Bruxelas não comenta novas restrições dos EUA a Portugal mas defende reabertura de fronteiras
Porta-voz da Comissão Europeia, Adalbert Jahnz. revela que existem contactos com vista à retoma das viagens mas admite que, em relação a Portugal, podem estar em causa questões de reciprocidade.

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A Comissão Europeia preferiu esta terça-feira, 27 de julho, não comentar as novas restrições dos EUA a Portugal, que desaconselhou as viagens para território nacional, mas defende que existem “fortes razões” para que o país reabra as fronteiras a viajantes europeus, avança a Lusa, que cita declarações em conferência de imprensa do porta-voz da Comissão Europeia para a área dos Assuntos Internos, Adalbert Jahnz.
“Estamos em estreito contacto com a administração norte-americana sobre a questão do reinício seguro de todas as viagens entre a UE e os Estados Unidos […] e recebemos garantias de que esta é uma questão de alta prioridade”, afirmou o responsável, mostrando-se confiante de que existem “fortes razões para os Estados Unidos reabrirem aos viajantes da Europa”, numa altura em que 57% dos europeus está totalmente vacinado e 70% recebeu a primeira dose da vacina.
De acordo com a Lusa, Adalbert Jahnz foi questionado pelos jornalistas sobre a nova restrição norte-americana a Portugal, imposta na segunda-feira, na qual o país foi considerado, a par de Espanha, como destino a evitar devido ao risco para a COVID-19.
Ainda assim, o porta-voz da Comissão Europeia lembrou que, “de um modo geral, o Conselho da UE tem vindo a recomendar desde 18 de junho que todos os Estados-membros da UE levantem a restrição de viagens para os residentes dos Estados Unidos, independentemente do estatuto de vacinação, com base nas provas científicas disponíveis e sem prejuízo de quaisquer possíveis medidas adicionais relacionadas com a saúde, tais como testes ou quarentena”.
E recordou que, nessa recomendação, ficou também previsto que “a reciprocidade é um dos elementos que os Estados-membros têm de ter em conta quando decidem sobre o levantamento das restrições de viagem para um país específico não pertencente à UE”.
“Cabe então ao Conselho considerar quaisquer questões de reciprocidade deste tipo”, acrescentou Adalbert Jahnz.
Recorde-se que os EUA incluíram, na segunda-feira, novamente Portugal na lista de países a “evitar viajar”, por se encontrar num nível “muito alto” devido ao agravamento da COVID-19, numa decisão que teve por base a recomendação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano, que colocou Portugal e Espanha no “nível 4” devido à pandemia.