento de visitantes de longa distância, que normalmente ficam mais tempo, gastam mais e concentram a sua atenção nas cidades e nos passeios turísticos, foi sublinhado nas classificações dos destinos locais com melhor e pior desempenho. As viagens para Londres foram “particularmente dececionantes”, indicam os dados da ForwardKeys, já que a capital britânico atingiu somente 14,2% das chegadas de 2019.
A lista foi encabeçada por Palma de Maiorca, atingindo 71,5% dos níveis de 2019, e por Atenas, porta de entrada para inúmeras ilhas do Adriático, com 70,2%. As seguintes cidades principais com melhor desempenho foram Istambul (56,5%), Lisboa (43,5%), Madrid (42,4%), Paris (31,2%), Barcelona (31,1%), Amsterdão (30,7%) e Roma (24,2%).
Em comparação, os destinos de lazer provaram ser muito mais resilientes, com destaque para Heraklion (Grécia) e Antalya (Turquia) que superaram os níveis de 2019. Com resultados bastantes satisfatórios aparecem, também, Thessaloniki (98,3%), Ibiza (91,8%), Larnaca (73,7%) e Palma de Maiorca (72,5%).
A ForwardKeys destaca, aliás, o comportamento de destinos como Portugal e Espanha, referindo que, “Portugal, que é um destino favorito dos turistas do Reino Unido, sofreu quando o Reino Unido mudou a sua designação de verde para âmbar em junho”. Relativamente a Espanha, a ForwardKeys revela que, no final de julho, “sofreu quando a Alemanha advertiu contra todas as viagens, exceto as essenciais”.
Olivier Ponti, vice-presidente para Insights da ForwardKeys, salienta que, “quando comparado com o período terrível para o turismo na Europa no ano passado, este verão regista uma recuperação muito modesta”, considerando que “a baixa intensidade contínua das viagens aéreas internacionais (menos de 40% do normal), tem sido extremamente prejudicial para a indústria da aviação”.
“A contínua ausência de viajantes de longa distância, principalmente do Extremo Oriente (atingiu apenas 2,5% dos volumes pré-pandêmicos neste verão), será um golpe severo para a economia de visitantes de vários países europeus”, admite Ponti.